Como é ficar hospedado na Isla Perro Chico
São cerca de 365 ilhas em San Blás, todavia, nem todas estão abertas ao turismo, menos ainda para a hospedagem, e isso muda com muita frequência por lá. De um ano para o outro, a ilha pode fechar para o turismo ou pode até mesmo abrir com uma nova opção hospedagem.
Dentre as ilhas atendidas pelo Betzander estava a Perro Chico. Como ele nos acompanhou durante todo o tempo, o fato de ele conhecer a família Kuna Yala que administra a Isla Perro Chico facilitou bastante a nossa estada por lá.
A Isla Perro Chico está localizada no mini arquipélago de Cayo Limón e, de barco, a partir do Porto de Cartí, são cerca de 40 minutos de navegação.
Assim, o jeito era encarar o banheiro fechado, com chinelo, e com vários saquinhos onde eu colocava meus pertences dava um jeito de pendurar porque eu não tinha coragem de encostar minhas coisas lá no banheiro, nem queria correr o risco de pendurar algo e de repente cair naquele chão sujinho.
Observação: a parte mais difícil era realmente o momento do nº 2! Sério... era complicado! O número 1 eu não vou negar que, passando maior parte do tempo dentro da água do mar, era lá mesmo que fazia... mas o nº 2 não tinha jeito, né? Era no banheiro coletivo mesmo. Por isso mesmo que levei meu kit frescura com álcool em gel (eu limpava também a privada), lenços umedecidos e pronto. Tudo resolvido kkkk...
Outra questão complicada é a higiene local... muito duvidosa. Os banheiros até que ficavam razoavelmente limpos na maior parte do dia. Mas à noite, depois que os turistas iam embora, a casinha de banho estava sempre com muita areia e muita água no chão (o ralo entupia... sério... triste até de lembrar... imagina ao vivo! Nojinho.. kkkk).
No total, ficamos hospedados 3 noites em Isla Perro. Inicialmente em um quarto em cima do restaurante, com piso de cimento, energia elétrica 24h e tomadas.
O quarto era pequeno, com janela e cortina bem fininha que eu cismava o tempo todo que do lado de fora deviam ver a gente ali dentro rsrs... a limpeza estava longe de ser um primor e, durante o dia, o calor era dos infernos. À noite, até que a gente conseguia dormir razoavelmente bem, com o ventilador ligado.
Depois, mudamos para uma cabana à beira mar, de chão de areia e vista de filme de romance!
Feita de "paredes" de bambu e teto de palha, a cabana acabou sendo mais confortável do que o quarto. Sim... pés na areia o tempo todo, mas a gente limpava antes de deitar na cama para dormir.
E se chover, molha dentro da cabana? Graças a Deus, não tivemos essa experiência. Mas algumas cabanas contavam com um revestimento em cima de plástico azul, como se fosse um toldo, provavelmente para proteger da chuva. As que não tinha, certamente, em dias chuvosos, devem formar goteiras sim. O negócio é torcer para não chover!
Também sempre é bom lembrar que não tem frigobar nas cabanas nem nos quartos. A Ilha até conta com um refrigerador, mas a gente não confiou de deixar nada guardado com eles. Por isso mesmo é bom levar para lá, se quiser levar bebidas, apenas aquelas que não precisam ser geladas nem precisem de gelo para beber.
Porém, a cabana só tinha energia elétrica das 18h até de manhã, não havia tomadas (levamos alguns Power Banks carregados) e recebemos à noite a visita de pássaros atrás das frutas que compramos... só percebemos isso por causa das pegadas na areia ao redor da cama rsrsrs... mas isso não incomodou.
Não deixem de levar seus power banks (baterias extras). Não sei lá em Perro Chico porque não precisei usar, mas muitos dos restaurantes das ilhas cobram cerca de 1 dólar para cada carga que você precisar dar no seu celular. Os índios kuna são espertos, né?
Para tornar a hospedagem um pouco mais aconchegante, levamos roupa de cama e banho (de cama eles até oferecem, mas é velha e de higiene duvidosa), levamos nossa farmacinha com vários remédios, pois o hospital mais perto fica a algumas horas, levamos lanchinhos como frutas e água, além de vinho e rum! Também compramos copos descartáveis.
Repelente não foi necessário, mas sempre carrego comigo! E, é claro, filtro solar, roupas leves, óculos (levamos nossa máscara e snokel).
A respeito da alimentação, eram servidas três por dia!
O café da manhã era bem simples, mas era satisfatório para quem não acorda com muita fome. O problema é a variedade e não havia frutas. Senti falta de ao menos uma frutinha. Além disso, quase sempre havia uma fritura no café da manhã. Para bebida, era café e café! kkkk... só café!
O almoço e o jantar eram à base de peixes e frutos do mar!
Nós amamos e isso não foi problema. Camarões e peixe estavam sempre presentes e acompanhados de algum carboidrato como arroz ou bananas fritas ou alguma outra coisa frita. Eles adoram uma fritura.
Betzander, nosso guia, ainda conseguiu providenciar para a gente, sem termos que pagar a mais para isso, a inclusão de uma refeição com lagosta, à nossa escolha (almoço ou jantar) e também a cortesia de 2 cervejas rsrs... um fofo, né?
Esses itens costumam ser cobrados à parte. Aliás, qualquer bebida é cobrada à parte. A gente levou bastante água para lá e não precisamos comprar. Além disso, tínhamos vinho e rum que também levamos.
Agora, se você for do tipo que sente muita fome, reforço a ideia de levar seus lanches e também doces. Nunca havia sobremesa e se você for do meu time que sente falta de um açúcar, de um chocolate ou algo doce para comer de sobremesa, leve com você!
Como vocês podem ver pelas fotos, as refeições não são generosas, mas também não são versões petit francesas. A questão é que não se pode repetir e, se chegar atrasado no horário estabelecido para comer, perde o direito de comer gratuitamente. Tem que pagar à parte (ao menos foi o que nos contaram, porque nós não tivemos essa experiência nem vimos outra pessoa passando por isso).
Além de curtir ao máximo a ilha sem turistas, na parte da manhã - as excursões começam a chegar por volta das 10h - e na parte da tarde - as excursões vão embora por volta das 16h, e você fica com a ilha praticamente toda para você, principalmente se for durante a semana, em que poucas pessoas ficam por lá para dormir, em termos de entretenimento, vale a sua criatividade! kkkk...
No nosso caso, a gente se divertia na ilha o dia inteiro, fazendo os passeios, mergulhando no navio naufragado, conversando com um ou outo turista, tirando mil fotos (aí quem se divertia era eu enquanto o Julio não aguentava mais kkkk) e contemplando a natureza. Juro para vocês que o que a gente menos fez por lá foi dormir!
Mas fica a dica para quem se enjoa rápido de contemplar a natureza ou não liga tanto assim de ficar horas e horas mergulhando, vendo corais e o navio naufragado... leve um livro, raquetes de frescobol, peteca, bola, algo para se entreter.
O quarto era pequeno, com janela e cortina bem fininha que eu cismava o tempo todo que do lado de fora deviam ver a gente ali dentro rsrs... a limpeza estava longe de ser um primor e, durante o dia, o calor era dos infernos. À noite, até que a gente conseguia dormir razoavelmente bem, com o ventilador ligado.
Não deixem de levar seus power banks (baterias extras). Não sei lá em Perro Chico porque não precisei usar, mas muitos dos restaurantes das ilhas cobram cerca de 1 dólar para cada carga que você precisar dar no seu celular. Os índios kuna são espertos, né?
Repelente não foi necessário, mas sempre carrego comigo! E, é claro, filtro solar, roupas leves, óculos (levamos nossa máscara e snokel).
- Clique aqui e leia sobre O levar para San Blás e faça seu checklist da mala antes.
Como são as refeições na Isla Perro Chico
A respeito da alimentação, eram servidas três por dia!
- Café da manhã servido das 7h às 8:30.
- Almoço era das 12h às 13:30.
- E o jantar era servido das 19h às 20h.
Betzander, nosso guia, ainda conseguiu providenciar para a gente, sem termos que pagar a mais para isso, a inclusão de uma refeição com lagosta, à nossa escolha (almoço ou jantar) e também a cortesia de 2 cervejas rsrs... um fofo, né?
Como vocês podem ver pelas fotos, as refeições não são generosas, mas também não são versões petit francesas. A questão é que não se pode repetir e, se chegar atrasado no horário estabelecido para comer, perde o direito de comer gratuitamente. Tem que pagar à parte (ao menos foi o que nos contaram, porque nós não tivemos essa experiência nem vimos outra pessoa passando por isso).
E o que fazer na Isla Perro Chico?
Além de curtir ao máximo a ilha sem turistas, na parte da manhã - as excursões começam a chegar por volta das 10h - e na parte da tarde - as excursões vão embora por volta das 16h, e você fica com a ilha praticamente toda para você, principalmente se for durante a semana, em que poucas pessoas ficam por lá para dormir, em termos de entretenimento, vale a sua criatividade! kkkk...
- Sobre a internet: fui com o chip da +Móvil que até me surpreendeu porque achei que ficaria completamente offline. Teve só um dia que não conectou nada das redes sociais. Mas o Whatsapp funcionou sempre. Ou seja, se você depende de estar conectado sempre à internet, San Blás não é o melhor destino para você conhecer.
- O pôr do sol era perto das 18h e o nascer do sol em torno das 6h da manhã.
A gente acordava umas 5:30 e ficava esperando o nascer do sol na praia... depois, tínhamos o banheiro coletivo só para a gente, já que ninguém acordava assim tão cedo, né? kkkk... bom para a gente fazer a nossa higiene matinal sozinhos no banheiro kkkk...
- Segurança: não tivemos problemas! Mas deixávamos sempre a nossa bolsa trancada com cadeados.
- Valeu a pena? Sim!
- Eu faria de novo? Sim!
- Eu ficaria mais dias do que eu fiquei? Não! kkkkk... meu cabelo não aguentaria mais que 4 dias em San Blás!
- E, por fim, a última pergunta: Eu ficaria de novo na Isla Perro Chico? Talvez sim, se o Betzander não trabalhasse agora com outra ilha que tivesse cabana com banheiro coletivo. Mas preferiria ainda uma ilha com banheiro privativo.
A hospedagem na Isla Perro Chico custou 100 dólares por dia/por pessoa, incluindo as 3 refeições e 1 passeio por dia.
Quais outras ilhas nós também indicamos para Hospedagem? Além da Perro Chico, recomendamos a hospedagem nas ilhas Aguja, Wailidub, Chicheme e Franklin, que oferecem cabanas e camping. Já na Perro Grande, se o seu espírito for muito aventureiro, lá é somente camping, mas é uma das mais paradisíacas.
Aguja e Wailidub oferecem cabanas com banheiros privativos. Mas o Betzander não trabalhava com elas em 2018.
- Observação: outra forma de hospedagem é em saveiros ou catamarãs.
Perro Chico parecia estar investindo em crescer, com a construção de mais cabanas. A ilha também conta com infraestrutura de mesas e bancos para acomodar os turistas que vão para passar o dia, no passeio bate e volta, além disso, é também possível acampar por lá.
E qual é a frase que resume a nossa experiência em San Blás? "O paraíso requer sacrifícios! E San Blás é um lugar para fazer detox!"
Observação final sobre a hospedagem na Isla Perro Chico: ficamos muito tristes em ver tanto lixo na ilha. Era muito lixo acumulado, esperando passar o barco que coleta o lixo nas ilhas para levar para o continente. Eu não consegui descobrir a periodicidade deste barco, mas deu a entender que fica meses sem passar e esse lixo vai sendo acumulado em uma verdadeira montanha de sujeira que, por conta de chuva e vento, acaba sendo levando muita coisa para o mar.
Mas pense que seu lixo fará parte daquela montanha que se acumula por lá e que muita coisa acaba indo para o mar. Portanto, colabore com a manutenção do paraíso, faça a sua parte e leve seu lixo embora! Esse é o nosso pedido para você que pretende pernoitar em San Blás e também que vá passear apenas durante o dia.
Olá, como você marcou a cabana? Ligou ou marcou pela internet? Obrigada
ResponderExcluirOlá, o pessoal do Guia Panamá me ajudou com todos os agendamentos e a logística. Fazer direto com os índios pode ser bem complicado.
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