Vamos contar para vocês, em detalhes, como foram os nossos 4 dias de passeios pela Chapada dos Veadeiros em Maio de 2016 (lembrando que também fomos para lá em Outubro de 2016 e que todas as dicas estão apresntadas no Post Introdutório - clique aqui).
Cachoeira Santa Bárbara (foto sem edição) |
Cachoeira Santa Barbarinha (foto sem edição) |
A região da Chapada dos Veadeiros está a 230km de Brasília, a 520km de Goiânia, a 1.337km de São Paulo, a 1.000km de Belo Horizonte e a 500km de Palmas.
Como vocês podem perceber, apesar de pertencer ao estado de Goiás, em razão da proximidade maior com a cidade de Brasília, acaba sendo a capital brasileira o melhor local para ter acesso à região, motivo este que leva as pessoas a optarem por voar até Brasília onde alugam carro (3h de estrada) ou vão de ônibus até Alto Paraíso.
Hoje em dia, todavia, o forte mesmo que agita a região da Chapada dos Veadeiros, que é composta pelos municípios de Alto Paraíso e Cavalcante, além do vilarejo de São Jorge (que pertence a Alto Paraíso), é o ecoturismo e o turismo místico!
Porém, um dos maiores motivos para que a Chapada tenha ficado famosa e conhecida tem a ver mesmo com todo o misticismo que a envolve. Atraindo cada vez mais pessoas em busca de auto conhecimento e retiros religiosos, esse interesse todo pela região tem como uma das grandes razões o fato de estar localizada em cima de uma imensa placa de cristal de quartzo, o mais antigo patrimônio geológico do continente, além de ser cortada pelo Paralelo 14, o mesmo que passa por Machu Picchu, o que leva a muitos concluírem tratar-se de um verdadeiro centro de concentração de energia.
Em noites de céu claro, há quem diga que, ao sobrevoar a chapada, o seu território chega a brilhar por causa do fenômeno de absorção de luz durante o dia pelos cristais ou poderia ser pelo reflexo da luz da lua... E o artesanato de cristais é bem explorado ainda por lá, apesar de a extração dos cristais do Parque Nacional ser proibida.
Cristais sempre foram associados à captação de energias e vibrações. Há quem trabalhe com a implementação de algumas terapias/tratamentos com base neles, bem como é comum encontrar na Chapada diversos lugares dedicados à meditação e à entoação de mantras, como a Gota (em Alto Paraíso). Uma curiosidade: há um Guru muito famosos que fica na estrada entre Alto Paraíso e São Jorge. Ele passa metade do ano no Brasil e metade na Índia.
Para vocês terem ideia, a ocupação mística da Chapada começou pouco antes da própria criação do Parque, com a chegada de uma missão espiritual, em 1957, vinda de Recife, que fundou uma instituição filantrópica que ensinava o esperanto, a língua dos espíritos.
Mas a verdade é que tem muita gente mesmo que vai para lá atrás de seres extraterrenos! Aliás, o próprio portal de entrada de Alto Paraíso já nos remete ao formato de um Disco Voador - OVNI e tem gente que jura que viu sim ET por lá ou, pelo menos, presenciou fatos estranhos. Seja pelo lado místico, seja pelo exotérico muito forte, seja pela brincadeira, há quem defenda que essa energia toda emanada pelos cristais e a sua própria luz e brilho da região sejam responsáveis por atrair seres extraterrestres. Infelizmente (ou não!), a gente não viu... quer dizer, a gente acha que não viu até porque não sabemos se fomos abduzidos e se apagaram a nossa memória kkkk...
Cristais sempre foram associados à captação de energias e vibrações. Há quem trabalhe com a implementação de algumas terapias/tratamentos com base neles, bem como é comum encontrar na Chapada diversos lugares dedicados à meditação e à entoação de mantras, como a Gota (em Alto Paraíso). Uma curiosidade: há um Guru muito famosos que fica na estrada entre Alto Paraíso e São Jorge. Ele passa metade do ano no Brasil e metade na Índia.
Mas a verdade é que tem muita gente mesmo que vai para lá atrás de seres extraterrenos! Aliás, o próprio portal de entrada de Alto Paraíso já nos remete ao formato de um Disco Voador - OVNI e tem gente que jura que viu sim ET por lá ou, pelo menos, presenciou fatos estranhos. Seja pelo lado místico, seja pelo exotérico muito forte, seja pela brincadeira, há quem defenda que essa energia toda emanada pelos cristais e a sua própria luz e brilho da região sejam responsáveis por atrair seres extraterrestres. Infelizmente (ou não!), a gente não viu... quer dizer, a gente acha que não viu até porque não sabemos se fomos abduzidos e se apagaram a nossa memória kkkk...
Do contrário, se você for como a gente que vai num feriado ou num período curto de férias, a dica que damos é que procure pesquisar e ver as fotos para organizar um roteiro com as trilhas e cachoeiras que mais te agradam, tendo em mente que a época do ano que você escolher vai influenciar bastante na sua decisão, já que alguns lugares ficam fechados durante a temporada das chuvas, por conta de riscos de enchentes e trombas d`água, por exemplo.
Em maio de 2016, nossos passeios foram realizados com o guia Riverlino (@river_mello - contato: Whatsapp: 62 996783206), que formou um grupo, organizou a melhor logística e distribuiu as trilhas para cada dia da seguinte forma, com a ressalva de que cada um foi no seu carro e esse valor que pagamos foi para ter o guia conosco
ATENÇÃO: todos os valores descritos abaixo são de 2016 e muito provavelmente já sofreram alteração... portanto, servirão apenas como referência para terem alguma noção. Não deixem de confirmar os valores com o seu guia quando forem e também as taxas de acesso a algumas atrações que ficam dentro de propriedade particulares.
. 1º dia:
Esse foi um dia intenso de trilhas em que fizemos pela manhã a Trilha do Mirante da Janela, passando pela Cachoeira do Abismo, que estava seca, mas foi incrível poder avistar os saltos do Rio Preto a partir dos mirantes (8km de caminhada ida e volta) e, de tarde, nós emendamos, sem pausa para almoço, com a trilha das Cataratas dos Couros (4km de caminhada ida e volta) - o valor do guia custou àquela época R$50,00 por pessoa. Saída bem cedo, às 7h.
Esse foi um dia intenso de trilhas em que fizemos pela manhã a Trilha do Mirante da Janela, passando pela Cachoeira do Abismo, que estava seca, mas foi incrível poder avistar os saltos do Rio Preto a partir dos mirantes (8km de caminhada ida e volta) e, de tarde, nós emendamos, sem pausa para almoço, com a trilha das Cataratas dos Couros (4km de caminhada ida e volta) - o valor do guia custou àquela época R$50,00 por pessoa. Saída bem cedo, às 7h.
- Ingresso para a Catarata dos Couros: R$5,00
- Ingresso para a trilha da Janela: R$10,00
Saímos cedo e fomos de carro até o início da trilha do Mirante da Janela e Cachoeira do Abismo. Mas a gente já sabia que a Cachoeira do Abismo estava seca e que seria uma trilha sem opção de banho para refrescar!
Fato é que isso fez uma diferença enorme, porque a possibilidade de fazer uma pausa para se refrescar dá uma renovada grande no corpo e diminui o cansaço.
Para chegar lá, boa parte da estrada que tem cerca de 63km é bem chatinha, sem asfalto, de terra e de acesso difícil. Um carro com uma potência maior já dá conta. Não precisa ser um 4x4. Mas prepare-se que vai sujar! Se for sozinho, não volte à noite para não correr o risco de se perder.
Foram cerca de 4km de trilha, passando pelos 4 paredões de cachoeiras que formam as Cataratas a partir das quedas do rio Couros, com muito sobe e desce e algumas escaladas (mas também nada intenso tipo um rapel... tudo que estava ao meu alcance, que não sou das mais aventureiras kkkk).
O River levou a galera para passar pertinho de uma queda d`água e guiou a gente o tempo todo, indicando o caminho, a forma como escalar, os cuidados para não escorregar.
Até o Julio, que é mais destemido, chegou perto algumas vezes, ameaçou saltar, mas desistiu. Mas chegamos bem pertinho de um penhasco, só para vencer aquele medinho de altura e tirar umas fotos lindas... vejam só:
No final da aventura, ainda fomos brindados com um belíssimo pôr do sol do cerrado! Coisa linda de viver!
- Água (a gente calcula no mínimo 1L para cada um, mas até que foi pouco neste dia. Por sorte, havia um bebedouro no final da trilha do Mirante da Janela onde reabastecemos nossa garrafa).
- Lanches: snacks, sanduíches, castanhas, coisas leves que renovem suas forças
- Calçado confortável para a trilha do Mirante da Janela e algo com um bom antiderrapante (uma papete por exemplo) para a Catarata dos Couros
- Repelente: no final do dia, na Catarata dos Couros, eu fui tão atacada por borrachudos que onde eu não tinha passado repelente eles me picavam. No final, eu passei repelente no rosto todo, cabelo, orelhas, além do corpo... foi um massacre! kkkk...
- Casaco leve: para o início da trilha e o final do dia
- Toalha de Banho para se enxugar após o tibum na água
. 2º dia:
Cachoeira Santa Bárbara, em Cavalcante, com Cachoeira da Capivara e, no retorno, parada no Poço Encantado - custou à época R$35,00 por pessoa. Saída também foi cedo, até porque dirigimos até Cavalcante, a cerca de 1:30 de Alto Paraíso.
Cachoeira Santa Bárbara, em Cavalcante, com Cachoeira da Capivara e, no retorno, parada no Poço Encantado - custou à época R$35,00 por pessoa. Saída também foi cedo, até porque dirigimos até Cavalcante, a cerca de 1:30 de Alto Paraíso.
- Ingresso na Santa Bárbara e Capivara: R$20,00
- Ingresso no Poço Encantado: R$20,00 (mas pagamos com desconto, R$15,00, por termos chegado mais no final do dia).
Não nego que a minha grande expectativa para a Chapada dos Veadeiros estava justamente neste passeio para ver de perto a Cachoeira Santa Bárbara, uma das mais mais divulgadas em redes sociais, principalmente no instagram.
Enfim... fato é que, de qualquer forma, começamos o dia bem cedo e para quem tiver tempo e mais disposição para dividir a hospedagem entre Cavalcante e Alto Paraíso/São Jorge, vale muito a pena considerar pernoitar em Cavalcante para já acordar por lá mesmo e ter a oportunidade de chegar na Santa Bárbara mais cedo, sem tanta gente.
Como fomos em um feriado, isso também nos prejudicou um pouco porque não vimos a Cachoeira vazia. Realmente, por ser considerada hoje em dia como um dos maiores atrativos da região, pensar em chegar nela vazia em pleno feriado seria muito ingênuo. Eu já esperava encontrar um bocadinho de gente. O que eu não imaginava, por outro lado, é que, como a água dela é fria, a galera não fica muito tempo assim dentro e mergulhando.
Observação: nesta época do ano que fomos, tampouco adiantaria chegar super cedo na Santa Bárbara se o objetivo fosse fotografá-la com luz do sol porque, por ser cercada de uma mata mais fechada, para ela ficar iluminada e para que sua cor de esmeralda brilhe intensamente, o sol precisava estar mais em cima dela, o que tornava o período entre 11:30 e 12:30 o ideal para vê-la mais bonita em termos de cores. Mas, é claro... se o objetivo fosse pegá-la vazia, aí sim valeria a pena dormir em Cavalcante e ir cedinho, independentemente de estar na sombra. Parece que a melhor época para vê-la toda iluminada é no mês de setembro, mas isso deve ser confirmado.
Vamos voltar ao começo e contar como foi?
Cavalcante, que é um município pequeno e com menos infraestrutura do que sua vizinha Alto Paraíso, está distante dela a mais ou menos 90km (quase 2h de estrada). Em maio de 2016, quando fomos, a estrada estava boa no geral. Não tivemos percalços.
A Cachoeira Santa Bárbara está a 33km de Cavalcante, a 142km de Alto Paraíso e a 157km de São Jorge.
Já em Cavalcante, mas antes de chegarmos na comunidade quilombola dos Kalungas, a gente fez uma primeira parada para conhecer a Cachoeira Ave Maria, que lembra um véu de noiva num vale profundo com a cachoeira bem à nossa frente... o dia já começava bem e prometendo muitas belezas!
Se tiverem a oportunidade, não deixem de parar para contemplá-la, pois o mirante que dá acesso à vista da Cachoeira Ave Maria fica bem pertinho da estrada. Mas não tem local para banho... é só vista mesmo!
Nós pagamos R$10,00 por uma jardineira na ida e um 4x4 na volta que fez o trajeto de travessia do rio e por um trecho da estrada de terra. Pagamos R$20,00 de entrada e mais o valor do guia. Lembrando que é obrigatório ter um guia para visitar a Santa Bárbara (é imposição dos próprios Kalungas).
O ingresso no valor de R$20,00 também dá direito à visitar a cachoeira Capivara. O fato de já chegar com guia também facilita para não ficar um tempão esperando sua vez no Centro de Visitantes e, a depender da época do ano ou do tipo de feriado, a fila de espera pode ser bem grandinha.
Tudo por lá pareceu bastante organizado e eles fazem questão de reforçar que os grupos de visitantes não devem ficar muito mais do que 1hora dentro do complexo da Santa Bárbara.... o que é uma pena, porque o lugar merecia mais tempo para poder contemplar melhor e curtir.
A gente caminhou cerca de 15/20 minutos em meio ao cerrado até chegar no primeiro local onde paramos: a cachoeira Santa Barbarinha!
Pronto... corri para me aprontar antes dos coleguinhas do grupo e dei meu tibum na frente da todo mundo!!! Eeeeehhhhhh... consegui minhas fotos exclusivas na Cachoeira sem ninguém!!! Eita Felicidade!
Mas advirto que a água é geladaaaaaaa! E correr para dar esse tibum foi muita força de vontade de ter fotos sozinha nela kkkk...
É claro que minha exclusividade durou pouco e logo as pessoas entraram também. Eu já tinha alcançado meu objetivo e estava feliz da vida. Aproveitamos inclusive para tirar algumas fotos com o dome, um acessório da Gopro que facilita na hora de tirar aquela foto meio a meio (metade dentro da água e metade fora da água).
A cor azul vibrante realmente hipnotiza!
Vejam mais informações sobre a Reserva Natural do Quilombo Kalunga em www.quilombokalunga.org.br
Outras cachoeiras que também estão dentro da Reserva Natural são a do Rio da Praia e a Candaru, que não visitamos.
Após, voltamos para a estrada, já no caminho de volta para Alto Paraíso, e paramos no Poço Encantado, um balneário com ótima infraestrutura e acesso fácil e asfaltado pela estrada, que fica mais ou menos no meio do caminho entre Alto Paraíso e Cavalcante.
Bem... depois de visitar a Santa Bárbara, é natural não achar uma cachoeira de cor escura linda, não é? Portanto, perdoem-me se eu estiver sendo injusta kkkk... é claro que o Poço Encantado não é feio e acho que vale conhecer, porém eu não fiquei impressionada lá e achei a água muito fria e muito escura, num tom castanho, tanto que nem animei a mergulhar porque já estava no final da tarde e eu comecei a sentir frio.
De qualquer forma, para quem desejar saber mais, eles têm site com a programação: https://www.gotasatsom.com.br/
LEIAM TAMBÉM:
- Chapada dos Veadeiros: Roteiro, Passeios e Dicas
- Trilhas pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
- Como é a Hospedagem no Paraíso dos Pândavas
- O melhor risoto do cerrado: conheça o Santo Cerrado Bistrô
- Chapada dos Veadeiros: Roteiro, Passeios e Dicas
- Trilhas pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
- Como é a Hospedagem no Paraíso dos Pândavas
- O melhor risoto do cerrado: conheça o Santo Cerrado Bistrô
Postar um comentário