Como chegar em Morro de São Paulo, na Bahia

Peeeeensem na alegria de retornar a Morro de São Paulo após 10 anos e redescobrir esse lugar gostoso?? Afinal de contas, é Bahia, né? Terra dos orixás, da energia boa e do axé! Tem como ser ruim? Tem não!!

Em 2018, estivemos em Morro de São Paulo e Boipeba, a convite da Secretaria de Turismo de Cairu. Foi a primeira vez do Julio por lá e a minha segunda vez em Morro de São Paulo, mas foi uma alegria enorme finalmente conhecer a ilha de Boipeba!

Vejam aqui a matéria já publicada no blog sobre Morro de São Paulo:

• Dicas Gerais para conhecer Morro de São Paulo

Mas o que talvez vocês não saibam é que Morro de São Paulo é uma das ilhas que compõem o município de Cairu, um dos poucos municípios arquipélagos do Brasil, formado por 26 ilhas e um dos mais antigos do país. E nós também tivemos a oportunidade de percorrer algumas das ruas da sede do município de Cairu (vejam as fotos abaixo):

Localizado no Baixo Sul da Bahia, Cairu é atualmente o terceiro destino turístico mais visitado da Bahia. A cidade fica a 308 km de Salvador por via terrestre e a 60 km por via náutica. 

Curiosidade: O nome “Cairu” deriva do idioma Tupi-Guarani e significa “Casa do Sol”. 

De fato, não poderia ser diferente, já que a cidade tem uma temperatura média anual de 25 graus​, tem sol e praia o ano inteiro, o que atrai turistas de diversas partes do mundo.  

Com 452,59 km² de extensão, dentre as 26 ilhas que fazem parte do município destacam-se: 

• Ilha de Cairu, 
• Ilha de Tinharé e 
• Ilha de Boipeba. 

O turismo, como não poderia deixar de ser, é uma das principais atividades do município, assim como a pesca e agricultura. Por isso mesmo, a região encontra-se muito bem preparada para receber os visitantes, com infraestrutura hoteleira de quase 300 hotéis e pousadas e mais de 3 mil apartamentos, com cerca de 9 mil leitos. Possui mais de 120 bares e restaurantes e é o quarto maior produto de coco e o primeiro em produção de dendê da  Bahia! 

Como Chegar em Morro de São Paulo

Chegar no paraíso não é a tarefa mais fácil, mas nem por isso impossível! Eu prometo que valerá o esforço.

Morro de São Paulo, se pudéssemos traçar uma linha reta pelo mar, estaria a 60 km de Salvador, na ilha de Tinharé. 

E como é uma das principais portas de entrada do município de Cairu, existem mais formas de se chegar lá, que variam de acordo com o seu orçamento e seu nível de enjoo no mar rsrs... já explico!

Para quem não mora na Bahia, o aeroporto mais próximo é o de Salvador. Tanto em 2008 como em 2018, fui de transfer no esquema barco + terrestre + lancha, via Itaparica e Valença. 

Tudo isso para escapar do catamarã, que leva de 2:30 a 3h para fazer a travessia, a depender do mar mexido. Ahhhh... pronto... esse mar mexido é o terror da turma que enjoa muito, tipo euzinha rsrs...

Além disso, se estiver com muito vento, por exemplo, ou outra condição meteorológica desfavorável, o catamarã pode não ter autorização para sair. Por isso é bom ter um Plano B. 

Nosso transfer em 2018 foi realizado pela agência Cassi Turismo (https://cassiturismo.com.br/), que nos recepcionou no aeroporto, onde há um stand deles para o check in.

Voamos com a gol e nosso voo chegou às 10:30 no aeroporto de Salvador. Aguardamos um pouco a reunião do grupo e saímos de ônibus às 11:30 rumo ao Terminal Náutico de Turismo, que fica atrás do Mercado Modelo, onde também há uma loja da Cassi Turismo, para o caso de alguém que esteja já hospedado em Salvador. Você não precisa ir ao aeroporto e pode ir direto à loja deles que fica próxima ao Terminal Náutico de Turismo.

Pegamos o barco para Itaparica que saiu às 13h. Como esse trajeto leva 45 min, também recomendo aos que enjoam que estejam preparados com seus remédios. Eu não viajo sem o meu Dramin B6 (aquele rosinha que não dá sono e é popularmente conhecido como Dramin de grávida rsrsrs).

Em Itaparica, nós pegamos o ônibus da Cassi, que já estava lá nos esperando, e seguimos por terra, passando por Valença, num trajeto de 1:50 até chegarmos no Atracadouro da Ponta do Curral, em Bom Jardim, às 16:10.

O último trecho foi de lancha rápida, também da Cassi Turismo, e, em 10 min, estávamos finalmente em Morro de São Paulo! 

Ou seja, no total foram 6 horas de deslocamento até finalmente chegarmos em Morro!

É uma função um pouco chata sim, mas o paraíso estará te esperando e eu juro que a recompensa de curtir as praias de Morro de São Paulo valerá esse esforço!

O transfer com a Cassi Turismo custava no ano passado R$130,00 por trecho. 

Outra opção ainda é a vida aérea: sim, tem aeroporto em Morro de São Paulo, mas o avião é bem pequeno (tipo um teco-teco). Eu tive essa experiência no réveillon de 2008/2009 e achei válido para ganhar tempo. Hoje em dia, esse aéreo sai em torno dos R$600,00 o trecho.

Chegando em Morro, todo mundo desembarca obrigatoriamente no píer porque, com a exceção de quem vai de avião, a única outra forma de se chegar em Morro de São Paulo é pelo mar. Você contará com a ajuda dos rapazes que carregam os carrinhos de mão e cobram de R$5,00 a R$20,00, a depender do tamanho e quantidade de bagagem, para se deslocar dentro da vila com suas coisas.

E logo na chegada, os turistas têm que enfrentar uma ladeira bem digna e íngreme para adquirir créditos para comer um acarajé ou uma cocada da sequência rsrs.. O turista paga uma taxa de turismo de R$15,00.

• Dica: Como vocês já perceberam, não tem como chegar de carro diretamente em Morro de São paulo! Os poucos carros que circulam em Morro são os dos Órgãos Públicos - coleta de lixo, ambulância - alguns que atendem os hotéis, especialmente os receptivos destes hotéis que ficam mais afastados, como os da 5ª Praia. Assim, vale a pena investir em bagagens práticas de carregar, tipo bolsas, mochilas... algo fácil de levar. Afinal de contas, estamos falando de praias, pé na areia ... não precisa de muita roupa! É claro que você pode ir com sua mala de rodinhas... não é proibido! Porém, saiba que não é muito fácil de arrastar por lá ouuuu precisará mesmo de ajuda dos carregadores. 

Se você tiver uma boa mochila, de preferência resistente à água, leve-a!

Porque você fará deslocamentos de barco ou lancha e pode molhar um pouco. Uma mala tipo bolsão, que seja prática e fácil de transportar para você não depender da ajuda de terceiros e também economizar um cadinho por não ter que pagar pelos carregadores pode ser a melhor saída!

Vou também compartilhar aqui com vocês a sugestão de uma seguidora do instagram que pode atender a algumas pessoas. Além do catamarã (o terror para quem enjoa), do avião pequeno (o mais rápido e também mais caro), do esquema barco + terrestre + barco via Itaparica e Valença (o mais demorado, porém o mais certo de acontecer porque depende menos das condições da maré e do vento), outra maneira menos sofrida de se chegar em Morro é alugar um carro ou pegar um táxi/uber de Salvador até o Atracadouro de Valença, na Ponta do Curral, cujo valor fica parecido com o do transfer barco + terrestre + barco.

No Atracadouro, você precisará pegar inevitavelmente o barco para Morro de São Paulo. A vantagem desta forma é que você fica mais livre em fazer seus horários, apesar de que terá que saber mais ou menos os horários dos barcos para Morro ou desenrolar na hora com algum barqueiro disponível.

Recomendo fortemente combinar também com o taxista o retorno porque não vimos táxis por lá esperando passageiros quando fomos embora. Por outro lado, fomos na Baixa Temporada, no mês de agosto de 2018, e talvez na Alta Temporada haja mais oferta de táxis aguardando no Atracadouro.

Fica a critério de cada um e de cada bolso escolher a melhor forma de se chegar em Morro.

Mas não deixe de ir!

Nossas impressões sobre Morro de São Paulo após 10 anos!

Foi realmente incrível voltar a Morro de São Paulo após quase 10 anos! Encontrei uma Morro bem mais desenvolvida com mais praças, algumas ruas calçadas que antes eram de terra, mais lojas, mais hotéis e pousadas, mais restaurantes...

Ficamos apenas 3 dias, o que é bem pouco para permitir fazer uma análise mais profunda das mudanças ao longo de quase uma década. Todavia, percebi que, se por um lado houve muita melhoria em infraestrutura, por outro lado fiquei um pouco triste por ver um pouco de crescimento desordenado em alguns aspectos, como a quantidade de fios à mostra nas ruas do centrinho de Morro. Tantos fios emaranhados que dava até nervoso de ver.

Outras coisas mantiveram-se como os carrinhos de mão no píer, que carregam as bagagens, não haver carros na ilha, salvo os de serviços públicos e alguns que atendem os receptivos de hotéis mais afastados, o que é bom para garantir um pouco do aspecto raiz do lugar, da vibe light, do pé na areia... isso foi muito gostoso de reviver!

E vocês já tiveram essa experiência de retornar muitos anos depois a lugares e se depararam com tantas mudanças que mal reconheceram o lugar?