09 agosto 2017

Chiang Mai: mais passeios, templos, compras e restaurantes

Dando continuidade às nossas aventuras por Chiang Mai, vamos detalhar o que fizemos por lá, dia a dia, com dicas para vocês. Lembrando que a cidade fica a 700km ao norte de Bangkok e que já contamos bastante de sua história e outras dicas (como chegar, documentos necessários, onde se hospedar, como se locomover, etc) nos posts anteriores.



- Veja aqui o Guia completo de Chiang Mai

- Clique aqui para ler sobre o passeio ao Patara Elephant Farm

- Olhem aqui as fotos da viagem da Ásia no nosso instagram

* Segundo dia de Passeios *


Já contei para vocês no post anterior de forma bem detalhada e completa sobre nossa experiência no Patara Elephant Farm, um passeio que fizemos durante a manhã e a tarde. Saímos bem cedo, por volta das 7:30, e regressamos ao hotel por volta das 15h.



Ainda neste mesmo dia, de tarde, nós aproveitamos o calor para curtir as instalações do hotel Dusit D2 e corremos para dar um mergulho na piscina antes de fazermos a ótima massagem em seu Spa. Clique aqui para ver como foi a nossa experiência no Hotel dusitD2 Chiang Mai

** COMPRAS E RESTAURANTES **

Fechando este dia de passeio, à noite fomos explorar os arredores do hotel, os mercados de rua, o Night Bazaar e acabamos no Hard Rock Cafe para jantar.



Essa região onde fica o hotel dusitD2 é bem famosa pelos mercados. Ruas movimentadas, muito agito mesmo, totalmente diferente da Old City à noite, pois dentro da cidade velha, o normal é ver uma Chiang Mai mais pacata, salvo nos dias das feiras de sábado e domingo.

É um lugar ótimo para fazer comprinhas, aqueles souvenirs de viagem, sabem? Lembranças, objetos de decoração e roupas. Negocie sempre! Raramente um produto tem seu preço fixado nele. Normalmente, eles dão o preço na hora, olhando para sua cara. Portanto, a não ser que você concorde, dê seu preço logo em seguida e negocie. Barganhar é um verdadeiro esporte nacional para eles rsrs... eles realmente esperam isso de você. A negociação faz parte da experiência e acaba sendo até divertido. Entre no clima, brinque e barganhe! Dá para conseguir quase sempre até uns 30% de desconto... às vezes até 50%



No Night Market, mercado noturno, é possível encontrar artesanatos em madeira, lenços coloridos, bijou, comidas de procedência e higiene duvidosas (mas que dá vontade de sair provando tudo... huuummmm... dá sim!), roupas, brinquedos, mochilas, calçados, muitos budas (lembrando que eles colocam muitos avisos em todos os lugares para alertar para o fato de que Buda não deveria ser objeto de decoração. Se você não for budista, eles pedem para não comprar as estátuas de Buda como objeto de decoração porque isso é uma ofensa à religião) e muitas outras coisas que, em grande maioria, vêm direto da China. Ele fica na Tha Phae Road, local bem no centro de Chiang Mai.



Eu achei muito melhor fazer compras em Chiang Mai do que em Bangkok, para vocês terem ideia. Os preços são ótimos (quando digo ótimos, deveria dizer Ridículos de Barato! Bem assim...) e a qualidade dos produtos um tanto melhor do que eu vi em Bangkok. Há vários mercados em Chiang Mai. Muitos mesmo! Dentre os Night Bazaars mais famosos, tem o Kalare e o Anusarn. Isso sem contar as feiras de sábado (Wua Lai Road, do outro lado do Chiang Mai Gate, por cerca de 1km com muitas barracas) e de domingo (esta começa no portão Tha Phae Gate e segue por toda a Rachadamnoen Road, por cerca de 1 km repleta de barraquinhas, mas também dentro de alguns templos e algumas ruas paralelas e transversais), dentro da cidade velha, que são um programa imperdível, mesmo que você não queira fazer compras, pois é animado, é divertido ver os artistas de rua, parar para ouvir as bandas, ver os produtos oferecidos, ficar de olho nas comidas e também curtir o momento. Dentro dos Night Bazaars há restaurantes que inspiravam mais confiança do que as barraquinhas de street food.




O Warorot market, por sua vez, é o lugar os locais fazem compras. Não tive tempo de conhecer, mas fica a dica para quem quiser conferir. Já o Somphet Market, que funciona de dia, a 5 minutos de caminhada do portão Tha Phae Gate, é mais voltado para vegetais, frutas, por exemplo.

O Sunday Market vai até umas 23h e o Saturday Market vai até umas 24h. Já os Night Bazaars, como o Kalare, funcionam mais ou menos do final da tarde até umas 24h, mas eu reparei que a maioria das lojas já estavam fechadas por volta das 23:30).



Nossa recomendação é que você tenha dinheiros na mão para fazer essas compras de mercados, viu? Eu nem tentei usar cartão de crédito. Não vi vantagem alguma, pois, além do Iof, fica mais difícil negociar um bom preço dos produtos. Logo, se você se esquecer de trocar seu dinheiro, procure primeiro uma casa de câmbio. Perto do Kalare Night Bazaar há algumas casas de câmbio. Mas há várias máquinas ATM também.

Dica: dentro do Kalare Night Bazaar tem um bar de Blues maravilhoso! A música era tão gostosa de ouvir, mas só descobrimos depois de já termos jantado no Hard Rock Cafe, também pertinho do hotel DusitD2. Na verdade, a gente queria um restaurante diferente. Após 1 mês viajando, comendo as comidas típicas e locais, pela primeira vez a gente quis dar um tempo e experimentar algo mais ocidental. A ideia era procurar um restaurante italiano, pois normalmente não tem muito no que errar, não é?

No máximo, como estávamos na Tailândia, seria muito apimentado kkkk... Mas aí encontramos o Hard Rock Cafe de Chiang Mai, com um bom movimento, onde havia uma banda tocando rock com ótimas músicas e performances também muito boas... aí resolvemos ficar. Mas achamos beeeeem caro, principalmente porque já estávamos mal acostumados com os preços de lá, onde a gente pagava num pad thai mais caro algo em torno de 30 reais (no mais caro, porque, em média, a gente pagava uns 12/15 reais no prato de pad thai). Em todo caso, valeu a experiência, o ambiente é gostoso, descontraído, animado, bem decorado e a música estava excelente!

Em resumo, podemos dizer que Chiang Mai é um paraíso para as compras! Logo, se você for dos meus, que viaja já mal intencionado a gastar um extra com compras, que curte levar lembranças para a família e amigos, não perca essa oportunidade uma vez estando por lá. Dedique um tempinho para isso e não vai se arrepender. Vá por mim! E vejam as porcelanas, especialmente no Sunday Market! Eu fiquei arrasada por não ter conseguido comprar mais porcelanas... gente, é muito sério isso, ainda mais para quem gosta de decoração para casa. A peça de porcelana mais cara que eu vi, e era um prato enorme, custava 10 reais! Pensem nos preços dos demais itens?? Eu cheguei a comprar vasinhos por 0,50 de reais. Estou falando em reais mesmo!! kkkk... eu quase tive um treco querendo comprar a banquinha toda!

->> Outros Restaurantes Indicados:

Como não tivemos tempo de explorar mais o lado gastronômico de Chiang Mai e ainda "gastamos uma ficha" no super americanizado Hard Rock Cafe, colocarei aqui para vocês algumas indicações de restaurantes que recebi via instagram e também que li em outros blogs para quem quiser ter uma ideia. Outra coisa que eu sempre faço é dar uma conferida no ranking do TripAdvisor e dou uma lida lá para ver os comentários sobre os restaurantes também. Clique aqui e veja a lista do TripAdvisor.

Os restaurantes abaixo foram dicas que peguei no blog da Lala Rebelo (vejam aqui):

- Deck 1: para quem quer um restaurante moderno, à beira rio, com pratos típicos tailandeses.

- The Riverside: opção mais cool, animado e jovial, com jeito de bar, para bons drinks e comidinhas.

- Ruen Tamarind: restaurante do hotel Tamarind Village para quem busca algo mais tradicional da gastronomia tailandesa.

- Restaurante Girasole: neste nós fomos - indicação também da Lala, mas que eu nem tinha me ligado. Estávamos na feira de domingo, dentro da Cidade Velha, caminhando pela rua principal da feira e, famintos, após retornarmos do passeio a Chiang Rai, a gente se deparou com esse restaurante italiano muito movimentado (adooooooro ver restaurantes cheios, pois, para mim, é sinônimo de ser no mínimo bom... kkkk... ainda mais em lugares diferentes, eu me sinto muito mais segura indo a restaurantes movimentados).



Decoração fofa, ao lado de uma galeria ainda mais fofa (o banheiro é desta galeria, por exemplo, pois o Girasole não tem banheiro próprio) a casa tem um ótimo cardápio bem italiano com pratos que pareciam todos muito apetitosos. Nós, que não comíamos pizza há muuuuito tempo, já com mais de 30 dias de viagem repletos de muita pimenta, manga, arroz e frutos do mar, não resistimos e pedimos uma pizza!



Mama mia! Que massa fina, super recheada... uma delícia! Julio, como bom descendente de italiano, aprovou! Teríamos ficado até mais tempo por lá se eu não tivesse ainda dinheiros tailandeses para gastar. Como eu tinha kkkk... voltamos para feira até acabar!

E se você estiver numa contenção de despesas, querendo economizar muito, tem sempre um 7Eleven em todos os cantos de Chiang Mai, assim como em praticamente toda a Tailândia.


* Terceiro dia de Passeios *

Em nosso terceiro dia de passeios, para otimizar o tempo, acordamos cedo novamente (isso era rotina) e mudamos de hotel. Fomos para o 137 Pillars House - clique aqui para ler a experiência completa da nossa hospedagem lá.

Deixamos esse dia dedicado a conhecer justamente o grande atrativo de Chiang Mai, o fato de ser a essência espiritual da Tailândia... ou seja, seus templos! Bem, na verdade, considerando que a cidade conta com mais de 300 Templos Budistas, é claro que a gente precisaria de meses para conhecer todos. Logo, não tinha outro jeito senão escolher alguns e visitá-los.





Nós conhecemos bem 5 templos e passamos por outros 2 pelo caminho, onde entrei rapidinho. Se você tirar um dia para visitar os templos da Old City, é possível que consiga visitar ainda mais do que eu de uma vez só. Mas nós optamos por começar com o Doi Suthep, que fica um pouco mais distante e, com isso, perdemos bastante tempo. Uma dica é talvez deixar o Doi Suthep para o final do dia para assistir ao pôr do sol a partir dele. Pode ser uma boa também e, pelo que já vi em fotos, é lindo!

↘ Wat Phrathat Doi Suthep 




Após termos feito o check in no 137 Pillars House, com a dica do concierge e aproveitando que tínhamos chips/simcards internacionais da Tailândia no celular, nós chamamos um Uber e fomos ao templo Doi Suthep, que é um dos templos mais sagrados da cidade e visita obrigatória! Cada trecho de Uber custou 350 baht e isso foi bem econômico. Mas você consegue ir de outras maneiras, como táxi, scooter, red car, tuk tuk, por exemplo, pois fica a 15 km do centro de Chiang Mai, o que dá mais ou menos uns 30/40 minutos, a depender do trânsito.





Trata-se de um Must See, um templo que é o mais famoso da cidade, localizado na colina Doi Suthep (Mount Suthep), na parte noroeste da cidade, construído pelo Rei Keu Naone, em 1383, como um monastério budista e assim funciona até os dias de hoje. Tanto que os fundos arrecadados com as doações e os valores pagos no funicular/elevador vão para a manutenção dos monges e dos templos.


Logo na chegada, a gente já se depara com um grande estacionamento e, olhando de frente, a bilheteria está do lado direito, onde está o elevador/funicular para quem deseja economizar um pouco da energia e disposição e evitar encarar os 309 degraus da escadaria que leva ao topo e ao templo.





Mas se você estiver bem disposto, vá pelas escadas. No caminho, já poderá contemplar estátuas, pequenos templos e observar o sincretismo fascinante entre hinduísmo e budismo, pois vários deuses hindus aparecem também nos templos budistas.






E a escadaria em si é belíssima! Serpentes, muito colorido e mosaicos acompanham a subida dos que não têm medo de enfrentar o calor e os 309 graus! Além das meninas com trajes típicos que ficam à espera de quem queira tirar fotos com elas e deixar uns trocados.



Essa parte deu até peninha, pois, são crianças novinhas sendo exploradas ali e não é certo. Mas temos que  lembrar que a Tailândia é também um país subdesenvolvido, certo? É uma realidade triste, mas não menos diferente do Brasil.



Lá no alto, vale a pena circundar a pagoda principal do lado de fora, antes mesmo de entrar, para sentir o clima, entender a estrutura do templo, observar alguns templos secundários, ver o movimento dos monges, as homenagens ao rei, estátuas e murais belíssimos...







Reparem na estátua do elefante branco que carrega supostamente restos mortais de Buda, que teria sido o responsável pela escolha deste lugar para a construção do templo, pois, reza a lenda que ele carregava um osso de Buda e foi subindo a montanha sem parar até chegar neste ponto onde morreu por ter cumprido sua missão.



Também observem a réplica do Buda de Esmeralda que há lá (a estátua original está em Bangkok).



E não deixem de apreciar o terraço belíssimo que confere uma vista incrível da cidade, ao longe, de todo o vale e floresta com montanhas que cercam Chiang Mai. Na decoração do terraço estão gravados os 12 animais que ajudaram Buda a cumprir suas missões e alcaçar o Nirvana. São os mesmos animais que fazem parte do horóscopo chinês.



Depois, vá ao templo principal e lembre-se de tirar o sapato e estar trajando vestes apropriadas. No caso das mulheres, joelhos e ombros devem estar cobertos. Eu esqueci minha meia e me lasquei, literalmente, porque ficava pulando o tempo todo de tanto que o chão queimava o meu pé, já que estávamos bem do meio dia.



Aproveite para tirar as fotos clássicas dentro desta pagoda que brilha durante o dia de tanto dourado que ornamenta as estupas, faça suas orações, caminhe, contemple o lugar que é considerado como um dos mais belos exemplos de arquitetura norte-tailandesa, que é bem diferente de Bangkok, pois aqui em Chiang Mai predomina o estilo Lanna, com muito mais cor, dourado, dragões, espelhos, brilhos, dentre outros elementos característicos.


A entrada custou 30 baht por pessoa + 20 baht opcionais para subir de funicular/elevador e escapar dos cerca de 309 degraus para chegar no alto do templo, que está localizado a mais de mil metros de altitude e a uns 35 minutos do centrinho da cidade. Separe ao menos 1:30 para fazer a visita a este templo, mais 1h de deslocamento (ida e volta).







Nós acabamos ficando cerca de 2h lá dentro do templo, mas fizemos uma visita com calma e contemplativa. Lembrando que lá tem banheiro (pago à parte, mas é bem baratinho) e venda de souvenirs, na subida. Mas eu, se fosse você, não comprava nada em nenhum dos templos, mas sim deixava para fazer suas comprinhas nas feiras de Sábado ou Domingo ou nos Night Bazaars.





Localização: dentro do National Park Doi Suthep, Th Huay Kaew
Horário de Funcionamento: das 6h às 18h
Valor: 30baht por pessoa

↘ Wat Sri Suphan 




Voltamos de Uber direto do Doi Suthep para o o Wat Sri Suphan, corrida que custou 350baht. Este templo está localizado fora da Cidade Velha (Old City), mas foi altamente recomendado e, de fato, sua visita vale a pena.


Primeiro, porque ele é lindo! Segundo, porque sua entrada é gratuita. Já chama a atenção de cara o fato de ter um templo que parecia todo revestido de prata ou de material semelhante, que o fazia brilhar, refletindo o sol. Contudo, eu não pude entrar neste templo porque o acesso dele somente era permitido aos homens, acredita?





Não havia qualquer explicação no local desse impeditivo, mas como tinha bastante gente por lá, eu resolvi seguir as regras para não ter problemas e quem entrou e tirou fotos para eu ver como era por dentro foi o Julio. Depois fui ler, em outro templo, que uma das razões proibitivas para o acesso das mulheres tinha a ver com o fato de menstruarem e serem consideradas impuras porque sangram. (???)... enfim...







O templo vale sim a visita, mesmo com essa questão. O lugar é lindo e tem uma vendinha de picolés e sorvetes onde não resistimos e acabamos comprando para provar. Só por favor não peçam o picolé de jack fruit porque é fedido demais kkkk.... (é a jaca tailandesa).





 
Localização: 100 Wulai Road (perto da feira que acontece aos sábados - Wualai Saturday Walking Street Market)
Horário de Funcionamento: das 6h às 21h
Valor: gratuito

↘ Wat Phra Singh 




Daria até para a gente ter ido caminhando, mas o sol ainda estava forte e o calor intenso, então, para evitar a fadiga maior, a gente pegou outro Uber desde o Wat Sri Suphan e fomos até o Wat Phra Singh, já dentro da Old City, que custou 60baht (isso não dá nem 6 reais e por isso que valia a pena!).

 

A entrada para o Wat Phra Singh é cobrada e custa 20 baht por pessoa. Localizado na parte oeste da cidade murada, é outro clássico exemplo de arquitetura nortenha tailandesa, construído em 1345 e abriga o Phra Singh Buddha, uma estátua bastante reverenciada, especialmente durante o festival Songkran (é um festival do Ano Novo Tailandês que foi comemorado no dia 13 da abril em 2017), que representaria o Buda-Leão (Lion Buddha) que supostamente chegou na Tailândia, vinda do Sri Lanka, e passou primeiro por Chiang Rai, apesar de pouco saber-se a respeito da origem desta estátua.



 
Trata-se também de um complexo que abriga jovens que estudam para se tornarem budistas e é, sem dúvidas, junto com o Doi Suthep, um dos mais importantes templos de Chiang Mai.



Dentro de um dos templos secundários e menores há uma estátua de Buda reclinado. Essa posição de Buda indica que ele já estava desencarnando e atingindo o Nirvana.


Impossível não se encantar com a estupa (chedi) principal, em dourado, que brilha intensamente e que ilustra bem o melhor do estilo clássico Lanna, construída pelo rei Pa Yo em 1345 para depósito das cinzas de seu pai, o rei Kham Fu.






Localização do Wat Phra Singh: no final da Rachadamnoen Road
Horário: das 6h às 17h
Valor: 20baht por pessoa

↘ Caminhando na Old City

A depender do tempo livre que você tiver, caminhar pela Old City sem muito rumo pode revelar gratas surpresas no seu trajeto, com templos menos conhecidos, menos famosos, alguns até com ares mais abandonados... como os templos e os monges sempre dependem de doação, naturalmente os templos maiores, mais famosos e que cobram entrada acabam ficando mais bem conservados dos que esses outros. Mas fato é que Chiang Mai é repleta de templos!

E foi assim que também entramos em 2 outros templos, caminhando pelas ruas da Cidade Velha cujos nomes sequer decorei... na Old City é assim: você tropeça e cai num templo kkk... Afinal, são em torno de 300 templos em Chiang Mai e a maioria está concentrada na Cidade Velha que abrange uma área bem pequena, num interessante formato quadrangular, com seus 1,5km².




Seguimos pela Rachadamnoen Road que é repleta de templos! Vários mesmo! É nela que acontece a grande feira de domingo. Julio já estava tão sem saco de ficar entrando em templos que ele seguia andando e eu ia correndo rapidinho só dar uma espiada, ver se estava aberto e olhava por dentro. Depois saía correndo para alcançá-lo kkkk... viram quanto amor??? Ele, neste momento, se pudesse, bem que me deixava para trás mesmo!

Aproveitamos a caminhada entre o Wat Phra Singh e o Wat Chedi Luang, que é relativamente curta, de cerca de 1km, algo em torno de 15 minutos no máximo, para uma pausa e nos refrescarmos no Ratchadumnon café que estava no caminho. Tomamos um shake de banana e um de morango... ambos deliciosos e super gelados. Nesse ponto a gente não tinha tanta frescura porque não nos preocupávamos tanto em descobrir a procedência da água ou da fruta ou se haviam sido lavados direitinho. Bem, estava nas mãos de Buda kkkk... eu já tinha passado mal 2 vezes na viagem, até então, e deixei para lá... acho que meu corpo começou a se acostumar com tudo isso.

↘ Wat Chedi Luang




Esse também não pode faltar na sua lista de templos a conhecer em Chiang Mai, viu? É dos mais importantes, enorme, belíssimo, repleto de templos menores que circundam a grande chedi principal em estilo Lanna, que levou muitos anos para ser finalizado... o lugar é fascinante e impressiona por sua beleza!





Sua grande importância histórica reside no fato de estar lá a base original da cidade que foi colocada em 1296, apesar de o Wat Chedi Luang ter sido construído em 1401.




O curioso é que um terremoto danificou severamente o chedi principal no século 16 e apenas 2/3 do chedi original resistiram. Ele tinha cerca de 90 metros de altura e provavelmente foi a maior estrutura construída na época da antiga Chiang Mai, mas foi reduzido a 60 metros por conta desse terremoto.




Detalhe: somente homens podem entrar neste pavilhão para verem o pilar original da cidade de Chiang Mai porque as mulheres são consideradas impuras porque menstruam. Esse pilar foi colocado lá originalmente por ser ali considerado o epicentro da cidade onde estaria marcado o centro do universo.

Nós demos a sorte de chegar por lá perto do pôr do sol e pegamos uma luz ótima para fotografar! Estava perfeito!





Reparem nos templos secundários, os que ficam no entorno, como alguns apresentam construções diferentes, com mais elementos em madeira escura do que os outros templos. Também morri de rir em determinado templo do complexo, quando entrei, pois achei que havia monges rezando até me dar conta de que eram estátuas de cera kkkk... muito perfeito!






Entrada: 40baht por pessoa
Localização: Road King Prajadhipok, n. 3 ou Phra Pokklao Road.
Horário de funcionamento: das 6h às 17h.

↘ Wat Suan Dok




Saímos do Wat Chedi Luang e fomos para a rua buscar alguma agência de viagem, algum quiosque para comprar o passeio do dia seguinte. Resolvido isso, como ainda estava claro, perguntamos à vendedora o que ela nos aconselharia visitar e, pelo adiantado da hora e ciente dos horários de encerramento dos templos, ela falou para a gente ir direto para o Wat Suan Dok que ainda estaria aberto para a gente visitar!


E foi assim que encerramos esse dia intenso de passeios, neste templo que foi construído no século XIV, fora da cidade murada, a cerca de 1km do portão Suan Dok da Old City.

Poderíamos ter chamado um Uber, mas resolvemos ir com o Red Car para ter essa experiência também e negociamos o valor no melhor esquema cara-crachá. Se você tiver cara de rico, os tailandeses não perdoam! kkkk... sempre jogam os preços nas alturas. Acho que pagamos 100 baht no total e rapidinho chegamos lá. Acontece que nós estávamos mais ou menos nas redondezas do Wat Chedi Luang, a cerca de 3km do Wat Suan Dok e não barganhamos muito dessa vez porque estávamos com pressa para chegar lá antes de anoitecer.



O templo estava bastante movimentado, com um vai e vem de monges que a gente não entendeu de primeira, mas depois suspeitamos que ali deveria haver algum monastério. Quase acertamos! Na verdade, ele abriga uma universidade, a impronunciável (se você conseguir pronunciar isso, por favor, grave um vídeo e me mande! kkkk) Mahachulalongkorn Rajavidyalaya Buddhist University, onde os monges realizam seus estudos.

Como já estava anoitecendo, nós fomos andar em meio às estupas, ao som dos cânticos das orações dos monges. Coisa mais linda... eu fico arrepiada só de lembrar! Música sempre deixa tudo mais emocionante, não acham?


Dentro do templo principal há uma estátua de bronze de um Buda com mais de 500 anos, uma das maiores da Tailândia! Ela realmente chama atenção!

No seu interior, havia vários monges em oração. Fiquei tão feliz de poder entrar, ajoelhar (tem a posição certa para ser respeitoso ao sentar-se... não é de qualquer jeito, viu? Na dúvida, observem os locais e imitem a posição das pernas) e ficar ali ouvindo suas orações e cânticos... ficamos cerca de meia hora absorvendo aquela energia e paz. Eu teria ficado até mais tempo, contudo, tínhamos que voltar para o hotel e jantar!




Entrada: gratuito
Localização: Suthep Road, a cerca de 1km do portão Suan Dok Gate
Horário de funcionamento: das 6h às 21h.

Infelizmente, outros três templos que nos foram indicados a visitar, mas que ficaram de fora foram: Wat Mon Thian, Wat Lok Molee e o Wat Chiang Man. Este último é considerado o templo mais antigo de Chiang Mai, construído no século XIII, local onde o rei Mengrai viveu durante a própria construção da cidade de Chiang Mai.

Uma peninha, mas não tinha como fazer tudo mesmo e às vezes o corpo pede arrego, sabe? Além disso, apesar de ser sábado, a gente também não conseguiu visitar o Saturday Market (em frente ao Wat Sri Suphan, na Wualai Road), mais uma vez, porque tínhamos que voltar para o hotel 137 Pillars House para jantar. Não nos arrependemos já que conseguimos ir à feira de domingo, no dia seguinte. Mas, se você conseguir visitar as duas feiras, de sábado e domingo, acho que fará excelentes compras!

Para saber mais sobre os templos de Chiang Mai, recomendamos os seguintes sites (estão em inglês):

- Lonely Planet
- Chiang Mai by Hotels.com

* Quarto dia de Passeios *

Mais um dia de acordar cedinho (rotina!) e partimos com uma excursão que contratamos na rua mesmo, perto do Wat Chedi Luang, num quiosque de turismo, em direção ao norte, para a cidade de Chiang Rai. Custou 1.000 baht para cada um.

Era o nosso 32° dia de passeios nesta viagem e o peso de estar viajando há tanto tempo já começava a dar sinais. O grande objetivo do passeio era a visita ao diferente, moderno, ousado e belo White Temple, ou, como é conhecido em tailandês, o Wat Rong Khun.





Saímos às 7:30 e seguimos viagem no sentido da fronteira do país com o Laos e Myanmar. Recomendo levar dramin porque há pequenos trechos com curvas que podem causar alguma indisposição pelo caminho.

Nossa primeira parada foi mega ultra rápida, de 30 minutos, nas Hots Springs, que são águas que jorram da terra já aquecidas e supostamente termais. A gente aproveitou para esticar a perna, molhas os pés - já que estávamos ali, não é mesmo? - fomos ao banheiro (cobrado à parte, algo em torno de 1 baht ... é sempre bom ter dinheiros tailandeses em notas pequenas ou moedas para essas situações) e ainda deu tempo de eu comprar rapidinho uma calça para mim.




Como eu não tinha ido à feira de sábado à noite e estava sem saber se daria tempo de ir à feira de domingo, não perdi tempo e, quando via uma lojinha legal, ia logo saber dos preços e produtos. Tudo tão irresistivelmente barato que dava vontade de comprar aos montes kkkk... mas eu me segurei!



Chegando em Chiang Rai, fomos direto ao White Temple! A distância entre Chiang Mai e Chiang Rai seria mais ou menos de 3h. É longe e por isso muita gente nem faz esse passeio ou outras pessoas preferem pernoitar em Chiang Rai para conhecer um pouco mais da cidade. Acho válido também se você tiver um tempo extra.




O White Temple surpreende do início ao fim! Chegando nele, avistado de longe já se percebe que ele é daqueles lugares impactantes, diferentes e que prendem nossa atenção.



Sem dúvidas, é um dos templos mais impressionantes do Norte da Tailândia... com mãos saindo da terra, cabeças penduradas em árvores como a do Wolverine, desenhos na pintura do interior do templo de personagens famosos de Star Wars, Matrix, Transformers, Cars, Homem de Ferro, dentre vários outros... podemos dizer que se trata de um templo bem moderno e pop!




O artista plástico Chalermchai Kositpipat comprou a propriedade onde já havia um templo que estava em mau estado de conservação e sem fundos para serem aplicados em obras de melhoria. Ele então resolveu investir seu próprio dinheiro, cerca de 40 milhões (moeda local) e procedeu a sua restauração de forma livre e independente.



O resultado é uma verdadeira obra de arte contemporânea repleta de reflexões do mundo atual que atrai milhares de turistas e já é considerado, hoje em dia, como um dos mais famosos templos da Tailândia, apesar de ser um templo novo, aberto aos turistas somente em 1997.


Todavia, o mais interessante é que esse projeto do White Temple ainda está sendo implementado. Em outras palavras, Chalermchai Kositpipat não finalizou a sua obra e estima-se que só ficará completamente pronto em 2070. Marquem aí, pois teremos que voltar lá para conferir o resultado final! rsrs... E tem mais, hoje em dia ele aceita doações, mas não podem ser superiores a 10.000 baht porque ele não admite nenhuma interferência no seu projeto por doadores.



Bem, lá estava cheio quando chegamos e isso incomodou um pouco. Mas ok... dava para encarar! Recebemos um livreto que conta a história do lugar e circulamos um pouco na parte externa, que é igualmente interessante. 



A entrada no templo principal é monitorada para ser rápida. Há fiscais que ficam orientando e praticamente mandando as pessoas andarem rápido para não formar filas. Mesmo que você vá num dia cheio como eu fui - era um domingo e isso complicou bastante - não deixe o fiscal tirar sua atenção e foque no seu entorno, em cada passagem para chegar no templo que foi dedicado a Buda.

O simbolismo é muito rico e, em um primeiro momento, a gente passa por uma ponte por cima de um lugar que representa, para a gente, o inferno, com mãos erguidas, demonstrando desespero. Essa é uma das partes mais impressionantes, sem dúvida. 




Essa é a Ponte do Ciclo do Renascimento (Cycle of Rebirth) e depois somos convidados a passar pelo Portão do Céu (Gate of Heaven) até finalmente alcançarmos o interior do templo, onde é proibido fotografar. 




O White Templo funciona das 8h às 18h. A entrada custa 50baht por pessoa. (valor incluso no passeio que fizemos)


Na sequência, nós almoçamos em um restaurante próximo ao White Temple. Comida razoável, honesta e ainda pude tomar meu shake de banana, que já era o preferido da viagem! Com o calor que fazia, eu só conseguia pensar em tomar os shakes! Mas o Julio arriscou um pad thai para ter mais sustância rsrs... 


  
Gente, era muito calor mesmo! É fundamental carregar uma ou algumas garrafas de água porque a excursão não oferecia isso. Tínhamos que comprar. Não se esqueçam do filtro solar, do chapéu, óculos e água! Bebam muita água!

Nesse local do restaurante, que fica do lado oposto ao White Temple, há várias lojinhas bem legais para fazer comprinhas. Na verdade,  há lojinhas em todo o entorno do White Temple. Basta caminhar um pouco e já vai encontrar muita coisa legal. Difícil é a gente se segurar e não sair comprando kkk...

Continuamos o passeio após o almoço e visitamos o Blue Temple. Uma coisa que faltou no passeio era ter mais explicações por parte do guia. Não sei para que ter um guia se ele não passa os dados para a gente.  

  
  

Enfim, o Blue Temple ou também conhecido em tailandês como Rong Suea Ten, que foi construído por um discípulo do artista plástico Chalermchai  Kositpipat, aquele que construiu o White Temple. 




Trata-se de um belo e interessante templo, realmente azul, bem novinho, cuja obra de construção, iniciada em 2005, foi finalizada ano passado, em 2016. Logo, esse templo tem apenas 1 ano de vida!


Ele fica a 20 minutos do White Temple e realmente merece uma visita porque ele é bem lindo, por dentro e por fora!


  

Você sabia que a cor azul representa o Dharma e o templo, assim como o White, adota a linha da arte mais contemporânea tailandesa?

Em seguida, conhecemos o Baandam Museum, também conhecido como a Black House (casa negra). O lugar é algo único, se comparado com tudo que já havíamos visto antes. Na verdade, a gente sequer imaginava que estaria dentro do nosso roteiro e ficamos surpresos em conhecer esse lugar sobre o qual não havíamos lido em lugar algum. Logo, não sabíamos o que esperar.

  


É realmente um museu e há várias obras de arte expostas do professor Acharn Thawan Duchanee, um aclamado artista nacional que é o proprietário deste museu privado há mais de 30 anos. Muitas das suas obras estão relacionadas a troncos de árvores e animais.


Couro de serpente ou de tigre, ossos de animais, dentre outros, até dão um pouco de aflição, dentro do edifício maior e principal.





Eu confesso que não é o tipo de arte que me agrada muito. Mas havia alguns objetos curiosos e interessantes com uma pegada meio surrealista. Se quiser saber mais sobre a história e exposição, veja aqui no site http://www.thawan-duchanee.com/





Acontece que o museu abriga, na verdade, cerca de 40 edifícios, além do principal. Por isso, vale a pena, uma vez estando lá mesmo, dar uma volta, conhecer o lugar e tentar entender um pouco. Quando chegamos, havia um grupo de crianças cantando músicas tradicionais da região e do lado de fora havia também um outro grupo de jovens representando cenas clássicas da mitologia e história do Budismo.



  
Depois, finalizando o tour, visitamos a Tribo das Mulheres de Pescoço Longo (Long Neck Karen Tribal Village). Trata-se de uma comunidade formada por mulheres refugiadas do Myanmar que tiveram que deixar seu país por questões políticas em Burma. Algumas família, inclusive, saíram do Myanmar lá para o início do século XIX.

Bem, para começo de conversa, não espere encontrar propriamente uma tribo, pois qualquer coisa mais autêntica e menos turística não estará por ali perto de Chiang Mai e Chiang Rai, mas sim bem longe, já na fronteira como Myanmar, para encontrar algo mais ao natural.




A que eu visitei, no caso, fica em um espaço bem organizado e delimitado, já meio que armado para receber os turistas. Vivem num vilarejo cerca de 20 famílias com mais ou menos 60 pessoas, conhecidas como tribo Karen de pescoço longo porque usam argolas/colares nos pescoços, processo esse que, ao longo dos anos, faz essa parte do corpo "esticar" ou parecer mais esticada.



Elas começam a usar os colares com 3 anos de idade e vão acrescentando novos aros até os 20. Detalhe importante que eu não sabia até então: elas não morrem ao retirar os colares! Só precisam tomar cuidado para não fazerem movimentos bruscos. Eu sempre achei que o pescoço ficaria "mole" e despencaria kkkk... sei lá, acho que deve ser coisa dos desenhos animados que eu via quando criança.


Fato é que realmente elas ficam com o pescoço bem mais alongado do que o normal, pois, na verdade, as argolas de metal são tão pesadas que vão comprimindo seus ombros (clavículas, empurrando para baixo) e quadris, fazendo quase uma depressão, dando a impressão de alongar os pescoços. É curioso porque elas mostram fotos para a gente ver um pouco desse processo e até mesmo mostram foto delas sem os colares para provarem que não morrem sem eles.

Então, qual a razão de usar as argolas? Seria por conta da tradição que elas puderam manter na Tailândia, por uma questão de vaidade e embelezamento, ou até mesmo algo maior, pela própria sobrevivência, já que os colares nos pescoços seriam uma maneira de evitar a morte imediata durante ataques de tigres quando estavam nas montanhas do Myanmar?

Sim, é tudo isso que eu disse junto!

Apesar de ser algo meio turistão, organizado pelo governo para que elas possam preservar seus costumes e ter algum dinheiro fruto da visita dos turistas que pagam uma entrada e muitos acabam adquirindo produtos do seu artesanato, notem que é muito interessante visitar o vilarejo e observar um pouco de suas rotinas, passar perto de suas casas.

Curioso é que os homens não são vistos por lá, salvo as crianças, porque muitos ainda estão no Myanmar trabalhando enquanto as mulheres estão no vilarejo tentando fazer seus artesanatos. Outra questão que achei interessante é que, se na família houver mais de uma menina, a mais velha usará os colares e a mais nova poderá ir para uma escola tailandesa e não será obrigada a usar os colares porque quem vai para as escolas não usa os colares. E isso é importante para elas serem aceitas também no colégio e depois ensinarem para as demais mulheres da tribo um pouco sobre o país que as acolhe e, especialmente, sua língua, já que a grande maioria fala sua própria língua.

Seria um sinal do fim da tradição?



Vimos muitas mulheres sem os colares o que chamou minha atenção e eu já havia lido que a tribo aceitou outras refugiadas, como as mulheres de orelhas grandes.

Bem, uma pergunta que talvez vocês estejam se fazendo é se a gente se sentiu em um zoo humano? Um pouco... sim, principalmente no início. É estranho porque elas mal falam tailandês e menos ainda inglês. Eu tentei conversar um pouco com as crianças, perguntei seus nomes, elogiei o cabelo, a roupa... elas ficaram bem sorridentes. Mas ao perguntar se os colares doíam, reparei um olhar atravessado da senhora mais velha... e voltei a elogiar apenas.


Tiramos fotos e compramos um souvenir. Entendemos que elas dependam desse turismo também para sobreviverem já que, na qualidade de refugiadas, elas não têm uma situação legalizada propriamente dita na Tailândia e não conseguem empregos convencionais porque, enquanto refugiados, elas não têm os mesmos direitos de tailandeses nem mesmo os mesmos direitos de refugiados de outras partes do mundo. Por exemplo, são proibidas de sair das áreas demarcadas pelo governo. E isso eu confesso que achei muito esquisito, ainda mais em um país que é majoritariamente budista. Achei bem contraditório com tudo que o Budismo prega.



Mas eu esperava aprender mais sobre sua cultura, seu cotidiano, sua alimentação. Só que não foi assim. Em todo caso, foi interessante e esperamos ter ajudado um pouco e desejamos que um dia elas possam viver em paz e bem, com os direitos reconhecidos, com uma vida melhor.

Nós chegamos de volta em Chiang Mai às 19:30 e pedimos para a excursão deixar a gente perto da muralha da Cidade Velha, do portão onde começava a feira de domingo (Night Bazaar da Old City).




E, como já comentei com vocês que Barganhar é um verdadeiro esporte nacional para eles, aproveite a oportunidade para fazer suas comprinhas e gastar pouco! Eu me acabei nesta feira e comprei vestidos na faixa de R$25,00, porcelanas por uns R$2,00 os objetos mais de decoração, echarpes supostamente artesanais e de puro algodão por algo em torno dos R$10,00 ... enfim, é uma perdição e vale muito a pena sim passar por essa feira, além de ser uma grande atração na cidade, que reúne vários turistas, pessoas locais, há muitos artistas de rua, cantores, bandas se apresentando... é uma festa!





Isso sem contar as comidinhas de rua, não é mesmo? Se você curte street food e não tem muita frescura, aproveite também para jantar por lá mesmo e provar algumas das iguarias que eles oferecem na feira.



É engraçado ver as feiras dentro da área que circunda os templos, lembrando até mesmo as quermesses da Igreja Católica.


Só sei que eu e Julio saímos de lá sem qualquer dinheiro local kkkk.. eu gastei tudo! Bem, já íamos mesmo embora no dia seguinte e resolvi torrar tudo! Tanto que, no final, na hora de ir embora, tivemos muita dificuldade de chamar um Uber e não tínhamos mais dinheiro nem mesmo para um tuk tuk kkkk... menos ainda para um táxi comum. Com muito custo e um tempo de espera de mais de 30 minutos (isso porque todas as ruas das imediações da feira estavam fechadas e/ou tomadas por barraquinhas e pessoas e o trânsito estava bem lento) então conseguimos um Uber! Ufa... kkkk..

* Quinto dia de Passeios *

Nosso voo era às 16:30 e poderíamos sair do hotel para o aeroporto até umas 14:20, mais ou menos, porque o aeroporto fica bem pertinho, a 10/15 minutos do hotel. Mas, a esta altura do campeonato, já no 33° dia de viagem, o cansaço bateu forte e resolvemos permanecer no hotel 137 Pillars House descansando, tirando fotos, curtindo a piscina, tomando um longo e gostoso café da manhã e ainda fizemos uma última massagem na Tailândia, pois essa também seria a nossa despedida do país, já que dali estaríamos a caminho do Camboja, em ritmo de fim de viagem.

Por fim, vale mencionar que não visitamos outras atrações que são bem famosas em Chiang Mai, como o Tiger Temple, porque vimos fotos de lá e decidimos não compactuar com esse tipo de turismo. Achamos as jaulas pequenas e havíamos lido sobre a questão de doparem os animais e haver maus tratos por lá. Sei que os que me acompanham ao longo dos quase 6 anos de blog sabem que eu já frequentei muitos zoológicos, já estive  no polêmico Zoo de Luján, na Argentina, já entrei em jaulas de tigres e leões no passado (a última vez tem exatos 7 anos), mas nada como o tempo para fazer a gente refletir se esse é um tipo de passeio que realmente achamos válido ou não. Enfim, o Julio não queria, eu não estava na vibe e por isso não fomos. Da mesma forma que dispensamos a atração dos Elefantes Pintores, por não concordarmos com essa atividade também.

Há diversos outros passeios que podem ser feitos a partir de Chiang Mai (veja aqui a lista de passeios do TripAdvisor), como golf, paragliding, aulas de culinária, fazendas de orquídeas e borboletas, e um que está na moda é para Grand Canyon Hang Dong, que fica a menos de 1h do centro de Chiang Mai, porém, também não nos interessamos em fazer essa atividade. Em todo caso, fica aqui a dica para quem achar que vale a pena ir lá. Clique aqui e leia mais a respeito. Ou clique aqui para ler em inglês sobre esse passeio.

Veja mais também no site: http://www.visitchiangmai.com.au/

** O que levar nos Passeios **


- Câmera fotográfica (eu achei a segurança ótima em Chiang Mai e não tivemos problemas)

- Garrafa de água e dinheiros (moeda local) para comprar mais água durante o passeio porque o calor é intenso

- Filtro solar, pois vale a pena passar e repor durante o dia, mais uma vez, porque o calor é forte e o sol castiga


- Lenço/echarpe/pashmina para se cobrir a depender do templo, pode ser solicitado, como dentro do Doi Suthep ou do Chedi Luang.

- Meia para os pés, pois, a depender do templo, se você estiver com sandália, mas tiver que retirar os calçados, sendo num horário de sol quente, seus pés sofrerão se não tiver uma meia (vá por mim... eu esqueci a minha e sofri dentro do Doi Suthep).

- Chapéu/boné, para proteger-se do sol e óculos escuros

- Kit frescura: álcool em gel, lenço umedecido, protetor labial e água termal





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