31 outubro 2017

Passeios em Bogotá: o que fazer em 2 dias


Minha passagem por Bogotá, capital colombiana, foi em ritmo maratonista, mas muito bem aproveitado! Já que eu faria um stopover retornando de Barbados para o Brasil, num voo comprado com a companhia aérea Avianca, achei bastante oportuno ficar um pouco por lá para tentar explorar ao máximo a cidade e conhecer suas principais atrações, graças também à eficiência da empresa de turismo local Colombia4u, intermediado pela agência Daytours4u, que programou nossos passeios para esses dois dias! Rendeu um bocado!




- QUANTO TEMPO: Foram 2 noites que equivaleram a 2 dias intensos e cheios de passeios em Bogotá! Dava para ficar mais tempos? Sim! Acho que 3 dias teria sido o ideal para conhecer sem tanta correria, para absorver um pouco mais dos bairros e curtir a parte gastronômica que ficou bastante prejudicada e não deu tempo para fazer um tour por restaurantes que eu gostaria de conhecer.



- COMO CHEGAR: de avião. A companhia aérea Avianca opera voos diretos saindo do Rio de Janeiro e São Paulo para o aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá. Outras companhias aéreas que também chegam em Bogotá são a Latam e a Copa, às vezes com 1 conexão ou escala. 

Ou você pode fazer com o eu fiz e combinar uma pausa em Bogotá porque todos os voos para Barbados com a Avianca, por exemplo, passam obrigatoriamente por Bogotá para uma conexão, e como eu ainda não conhecia a cidade, foi interessante, apesar da chuva que, se por um lado não ajudou a tirar fotos mais bonitas nem a ver a cidade do alto do Cerro de Monserrate porque a neblina tomou conta da paisagem, tampouco atrapalhou porque o foco acabou sendo mais num turismo histórico - cultural, com visita a museus e ao Centro Histórico de Bogotá, além, é claro, de um passeio imperdível a Zipaquirá.



- FUSO HORÁRIO: menos duas horas em relação a Brasília

- VISTO: brasileiros não precisam de visto para entrar no país

- VACINA: a Colômbia passou a exigir o Certificado Internacional da Vacina da Febre Amarela, principalmente após o surto ocorrido no primeiro semestre de 2017. Pelo sim, pelo não, ainda não que não haja mais notícias sobre isso, tenha sempre o seu certificado.

- MELHOR ÉPOCA: Eu confesso que não imaginava que Bogotá fosse uma cidade tão chuvosa assim. Até que faz sentido, se você para para entender que ela está localizada próxima à linha do Equador. Portanto, com clima tropical influenciado pela altitude, já que Bogotá encontra-se a 2.640 metros acima do mar, e temperaturas constantes quase o ano inteiro, podemos dizer que a temporada de chuvas, que seria o inverno deles, é de abril a junho e de setembro a novembro, com chuvas concentradas mais no final do dia.



Já a temporada de verão, que corresponde à época mais seca, vai de dezembro a março e de julho a agosto. Agora, apesar disso, Bogotá tem chuvas bem dispersas por todo o ano, com uma média de 180 dias de chuva por ano. Então, não se anime muito rsrs... as chances de pegar chuva em Bogotá são sempre grandes!



Localizada num planalto da Cordilheira dos Andes, o Altiplano Cundiboyacense, Bogotá apresenta uma temperatura média de 14ºC, sendo julho o mês mais frio e fevereiro o mais quente. Em resumo, não pegar chuva em Bogotá é uma missão difícil e também é bom se preparar para um pouco de frio. Assim, se você estiver planejando uma visita à capital colombiana como foco da sua viagem, para aproveitar, de repente, um feriado, aí vale a pena investir numa época que possa ser mais seca, como os meses de julho e agosto, os quais também são meses mais frios.

Agora, se você não estiver preocupado com isso, pode ir em qualquer época porque, como Bogotá não tem essa proposta de passeio de praia, que necessite de sol e tempo firme, e como a cidade é repleta de museus, dá para ir sem essa preocupação porque, a bem da verdade, a chuva em si não atrapalha tanto... as fotos não ficarão lindas e maravilhosas, mas você conseguirá fazer vários passeios mesmo assim.

Como fui em Maio de 2017, sem saber, acabei pegando uma temporada mais chuvosa na cidade... mas não sofri com isso porque o foco desta viagem era Barbados e não Bogotá.




- O QUE FIZEMOS EM 2 DIAS DE PASSEIOS: Começamos com o City Tour, realizado pela Colombia4u no primeiro dia, em que visitamos Parque Nacional, Bairro Inglês, Centro Histórico (Candelária, local de fundação da cidade, Plaza Bolivar); Museus do Ouro, Botero e de Arte Moderna; subimos o Cerro Monserrate (percorremos sua via Crucis); Igreja da Candelária, Calle de Embudo (funil) que foi a primeira rua de Bogotá, passamos pela Zona T ou Rosa, repleta de lojas e shoppings modernos e tomamos um chocolate quente com queijo e pão de milho no Café Balcones de la Candelaria.

E no segundo dia, fomos à Zipaquirá também com a Colombia4u e tivemos um passeio incrível pela Catedral de Sal e seu centro histórico.

- DO AEROPORTO AO HOTEL: foram uns 25 minutos com trânsito bom e o transfer custou 45.000 cop cada trecho (cerca de 50 reais ou 15 dólares). Optamos por fazer o câmbio no aeroporto numa cotação ruim que foi de 1 usd para 2.600 cop ou de 1 real para 760 cop, mas o ideal seriam 2.900 cop na época em que fomos - mês de maio de 2017.

O câmbio oficial naquela época (maio 2017) seria: 1 usd = 2.941,17 cop ou 1 brl = 925,77 cop

- QUAL MOEDA LEVAR: Se você ficar pouco tempo como a gente, acho que tanto faz, viu? Reais ou dólares. Mas se o foco da sua viagem for a Colômbia, principalmente o caribe colombiano, como San Andrés, leve dólares.




Câmbios nos aeroportos raramente são bons, mas foi necessário para poder pagar o Seu Luis, que fez nosso transfer do aeroporto ao hotel. Ele é uma simpatia, cuidadoso e atencioso. Cobrou da gente 45.000 cops (cerca de 45 reais) para cada trecho (tel: +57 312 3038502).

- HOSPEDAGEM: Recomendo com empenho o Hilton Bogotá, inclusive porque não achei as tarifas do hotel caras (clique aqui e simule uma hospedagem lá). Os preços são justos, considerando tudo o que ele oferece ao hóspede, especialmente se você não dispensa luxo, conforto e um ótimo atendimento durante a sua viagem.


Em Bogotá, existe uma variedade grande de possibilidades de hospedagem que vai desde pousadas para mochileiros até hotéis cinco estrelas. O centro histórico de La Candelaria e seus arredores é destinado ao público amante da cultura e das artes. Os hotéis localizados próximo a Ciudad Salitre são mais voltados aos visitantes que fazem escalas curtas em Bogotá ou precisam pernoitar perto do Aeroporto Internacional El Dorado. Por outro lado, os hotéis localizados para o norte da cidade estão focados num turismo de negócios, compras ou lazer. Os arredores de Bogotá, como a "Laguna de Fúquene" e os "Embalses del Neusa", "Tominé" e "Sisga" estão procurados para a prática do camping e esportes aquáticos. Também é possível acampar no "Parque Nacional Natural Sumapaz" (entre o Distrito Capital e o departamento de Meta), ou no "Parque Nacional Natural Chingaza" a leste de Bogotá.



Enfim, faltaram coisas a ver e fazer em Bogotá, como o Jardim Botânico, o Parque Natural Chicaque, o badalado e super famoso dentre os brasileiros Restaurante Andres Carne de Res, que fecha às segundas (por isso não fomos - mas o que foi altamente recomendado para  gente é o Andres Carne de Res de Chioa, que é o original), assim como alguns outros museus (é sempre importante avaliar o dia em que estará na cidade e verificar antes o que estará funcionando, pois normalmente eles fecham às segundas).

A gastronomia colombiana, um dos pontos altos do turismo no país, é sem dúvidas uma delícia! Quando for a Bogotá, as carnes são as especialidades da cidade, muito mais apreciadas do que peixes e frutos do mar. Até porque convenhamos... a cidade está a 2.600 m de altura do nível do mar. Não deixem também de experimentar as empanadas de massa de milho, o lomito de res e as tradicioanis arepas, principalmente em restaurantes


- SEGURANÇA PÚBLICA: um dos motivos maiores que não me animava tanto a visitar a Colômbia, de modo geral, era por conta do seu histórico de guerrilhas e domínio do narcotráfico. Acredito que todo mundo saiba bem que é Pablo Escobar, o Cartel de Medelín e muitas de suas  histórias, principalmente depois de ter conquistado uma legião de fãs a série exibida pela Netflix chamada Narcos, protagonizada pelo ator brasileiro Wagner Moura, e, mais recentemente, outra série, chada Escobar, também transmitida pela Netflix, que popularizaram ainda mais as histórias relacionadas aos crimes desse período sombrio que recaiu sobre a Colômbia.


Bem, nada aconteceu comigo! Andei com câmera Canon T5i, GoPro e celular Samsung S6 o tempo todo comigo, na bolsa. Não deixei a câmera pendura no pescoço e talvez eu não fizesse isso se estivesse sozinha ou somente com minha amiga Sy, do blog Viajando com Sy. Mas como tivemos sempre a companhia de um guia, residente da cidade, eu me senti segura e levei tudo comigo. Posso ter dado sorte, né? rsrsrs... mas não vi nada que me amedrontasse. Confesso que no Rio de Janeiro eu me sinto bem mais insegura.

Outra informação que foi passada é que o centro de Bogotá é muito seguro porque é onde mora o presidente, onde fica o Palácio da Justiça e não haveria problemas. Contudo, apesar disso tudo, eu sempre acho que turista não deve agir tanto como turista, não deve chamar atenção, não deve ostentar bens de valores, não deve andar sozinho em ruas escuras e estranhas... eu sou dessas que prefere pecar por exagerar nos cuidados do que ser surpreendida com situações que coloquem em risco a minha vida.


- DESLOCAMENTO: nossos deslocamentos foram todos realizados por meio de serviços previamente contratados e combinados, desde o transfer do aeroporto ao hotel e os passeios que fizemos. Como nossa passagem pela cidade foi meteórica, a gente achou melhor fazer assim para otimizar bastante nosso tempo. Porém, fiquem sabendo que há uma boa oferta de táxis em Bogotá e há muita gente que usa também o sistema de ônibus chamado TransMilenio, que é uma rede bem articulada com dezenas de estações ao longe de seis grande rotas. Não usamos Uber lá, mas chegamos a fazer algumas cotações. Como há um movimento quase internacional de várias cidades e países proibindo esses aplicativos de mobilidade social, como Uber e Cabify, minha dica é chegar lá na hora e testar para ver se está funcionando. Sempre os valores do Uber serão melhores do que os do táxi.

ATENÇÃO: se você, principalmente, quando estiver na região da Candelária e for se deslocar para um museu ou para Monserrate em pleno dia de semana, fique muito atento ao horário do rush para não ficar preso em engarrafamento.



- PASSEIOS NO PRIMEIRO DIA:

Fizemos um City Tour privado com a Colombia4u e Daytours4u que nos buscou em um ótimo carro no hotel até mesmo antes do horário que havíamos combinado, que seria às 14h. O guia Daniel já estava esperando por nós e, apesar do tempo nublado e da chuva pela manhã, seguimos na esperança de entender a essência da cidade.

Tivemos uma verdadeira aula de história com o guia Daniel, que foi incrível, do início ao fim, fornecendo várias informações. Como eu não havia pesquisado muito sobre a Colômbia nem sobre a cidade de Bogotá, até porque, mais uma vez, que fique claro que o foco dessa minha viagem de férias era a ilha caribenha de Barbados, eu aproveitei muito as explicações oferecidas pelo Daniel e fiz várias perguntas para ele!

Por exemplo, Daniel contou para a gente que a origem do nome Bogotá advém da palavra Bacatar, que é um nome indígena da antiga civilização muísca que significa terra fértil (nas palavras do guia... mas pelo wikipedia, significaria "cercado além da fronteira"). No passado, por estar localizado em um planalto andino, a região onde hoje se encontra a cidade era um lago que secou. A capital colombiana tem cerca de 8 milhões de habitantes o que é bastante se considerar que o país, a Colômbia, tem 47 milhões habitantes, sendo  a 29ª maior população do mundo e a segunda maior da América do Sul, depois do Brasil. É o terceiro país mais populoso com a língua espanhola como idioma oficial (depois do México e Espanha), e tem a quarta maior comunidade de língua espanhola no mundo depois do México, Estados Unidos e Espanha.




A maioria dos centros urbanos colombianos estão localizados nos Andes, mas seu território também abrange a floresta amazônica, paisagens tropicais e os litorais do Caribe e do Pacífico. Ecologicamente falando, a Colômbia é um dos 17 países megadiversos do mundo (os de maior biodiversidade por unidade de área).

Há pesquisas e estudos arqueológicos que apontam haver vestígios de povoamento na atual Colômbia há pelo menos vinte mil anos. O território hoje ocupado pelo país, cujo nome foi uma homenagem ao descobridor das  Américas - Cristóvão Colombo - era originalmente dominado por tribos indígenas, como os chibchas, quimbaya e taironas quando da chegada dos espanhóis, em 1499, dando início a um período de conquista e colonização que resultou na morte ou na escravização de cerca de 90% da população nativa e, em seguida, criaram o Vice-Reino de Nova Granada (que compreendia os territórios atuais da Colômbia, Venezuela, Equador, Panamá e a região noroeste do Brasil), com sua capital em Bogotá. A independência do domínio espanhol foi conquistada em 1819, mas por volta de 1830 a "Grã Colômbia" fragmentou-se com a secessão da Venezuela e do Equador.

Os atuais países da Colômbia e Panamá uniram-se e formaram a República de Nova Granada. A nova nação experimentou um sistema político federalista durante a Confederação Granadina (1858) e, em seguida, com os Estados Unidos da Colômbia (1863), antes de a República da Colômbia ser finalmente declarada em 1886. Contudo, em 1903, o Panamá retirou-se, sucumbindo à pressão dos Estados Unidos para honrar seus compromissos financeiros em decorrência da construção do Canal do Panamá.


Bogotá, capital moderna, dinâmica e agitada, é a sede do governo nacional, seu principal centro financeiro, administrativo e cultural, foi fundada em 1538. Nesta cidade que foi apresentada a primeira declaração de independência (contra o domínio do governo colonial da Espanha) em 1810, mas o processo de independência só se completou nove anos depois, em 1819, quando as forças nacionais lideradas por Simón Bolívar assumiram o controle da cidade e a designaram como a capital da Grã-Colômbia (atualmente Colômbia, Equador, Panamá e Venezuela).

Notem que a cidade de Bogotá surpreende também por apresentar um amplo sistema de mais de mil parques que se integram entre si por um conjunto de corredores para pedestres e ciclovias. Estes são combinados em harmonia com as praças, pracinhas, zonas úmidas e alamedas para dar um carácter emblemático à cidade que possui áreas protegidas, muitos parques urbanos e muitas áreas verdes.

Algumas curiosidades interessantes que o Daniel também contou para a gente: a Colômbia é o terceiro maior produtor de café do mundo (o primeiro é o Brasil e o segundo é o Vietnam). O país é o segundo maior produtor de flores (rosas e orquídeas), logo depois da Holanda. Há 85 tribos indígenas que falam 66 línguas diferentes.

O City Tour que fizemos foi o regular, de duração aproximada de 5 horas, que começa às 14h e termina mais ou menos às 19h. No nosso caso, passou um pouquinho só das 19h.

A ideia da Colombia4u é oferecer ao turista uma noção panorâmica, mas não superficial da cidade, com muita história e um banho de cultura, incluindo visitas aos museus e um passeio ao Santuario de Monserrate. Caminhar pelas ruas da capital e descobrir sua rica história com um guia que orienta o passeio o tempo todo, passando por bairros, ruas, parques e praças, na medida certa para não ser cansativo, especialmente para quem possa ter alguma dificuldade em se aclimatar com os quase 3 mil metros de altura da cidade e para ser um ótimo primeiro contato com a cidade.

O tour oferece traslado particular ao hotel, tour guiado em espanhol ou inglês (normalmente os guias entendem um bocado de português já que há muitos turistas brasileiros na Colômbia), os ingressos do teleférico para subir ao Santuário de Monserrate estão incluídos, bem como as entradas aos museus, com atenção para o fato de que, apesar de o tour ser realizado todos os dias, de segunda a domingo, o Museu do Ouro, por exemplo, não abre às segundas. Neste caso, a visita é substituída por outro museu.

Observação: O pessoal do Colombia4u é tão fofo que eles pedem que a gente informe com antecedência se há algum lugar em especial que desejamos visitar, pelo motivo que for, que eles tentarão atender e encaixar no roteiro! São bem flexíveis, não é?

Informações do Tour: realizado em transporte privado (carro ou van), saída às 14h, duração aproximada de 5h, mínimo de duas pessoas. Tour ideal para qualquer tipo de turista, inclusive para crianças, famílias, idosos...

Os principais Pontos Turísticos de Bogotá são:

- Quinta Bolívar
- Jardim Botânico José Celestino Mutis
- Observatório Astronômico Nacional
- Planetário de Bogotá
- Maloka (parque temático sobre ciência e tecnologia)
- Mirador Metropolitano da Torre Colpatria
- Mirador de La Calera para ver a cidade um pouco mais de perto do que visto de Monserrate
- Monumento de Banderas a las Américas
- La Candelaria
- Parque Metropolitano Simón Bolívar
- Museu Botero
- Museu do Ouro
- Museu Nacional
- Casa da Moeda
- Mercado das Pulgas de Usaquen (feira aos domingos)
- Plaza Bolívar e a Catedral Primada
- Plaza de Santander (para artesanato)
- Plaza del Chorro del Quevedo (para uma pitada de boemia, cercada de bares)
- Museu Casa Quinta de Bolívar
- Santuário de Monteserrate
- Teatro Mayor Julio Mario Santodomingo
- Teatro Colon
- Zona G e Zona T: regiões mais americanizadas com muitos shoppings (como o Andino) e muitas lojas como Zara, H&M e Forever 21
- Aproveitar o melhor da gastronomia: café do Juan Valdez, arepas, carne...

E o nosso passeio começou pelo Parque Nacional Enrique Olaya Herrera, localizado entre as ruas 36 e 39 com a Carrera Sétima, que é um amplo parque urbano com 283 hectares e alturas compreendidas entre os 2.600 e os 3.154 metros, inaugurado em 1934, considerado como verdadeiro patrimônio da cidade devido à sua importância ambiental, paisagística, cultural e para os esportes. Não ficamos muito tempo por lá, pois foi apenas uma passagem para conhecer um pouco do parque.

Seguimos na direção do Bairro Inglês que me encantou pela sua arquitetura com traços vitorianos, com alguns edifícios projetados naquele estilo cottage geminado bem britânico... bastante fotogênico!

O dia estava nublado e com cara de chuva, portanto, os passeios que fizemos em ambientes abertos não ficaram com fotos tão bonitas.



Partimos para explorar o famoso bairro La Candelaria e começamos pelos Museus, por conta do horário de funcionamento. Eu estava super curiosa para conhecer essa parte da cidade, pois se tem algo que é muito divulgado quando pensamos em Bogotá são justamente os Museus Ouro e Botero , que ganharam fama e prestígio mundo afora!





O primeiro a ser visitado foi  Museo del Oro , localizado na Calle 11 # 4 - 14 (entrada custa 4.000 cop), que é "apenas" o mais importante museu do mundo na sua categoria, com cerca de 60 mil peças expostas. Impossível não se surpreender com seu rico acervo!


Infelizmente, por conta dos horários de funcionamento de cada museu, não deu tempo de explorar tudo o que o Museo del Oro oferece em seus andares. Fato que eu teria ficado ali facilmente umas 2 horas no mínimo percorrendo suas galerias e exposições, pois são muitas as informações oferecidas e tudo muito bem organizado.




Com um acervo baseado principalmente nos trabalhos pré-colombianos que se valiam do ouro como matéria-prima fundamental, o museu explora bem essa parte que vai desde rituais da rotina das tribos indígenas, o seu cotidiano apresentado por meio da evolução histórica do próprio uso dos metais.





Inaugurado em 1939, a obra conhecida como Poporo Quimbaya foi a primeira da coleção e lá ainda se encontra desde então.






Dica: perto do Museo del Oro você poderá visitar o Parque Santander, onde poderá comprar lembranças, e caminhar pelo bairro histórico da Candelária e visitar o Museu Botero, Casa de Moneda, Chorro de Quevedo e Plza Bolívar (clique aqui e veja o itinerário). Se você não estiver em um City Tour contrato, mas sim por conta própria, dê uma olhadinha no mapa, marque os lugares de interesse que deseja conhecer e faça esse recorrido preferencialmente a pé por conta do trânsito bem complicado dessa parte da cidade. Ou deixe para fazer num final de semana (sábado ou domingo), quando o trânsito fica melhor, caso precise fazer esse tour de carro.


Na sequência, passamos rapidinho pela Casa da Moeda e fomos direto para o Museo de Arte Miguel Urrutia e Museo Botero, todos localizados na Manzana Cultural, ou seja, uma verdadeira mansão dedicada à arte e cultura, no coração de La Candelária e com a facilidade de que ficam um do lado do outro.


A Casa de Moneda, localizada na Calle 11 com a Carrera 4, encontra-se em um edifício histórico do século XVII e abriga uma e de arte do Banco da República.




Não sei vocês, mas eu adoro contemplar essa arquitetura bem tipicamente espanhola com pátios internos ornamentados com fontes e um paisagismo super fotogênico! O lugar é uma gracinha e vale uma passada nem que seja para render belas fotos!



Então fomos para o Museo de Arte Miguel Urrutia para outra passada bem rápida e noção mais panorâmica da exposição com destaque para uma galeria que expõe alguns artefatos sacros bem elaborados e riquíssimos em pedras preciosas.


Até porque o meu maior interesse era sem dúvida em ficar um pouco mais de tempo apreciando as obras de Fernando Botero! E não foi nenhuma surpresa que eu já me encantaria com seu trabalho já que o artista tem fama internacional pelos gorduchos que retrata, inclusive, o primeiro contato que eu tive com suas obras foi no carnaval que passeio em Salvador, em 2011, no final do circuito Barra - Ondina, onde é impossível não ver as Gordinhas de Ondina, como são carinhosamente conhecidas.





Mas se eu já tinha noção do trabalho e das tendências do artista, foi no Museo Botero que eu tive mais conhecimento sobre a sua história e fiquei encantada ao descobrir que ele, com 85 anos (nasceu em abril de 1932), vive entre Paris e Mônico, tem 3 filhos vivos, com 21 anos foi para o México onde desenvolveu melhor o seu estilo que o consagrou como mestre da volumetria e depois foi para Paris consolidar a sua arte (clique aqui e aprenda mais sobre o artista).







O Museo Botero conta com 123 obras de Fernando Botero e outras 85 obras de fabulosos artistas como Picasso, Monet, Salvador Dali... portanto, para quem é fã de arte como eu, é verdadeiro deleite! Mais uma vez, eu teria ficado no museu facilmente umas 2 horas provavelmente, mas como o nosso City Tour ainda abrangia outros passeios, não havia como permanecer tanto tempo.






Fiquei admirada com as galerias, com a organização, com obras incríveis e adorei aprender um pouco mais sobre o Botero! Não deixem de reparar em seus auto retratos que são excelentes. Observação: este museu fecha às segundas feiras! A entrada é gratuita. 


A partir daí, fomos a pé seguindo pela Calle 11 até chegarmos na Igreja da Candelária, cujo primeiro claustro começou a ser construído em 1630 pelos jesuítas e somente foi aberto ao público em 1685. Importante observar a sua importância dado que o nome do bairro - La Candelária - advém justamente da Igreja.




Sua última restauração foi bastante recente, entre os anos de 2002 a 2005. Vale uma visita para admirar seu interior.

A Calle 11 também é conhecida como Calle Candelária. Um verdadeiro Must Go para poder sentir essa atmosfera colonial do Centro Histórico e ver de perto os casarios ainda bem conservados e as fofas e graciosas casinhas coloridas.




Dica: caminhe e contemple sem pressa! Essas casinhas são muito fotogênicas! Rendem registros lindos.




Pegamos a Carrera 2 e seguimos até Plazoleta Chorro de Quevedo que é um lugar público considerado como o local de fundação da cidade, em 1538, quando o militar Gonzalo Jiménez de Quesada montou sua base.

O local estava em obras quando fomos... uma peninha. Mas é uma praça cercada por construções coloniais e também edifícios do início do século XX, além de restaurantes, cafés e lojinhas de artesanato. O seu nome deriva do fato de que, em 1832, o lugar foi adquirido pelo padre augustino Quevedo, que instalou uma fonte pública de água. O "chorro", que significa jato, fonte, manteve-se até 1896, quando um muro desabou sobre a fonte e a destruiu.




Em 1969 a praça foi reconstruída e foi erguida a Ermita de San Miguel del Príncipe à semelhança da antiga Capilla del Humilladero que foi a primeira igreja de Bogotá.

A nossa caminhada prosseguiu para a Calle del Embudo, que significa Funil, considerada como primeira rua de Bogotá.


Essa rua é estreita e bastante colorida, repleta de muros grafitados e muita arte nas fachadas das casas. Como ela não é uma peatonal, ou seja, não é uma rua só para pedestres, às vezes fica difícil dividi-la com carros e demais pessoas circulando e fotografando.


Só tem um pequeno - grande - porém: achei o odor de esgoto na rua bem forte e estranho e também achei a galera lá bem alternativa. Não senti medo até porque estava com a Sy e nosso guia Daniel, mas eu não iria lá à noite e menos ainda sozinha.



Vale passar por ela para observar os desenhos, os casarios antigos e imaginar como era uma Bogotá nos tempos coloniais.


Finalizado esse tour de caminhada, o carro da agência Colombia4u já estava esperando a gente no final da Calle del Embudo e fomos direto para a bilheteria de subida do funicular para Monserrate.

Em terceiro lugar no ranking listado pelo site TripAdvisor dentre as atividades sugeridas em Bogotá (clique aqui) , o Santuário de Monserrate trata-se de um templo católico símbolo por excelência da capital colombiana, localizado a 3.152 metros sobre a Cordilheira Oriental dos Andes em um pequeno cerro cuja subida mais conhecida e mais confortável é por meio do seu funicular para chegar em um lugar de muito bonito, que transborda paz e de onde se pode avistar a cidade do alto de seu mirante se tiver sorte e pegar um dia sem nevoeiro.



Adianto logo que não foi o nosso caso, pois não demos essa sorte.

Mas tudo bem porque Monserrate não tem apenas uma vista espetacular da cidade a oferecer (que nós perdemos kkk), mas sim também conta com o Santuário do Senhor Caído de Monserrate, lugar de grande peregrinação religiosa de nacionais e estrangeiros desde a época colonial, além de estar rodeado por uma exuberante vegetação, com várias explicações sobre a fauna e a flora da cidade, conhecida como a savana de Bogotá que apresenta ecossistemas de bosque andino, sendo, portanto, também uma atração natural. 





Nós subimos de teleférico, que foi inaugurado em 1955, que leva cerca de 5 minutos para percorrer os 800 metros de subida. Custa 11.000 pesos aos domingos e 19.000 pesos de segunda a sábado. Funciona todos os dias das 7h às 24h, mas tenham em mente que o Restaurante San Isidro só funciona a partir das 18h e que o Santuário Monserrate abre das 7h às 15h.


Como chegamos depois das 15h, na esperança de o tempo abrir e também por causa dos horários de visita dos museus onde estivemos antes, não vimos o Santuário aberto.



Mas aproveitamos para percorrer a sua Via Crucis composta por 15 momentos, o que a torna diferente de uma Via Crucis normal porque incluiu mais um passo/etapa que é a ressurreição de Cristo!




O trajeto que fizemos foi o de subida pela Via Crucis até chegar no Santuário lá em cima. Há quem prefira o contrário já que "para baixo todo santo ajuda", né? rsrs...


Observação: São quase 3km de subida para quem quiser subir a pé ou de bicicleta. Mas a subida de teleférico já vale a pena para contemplar as vistas da cidade, principalmente se, ao chegar lá no alto, estiver com nevoeiro, como foi no meu caso. Ao menos durante esse trajeto da subida eu já pude ter uma ideia da cidade.



Sua História: em 1620, a família Fernández de Valenzuela iniciou a construção das ermitas do morro o que resultou em uma capela dedicada à Santa Cruz de Monserrate. Pouco tempo depois foi fundado um monastério dedicado a Santa María da Cruz de Monserrate. Atualmente, o Santuário Caído de Monserrate, com construção em estilo neocolonial, foi terminado em 1925



Gastronomia: Restaurante San Isidro e Cafe Santa Clara são os dois restaurantes que ficam no cerro. Dizem que a comida é cara, mas a vista é sensacional. Não experimentamos porque estavam fechados, mas acho que eu toparia um café porque o frio era intenso.


Descemos e fomos rapidinho para a Plaza de Bolívar, pois já estava anoitecendo! Se por um lado não vimos também a Catedral Primada, que data de 1814, aberta (inclusive estava com um pouco de obra na sua fachada), por outro lado pudemos admirar o cair da noite, o acender das luzes, que também tem seu charme, não acham?


Localizada entre as Carreras 7 e 8 com as Calles 10 e 11, num lugar onde a primeira praça a ser construída ali como praça de mercado data de 1680, a Plaza de Bolívar é considerada como o coração da cidade, o epicentro histórico da cidade de Santa Fe de Bogotá, declarada como Monumento Nacional da Colômbia em 1994, é a sua principal praça e também do próprio país.




Com quase 14.000 m², ao seu redor encontram-se os principais edifícios históricos da cidade, onde funcionam os centros do poder, como o Palácio da Justiça, o Capitolio Nacional (Congresso), a Catedral Primada da Colombia, a Casa del Cabildo Eclesiástico, a Capela do Sagrario e os Palácios Arcebispal e Liévano, sede da Alcadía Mayor de Bogotá. Também podemos ver o Colégio Maior de San Bartolomé e dos jesuítas.




Curiosidade: a Plaza de Bolívar é capaz de receber até 55.612 pessoas.

Seu nome, Plaza de Bolívar, tem a ver com a estátua do General Simón Bolívar que foi colocada no centro da praça em 1880 pelo Congresso da República, apesar de que sua origem teve a ver com o comércio, pois a praça que antes era uma local de mercado cercado por casas coloniais já passou por diversas modificações das quais restou apenas uma construção que foi conservada desde a época colonial, que é a Capilla del Sagrario.


Ela também já foi a Praça da Constituição, assim denominada logo após a independência, mas era mais conhecida como Plaza Mayor, seguindo a tendência espanhola de ter sempre uma Plaza Mayor ou uma Plaza de Armas na cidade. Em 1861 o mercado, as festas e as touradas foram suspensas e, em 1880, quando instalado o pedestal com a estátua de Simón Bolívar, foi quando começou a ser conhecida como Plaza de Bolívar.





Após algumas fotos - sí, como no? - seguimos caminhando pela Calle 10 e passamos por praças lindas que me encantaram, como a Plazoleta de Cuervo, que é lindíssima!





Alguns edifícios com fachadas magníficas como o Hotel de Opera e o Teatro Colón de Bogotá, até chegarmos no Balcones de la Candelaria, que fica na Calle 11 com a Carrera 6 (pertinho do Museo Botero e Casa da Moeda... como vocês podem ver, dá para fazer todo esse circuito a pé facilmente).





Eu adorei essa nossa pausa no Balcones de la Candelaria! Gente, que lugar mais fofo, com decoração toda mesclando elementos em madeira com um colorido bastante harmonioso com as casinhas fofas da Candelária!


Adorei muito muito! E gostei de experimentar o Chocolate Santafereño, que é um prato típico com chocolate quente e pão de milho Almojábana com queijo. Uma delícia!


Chegamos no Hotel Hilton um pouco depois das 19h e ficamos por lá mesmo, onde jantamos no Restaurante La Ventana, mas antes fizemos nosso próprio happy hour no Lounge Executivo do hotel, com vinho - por supuesto! Clique aqui e leia como foi nossa experiência no HOTEL HILTON.

No dia seguinte, acordamos bem cedinho, tomamos no café da manhã maravilhoso no Hotel Hilton, e seguimos mais uma vez com a agência de turismo Colombia4u para Zipaquirá! 

Mas como esse post aqui já ficou enorme (sorry!) eu resolvi escrever sobre Zipaquirá em outro, ok?

Clique aqui para ler sobre Zipaquirá.

Nossa experiência não teria sido tão incrível sem o apoio e carinho que recebemos dos nossos parceiros:⠀

@hiltonbogota que nos recebeu por 2 noites incríveis, em instalações com alto padrão de qualidade, quarto amplo e confortável, café da manhã maravilhoso, com ótima localização, no coração da área mais descolada da cidade, com vários restaurantes, lojas e shoppings próximos ⠀
@daytours4u que nos levou aos dois passeios sensacionais que fizemos, um City Tour no domingo, com os museus e Monserrate, e o Tour da Catedral de Sal de Zipaquirá, com os Guias Daniel e Andres que nos proporcionaram verdadeiras aulas de história, geografia, cultura, política... foi surpreendente e adoramos! Aprendi muito com eles e me encantei com o que vi por lá.⠀
↘ Agradeço também ao Seu Luis que fez nosso transfer do aeroporto ao hotel (dica da @tattytoptrips). Ele é uma simpatia, cuidadoso e atencioso. Cobrou da gente 45.000 cops (cerca de 45 reais) para cada trecho (tel: +57 312 3038502) ⠀
Vejam mais dicas em #LilyeSyemBogota e assistam ao vídeo!


Veja mais informações nos sites:

http://www.colombia.travel/pt

https://viagemeturismo.abril.com.br/paises/colombia/

No TripAdvisor: clique aqui

No Instagram do Apaixonados por Viagens:




- Leiam também a matéria sobre a hospedagem no Hotel Hilton: clique aqui





  1. Acabei de ler sua matéria sobre Bogotá. Me ajudou muito na finalização do meu roteiro. Apenas uma correção, as "Gordinhas de Ondina", não são de autoria de Fernando Botero.

    ResponderExcluir

Whatsapp Button works on Mobile Device only

DIGITE O QUE PROCURA E TECLE "ENTER" PARA BUSCAR