Ilha do Japonês, em Cabo Frio: paraíso ou furada?

 Lá vem polêmica: Ilha do Japonês, em Cabo Frio, vale a pena ou é furada? 

Na última postagem que fiz no instagram, em julho de 2021, quando estivemos na Ilha do Japonês pela última vez (e confesso que foi a segunda vez nela e que já fazia muito tempo desde que não íamos lá, pois a primeira vez foi em 2016!), ao revelar que estávamos na Ilha do Japonês, houve muita comoção para todos os lados: mensagens de curiosidade, ódio, pavor e de vontade de conhecer.

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Então vamos trazer um pouco dessa polêmica aqui para o blog e deixar as nossas impressões e dicas registradas para que você, na sua visita a Cabo Frio e passeio à Ilha do Japonês, possa ter uma boa experiência, assim como a gente teve. E eu te juro que das duas vezes que fui eu curti bastante.

Ok... eu posso ser apenas uma grande sortuda, né? Até posso, mas há sim informações e dicas super importantes que se você seguir eu acredito que poderá ter uma experiência digna de Caribe, viu? E eu não estou exagerando, pelo menos não em relação à cor da água, que pode ficar super azul e cristalina... já a temperatura da água está bem longe de ser caribenha: gelada! Afinal, Cabo Frio não tem esse nome à toa, né? A água é gelaaaaada!

Começando do começo, onde fica a Ilha do Japonês? Fica em Cabo Frio, a maior cidade da Região dos Lagos Fluminense, que fica a cerca de 2 horas da capital do RJ. 

E como faz para chegar nela? O ideal é que você esteja hospedado em Cabo Frio até mesmo para observar as condições climáticas e avaliar qual o melhor momento do dia e da maré para visitar a ilha.    

É até bem fácil chegar na Ilha do Japonês. Ela fica no encontro do mar com a água que vem da Lagoa de Araruama, dentro do Canal do Itajuru. Por isso também é importante seguir as dicas da maré para pegar a Ilha do Japonês com a água mais clara, azul e limpa!

Para quem não sabe, uma boa parte da Lagoa de Araruama, que é enooooorme, não está própria para banho. Em alguns trechos dela é possível sim banhar-se, como em alguns pontos de São Pedro da Aldeia. Por isso mesmo é sempre bom consultar as condições de balneabilidade.

Então, já sabemos que a Ilha do Japonês fica no final do Canal do Itajuru, quase no encontro do mar com as águas da Lagoa de Araruama e para chegar nela, a princípio, só de barco. Depois eu explico esse "a princípio" (veja lá no final do texto).

O meio mais fácil é o seguinte: pegar a lanchinha tipo táxi boat que sai quase em frente ao hotel Solar do Arco, no bairro da Passagem. Esse transporte, no momento, custa R$20.00 o total (ida e volta) por pessoa. É sempre bom confirmar quais os horários de retorno, o local de embarque e desembarque e, se quiser, pegue o whatsapp de algum condutor da lancha para se assegurar de não ficar para trás. 

Bem, dessa última vez nós arriscamos porque fomos num Domingo. Eu confesso que estava com medo de ter uma péssima experiência. Mas havia um sentimento de dar certo porque era um final de semana bem nebuloso e um tato chuvoso no Rio de Janeiro (capital) e, apesar disso, estava fazendo um solzinho gostoso em Cabo Frio, contrariando até mesmo a previsão do tempo e pensei: o mau tempo no Rio vai desanimar o pessoal que vem no esquema bate e volta e também, como a previsão do tempo não estava animadora e, de fato, acabou virando o tempo em Cabo Frio de tarde e ficou bem nublado, pensei cá com meus botões: o povo que está aqui para curtir o final de semana deve voltar para casa mais cedo ou vai almoçar e logo depois partir. 

Dito e feito! Acho que fez sentido o meu raciocínio e, neste ponto, tive sorte sim. Arrisquei ir num domingo e estava com medo de chegar lá e estar um formigueiro de gente, mas longe disso! Estava super tranquilo! E o melhor, tinha sol! Pelo menos, teve sol por um tempo, enquanto nós estivemos lá rsrs...

Fomos cedo! Chegamos lá às 10h. Na verdade, eu queria até ter ido mais cedo do que isso, sabe? Se conseguirem ir mais cedo, acho que as lanchas já começam a operar os passeios para a Ilha do Japonês a partir das 8h da manhã (mas confirmem antes o horário e também leiam até o final para combinar com as outras dicas).

Sim, havia pessoas, mas não estava abarrotada. Longe disso. Talvez o tempo instável e nublado no Rio tenha contribuído mesmo. Chegamos lá, caminhamos calmamente, parando em vários pontos para fotos, vídeos e banho, demos uma quase volta à ilha até acharmos um cantinho legal para deixarmos nossas mochilas e curtirmos a praia sossegadamente. Sem muvuca!!!! 

Aliás, fica aqui uma outra dica: a face da ilha voltada para a montanha é bem mais bonita para banho e bem mais interessante e azul do que a face da ilha voltada para o forte, para os barcos pesqueiros. 

Ficamos pouco mais de 2 horas na ilha e quando percebemos que o fluxo de pessoas chegando estava intensificando e que havia nuvens vindo, com chances de chuva, o que deixaria o céu nublado logo, nós nos antecipamos e voltamos para o hotel. Assim, escapamos das nuvens e também da muvuca (nem sei dizer que realmente ficou muvucado neste dia).

Ou seja, tivemos mais uma vez uma boa experiência. 

E, para a nossa alegria, a maré também estava favorável, ou seja, enchendo, o que faz com que a água do mar invada o canal, limpe essa parte do canal e deixe a água mais azul e cristalina

• Então vamos às dicas para que você também tenha uma ótima experiência na Ilha do Japonês?

💙 Evite visitar a Ilha do Japonês aos finais de semana. Se arriscar como nós fizemos, vá cedo! O mais cedo que conseguir (tipo 9h) para pegar a Ilha mais vazia. O fluxo maior de pessoas começa a partir das 11/12h. Assim, você consegue curtir a ilha super tranquila por pelo menos umas 2 horas, o que é tempo suficiente para tirar fotos e descansar, já que a Ilha do Japonês não é tão grande assim e não conta com qualquer infraestrutura. 

💙 IMPORTANTE: também observe a Tábua das Marés. Prefira ir no intervalo da maré enchendo para pegar o entorno da ilha com água clara e limpa.

💙 O embarque para a ilha fica no Canal do Itajuru, com acesso pelo Bairro da Passagem. Esse transfer custou R$20 por pessoa (ida e volta, no total), em julho de 2021.

💙 Na ilha não há infraestrutura!! Leve sua água e Snacks, mas CARREGUEM SEU LIXO embora! Não deixe lixo na praia! Inclusive, mal vi lixeiras ilha. Então, por favor, levem seu lixo embora! 

💙 De frente para a ilha, já no continente, tem uns 2 restaurantes (acessíveis de carro, caiaque e até caminhando pelo banco de areia). Nele você encontra infraestrutura, se quiser curtir, almoçar, passar o dia em um lugar mais confortável. Lembra que lá em cima eu disse que, a princípio, a única forma de chegar na Ilha do Japonês era de lancha? Pois bem, se você preferir, pode ir de carro até um desses restaurantes e atravessar o Canal de Itajuru caminhando em boa parte, nadando em outra ou de caiaque ou de SUP. Daí você fica um tempo na Ilha do Japonês e depois retorna para o continente, onde estará o seu carro. 

💙 Por fim, atenção com os seus pertences! Nós não tivemos problema algum. Deixamos nossas mochilas em local bem à vista da gente e curtimos o banho próximo a este local, sempre de olho. Mas é aquilo, né gente? Não dá para dar mole! Cuidado mesmo porque, infelizmente, furtos sempre podem acontecer.

Com todas essas dicas acima, eu acredito que a sua experiência na Ilha do Japonês será no mínimo bem melhor do que da maioria das pessoas que não se preocupa com esses detalhes. Depois me contem como foi, viu?