É com muita alegria que compartilhamos essa notícia incrível vinda diretamente da Serra Gaúcha, principalmente porque, há pouco tempo atrás, no final do mês de janeiro, eu estava lá na região acompanhando de perto as expectativas desta vindima 2020, conversando com enólogos e absorvendo uma infinidade de conhecimento que me fez ficar ainda mais apaixonada pelo enoturismo!
Crédito: Emerson Ribeiro |
Dando um show em termos de vitivinicultura (cultivo da vinha e produção do vinho) a Vinícola Miolo está em festa! A qualidade das uvas colhidas nas unidades do Rio Grande do Sul impressionou tanto que já fez projetar a 2ª edição da série dos Sete Lendários. Ao todo, serão mais de 10 milhões de quilos de uvas em todas as vinícolas do Grupo!
A Safra 2020, realizada de janeiro a março nas três unidades da Miolo instaladas no Rio Grande do Sul, foi vibrante e intensa, repetindo a qualidade de 2018. A exceção surpreendente é o Vale dos Vinhedos, que superou a performance consagrando a safra deste ano como a melhor da história. Esta grande operação envolveu 413 colhedores, num trabalho quase que artesanal.
Agora, toda força se volta para o Vale do São Francisco (BA), com o início da colheita ainda em abril. Como lá acontecem dois ciclos por ano, a safra se estenderá até fevereiro de 2021. Assim, a produção anual final ficará em 10,57 milhões de quilos de uva e, aproximadamente, 10 milhões de garrafas.
Inspirada na Safra 2018, que o enólogo Adriano Miolo denomina de ‘Safra Lendária’, a Miolo já confirma a 2ª edição da série The 2018´s Seven Legendaries of Miolo – Sete Lendários. “2018 foi um marco para a consolidação da vinícola como especialista na elaboração de vinhos tintos nobres, todos de guarda. E agora, 2020 nos presenteia novamente, nos impondo um novo desafio, de seguir superando para mostrar ao mundo que a Miolo, genuinamente brasileira, elabora grandes vinhos. Isto significa que durante 5 anos teremos vinhos nobres no mercado”, comemora.
Crédito: Emerson Ribeiro |
A Miolo é a única vinícola brasileira a viver a colheita da uva durante todo o ano. Isso porque a organização tem unidades em quatro diferentes regiões produtoras do Brasil – Miolo, Vale dos Vinhedos (RS), Terranova, Vale do São Francisco (BA), Seival, Candiota – Campanha Meridional (RS) e Almadén, Santana do Livramento, Campanha Central (RS).
Colheita no Vale dos Vinhedos
Em 72 dias de safra, de 8 de janeiro a 19 de março, foram colhidos 407 mil quilos de uvas. Foram 343 horas de frio, com temperatura igual ou inferior a 7,2°C, concentradas nos meses de julho e agosto, atrasando em 15 dias a brotação, se comparada a safra lendária de 2018, quando foram registradas 187 horas de frio. Uma primavera chuvosa – 247mm contra 215 mm de 2018 - ocasionou o abortamento de cachos, diminuindo a produção. Entretanto, a forte estiagem do verão, que começou ainda em dezembro de 2019, com picos de temperaturas médias a altas e noites amenas, contribuiu para a qualidade superior das uvas.
Crédito: Emerson Ribeiro |
As variedades Chardonnay e Pinot Noir se destacaram para excelentes vinhos base para espumante. Já as castas Merlot e Cabernet Sauvignon garantem vinhos tintos nobres. Entre os destaques, os lendários Lote 43 e Merlot Terroir, além do Cuvée Giuseppe Merlot/Cabernet Sauvignon, Cuvée Giuseppe Chardonnay e dos espumantes Íride e Milesime (branco e rosé).
Colheita na Campanha Meridional
Em perfeita sincronia, a Miolo entrou em operação com a colheita no Seival (200 ha) dois dias depois. Em 10 de janeiro, começava a safra na Campanha Meridional, onde foram colhidos 2,1 milhões de quilos de uvas até o dia 20 de março. As 450 horas de frio foram suficientes para que todas as variedades lá cultivadas, inclusive as mais exigentes, pudessem superar em sua totalidade o período de dormência. A diferença é que na Safra 2020 estas horas se concentraram nos meses de julho a setembro, enquanto que, em 2018, as mesmas horas se distribuíram entre maio e agosto. Por isso, este ano a colheita foi mais tardia, em pelo menos três semanas. A primavera nos dois anos foi parecida, mas choveu mais nesta última safra, que registrou 125 mm, enquanto em 2018 foi de apenas 65 mm. Mesmo assim, a intensa seca de dezembro último com uma amplitude térmica ideal para o cultivo das uvas, trouxe entre os destaques as tintas Gamay, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Tannat, além da rainha das brancas, Chardonnay.
Todo este desempenho antecipa o que vem por aí. Rótulos incríveis como os lendários Sesmarias, Quinta do Seival Cabernet Sauvignon e Quinta do Seival Castas Portuguesas, além do recém lançado Miolo Wild Gamay, que recebeu o selo de 100% vegano como todos os demais, mas também é livre de alergênicos, não contém SO2 e é elaborado com leveduras selvagens. Ademais, do Seival também nascem os excepcionais Single Vineyards Touriga Nacional e Single Vineyards Pinot Noir, ambos feitos de um micro lote de único vinhedo. Para completar a seleção, o Miolo Reserva Sauvignon Blanc Colheita Noturna, que nasce de uvas colhidas à noite, também deverá surpreender.
Colheita na Campanha Central
A última região gaúcha da Miolo a entrar na safra foi a Almadén, em Santana do Livramento, na Campanha Central. É lá que estão localizados os vinhedos de uvas viníferas mais antigos do Brasil e de onde a vinícola colheu 4,3 milhões de quilos de uva em 450 hectares, de 20 de janeiro a 25 de março. Acompanhando o comportamento climático da região, a cidade registrou 313 horas de frio nos meses de julho e agosto, o que atrasou a brotação em 20 dias. Mesmo com uma primavera chuvosa, a floração e formação dos cachos foram perfeitas. A amplitude térmica no verão, em média 15ºC, típica de regiões desérticas, foi determinante para a sanidade e maturação das uvas.
Almadén - crédito: Emerson Ribeiro |
As tintas Merlot, Tannat e Cabernet Sauvignon e a branca Gewurztraminer se sobressaíram, mas o grande destaque ficou com a Cabernet Franc, tanto que a Miolo já projeta o lançamento do Single Vineyards desta variedade. Ainda é indicado aguardar o lendário Vinhas Velhas Tannat e o Single Vineyards Riesling Johannisberg.
Colheita no Vale do São Francisco
Encerrada no Rio Grande do Sul, a vindima da Miolo agora segue para o nordeste brasileiro. Ainda em abril, começa a colheita na Terranova, no Vale do São Francisco. Em 200 hectares estão previstos colher em dois ciclos anuais, 3,25 milhões de quilos de uvas, estendendo-se até fevereiro de 2021. De clima tropical árido, a região tem variabilidade intra-anual, permitindo duas colheitas por ano. Tanto a poda quanto a colheita se dão praticamente durante todos os meses.
Terranova - Crédito: Emerson Ribeiro |
Alimentadas pelo Velho Chico, as uvas lá cultivadas germinaram no sertão, fruto da perfeita união entre a tradição Miolo e o solo particular. De lá nascem o Testardi e o Single Vineyards Syrah.
SAFRA 2020 NA MIOLO WINE GROUP
- Total de kg de uvas: 10,057
- Total de funcionários envolvidos na colheita: 413 colhedores
- Total de garrafas: aproximadamente 10 milhões
- Vale dos Vinhedos – Miolo – 407 mil quilos de uvas (100 ha), Bento Gonçalves (RS)
- Campanha Meridional – Seival – 2,1 milhões de quilos de uvas (200 ha), Candiota (RS)
- Campanha Central – Almadén – 4,3 milhões de quilos de uvas (450 ha), Santana do Livramento (RS)
- Vale do São Francisco – Terranova - Projeção de 3,25 milhões de quilos de uvas (200 ha), Casa Nova (BA)
Postar um comentário