12 abril 2018

Chapada dos Veadeiros: Passeios (Parte 1)

Vamos contar para vocês, em detalhes, como foram os nossos 4 dias de passeios pela Chapada dos Veadeiros em Maio de 2016 (lembrando que também fomos para lá em Outubro de 2016 e que todas as dicas estão apresntadas no Post Introdutório - clique aqui).

Cachoeira Santa Bárbara (foto sem edição)

Cachoeira Santa Barbarinha (foto sem edição)

Mas vale a pena relembrar algumas informações importantes:

A região da Chapada dos Veadeiros está a 230km de Brasília, a 520km de Goiânia, a 1.337km de São Paulo, a 1.000km de Belo Horizonte e a 500km de Palmas. 

Como vocês podem perceber, apesar de pertencer ao estado de Goiás, em razão da proximidade maior com a cidade de Brasília, acaba sendo a capital brasileira o melhor local para ter acesso à região, motivo este que leva as pessoas a optarem por voar até Brasília onde alugam carro (3h de estrada) ou vão de ônibus até Alto Paraíso.



Para quem não sabe, embora tenha ganhado uma fama turística mais recentemente, a história da Chapada é antiga e remonta ao ciclo do ouro, em Cavalcante, momento em que se formou a maior comunidade de quilombolas do Brasil, os Kalungas, cujos descendentes permaneceram por lá até hoje. Depois vieram a pecuária e o ciclo do cristal, em São Jorge! Mas o seu nome vem do antigo povoado de Veadeiros, onde atualmente encontra-se a cidade de Alto Paraíso, que era um vilarejo onde moravam caçadores e cães veadeiros, que caçavam veados.

Hoje em dia, todavia, o forte mesmo que agita a região da Chapada dos Veadeiros, que é composta pelos municípios de Alto Paraíso e Cavalcante, além do vilarejo de São Jorge (que pertence a Alto Paraíso), é o ecoturismo e o turismo místico!


Além de ser conhecida como o Berço das Águas por causa das inúmeras nascentes de água cristalina que correm para as principais bacias hidrográficas do país, também é uma região especial por abrigar a maior porção de cerrado contínuo, um bioma riquíssimo em biodiversidade cuja necessidade de proteção levou à criação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros em 1961, uma unidade de conservação de proteção integral, que é considerado pela UNESCO desde 2001 como Patrimônio da Humanidade. Com uma área de 65.514 ha de cerrado de altitude, sua administração e controle são feitos pelo ICMBio, sendo que 60% da sua área fica em Cavalcante e 40% em Alto Paraíso.




Porém, um dos maiores motivos para que a Chapada tenha ficado famosa e conhecida tem a ver mesmo com todo o misticismo que a envolve. Atraindo cada vez mais pessoas em busca de auto conhecimento e retiros religiosos, esse interesse todo pela região tem como uma das grandes razões o fato de estar localizada em cima de uma imensa placa de cristal de quartzo, o mais antigo patrimônio geológico do continente, além de ser cortada pelo Paralelo 14, o mesmo que passa por Machu Picchu, o que leva a muitos concluírem tratar-se de um verdadeiro centro de concentração de energia.


Em noites de céu claro, há quem diga que, ao sobrevoar a chapada, o seu território chega a brilhar por causa do fenômeno de absorção de luz durante o dia pelos cristais ou poderia ser pelo reflexo da luz da lua... E o artesanato de cristais é bem explorado ainda por lá, apesar de a extração dos cristais do Parque Nacional ser proibida.

Cristais sempre foram associados à captação de energias e vibrações. Há quem trabalhe com a implementação de algumas terapias/tratamentos com base neles, bem como é comum encontrar na Chapada diversos lugares dedicados à meditação e à entoação de mantras, como a Gota (em Alto Paraíso). Uma curiosidade: há um Guru muito famosos que fica na estrada entre Alto Paraíso e São Jorge. Ele passa metade do ano no Brasil e metade na Índia.




Para vocês terem ideia, a ocupação mística da Chapada começou pouco antes da própria criação do Parque, com a chegada de uma missão espiritual, em 1957, vinda de Recife, que fundou uma instituição filantrópica que ensinava o esperanto, a língua dos espíritos.

Mas a verdade é que tem muita gente mesmo que vai para lá atrás de seres extraterrenos! Aliás, o próprio portal de entrada de Alto Paraíso já nos remete ao formato de um Disco Voador - OVNI e tem gente que jura que viu sim ET por lá ou, pelo menos, presenciou fatos estranhos. Seja pelo lado místico, seja pelo exotérico muito forte, seja pela brincadeira, há quem defenda que essa energia toda emanada pelos cristais e a sua própria luz e brilho da região sejam responsáveis por atrair seres extraterrestres. Infelizmente (ou não!), a gente não viu... quer dizer, a gente acha que não viu até porque não sabemos se fomos abduzidos e se apagaram a nossa memória kkkk... 



Brincadeiras à parte e voltando ao que interessa, com altitude que ultrapassa 1.600 metros e mais de 300 cachoeiras espalhadas pela região, visitar a Chapada dos Veadeiros requer um planejamento mínimo até mesmo para você poder priorizar o que mais te interessa, a não ser que você vá passar uma temporada grande por lá, com bastante tempo para explorar tudo.

Do contrário, se você for como a gente que vai num feriado ou num período curto de férias, a dica que damos é que procure pesquisar e ver as fotos para organizar um roteiro com as trilhas e cachoeiras que mais te agradam, tendo em mente que a época do ano que você escolher vai influenciar bastante na sua decisão, já que alguns lugares ficam fechados durante a temporada das chuvas, por conta de riscos de enchentes e trombas d`água, por exemplo. 


Em maio de 2016, nossos passeios foram realizados com o guia Riverlino (@river_mello - contato: Whatsapp: 62 996783206), que formou um grupo, organizou a melhor logística e distribuiu as trilhas para cada dia da seguinte forma, com a ressalva de que cada um foi no seu carro e esse valor que pagamos foi para ter o guia conosco 

ATENÇÃO: todos os valores descritos abaixo são de 2016 e muito provavelmente já sofreram alteração... portanto, servirão apenas como referência para terem alguma noção. Não deixem de confirmar os valores com o seu guia quando forem e também as taxas de acesso a algumas atrações que ficam dentro de propriedade particulares.

. 1º dia: 

Esse foi um dia intenso de trilhas em que fizemos pela manhã a Trilha do Mirante da Janela, passando pela Cachoeira do Abismo, que estava seca, mas foi incrível poder avistar os saltos do Rio Preto a partir dos mirantes (8km de caminhada ida e volta) e, de tarde, nós emendamos, sem pausa para almoço, com a trilha das Cataratas dos Couros (4km de caminhada ida e volta) - o valor do guia custou àquela época R$50,00 por pessoa. Saída bem cedo, às 7h.

- Ingresso para a Catarata dos Couros:  R$5,00
- Ingresso para a trilha da Janela: R$10,00

Saímos cedo e fomos de carro até o início da trilha do Mirante da Janela e Cachoeira do Abismo. Mas a gente já sabia que a Cachoeira do Abismo estava seca e que seria uma trilha sem opção de banho para refrescar!





Fato é que isso fez uma diferença enorme, porque a possibilidade de fazer uma pausa para se refrescar dá uma renovada grande no corpo e diminui o cansaço.


Apesar de começarmos cedo e com um friozinho da manhã, não demorou muito a esquentar e logo logo já estávamos suando. Por isso mesmo que é importante vestir-se no modo cebola rsrs... para esta época do ano que fomos, em condições normais (não tinha frente fria, por exemplo), um casaquinho pela manhã já resolve, tipo uma jaqueta jeans ou um corta-vento.


Eu não me lembro direitinho quanto tempo levamos de caminhada para fazer a trilha do Mirante da Janela, mas a média seria de 3h e acho que fizemos em mais tempo, até porque nosso passo é mais contemplativo do que a média das pessoas já que paramos para tirar fotos o tempo todo rsrs...


Alguns trechos são íngremes e exigem um pouco mais do corpo. Outros trechos impõem pequenas escaladinhas em pedras, mas nada tão intenso. Não chega a ser um rapel. Por isso também é legal você vestir algo confortável e flexível. No meu caso, fui de legging para ter essa maleabilidade com as pedras e com tênis de trilha.


Apesar de não ter a Cachoeira do Abismo, o Mirante da Janela já compensou todo o esforço! A vista dele é linda demais para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e para a Trilha dos Saltos!


Que paisagem mais exuberante! É claro que tiramos várias fotos, né?




Foi mal pelo overposting de fotos no Mirante da Janela... mas é que eu me senti tão aventureira andando ali, sem escorregar, sem cair, mas com um baita medo! kkkkk... por isso, quando conquistos feitos assim de muita valentia, eu registro muito para sempre lembrar de que somos capazes de vencer e superar desafios! O maior desafio é sempre o psicológico! Portanto... lá vai mais uma foto no mirante... mas juro que é a última!


Como a nossa trilha se estendeu um pouco além da média de tempo, a gente não parou para almoçar. Comemos um sanduíche que levamos para dar tempo de chegar com folga na Cataratas dos Couros, que está localizada na Fazenda Boa Esperança, a aproximadamente 50km de Alto Paraíso.

Para chegar lá, boa parte da estrada que tem cerca de 63km é bem chatinha, sem asfalto, de terra e de acesso difícil. Um carro com uma potência maior já dá conta. Não precisa ser um 4x4. Mas prepare-se que vai sujar! Se for sozinho, não volte à noite para não correr o risco de se perder.



Dica: ao alugar seu carro, faça com seguro para tudo! As chances de perder uma calota, de riscar um pouco o carro e, no mínimo, de voltar com ele imundo, são grandes após encarar algumas das estradas difíceis para chegar nas atrações.

Foram cerca de 4km de trilha, passando pelos 4 paredões de cachoeiras que formam as Cataratas a partir das quedas do rio Couros, com muito sobe e desce e algumas escaladas (mas também nada intenso tipo um rapel... tudo que estava ao meu alcance, que não sou das mais aventureiras kkkk).



A diferença é que agora a gente estava pertinho da água, com pausas para banho, para relaxar e renovar as energias! Eita ... que delícia!

O River levou a galera para passar pertinho de uma queda d`água e guiou a gente o tempo todo, indicando o caminho, a forma como escalar, os cuidados para não escorregar.




Neste momento, eu já estava calçando minha papete para caminhar bem sobre as pedras e não correr risco de tomar um estabaco e escorregar.





Para os mais corajosos e desbravadores (que não sou eu!), tem uma pedra com um salto de 10 metros de altura que alguns encararam. 

Até o Julio, que é mais destemido, chegou perto algumas vezes, ameaçou saltar, mas desistiu. Mas chegamos bem pertinho de um penhasco, só para vencer aquele medinho de altura e tirar umas fotos lindas... vejam só:



No final da aventura, ainda fomos brindados com um belíssimo pôr do sol do cerrado! Coisa linda de viver!



Curiosidade: sabe a razão do nome Couros? É porque, no passado, as águas das Cataratas eram usadas pelos tropeiros para lavar o couro que depois eles comercializavam.



O que não pode faltar na sua mochila:

- Água (a gente calcula no mínimo 1L para cada um, mas até que foi pouco neste dia. Por sorte, havia um bebedouro no final da trilha do Mirante da Janela onde reabastecemos nossa garrafa).

- Lanches: snacks, sanduíches, castanhas, coisas leves que renovem suas forças

- Calçado confortável para a trilha do Mirante da Janela e algo com um bom antiderrapante (uma papete por exemplo) para a Catarata dos Couros




- Câmera à prova d`água

- Repelente: no final do dia, na Catarata dos Couros, eu fui tão atacada por borrachudos que onde eu não tinha passado repelente eles me picavam. No final, eu passei repelente no rosto todo, cabelo, orelhas, além do corpo... foi um massacre! kkkk...

- Casaco leve: para o início da trilha e o final do dia

- Toalha de Banho para se enxugar após o tibum na água


. 2º dia: 

Cachoeira Santa Bárbara, em Cavalcante, com Cachoeira da Capivara e, no retorno, parada no Poço Encantado - custou à época R$35,00 por pessoa. Saída também foi cedo, até porque dirigimos até Cavalcante, a cerca de 1:30 de Alto Paraíso.
- Ingresso na Santa Bárbara e Capivara: R$20,00
- Ingresso no Poço Encantado: R$20,00 (mas pagamos com desconto, R$15,00, por termos chegado mais no final do dia).

Não nego que a minha grande expectativa para a Chapada dos Veadeiros estava justamente neste passeio para ver de perto a Cachoeira Santa Bárbara, uma das mais mais divulgadas em redes sociais, principalmente no instagram.


Como estávamos hospedados em Alto Paraíso e como a Cachoeira Santa Bárbara fica no município vizinho de Cavalcante, levantamos super cedo neste dia. Porém, aí vai um probleminha de estar em grupo e de ter algumas pessoas não tão comprometidas assim com o horário. Em razão do atraso de alguns, a gente saiu mais tarde do que gostaríamos e isso foi chato porque prejudicou em parte o roteiro e o atraso em efeito dominó fez com que na visita à última cachoeira do dia já não tivesse  mais sol.

Enfim... fato é que, de qualquer forma, começamos o dia bem cedo e para quem tiver tempo e mais disposição para dividir a hospedagem entre Cavalcante e Alto Paraíso/São Jorge, vale muito a pena considerar pernoitar em Cavalcante para já acordar por lá mesmo e ter a oportunidade de chegar na Santa Bárbara mais cedo, sem tanta gente.

Como fomos em um feriado, isso também nos prejudicou um pouco porque não vimos a Cachoeira vazia. Realmente, por ser considerada hoje em dia como um dos maiores atrativos da região, pensar em chegar nela vazia em pleno feriado seria muito ingênuo. Eu já esperava encontrar um bocadinho de gente. O que eu não imaginava, por outro lado, é que, como a água dela é fria, a galera não fica muito tempo assim dentro e mergulhando.


Então, se você tiver um pouco de paciência e esperar um momento melhor para dar seu clique e registrar o momento, conseguirá tirar fotos dela sem uma cabeçada de gente poluindo a foto kkkk...

Observação: nesta época do ano que fomos, tampouco adiantaria chegar super cedo na Santa Bárbara se o objetivo fosse fotografá-la com luz do sol porque, por ser cercada de uma mata mais fechada, para ela ficar iluminada e para que sua cor de esmeralda brilhe intensamente, o sol precisava estar mais em cima dela, o que tornava o período entre 11:30 e 12:30 o ideal para vê-la mais bonita em termos de cores. Mas, é claro... se o objetivo fosse pegá-la vazia, aí sim valeria a pena dormir em Cavalcante e ir cedinho, independentemente de estar na sombra. Parece que a melhor época para vê-la toda iluminada é no mês de setembro, mas isso deve ser confirmado.

Vamos voltar ao começo e contar como foi?

Cavalcante, que é um município pequeno e com menos infraestrutura do que sua vizinha Alto Paraíso, está distante dela a mais ou menos 90km (quase 2h de estrada). Em maio de 2016, quando fomos, a estrada estava boa no geral. Não tivemos percalços.

A Cachoeira Santa Bárbara está a 33km de Cavalcante, a 142km de Alto Paraíso e a 157km de São Jorge.

Já em Cavalcante, mas antes de chegarmos na comunidade quilombola dos Kalungas, a gente fez uma primeira parada para conhecer a Cachoeira Ave Maria, que lembra um véu de noiva num vale profundo com a cachoeira bem à nossa frente... o dia já começava bem e prometendo muitas belezas!


Se tiverem a oportunidade, não deixem de parar para contemplá-la, pois o mirante que dá acesso à vista da Cachoeira Ave Maria fica bem pertinho da estrada. Mas não tem local para banho... é só vista mesmo!


Seguimos de carro, entrando no povoado quilombola dos Kalungas que administram a Reserva Natural onde se encontram as Cachoeiras Santa Bárbara, Santa Barbarinha e Capivara. Deixamos o carro estacionado antes mesmo do local onde se deve cruzar o rio e iniciar a trilha de estrada de terra.

Nós pagamos R$10,00 por uma jardineira na ida e um 4x4 na volta que fez o trajeto de travessia do rio e por um trecho da estrada de terra. Pagamos R$20,00 de entrada e mais o valor do guia. Lembrando que é obrigatório ter um guia para visitar a Santa Bárbara (é imposição dos próprios Kalungas). 

O ingresso no valor de R$20,00 também dá direito à visitar a cachoeira Capivara. O fato de já chegar com guia também facilita para não ficar um tempão esperando sua vez no Centro de Visitantes e, a depender da época do ano ou do tipo de feriado, a fila de espera pode ser bem grandinha.

Tudo por lá pareceu bastante organizado e eles fazem questão de reforçar que os grupos de visitantes não devem ficar muito mais do que 1hora dentro do complexo da Santa Bárbara.... o que é uma pena, porque o lugar merecia mais tempo para poder contemplar melhor e curtir.

A gente caminhou cerca de 15/20 minutos em meio ao cerrado até chegar no primeiro local onde paramos: a cachoeira Santa Barbarinha! 


Apesar de ser uma versão menor da Santa Bárbara, daí seu nome no diminutivo - Santa BararINHA - isso não retira em nada a sua beleza e o meu encantamento ao me deparar com aquela água transparente, cristalina, de um verde esmeralda com um quê de azul turquesa (não sei definir... só sei que é lindo!) que eu até então nunca tinha visto em uma cachoeira em toda a minha vida!



Pronto... corri para me aprontar antes dos coleguinhas do grupo e dei meu tibum na frente da todo mundo!!! Eeeeehhhhhh... consegui minhas fotos exclusivas na Cachoeira sem ninguém!!! Eita Felicidade!

Mas advirto que a água é geladaaaaaaa! E correr para dar esse tibum foi muita força de vontade de ter fotos sozinha nela kkkk...

É claro que minha exclusividade durou pouco e logo as pessoas entraram também. Eu já tinha alcançado meu objetivo e estava feliz da vida. Aproveitamos inclusive para tirar algumas fotos com o dome, um acessório da Gopro que facilita na hora de tirar aquela foto meio a meio (metade dentro da água e metade fora da água).



Seguimos adiante por uma curta trilha de uns 5 minutos que requer um cadinho de atenção por ter vários trechos molhados e escorregadios até chegarmos finalmente na grande estrela do dia - quiçá da própria Chapada dos Veadeiros: a Cachoeira Santa Bárbara!




E lá estava ela, toda linda, imponente, com luz do sol (ok que a luz não estava nela toda e fiquei sabendo que realmente nesta época do ano que fomos - em maio - não há momento algum durante o dia em que ela fique totalmente iluminada).... e cheia de gente! kkkk... mas já era esperado de um feriado.

A cor azul vibrante realmente hipnotiza!


Nem preciso dizer que, antes de mergulhar nela, eu fiz uns mil registros de vários ângulos, aguardando pacientemente que os papagaios de pirata que insistiam em aparecer na minha frente se retirassem rsrs...



Assim aproveitamos nosso tempo lá subindo nas pedras para fotos, observando cada detalhe dela, mergulhamos também e nos refrescamos... na verdade, em um determinado momento, por não ter incidência do sol nela toda e por uma boa parte ficar em sombra, a gente acabou sentindo frio.


Curioso, né? Esse fator também é determinante para que as pessoas nem se importem tanto com o horário apertado de apenas 1h para conhecer essas duas cachoeiras.


Bem, apesar de haver alguns restaurantes que são até indicados no povoado quilombola (dizem que o prato principal deles é galinhada) o grupo concordou em não perder mais tempo (nada mais justo considerando que, pela manhã, alguns coleguinhas se atrasaram) e seguimos adiante para a próxima cachoeira, só com lanchinho mesmo que compramos no estacionamento... tinha uma "tia" lá vendendo tapioca e foi isso que a galera traçou para continuar o passeio sem pausas maiores para almoço.


Pegamos o carro, mas continuamos dentro da Reserva Natural dos Kalungas, onde visitamos a Cachoeira da Capivara (o ingresso que compramos para visitar a Santa Bárbara vale para esta também). Estacionamos o carro perto do início da trilha e caminhamos um pouco, algo como uns 20 minutos até chegar nela, com pausas para contemplar a paisagem no mirante do caminho.



O legal da Cachoeira Capivara é que nela há formação de alguns poços para banho que são uma delícia! E você pode escolher qual te agrada mais.



Nós descemos tudo até chegarmos num ponto bem bacana para mergulho onde nadamos até ficarmos bem embaixo de uma queda d'água... uma delícia fazer essa hidromassagem natural!




ALERTA TROMBA D'ÁGUA: fiquem sempre atentos aos avisos de tromba d'água. Isso é bem sério e perigoso. Se você for na temporada de chuvas, faça os passeios com os guias e certifique-se, seja chato e pergunte mesmo se há algum risco no mergulho na cachoeira, ok?


Ficamos um pouco na Capivara relaxando e aproveitamos o seu ambiente mais iluminado, mais quentinho... muito bom para renovar as energias! Nela não havia essa regra de tempo para visita. Poderíamos ter ficado mais tempo, inclusive, mas estávamos bem longe de Alto Paraíso e tínhamos outra cachoeira para visitar.

Vejam mais informações sobre a Reserva Natural do Quilombo Kalunga em www.quilombokalunga.org.br

Outras cachoeiras que também estão dentro da Reserva Natural são a do Rio da Praia e a Candaru, que não visitamos.

Após, voltamos para a estrada, já no caminho de volta para Alto Paraíso, e paramos no Poço Encantado, um balneário com ótima infraestrutura e acesso fácil e asfaltado pela estrada, que fica mais ou menos no meio do caminho entre Alto Paraíso e Cavalcante.


Achei a entrada meio cara... R$20,00! Por sorte, deram um descontinho para a gente, porque chegamos tarde. Tudo bem que o lugar é bem bacaninha, organizado, parece limpinho, conta com restaurante, banheiro... mas a cachoeira em si não é lindíssima!

Bem... depois de visitar a Santa Bárbara, é natural não achar uma cachoeira de cor escura linda, não é? Portanto, perdoem-me se eu estiver sendo injusta kkkk... é claro que o Poço Encantado não é feio e acho que vale conhecer, porém eu não fiquei impressionada lá e achei a água muito fria e muito escura, num tom castanho, tanto que nem animei a mergulhar porque já estava no final da tarde e eu comecei a sentir frio.




Julio, contudo, foi lá desbravar a cachu e ainda fez uma hidromassagem natural na sua queda.


Alguns conseguiram comer pastel no restaurante, que fica no alto, a uns 300 metros de base da Cachoeira. Nós não estávamos com sorte e ia demorar muito... desistimos e voltamos já no escuro para Alto Paraíso.


Neste dia, aproveitamos para conhecer à noite um lugar muito diferente de tudo que já vimos antes: GOTA SAT SOM.


Um espaço de música bastante intimista, de meditação, de silêncio, para ouvir, para refletir... você tira o calçado para entrar e se insere numa vibração única, sentando-se ao chão e absorvendo a atmosfera exotérica do lugar...



No início achei bem interessante, mas depois de um tempinho eu confesso que achei engraçado quando uma pessoa assumiu o centro e sugeriu que a gente soltasse nossas gargalhadas. Enfim... fui para conhecer e curti o espaço e a proposta. Mas não sei se viraria adepta ao encontro... muito exotérico para mim. No final, há uma contribuição monetária espontânea, para quem quiser.

De qualquer forma, para quem desejar saber mais, eles têm site com a programação: https://www.gotasatsom.com.br/




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