21 junho 2021

Passeio ao ar livre no RJ: Jardim Botânico

Sabe aquele clássico, quase cliché, mas que a gente ama e não dispensa? Pois é, ainda mais em tempos pandêmicos em que prezamos e priorizamos por passeios ao ar livre, céu aberto, sem aglomerações, em ambiente seguro e organizado, temos aqui no Rio de Janeiro um grande oásis, um tesouro para a cidade e um respiro para a nossa alma: Jardim Botânico!


Blog Apaixondos por Viagens - Passeio no Jardim Botânico - Rio de Janeiro


Ah, e me refiro ao parque do Jardim Botânico mesmo (e não ao bairro homônimo, se bem que, ao longo do bairro, não faltam lugares lindos para espairecer, como o Parque Lage, por exemplo).


  • Atualização: estivemos no Jardim Botânico no início do mês de outubro de 2021 e não é mais necessário o agendamento prévio online. O portão principal (aquele frontal, na rua Jardim Botânico) foi reaberto ao público. A cabana do pescador, dentro da área dedicada à Amazônia, também foi reaberta ao público, assim como o bromeliário. 


  • Importante: é necessária a apresentação do comprovante de Vacinação contra o Covid-19 para maiores de 12 anos.


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Desde que começaram as flexibilizações, em junho de 2020, eu já estive no Jardim Botânico por duas vezes, para encontrar amigos e dar um passeio.


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Aliás, acho que essa opção de passeio para encontrar amigos simplesmente perfeita, porque estamos em um lugar lindo, aberto, arejado, com muitos espaços para sentar, conversar, caminhar, sentir a natureza... eu acho ótimo. 


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Tanto que, em maio, foi onde fiz uma das minhas mini comemorações de aniversário rsrs... 


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Dentro da minhas pílulas de encontros com os amigos, já que não temos como reunir todos e com a ideia de evitar aglomerações, escolhi o Jardim Botânico para cantar um parabéns, assoprar as velinhas e fazer um lanchinho com alguns amigos no quiosque que tem perto do parquinho infantil. 


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Ali, perto do parquinho infantil, que fica mais aos fundos do parque ( bem lá no fundo mesmo, depois do orquidário - confiram no mapa que não tem erro), além do parquinho infantil e desta lanchonete, há banheiros e espaço para picnic! Pefeito, não acham?


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E como foi a experiência de visitar o Jardim Botânico? Muito segura! Agradável e renovadora de energia. Afinal de contas, não é em qualquer lugar onde podemos observar mais de 6.500 espécies de plantas, árvores, flores, algumas ameaçadas de extinção, espalhadas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas, além de muitos macaquinhos e aves!


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Eu sou daquelas que adora fazer um turismo na própria cidade, sabe? E vamos combinar que no Rio de Janeiro a gente nem precisa se esforçar muito para gostar de turistar na própria cidade, não é mesmo? Por isso eu super recomendo e, para quem comprovar residência na cidade (pode comprovar com alguma conta que tenha seu endereço - luz, gás, internet, celular, netflix...) ainda ganha desconto na entrada do parque!


  • Então vamos às dicas importantes para que sua visita seja um sucesso:


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Antes de mais nada, é preciso AGENDAR A SUA VISITA diretamente no site do Jardim Botânico. E isso é importante que seja feito. Sem o agendamento, você não vai entrar porque o acesso ao parque está restristo a um número reduzido de visitantes, o que torna o passeio ainda mais seguro.



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Feirinha na entrada do Jardim Botânico, no mês de junho de 2021


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Tartarugas/Jabutis na frente da bilheteria


Assim que você fizer o agendamento para a data e horário desejados, preste atenção no seu email. Você receberá um email para confirmação e DEVE CLICAR NO LINK para confirmar a sua visita. Neste momento, você poderá optar por efetuar o pagamento da visita ou online ou poderá pagar na própria bilheteria. Se preferir pagar na hora, na bilheteria, lembre-se: SOMENTE DINHEIRO! Sim, a entrada deve ser paga em cash, dinheiro.


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  • Acesso somente pela Rua Jardim Botânico, 1008
  • Estacionamento apenas nos arredores (na Praça Santos Dumont, no Jockey Club ou nas ruas próximas)
  • O comparecimento à bilheteria deve se dar dentro do dia e horário agendados (ok, isso eu tirei do site, mas tem sim uma certa margem de erro-tolerância, mas não abuse rsrs)
  • O visitante pode permanecer no Jardim até as 17h.
  • Recomenda-se levar sua água. Os bebedouros estão lacrados.
  • É permitido lanchar somente no Café e nas mesas do Parque Infantil.
  • O uso de máscara cobrindo boca e nariz é obrigatório, sendo dispensado para crianças até 3 anos de idade e pessoas com transtornos ou deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado, mediante declaração médica.
  • Distanciamento recomendado entre as pessoas: 2 metros.
  • Higienize as mãos antes e depois de cada atividade. Há dispensers e totens com álcool em gel em alguns pontos do parque e, inclusive, repelente! 
  • Caso necessite de cadeira de rodas, entre em contato com (21) 3874-1808, (21) 3874-1214 ou email cvis@jbrj.gov.br
  • Para a realização do passeio no carrinho elétrico, estão cobrando R$50 por pessoa.
  • Apesar de haver o totem com repelente, recomendo fortemente que você já vá com o seu passado e leve para reforçar.
  • Em dias de sol, use filtro solar, vá com calçados confortáveis para caminhar, roupas leves e aproveite a natureza.


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Um Pouco da História do Jardim Botânico


Com a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, o então Príncipe-Regente Dom João mandou tomar posse do engenho e terras da lagoa Rodrigo de Freitas para criar o Jardim de Aclimação, objetivando aclimatar as plantas de especiarias trazidas das Índias Orientais: noz-moscada, canela, cravo da índia, cânfora, jaqueira, nogueira e pimenta do reino, bem como constituir um centro de estudo e desenvolvimento em que os novos cientistas pudessem catalogar, organizar e estudar a melhora do desenvolvimento da botânica e agricultura. Assim, foi fundado como Jardim de Aclimatação. Mas já no mesmo ano, em 11 de outubro de 1808, passou a chamar-se de Real Horto Botânico. Com a independência do Brasil, passou a ser chamado de Real Jardim Botânico e teve suas portas abertas ao público.


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Com a chegada da República, seu nome passou a ser apenas Jardim Botânico, o que não diminui a sua grandeza, já que ele recebeu visitas ilustres, como a de Albert Einstein, em 1925. É tombado desde 1937, pelo Iphan, e foi declarado, em 1991, pela UNESCO como Reserva da Biosfera. 


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Em 1998, foi novamente rebatizado como Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, ganhando natureza jurídica de autarquia federal e vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. 


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O bom é que hoje em dia o Jardim Botânico continua cumprindo sua dupla função: um dos mais importantes centros de pesquisa botânica do Brasil, de outro lado, um dos mais belos recantos do Rio de Janeiro, criando um ambiente turístico, histórico e de lazer a cidade do Rio de Janeiro.


Vejamos, portanto, alguns pontos imperdíveis no seu passeio dentro do Jardim Botânico:


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Portal da Real Academia de Belas Artes


Do prédio original da antiga Real Academia de Belas Artes restou apenas a fachada, preservada e transportada para o parque nos anos 40, por insistência do arquiteto Lúcio Costa, então, diretor da Escola Nacional de Belas Artes. Projetado pelo francês Grandjean de Montigny e construído próximo à Praça Tiradentes, o edifício é considerado o primeiro prédio neoclássico no Brasil. Abrigou o ensino das Belas Artes até 1908, quando a academia foi alocada no atual Museu Nacional de Belas Artes.


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Chafariz das Musas


A fonte em ferro fundido é de autoria do inglês Herbert W. Hogg, da cidade de Derby, no final do século XIX. A construção com duas bacias foi feita na Inglaterra e foi trazido ao Brasil, em 1895. Destaque para as quatro estátuas no alto do chafariz que representam a poesia, a música, a ciência e a arte. 


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Curiosidades: esse chafariz pertenceu a Lapa e só em 1905 foi levado para o Jardim Botânico. O chafariz não tem bomba para puxar a água. O sistema hídrico do equipamento conta apenas com a força da gravidade para fazer a água jorrar


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O Chafariz também é o ponto de encontro entre as aléias (caminhos para pedestres que cortam o jardim botânico).


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Outros lugares a percorrer dentro do Jardim Botânico


Não deixe de fora da sua visita ao Jardim Botânico os seguintes pontos


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  • Aleia Barbosa Rodrigues: a principal do Jardim Botânico, a que representa a sua imagem em cartões postais, ladeada por imponentes palmeiras-imperiais. 
  • Lago Frei Leandro: homenagem prestada ao primeiro diretor do Jardim Botânico, em 1824. Lindo e repleto de vitórias-régias e ninfeias!
  • Orquidário (está no momento fechado e com ares de abandono)
  • Bromeliário (reaberto recentemente, vale muito a visita)
  • Insetívoras
  • Jardim Japonês: Esse é um dos meus preferidos! Foi criado em 1935, a partir da doação de 65 exemplares de plantas típicas japonesas. É um espaço lindo e altamente fotogênico também. 
  • Jardim Sensorial: as plantas podem ser tocadas por quem está visitando o espaço, além de sentir o perfume delas. É um cantinho especial para pessoas que não podem enxergar, mas encontram as informações em placas com textos em braille.
  • Museu Sítio Arqueológico Casa dos Pilões: estive nele há pouco tempo pela primeira vez! A oficina do Moinho dos Pilões foi uma das unidades de produção da Real Fábrica de Pólvera, criada por D. João em 1808. Nessa oficina era realizada a parte mais perigosa, de compactação da pólvora. Vale muito a pena conhecer.
  • Lago do Pescador, na Região Amazônica: a cabana do pescador foi reaberta à visitação faz pouco tempo e também merece a visita. Essa parte da floresta amazônica dentro do Jardim Botânico é bem grande e é cortada pelo Rio dos Macacos, um dos principais afluentes da Lagoa Rodrigo de Freitas. Está revitalizada e vale a pena caminhar por lá.


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Curiosidades sobre o Jardim Botânico


O Real Horto Botânico foi o local que recebeu pela primeira vez no Brasil uma palmeira imperial, vinda diretamente do Caribe a pedido do D. João, plantada em 1809 na Aleia Barbosa Rodrigues. O cuidado com a palmeira era tão especial, que os escravizados recebiam ordens de acabar com as sementes que sobrassem do cultivo para que as palmeiras fossem encontradas exclusivamente dentro do Real Horto Botânico. Até o século XIX, ter palmeiras imperiais em sua propriedade era sinônimo de luxo e riqueza. As mudas eram entregues diretamente pelo imperador.


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A primeira palmeira do Real Horto Botânico morreu aos 163 anos de idade no ano de 1972 quando foi atingida por um raio.


No Solar da Imperatriz, pode-se observar uma parte que era usada como senzala para os negros escravizados que trabalhavam na propriedade.


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Já na Casa dos Pilões, pode-se observar uma antiga fábrica de pólvora.


No Aqueduto da Levada, que foi levantado em 1853, podemos reviver o que era usado para levar água até a área naquela época. Em 2005, ele foi completamente restaurado e passou a fazer parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.


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A casa mais antiga da Zona Sul ainda de pé é o Centro de Visitantes do Jardim Botânico. Construída em 1576, ela era a sede do Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lago


Na segunda metade do século XIX e início do XX, havia uma fábrica de chapéus do panamá funcionando dentro do Jardim Botânico. A espécie Carludovica palmata foi trazida da Amazônia para ser cultivada no local como matéria prima para a fabricação dos chapéus. A ideia era competir com os maiores produtores da época: o Chile e o Peru


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Novidades no Jardim Botânico


E agora vamos contar para vocês duas novidades! 


Uma das paisagens mais exuberantes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o novo mirante do cactário - área dedicada ao cultivo e exposição de cactos e suculentas - foi aberto à visitação pública no dia 05 de Junho de 2021, Dia do Meio Ambiente. O local é um ponto de observação, localizado ao alto da coleção de cactos e suculentas. A área ganhou uma nova estrutura metálica, além de a laje ter sido revestida por madeira, aliando resistência e toque rústico, inerente ao ambiente. 


Instalado em uma área de 3 mil metros quadrados, o cactário atrai um grande número de visitantes devido às formas, resistência e texturas inusitadas que as plantas de ambientes áridos apresentam. O cactário é composto por estufas científicas e de exposição, pérgulas e canteiros, alguns deles organizados com temas de biomas brasileiros, como cerrado, caatinga e restinga. 


Atualmente, a coleção abriga milhares de espécimes e mais de 400 espécies de cactos e outras plantas suculentas. Dentre estas, há 64 espécies ameaçadas de extinção, o que torna a coleção de grande importância para conservação ex situ (conservação da diversidade biológica fora do ambiente natural). 


O mirante conecta o início da trilha da Mata Atlântica e o cactário. De lá, também é possível observar o Centro de Visitantes do JBRJ, edificação construída no século XVI. 


E a segunda novidade foi o lançamento no dia 13 de junho da Trilha do Patrimônio, em comemoração aos seus 213 anos.


A Trilha apresenta os principais monumentos e cinco sítios arqueológicos que contam a história bicentenária da instituição: composta por 11 pontos – 10 localizados no arboreto e um, o Solar da Imperatriz, no Horto -, que contribuíram para a formação do Jardim Botânico ao longo de 445 anos. O ponto de partida é o prédio mais antigo da Zona Sul do Rio, onde hoje funciona o Centro de Visitantes do JBRJ, construído em 1576, ou seja, 232 anos antes da data de fundação do Jardim, em 1808.


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Mais Informações sobre a visita ao Jardim Botânico


  • Horário de visitação: segundas-feiras, das 12h às 17h, e de terça a domingo, das 8h às 17h.
  • As visitas ao Jardim devem ser agendadas previamente pelo sistema agendamentovisita.jbrj.gov.br (atualização de outubro de 2021 - por enquanto, não precisa mais fazer o angendamento online)
  • Visitantes estrangeiros (foreign visitors): R$ 60,00.
  • Visitantes estrangeiros Mercosul (visitantes extranjeros Mercosur): R$ 45,00.
  • Visitantes residentes no Brasil: R$ 24,00.
  • Visitantes residentes na Área Metropolitana do Rio de Janeiro: R$ 15,00.
  • É necessário apresentar comprovante de residência e identificação com foto na bilheteria. 
  • Pagamento na bilheteria somente com dinheiro. Pagamento no site pode ser com cartão de crédito ou PIX.
  • É necessário apresentar o comprovante de vacinação.


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