O que fazer na Cidade do Panamá: roteiro de 1 dia

Estivemos no Panamá em 2018 e não nego que o foco da viagem era curtir as praias caribenhas de San Blás e Bocas del Toro. Num primeiro momento, confesso que não estava me importando muito em conhecer a Cidade do Panamá, salvo o Canal e mais por causa do Julio, já que ele é engenheiro e ia curtir bastante ver de perto toda a dinâmica do Canal do Panamá. 

Mas a verdade é que eu me enganei bastante! A Cidade do Panamá tem muito mais a oferecer do que uma conexão corrida e, por sorte, dentro da logística da nossa viagem, conseguimos encaixar um dia inteiro de passeios pela cidade e depois duas noites, se bem que a gente, no final das contas, só aproveitou mesmo uma dessas duas noites, pois a outra ficou mais para descanso mesmo. 

Em todo caso, foi ótimo conhecer essa cidade tão moderna, de arranha-céus que impressionam, que lhe conferiram o apelido de Dubai das Américas, tão vibrante e tão rica em história, que vai muito além do Canal do Panamá e vamos mostrar aqui para vocês por que vale a pena colocar pelo menos 1 dia inteiro por lá ou 2 dias para fazer tudo com calma. Não faltarão atividades e passeios repletos de história, gastronomia que surpreende, boas compras, contrastes entre uma cidade moderna e uma cidade velha mais pobre... e, é claro, tem o Canal também.

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Como Chegar no Panamá

Chegamos na Cidade do Panamá bem cedinho, em um voo direto de 7 horas de duração, operado pela Copa Airlines, que saiu do Rio de Janeiro na madrugada, à 1:30, e chegou por volta das 6:30 da manhã. Quando fomos, final do mês de fevereiro, o fuso horário era de menos 2 horas, em relação ao horário de Brasília. 

Nosso roteiro era de 8 dias cheios de passeios no Panamá, distribuídos entre: Cidade do Panamá, Bocas del Toro, San Blás 

O interessante de ter o aeroporto de Tocumen (PTY) como entrada é que ele é hub da cia aérea panamenha Copa Airlines (que consideramos a melhor para atender nossos trajetos nesta viagem, além de oferecer voo direto saindo do Rio de Janeiro, o que facilitou a nossa vida. Ela opera em vários países e diversos horários, dentro da América Central e Caribe).

• Obs: há outras cias aéreas que conectam bem os países caribenhos e da América Central e do Sul, como a Avianca (para quem sai do Brasil, fará conexão em Bogotá, na Colômbia), a Taca (com conexão em Lima) ou você também poderá optar por alguma cia aérea americana, caso esteja com seu visto em dia, como a American Airlines, United, Delta...

Internamente no Panamá, usamos a cia aérea nacional Air Panamá para o destino Bocas del Toro, cujo voo sai do aeroporto de Albrook (PAC), que é o outro aeroporto da Cidade do Panamá. Todos os voos foram comprados diretamente nos sites das cias aéreas (utilizamos os buscadores de passagens, como Skyscanner, Decolar e Kayak para localizar as melhores tarifas e horários, mas uma vez tendo identificado isso, a gente vai direto no site da cia aérea e efetua a compra por lá).

Documentos Necessários para entrar no Panamá

Brasileiros não necessitam de visto para entrar no Panamá, mas é preciso apresentar passaporte válido com até 6 meses de antecedência em relação à data de expiração, no momento da entrada no país. 

Deve-se estar em dia também com o Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela. Lembrando que a vacina deve ser tomada ao menos 10 dias antes da viagem e que a última campanha nacional realizada no Brasil, em 2017, distribuiu doses fracionadas da vacina que não estão sendo aceitas por diversos países. Se for esse o seu caso, se você tiver tomado a vacina em 2017 durante a campanha, certifique-se quanto à dose que lhe foi ministrada e busque junto aos órgãos competentes (ANVISA) a regularização para poder fazer sua viagem tranquilo.

A boa notícia é que hoje em dia a vacina da Febre Amarela não tem mais validade! Basta tomar uma vez, e pronto (mas tem que ser a dose cheia e não a fracionada).

Idioma 

O idioma oficial no Panamá é o espanhol, mas compreende-se bem a língua inglesa e muitos falam também, alguns com um pouco mais de dificuldade, outros com mais fluência, mas todo mundo tem boa vontade em se fazer ser compreendido e em se comunicar.

Moeda no Panamá 

Apesar de ter sua própria moeda oficial, que é a Balboa, é o dólar estadudinense que mais circula pelas ruas e é amplamente aceito em qualquer lugar. 

Dólar e Balboa possuem o mesmo valor comercial. É perfeitamente possível pagar com USD e receber troco em Balboa ou ao contrário. O curioso é que a Balboa só existe na forma de moeda e não em cédulas.

Cartões de Crédito são aceitos na maioria dos lugares, além de haver boa oferta de bancos e caixas eletrônicos para saques na Cidade do Panamá. Contudo, em San Blás, por exemplo, não há banco nem caixa eletrônico e, em Bocas del Toro, por sua vez, quando fomos existia somente um banco. Portanto, a depender do roteiro, é bom ter isso em mente para se planejar quanto aos gastos. Nós recomendamos já chegar no país com dólares e não fazer o câmbio da moeda porque realmente não será necessário.

Fuso Horário no Panamá

GMT -5: A diferença de fuso é de apenas 2 horas para menos em relação ao horário de Brasília.

Comunicação com o exterior

O DDI no Panamá é 507. Recomenda-se comprar o chip +Movil para usar no Panamá, especialmente para quem passar uns dias em San Blás, pois parece ser o que melhor funciona (talvez o único rsrs).

Tomada no Panamá 

Possuem o mesmo formato que as tomadas dos Estados Unidos e a voltagem é 127V. Sempre carregamos o adaptador universal de tomadas para não termos problemas neste quesito.

Quando ir para o Panamá

Localizado na América Central, aquela "tripinha" que liga a América do Norte à América do Sul, sendo banhado de um lado pelo Oceano Pacífico e do outro pelo Oceano Atlântico na sua mais bela versão, o mar do Caribe, o Panamá possui clima tropical com temperaturas altas que não variam muito ao longo do ano.

A média da temperatura fica em torno de 30ºC. Logo, prepare-se para sentir calor (se bem que nós, que moramos no Rio de Janeiro, já vivemos acostumados com isso rsrs).

Ao planejar sua viagem para o Panamá, leve em consideração que se trata de um país onde chove muito, especialmente em alguns destinos turísticos como Bocas del Toro.

Na Cidade do Panamá, existem duas estações bem definidas: a seca e a de chuvas. 

• A temporada de seca vai de meados de dezembro até março
• A estação chuvosa começa em abril e vai até novembro, podendo, eventualmente, avançar até dezembro. 

Dessa maneira, se seu objetivo é evitar chuvas e fazer passeios pelo país que podem ser atrapalhados se chover, busque os meses considerados mais secos, que são janeiro, fevereiro e março. Por isso mesmo que resolvemos ir final de fevereiro e início de março na esperança de ter essa sorte e podemos dizer que tivemos, pois o saldo foi positivo. Choveu quando estivemos no país, sim! Onde? Onde já era esperado, em Bocas del Toro. 

Se você estiver de passagem apenas pelo Panamá e fizer uma conexão na Cidade do Panamá, então isso não importa tanto, da mesma forma que se o seu objetivo for compras, pois muita gente visita o país em uma conexão para fazer compras. 

Agora, se estiver com intuito de fazer um enxoval e compras mais volumosas, procure as épocas de liquidações (rebajas / saldos): mês de novembro, durante a Black Friday, após o Natal, após o Ano Novo, meses de janeiro, fevereiro, julho e agosto são os mais indicados para esse propósito (sem saber desse detalhe, escolhemos uma época boa também para compras rsrs... mas eu até poderia dizer coitado do Julio, só que nem deu tempo de visitarmos os shoppings e eu não tinha tanto espaço assim sobrando na mala para exagerar em compras, principalmente porque estávamos apenas começando a viagem e ainda passaríamos por outros países).

Deslocamento: Como sair do Aeroporto de Tocumen 

Se você não tiver um serviço de transfer contratado (indicamos o Guia Panamá para tanto), pode valer-se de táxis ou o aplicativo Uber/Cabify para ir do aeroporto para o seu hotel, já que os ônibus, apesar de serem a alternativa mais econômica, não oferecem muito conforto nem espaço para malas. 

Os táxis brancos têm preços tabelados e há também “táxis premium” que trabalham para os hotéis. Esteja atento aos táxis para deixar claro ao motorista que não deseja compartilhar a corrida com outros passageiros, porque isso é comum por lá.

Os táxis amarelos são conhecidos por serem compartilhados. Importante saber o endereço para onde vai para informar tudo bem certinho ao motorista.

O aeroporto internacional Tocumen está mais afastado do centro da cidade, a mais ou menos 30/40 minutos do Casco Antiguo. Por isso que, se você estiver apenas em uma conexão pela cidade, meça direitinho o seu “tempo útil” de passeio, considere o trânsito possível para o seu horário de deslocamento, evite os momentos de alto tráfego e rush se você tiver pouco tempo livre e não corra riscos. Em nossa opinião, só vale a pena sair para passear em conexões superiores a 6 horas de tempo de espera, ou seja, tempo líquido.

Uber/Cabify normalmente tem tarifa mais baixa do que os táxis, mas você precisa ter sinal de internet no seu celular para chamá-lo. Nós  usamos Uber direto por lá e deu super certo, sem imprevistos. Outra questão em relação ao Uber é verificar a forma de pagamento. Hoje em dia, você pode escolher pagar em dinheiro, se desejar não pagar no cartão de crédito para não ter incidência de iof. Em relação aos táxis, negocie sempre o valor da corrida antes de entrar no carro, de preferência.

Se quiser economizar um pouco mais e andar de ônibus, há dois tipos: 

• o Metrobus, mais moderno, bastante usado pela população local, só que não aceita dinheiro (passagens são pagas por meio de cartão/tarjeta), 
• os “diablos rojos”, ônibus escolares americanos antigos, reformados, com ares pitorescos, bem coloridos e tradicionais, que aceitam dinheiro, mas não são recomendados por questões de segurança (motoristas conduzem de forma mais perigosa).

Já o metrô, que é novo, seria uma ótima opção se suas rotas chegassem aos pontos turísticos. Porém, se for o deslocamento for para o terminal rodoviário ou para o Albrook Mall, já valerá a pena. 

O ideal é fazer o cartão integrado que abrange metrô, ônibus e terminais – custava cerca de 2 USD (pode ser feito em cabines de metrô, mediante apresentação de passaporte ou cópia).

Sobre alugar um carro: pode ser uma boa opção, contudo, o trânsito na cidade é movimentado e muitos motoristas não respeitam as regras de trânsito. Eu e Julio preferimos contar com o serviço privado oferecido pelo casal Roque e Lili.

Logo que desembarcamos no aeroporto de Tocumen, fomos recebidos pelo Roque, que é dono da agência local de viagens e receptivos @guiapanama (https://guiapanama.com.br/). Ele nos deu as boas vindas e, após trocarmos de roupas no banheiro do aeroporto mesmo, sem delongas, prontamente o Roque nos levou para iniciarmos o nosso city tour pela Cidade do Panamá. 

Roque e Lili, minha xará, vivem na Cidade do Panamá há quase 10 anos e conhecem tudo por lá. Achei perfeito porque tivemos um roteiro personalizado e, acima de tudo, com nosso tempo otimizado para vermos o principal da cidade em 1 dia! E olhem que nosso dia rendeu muuuito! Às 8h da manhã, já estávamos no Canal do Panamá.

Geografia e Economia do Panamá

A República do Panamá, localizada na América Central, no istmo que liga as Américas do Norte e do Sul, é um país de economia estável, baseada no setor de serviços, nas atividades financeiras, no turismo e nas facilidades trazidas pela exploração do Canal/Porto e registro dos navios mercantes. A receita proveniente do Canal representa hoje uma parcela significativa do PIB do país.

Faz fronteira terrestre com a Costa Rica e Colômbia e fica entre os dois oceanos, Atlântico e Pacífico.

A selva do país é o lar de uma abundância de plantas, animais e pássaros tropicais, sendo muitos deles endêmicos da região.

A população do país é formada por uma maioria de mestiços de índios e europeus.

A Cidade do Panamá, moderna capital e maior cidade do país, encontra-se às margens do Pacífico e oferece muito mais do que uma visita ao Canal ou compras do chapéu (que aliás, é fabricado mesmo no Equador, mas ganhou o nome de Panamá rsrs), merece mais do que algumas horas de conexão.

Curiosidade: em cerca de 1 ou 2 horas de viagem, você consegue atravessar o país, indo do Pacífico para o Atlântico

História do Panamá

Ex-colônia espanhola, no Panamá viviam os índios chibchas, caribes, cholos e chocóes. O istmo foi uma das primeiras terras americanas descobertas e exploradas pelos espanhóis e já em 1508 a coroa ordenou a sua colonização, dando-lhe o nome de Castilla de Oro. 

Fundada em 1519 por Pedrarias Dávilla, a cidade do Panamá desenvolveu-se rápido devido à posição estratégica para escoamento do ouro vindo do Peru. O país proclamou sua independência em 1821, mas integrou-se logo após à Grande Colômbia de Simón Bolívar, juntamente com a Venezuela, Equador e Colômbia, o que perdurou até 1903, ano de sua independência frente à Colômbia. 

Mas permaneceu sob forte influência dos EUA, notadamente quanto à questão bélica, devido a Tratados firmados em decorrência da construção do Canal do Panamá. Em 1977, foi assinado um acordo para a transferência completa do canal dos Estados Unidos para o Panamá até o final do século XX, processo que foi completado no ano de 2000.

Segurança Pública 

Em regra, até última notícia, não há problemas quanto a isso. Contudo, como moramos no Rio de Janeiro, não costumamos andar desligados, totalmente relaxados nem com pertences mais caros à mostra, principalmente à noite. Como qualquer cidade grande, vale ficar esperto. Durante os passeios ao longo do dia, a gente usou câmera fotógrafa e celular e não houve qualquer situação que tivesse deixado a gente com medo. À noite, quando saímos, pegamos Uber para os deslocamentos e levei apenas o celular. Novamente, sem problemas.

Onde se Hospedar

As melhores regiões da cidade para se hospedar são a Avenida Balboa e seu entorno, arredores do shopping Multiplaza Pacific, Casco Antiguo ou Via Spaña, para ficar mais próximo de restaurantes, lojas, bares, atrações turísticas... Ficamos impressionados como os valores de hospedagem na Cidade do Panamá, pois são bem acessíveis, inclusive em hotéis de luxo.

Nós optamos pelo Hotel Hilton Garden Inn Panamá City, localizado no centro financeiro da Cidade do Panamá, em Bella Vista, no bairro El Cangrejo (Avenida Eusebio A. Morales y calle 49A oeste, El Cangrejo Bellavista), a 6km de Casco Viejo (uns 20 minutos de carro, a depender do trânsito pode ser mais), a 2km da Avenida Balboa (uns 10 minutos de carro), a 2 quarteirões da Via España, a passos da Iglesia del Carmen e da estação de metrô, e a 20 minutos de carro do aeroporto internacional de Tocumen, além de estar próximo a restaurantes, bares e lojas.

• CLIQUE AQUI para ler a matéria completa sobre o Hotel Hilton Garden Inn Panamá City

No Booking.com: nota 8.7, com base em mais de 1.260 avaliações. Clique aqui e veja mais.

TripAdvisor: nota 8,0, com Certificado de Excelência a partir de mais de 1.00 comentários, encontrando-se em 40º no ranking com 116 hotéis. Clique aqui e veja mais. 

CITY TOUR na Cidade do Panamá e transfer com Guia Panamá

Nós fizemos o City Tour completo com o Roque que, como já adiantei, estava esperando a gente no aeroporto e de lá já partimos com as malas no carro direto para o Canal do Panamá, sem perder tempo.

Quando fomos, o valor do City Tour era 150USD para duas pessoas (mais 30USD por pessoa adicional), mas chequem com eles os valores atualizados, as promoções e descontos. O tour vale muito a pena, é super completo mesmo, dura o dia inteiro, normalmente acabando entre 15:00 e 15:30, mas eles deixam os clientes à vontade... os turistas que determinam se seguem com mais passeios ou não pela cidade). 

Observação: o city tou não inclui almoço nem a entrada para o Centro de Visitantes do Canal (que custa 15USD por pessoa). 

Nosso city tour passou pelos seguintes lugares:

• Canal do Panamá
• Passamos pelo BioMuseu
• Amador Causeaway: Calzada de Amador, que é um aterro que liga o continente a três ilhas no Pacífico
• Duty Free
• Costera
• Casco Viejo: vila colonial tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, onde estão os principais monumentos históricos do país, o melhor lugar para comprar souvenirs e chapéus
• Panamá Vieja: ruínas de Panamá La Vieja, a primeira cidade no continente americano na costa do Pacífico
• E terminamos o dia em uma loja de eletrônicos. 

Roque ficou conosco até às 20h da noite e fez nosso dia na Cidade do Panamá render horrores! Amamos demais da conta e super recomendamos!!!! Foram lojas, sorveterias, cafeterias etc que ele nos apresentou.

Canal do Panamá

Começamos nosso passeio pelo Canal do Panamá, uma das novas 7 Maravilhas do Mundo Moderno, eleita como tal no dia 7 do 7 de 2007, pela Associação de Engenharia Civil dos EUA - http://www.acp.gob.pa/eng/

Foi uma oportunidade incrível, muito melhor do que eu imaginava, de para conhecer de perto essa senhora obra de engenharia e entender como foi a história da construção do Canal do Panamá, além de detalhes da operação e da passagem navios e, claro, ver navios passando pelo Canal! A entrada custa 15 usd e vale a visita. Visita obrigatória, seja você engenheiro ou não, se estiver pela cidade.

Provavelmente, esta é a grande atração da cidade, responsável por atrair a muitos que desejam contemplar de perto um dos maiores e mais difíceis projetos de engenharia dos tempos modernos. O Canal do Panamá recebe cerca de 1 milhão de turistas por ano. Detalhe: o Panamá como país inteiro recebe 2 milhões de turistas ao ano enquanto que só o Canal recebe 1 milhão. E foi bem legal ver como estava cheio e como as pessoas vibravam ao ver o navio passando, observando cada detalhe do sistema das eclusas.

E nós demos muita sorte de chegar com um navio já passando pelo sistema de eclusa de Miraflores! Sensacional! 

Algumas curiosidades sobre o Canal do Panamá:

• ⛴ O canal funciona 24h direto. Porém, para ter uma melhor vista dos navios passando pela eclusa Miraflores e toda a operação do sistema de eclusas, o ideal é chegar cedo (o Centro de Visitantes abre às 8h e fecha às 18h). Se não der sorte de ver um navio de manhã, o mesmo ingresso vale para de tarde, para nova tentativa. Agora, se você arriscar ir de tarde somente, seu ingresso não valerá pro dia seguinte, caso não consiga ver um navio passando.
• ⛴ Entrada custa 15usd adultos e 10usd crianças.
• ⛴ Toda embarcação que atravessa o Canal deve permitir que o prático do Canal assuma o comando, o qual se torna 100% responsável pela travessia.
• ⛴ Deve ser pago um pedágio que custa em torno dos 430 mil dólares para as embarcações de maior porte. O menor pedágio fica em torno dos 100 usd.
• ⛴ O Canal tem 80km de comprimento e a travessia leva cerca de 10h, o que gera uma economia enorme de tempo e $$, caso tivesse que dar a volta no continente.
• ⛴ Entre 35 e 40 embarcações passam por ele todo dia: de manhã, o tráfego é do Pacífico para o Atlântico. De tarde, o inverso. À noite, ambos os lados
• ⛴ Coexistem hoje 2 canais paralelos: a obra centenária iniciada pelos franceses e finalizada pelos americanos e uma obra recente de ampliação com novo sistema de eclusas que suporta embarcações maiores.
• ⛴ O Canal possui termoelétrica exclusiva para gerar energia para o seu funcionamento.
• ⛴ São 8 a 10 minutos para nivelar a água de uma eclusa para a outra e são 100 milhões de litros de água em cada transferência dessa.
• ⛴ Separe ao menos 2h para fazer a visita e não deixe de ir ao Museu.
• ⛴ A água doce do canal impede que vidas marinhas transitem de um oceano para o outro.
• ⛴ O Equador exportou para o Panamá muitos de sombreiros (chapéus) de paja de toquilla (palha) ao longo da construção do Canal. Tratava-se de um chapéu leve e de excelente qualidade para ser usado pelos trabalhadores. Ele ficou famoso quando Roosevelt, em uma de suas visitas ao Canal, recebeu esse chapéu e o levou aos EUA e, assim, por ele ter informado que ganhou o Chapéu no Panamá, este produto de origem equatoriana ficou mundialmente conhecido como Chapéu Panamá.

O Canal foi inaugurado em 1914, conectando o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico e, provavelmente, atingindo um antigo desejo de Cristóvão Colombo, o de descobrir um caminho novo que ligasse a Europa à Índia. 

Dessa forma, o Canal também é uma via militar estratégica, além de todos os benefícios trazidos para o comércio marítimo internacional, revolucionando padrões do transporte marítimo e inaugurando uma nova era. Antes de ele existir, os navios precisavam navegar quase 15 mil km para cruzar os dois oceanos, contornando a América do Sul.

A economia de tempo e combustível trouxe mais segurança e impulsiona até hoje a economia do país, já que boa parte do PIB vem da exploração do Canal.

Tudo começou nos idos de 1878, quando o francês Ferdinand de Lesseps, construtor do Canal de Suez, visitou a região do Panamá, que, à época, fazia parte da Grã-Colômbia, com objetivo de construir um canal que ligasse o Caribe ao Oceano Pacífico. 

A construção foi iniciada pela França em 1881, contudo, os desafios iam muito além do imaginado. Assim, nove anos após, já com as obras a pleno vapor, a perda de muitos trabalhadores para doenças tropicais, como malária e febre amarela, bem como o dispêndio demasiado de recursos, fizeram com que a companhia viesse a falir e a obra foi abandonada.

Os Estados Unidos, então, governados por Theodore Roosevelt, assumiram o comando da obra em 1904. Para tanto, diante da falta de acordo com a Colômbia, os EUA apoiaram a independência do Panamá e deram continuidade às obras. Foi mais de uma década de árduo trabalho para sua conclusão. 

Assim, finalmente inaugurado em 1913, o Canal do Panamá começou a operar efetivamente em 1914, mais precisamente em 15 de agosto de 1914, quando o primeiro navio passou oficialmente pelo Canal do Panamá, o S.S. Ancon. Estima-se que mais de 20 mil operários morreram durante as obras, especialmente durante a fase francesa da construção, e mais uns quase 6 mil morreram durante a fase norte-americana.

Detalhe é que foi criada uma “Zona do Canal”, que pertencia aos Estados Unidos.

Em 1977, após a assinatura de um acordo, os EUA passaram o controle da passagem ao Panamá. Após um período de administração conjunta, em dezembro de 1999, o Panamá finalmente assumiu o controle absoluto sobre o canal, que funciona 24 por dia, gerando uma economia que chega a cerca de 10x do valor que as embarcações gastariam se tivessem que dar a volta no continente.

A obra realmente impressiona quem a visita em razão de seu sistema de 3 grupos de eclusas (Miraflores, Gatún Lake e Pedro Miguel), que são abertas e fechadas durante as travessias, fazendo as embarcações serem elevadas ou rebaixadas em três níveis ao longo de 26 metros.

O tempo total para atravessar o canal pode variar de 8 a 10 horas!! Ou seja, não é pouca coisa, viu? Mas pensem que, antes disso, os navios tinham que viajar 20 mil km até contornar a extremidade sul da América do Sul, tornando a viagem mais perigosa, cansativa e demorada. Vale registrar que o Canal do Panamá é considerado como um dos mais seguros dentre os principais canais do mundo, com uma média de 1 incidente para cada 4 mil embarcações que passam por ele.

A área mais visitada do Canal, onde se encontra o Centro de Visitantes, fica em Miraflores. Lá, além de admirar o sistema de eclusas e a passagem dos navios do mirante, assista ao filme em 3D e visite o Museu. 

Há também um restaurante serve refeições, o Atlantic & Pacific Co.

Amador Causeway e Cinta Costeira

Aqui está uma parte mais nova da cidade, que confere uma boa oportunidade para fazer passeios ao ar livre em um calçadão muito usado para a prática de esportes, pedaladas e caminhadas. A partir de lá, é possível observar o skyline da cidade.

A Cinta Costeira é um complexo que abrange uma avenida à beira mar, parques e um calçadão extenso, nos arredores da Avenida Balboa, contornando Casco Viejo, com vistas incríveis.

O Amador Causeway é uma avenida construída com rochas, que foram extraídas da construção do Canal do Panamá e que liga o continente a três pequenas ilhas da Baía do Panamá, próximas à cidade. Oferece bons restaurantes com vista para o mar, para a cidade e para a marina, além do Duty Free Shop.

Nós visitamos o Duty Free Shop, mas, honestamente falando, não achei tão vantajoso assim para compras. 

Ao longo do Amador Causeway, você encontrará o Museu da Biodiversidade, projetado pelo arquiteto Frank Gehry, conhecido como BioMuseo, que destaca a história natural e cultural do surgimento do país e como isso impactou a biodiversidade do planeta. Seu edifício é algo único na América Latina, uma estrutura metálica muito colorida que vale um registro (ingresso custa 22usd).

Observação: entre o Casco Viejo e a Cinta Costeira, localiza-se o Mercado de Mariscos. É um lugar bastante popular, que, infelizmente, não deu tempo de visitar. Mas fica a dica porque é sempre muito bem indicado para  comer frutos do mar com ótimos valores. Avenida Balboa | and Calle 15 Este, at Cinta Costera

Casco Antiguo / Casco Viejo / San Felipe

Depois do Canal do Panamá, o segundo melhor motivo para passear pela Cidade do Panamá é explorar o seu Bairro Histórico, onde foi construída a segunda Cidade do Panamá, após a destruição da primeira vila em 1671, região declarada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Casco Antiguo encontra-se restaurado e vem sendo revitalizado ao longo dos últimos anos (no passado, estava abondado, parecendo uma favela).

Com localização privilegiada e vista para o mar, caminhar por suas ruas e ruelas de pedras leva-nos a uma charmosa Panamá de arquitetura colonial e beleza singular de seus casarios coloridos. 

Por conta disso, esta região é muito turística e movimentada dia e noite. É nela que fica:

• Palácio Presidencial, 
• Antigo Convento de Santo Domingo, 
• Igreja de San José, 
• Catedral, 
• El Arco Chato, 
• Museu do Canal Interoceânico.

Desafio: desbravar a imponente torre da Catedral, de onde se terá uma linda vista da área verde da região (aberta de terça a domingo, das 8:30 às 16:30).

Acima listamos o principal, mas você certamente vai curtir admirar as praças que rendem bons passeios e fotos, observar os hotéis da região, os ótimos restaurantes, bares, cervejarias e mercados. 

Ótimo para conhecer um pouco mais do artesanato local, comprar seus souvenirs e desbravar o universo da chapelaria tão famosa do país. São várias as lojas de chapéus, com os mais variados preços, mas o modelo é único: o chapéu Panamá é inconfundível no seu formato! 

É claro que eu, a louca dos chapéus, comprei um para mim rsrs... certamente foi o chapéu mais caro que comprei na vida, pois custou 70 dólares, mas consegui um bom desconto e fui convencida da sua qualidade. Espero que dure a vida inteira rsrs... 

Dica: ao comprar o seu chapéu, parece frescura, mas peça o molde da cabeça, que é normalmente feito de papelão duro, para você poder guardar seu chapéu na mala sem amassar, sem danificar seu formato.

Também fizemos uma pausa em uma cervejaria e em uma fofíssima loja de chocolates! 

E pudemos ver um pouco dos preparativos para a Jornada Mundial da Juventude, que aconteceria no país em janeiro de 2019.

Panamá Viejo

Nossa passagem por lá foi no final do dia, quase anoitecendo, por isso mesmo não pegamos as atrações abertas, mas conseguimos ter uma noção do que se trata.

Esta é a área mais antiga da cidade, um verdadeiro sítio arqueológico e Patrimônio da Humanidade desde 1997, que ainda preserva construções em pedras e ruínas da sua fundação, que data de 1519. 

Panamá Viejo foi a primeira Cidade do Panamá, a primeira cidade estabelecida às margens do Oceano Pacífico, que permaneceu de pé até 1671. 

Todavia, como a cidade foi alvo de muitos ataques, fossem piratas ou índios, além de ter sido invadida e saqueada algumas vezes ao longo da sua história, ela sofreu bastante com a destruição advinda desses conflitos e foi evacuada para que ocorresse a explosão dos depósitos de pólvora, em 1671, expulsando os invasores e deixando o local em ruínas. 

A “nova” Cidade do Panamá foi construída onde atualmente encontra-se Casco Antiguo. 

Compras no Panamá

São vários shoppings, lojas de departamentos e centros comerciais. O país também é muito procurado para fazer compras já que os preços são parecidos com os praticados nos EUA e, mesmo em tempos de dólar alto, os produtos ainda saem mais baratos que no Brasil. Agora, atenção: esse barato não é aquele barato de antigamente. Às vezes, não chega a 20% mais barato, daí é sempre bom avaliar se vai valer mesmo a pena comprar, carregar os produtos e todos os riscos envolvidos. 

Como nós estávamos apenas começando nossa viagem de férias e ainda passaríamos por outros países, além das restrições de peso da bagagem despachada, cujo limite é de 23 kg nos voos operados pela Copa Airlines, não vi vantagem em fazer compras nem em perder meu tempo com isso na Cidade do Panamá. 

Limitei-me a comprar algumas coisas que realmente precisava, como um power bank extra na gigantesca loja Panfoto.

• Albrook: um dos maiores shoppings da América Latina, localizado em uma das áreas da antiga zona do Canal que foram revertidas ao país. Trata-se de um ponto muito transitado por panamenhos e turistas, em busca de boas barganhas. Lá também se encontra a estação rodoviária com transportes entrando e saindo da Cidade do Panamá, bem como o aeroporto internacional Marcos A. Gelabert.
• Multiplaza Pacific: boa opção por reunir diversas lojas e estar em local de fácil acesso.

Observação: o horário de funcionamento das lojas no Panamá costuma ser entre 11/11h da manhã até 19/20h da noite.

O imposto para compras no Panamá é de 7% (cobrado à parte).

Opções de Duty Free:

• Duty Free no aeroporto internacional Tocumen
• Duty Free do Causeway ou Isla Flamenco (precisa apresentar o passaporte)
• Zona Livre de Colón: um centro comercial que fica a 80km da cidade do Panamá
• Dica: avisar que é turista e apresentar passaporte porque muitas lojas dão descontos aos turistas que variam de 5 a 20%. Vejam mais dicas em http://guiapanama.com.br/compras-no-panama-um-guia-basico/

Dicas de Restaurantes

Nós não tivemos muito tempo de explorar mais a parte gastronômica da Cidade do Panamá, mas ficam aqui as dicas que eu coletei de vários outros blogs e sites, quando montei o roteiro para a nossa viagem.

Em Casco Viejo

• Lazotea Rooftop: Hotel Casa Panamá – reservas: geral@restaurantelazotea.com
• Santa Rita: Hotel Casa Panamá
• Ochoymedio: mais refinado e moderno
• Restaurantes da Casa Casco: restaurante e bar no rooftop (o restaurante do segundo andar é o Nación Sushi)
• Pastissima
• Barrio Pizza
• Diablicos: para comer comida tradicional panamenha (patacones, chicharrón, sancocho, arroz com frango, mariscos e peixes…) e assistir a shows folclóricos.
• Tantalo: bar animado
• Gatto Blanco: rooftop do hotel Casa Nuratti
• Casa Jaguar: balada/night

Conhecemos o Beníssimo Gelato e Caffé, onde fizemos uma pausa deliciosa para um sorvete! Entramos no Café El Burro Geisha, na Cervejaria Artesanal San Felipe e no Tropical Chocolate Café.

Jantamos uma noite no restaurante Mano de Tigre, dentro da Casacasco e conhecemos o badalado rooftop Gatto Blanco.

Cidade Moderna

• Cabana | Yoo Panama - O Yoo fica ao lado do Hilton, na Avenida Balboa.
• Chin Chin | Yoo Panamá
• Panaviera Pool Bar: no Hotel Trump Ocean Club / Ocean Sun Casino, em seu  66º andar, com piscina linda e vista incrível para a cidade. Boa pedida para assistir ao pôr do sol. Entrada ao Panaviera é pelo Ocean Sun Casino e não pelo hotel (estão lado a lado). Pode haver cobrança de entrada/consumação.

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