Quando pensamos em Caribe, logo nos vem à mente o mar azul turquesa, as areias branquinhas e todo aquele cenário altamente fotogênico para curtir, descansar, recarregar as energias... não é mesmo?
Mas quando muitos pensam em Cuba como destino de férias, muitos se esquecem de que se trata justamente de uma ilha caribenha, super próxima a Flórida, repleta de belezas surpreendentes, que vão muito além de qualquer discussão política ou sociológica.
Sim, Cuba é um país extraordinário por vários motivos e não estamos aqui para travar nenhum debate político, mas sim para apresentar a vocês todos os encantos caribenhos que Varadero, provavelmente o destino de praia mais famoso da ilha, até mesmo porque foi um dos primeiros a se estruturar para receber minimamente bem os turistas do mundo inteiro, pode oferecer para quem procura o mar do Caribe para suas férias.
Nós chegamos em Havana, no aeroporto Jose Marti, às 12:15h num voo com a Bahamas Air, um voo direto e rápido de Nassau para Havana.
Nosso roteiro em Cuba foi de 9 dias, pois o intuito era explorar bem o país, mas logo adianto que dava para ficar mais dias e aproveitar ainda mais tudo o que país tem a oferecer. Dividimos o roteiro assim:
Assim que desembarcamos em Havana, no terminal nacional deles (que é bem diferente do terminal internacional, bem mais simples e bagunçado), a gente já tinha um motorista esperando que nós reservamos por meio da mesma empresa onde também reservamos uma das hospedagens de Havana, que é a Cubacommodation (https://www.cubaccommodation.com/) que nos passou os seguintes contatos: Ernesto: 52847311 (motorista) e Victor: 52916661 (motorista).
Pra nossa surpresa, o carro, que era um táxi, era grande, confortável, novo e com ar condicionado. Aliás, isso é bem importante: tenha certeza de entrar num carro com ar condicionado. Por mais que os carros antigos de Cuba sejam conservados, eles não têm ar condicionado. Por isso eu nem cogitei em ir num carro antigo. Mas até confesso que estava esperando um carro mais velho rsrs...
Preferimos deixar tudo previamente já acertado para não perder tempo com isso no aeroporto e chegar logo em Varadero, mas a verdade é que poderíamos sim ter deixado para resolver lá na hora e os preços são tabelados. Portanto, não há surpresas... afinal, estamos falando de Cuba, em que tudo é tabelado mesmo.
No caminho para Varadero, que é um balneário localizado na Província de Matanzas, a gente pôde já ter o primeiro contato com o país, já que a distância entre os dois lugares é de cerca de 2 horas, 145 km. Vimos de tudo um pouco: parques, cidades, lixões, indústrias, praias... Um misto de paisagens que ora eram cênicas, como a belíssima Ponte com o Mirador de Bacunayagua, que foi uma pausa bem gostosa, com direito a ouvir salsa, porque havia um grupo de músicos por lá, onde também pudemos ir ao banheiro e, se quiséssemos, fazer um lanche no local, porque tem estrutura boa para turistas.
Chegamos em Varadero no meio da tarde e o transfer desde Havana foi muito tranquilo.
Mas a gente optou pelo transfer privado pela comodidade, por estar com malas e também porque Cuba já foi o último destino desta viagem e a gente já não estava tão na vibe de economizar, mas sim querendo um pouco de conforto e sossego.
Outras formas de fazer esse deslocamento são:
Nossa colunista Rafa, do blog Rafa pelo Mundo, também foi para Varadero e contratou o transfer diretamente em um hotel em Havana e conta como foi sua experiência - clique aqui. Já o pessoal do Viaje e Seu Mundo tem um post muito legal onde explicam a experiência deles com o ônibus - clique aqui
No nosso caso, o transfer privado do aeroporto de Havana até Varadero custou 90 CUCs.
Para quem não sabe, em Cuba há duas moedas oficiais em circulação: o CUC = pesos conversíveis, é a moeda para os estrangeiros. O CUP é o peso cubano, a moeda dos nativos. Obviamente que o CUC vale bem mais que o CUP. Para terem ideia, o CUC seria equivalente a mais ou menos 25 CUP.
Notem que as cédulas são diferenciadas: se for CUC, terá os monumentos nacionais e estátuas estampados na nota e estará escrito “pesos convertibles”. As notas de CUP têm o rosto de seus heróis nacionais, como José Martí, Camilo Cienfuegos e Che Guevara.
O CUC, quando fomos, estava equivalente ao euro. Então as nossas contas eram mais ou menos transformadas em euros para ter maior noção dos valores em reais. Pesquisando agora na internet (na data de hoje, 05/04/19), verifiquei que não mudou muita coisa: 1 euro = 1,12 CUC. Ou seja, para facilitar a sua vida nas conversões de preços, dá para dizer que o CUC e o Euro são equivalentes.
Para fazer o câmbio, indicamos levar euro! Melhor do que o dólar americano, pois, ao trocar a moeda americana por CUC, você acaba pagando uma taxa a mais na conversão, algo como uns 10% a mais para fazer o câmbio, uma perda que você não precisa ter. Eles fazem isso para desestimular mesmo a levar dólar americano (resquícios da briga entre os dois países).
Em último caso, se quiser ter uma segunda moeda, o dólar canadense também é bem aceito. Mas o melhor mesmo, com as melhores cotações, é o euro.
Vale a pena usar cartão de crédito e escapar do câmbio? Bem, em Cuba, os cartões de crédito e débito que operam em USD têm uma comissão de 3% e são aceitos os seguintes: Cabal, Transcard, Visa e MasterCard, desde que não tenham sido emitidos por bancos americanos ou suas filiais. Ou seja, Amex, por exemplo, não será aceito. Então, além da comissão dos 3%, também terá a tal taxa de 10% na conversão para dólar e, no nosso caso específico, ou seja, para brasileiros, também também o Iof de 6,38%. Fazendo todas essas contas, eu acho que não vale a pena usar o cartão de crédito, salvo em situação de urgência. No final das contas, a gente acabou pagando a conta do hotel Meliá Las Américas com o cartão porque, como tínhamos acabado de chegar em Cuba e era o último destino da viagem, a gente ficou com medo de faltar dinheiro. Mas foi a única vez que usamos o cartão e usamos Visa.
Outro assunto que dá o que falar e que já logo adianto é sobre INTERNET! Acho que todo mundo já deve ter ouvido falar que o acesso à internet em Cuba é algo muito restrito e caro.
Como funciona? É simples até, porém é burocrático... obviamente! Você compra um cartão - tarjeta de internet - que em Varadero era até bem mais barato que em Havana.
Lá na recepção do próprio hotel mesmo, a gente comprava o cartão por 1 CUC para usar a conexão de internet do hotel por 1 hora. Para você se conectar à internet, você precisa ter a Tarjeta de Internet + sinal de wifi liberado, seja pelo hotel ou restaurante ou algum lugar público com o sinal.
Você raspa o cartão (tipo raspadinha, sabe?), obtém o número dele, insere o número/código quando você acessa a internet, para ter a conexão liberada. Você pode usar tudo de uma vez só ou de forma parcelada, mas tem que lembrar de tirar o sinal de wifi. Enquanto você estiver com o wifi funcionando, a internet estará sendo contabilizada e seus minutos sendo consumidos.
Daí, quando o cartão acaba, você precisa comprar outro e colocar mais uma vez o código. Duas pessoas ao mesmo tempo não conseguem usar o mesmo cartão e código, salvo se compartilhar a internet. Mas o que às vezes a gente fazia era usar o mesmo cartão, mas cada um em momento separado. O mesmo código de internet pode ser usado em mais de um aparelho de celular, mas não ao mesmo tempo, entende? Se for em momentos diferentes, não tem problema (ao menos nós não tivemos problemas com isso porque usamos assim).
Nós fomos em Março de 2019. Pegamos um tempo relativamente instável em Cuba, como um todo.
Em Varadero, não demos muita sorte. Logo que chegamos, na primeira tarde, tinha sol e rapidamente ficou nublado.
No dia seguinte, fez de tudo um pouco: sol, nublado e chuva. A gente aproveitava do jeito que dava, entre um raio de sol e outro e entre um mojito e outro rsrs...
No terceiro dia, fez mais sol e aproveitamos para curtir o último dia com mais atividades na água.
Em regra, a melhor época é que que está fora da temporada dos furacões, que, oficialmente, vai de 1 de Junho a 30 de Novembro.
Para terem ideia do histórico dos que mais abalaram a região nos últimos três anos, vejam só:
Já a temporada de chuvas vai de maio a outubro. E os meses mais quentes são: julho e agosto. O período seco vai de novembro a abril. Portanto, os melhores meses para ir são março, abril e maio, antes da temporada chuvosa e ainda não tão quente. Por isso resolvemos ir em março, o que não quer dizer que seja absolutamente impossível pegar chuva, tanto que pegamos em Varadero, mas também foi só lá.
Agora sim... feita a introdução, vamos falar de Varadero?
A hospedagem foi no hotel Meliá Las Américas, que é um "resort" adults only, escolhido pela localização, pois havia lido que ele ficava de frente para a melhor praia de Varadero, além do fato de proporcionar uma infraestrutura melhor, em se tratando de resorts cubanos, e pela piscina principal dele que é super linda rsrs...
CLIQUE AQUI e faça sua reserva no hotel Meliá Las Américas ou veja outras opções de hospedagem em Varadero.
Varadero foi um dos primeiros destinos cubanos a se reabrir ao turismo e não é a toa que faz sucesso: águas calmas, cristalinas, frescas e com muitos tons de azul, areias claras, clima quente e muitos resorts que, apesar de não serem modernos, conseguem atender o público.
Não vá esperando muita coisa dessa palavra resort. Explico: em Cuba, por ora, os hotéis são públicos ou no máximo temos o cenário em que o Governo detém 51% do capital e bandeira do hotel (grupo hoteleiro) fica com 49%. Dessa forma, apesar de o grupo Meliá ser espanhol e de o hotel levar o seu nome, quem manda e desmanda na hora de determinar um conserto, uma pintura, o uso da verba em si, é o Governo. O grupo faz as suas sugestões, seus relatórios, gerencia, tenta imprimir um padrão de qualidade, mas é o Governo quem dá a palavra final.
Assim, nós encontramos em Cuba, de modo geral, e não apenas em Varadero, resorts supostamente 5 estrelas, mas que carecem de muitos cuidados e, aos olhos mais críticos de quem realmente conhece um resort 5 estrelas, eles talvez não passariam de 2 ou 3 estrelas.
Se você conseguir se desapegar desse conceito de categorias e não for esperando muito luxo, ficará bem. Até porque os hotéis conservam aquele charme retrô, até mesmo pela falta de condições de investimento, eles não foram reformados e ainda guardam aquela aparência da década de 70 ou até 60 rsrs... Até que tem uma certa graça, se você abrir seu coração e não for muito exigente.
A chegada no hotel foi bem tranquila. Nós recebemos uma pulseira que identificava estarmos hospedados no hotel e, com ela, teríamos acesso a tudo que era oferecido gratuitamente.
Apesar de a praia na frente do hotel não ser privada, acaba sendo porque, para chegar nela, você precisa passar pelo hotel. Isso também foi um diferencial porque a praia era realmente maravilhosa e percebemos que ela ficava quase sempre mais vazia.
O importante é não esperar luxo, entender que o padrão 5 estrelas cubano não é o mesmo para o resto do mundo rsrsrs... mas, que mesmo pagando um valor que em muitos outros lugares do mundo você receberia esse padrão 5 estrelas, com mais luxo e conforto, em Cuba você não terá!
Porque, não obstante tudo quanto foi dito acima, não pense você que os preços por lá são baratinhos, porque não são. O resort leva o título de 5 estrelas, apesar de não ser, mas cobra como se fosse um, apesar de não oferecer a qualidade de um verdadeiro 5 estrelas.
Para terem uma ideia, uma diária hoje neste hotel (de 5 para 6 de abril) ficaria em torno dos R$1.300 reais.
Agora você deve estar se perguntado: mas vale a pena?
Sim! Valeu! Mas a gente ficou na medida certa, sabe? Foram 2 noites, que acabam se transformando em 2 dias e meio, porque chegamos numa tarde, aproveitamos o dia seguinte todo e depois ainda pudemos, no último dia, deixar nossas malas no luggage room, onde ficaram guardadas, enquanto a gente curtia todas as facilidades do hotel e, ao final, quando decidimos ir embora, foi-nos disponibilizado um hospitality room para a gente tomar banho e trocar de roupa. Nada mal, hein?
Então, no Meliá Las Américas a vibe é de relax, regada a muitos daiquiris e música! Muita salsa!!
A verdade é que nossa hospedagem por lá foi na conta porque queríamos esse momento relax, um pouco mais sossegado, sem compromisso, e também para conhecer o tão badalado balneário, porque há muitos anos que ouço falar em Varadero.
Confesso, contudo, que esse esquema de resort All Inclusive, curtindo o ócio, bebendo e comendo o dia todo não faz muito o nosso estilo. Foi bom para ter a experiência, mas não é algo que eu tenha amado de paixão.
O bom é que o Meliá Las Américas é um hotel Only Adults (para quem não tem filhos ainda ou para quem deseja sossego, isso é uma benção!!) e oferece várias atividades gratuitas aos hóspedes, desde aulas de hidroginástica, aulas de salsa, disponibilizado para passeios ali na frente do hotel os caiaques, pedalinhos, podendo agendar passeio em barco... dentre outros, sempre regado a muitos cocktails!
E havia muita gente por lá! Achei até que não teria tanto movimento, mas estava sim bem agitado, cheio de gringos e, para minha surpresa, cheio de americanos.
Sério gente... acho que nunca bebi tanto na minha vida! rsrsrs... será que foi por isso que achei que valeu tanto a pena? kkkk...
Sobre a gastronomia, obviamente que eu esperava bem mais pelo que pagamos (cerca de 350usd a diária). O hotel conta com 5 restaurantes e 6 bares.
Chegando em Cuba
Nós chegamos em Havana, no aeroporto Jose Marti, às 12:15h num voo com a Bahamas Air, um voo direto e rápido de Nassau para Havana.
Observação: Brasileiros precisam de Visto para entrar no Território Cubano! Em 2018, custava 20 dólares e nós pagamos no Panamá diretamente com a companhia aérea Copa Airlines, antes mesmo de chegar em Cuba porque lemos que lá no aeroporto de Havana era mais burocrático e mais caro.Além disso, é muito importante ter o CERTIFICADO INTERNACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AMARELA. Não pediram para a gente apresentar, mas eu é que não vou correr o risco de não ter, certo?
Nosso roteiro em Cuba foi de 9 dias, pois o intuito era explorar bem o país, mas logo adianto que dava para ficar mais dias e aproveitar ainda mais tudo o que país tem a oferecer. Dividimos o roteiro assim:
- 3 noites em Havana
- 3 noites em Cayo Largo
- 2 noites em Varadero
Como ir de Havana para Varadero
Assim que desembarcamos em Havana, no terminal nacional deles (que é bem diferente do terminal internacional, bem mais simples e bagunçado), a gente já tinha um motorista esperando que nós reservamos por meio da mesma empresa onde também reservamos uma das hospedagens de Havana, que é a Cubacommodation (https://www.cubaccommodation.com/) que nos passou os seguintes contatos: Ernesto: 52847311 (motorista) e Victor: 52916661 (motorista).
No caminho para Varadero, que é um balneário localizado na Província de Matanzas, a gente pôde já ter o primeiro contato com o país, já que a distância entre os dois lugares é de cerca de 2 horas, 145 km. Vimos de tudo um pouco: parques, cidades, lixões, indústrias, praias... Um misto de paisagens que ora eram cênicas, como a belíssima Ponte com o Mirador de Bacunayagua, que foi uma pausa bem gostosa, com direito a ouvir salsa, porque havia um grupo de músicos por lá, onde também pudemos ir ao banheiro e, se quiséssemos, fazer um lanche no local, porque tem estrutura boa para turistas.
Mas a gente optou pelo transfer privado pela comodidade, por estar com malas e também porque Cuba já foi o último destino desta viagem e a gente já não estava tão na vibe de economizar, mas sim querendo um pouco de conforto e sossego.
Outras formas de fazer esse deslocamento são:
- alugando um carro próprio, que provavelmente ficará o mesmo preço do transfer privado, mas poderá te dar margem de visitar outros lugares,
- ônibus com a ViAzul, que certamente é a forma mais econômica de fazer esse trajeto, porém, limitada a poucos horários por dia e você precisa comprar a passagem pelo site deles com antecedência
- táxi compartilhado, negociando diretamente com o motorista e outros passageiros interessados
- transfer contratado com agências de viagens
- empresa indicada por uma das casas que contactei, o Taxi Service in Havana (http://www.taxi.inhavana.net/)
Nossa colunista Rafa, do blog Rafa pelo Mundo, também foi para Varadero e contratou o transfer diretamente em um hotel em Havana e conta como foi sua experiência - clique aqui. Já o pessoal do Viaje e Seu Mundo tem um post muito legal onde explicam a experiência deles com o ônibus - clique aqui
Câmbio em Cuba
No nosso caso, o transfer privado do aeroporto de Havana até Varadero custou 90 CUCs.
Para quem não sabe, em Cuba há duas moedas oficiais em circulação: o CUC = pesos conversíveis, é a moeda para os estrangeiros. O CUP é o peso cubano, a moeda dos nativos. Obviamente que o CUC vale bem mais que o CUP. Para terem ideia, o CUC seria equivalente a mais ou menos 25 CUP.
Notem que as cédulas são diferenciadas: se for CUC, terá os monumentos nacionais e estátuas estampados na nota e estará escrito “pesos convertibles”. As notas de CUP têm o rosto de seus heróis nacionais, como José Martí, Camilo Cienfuegos e Che Guevara.
O CUC, quando fomos, estava equivalente ao euro. Então as nossas contas eram mais ou menos transformadas em euros para ter maior noção dos valores em reais. Pesquisando agora na internet (na data de hoje, 05/04/19), verifiquei que não mudou muita coisa: 1 euro = 1,12 CUC. Ou seja, para facilitar a sua vida nas conversões de preços, dá para dizer que o CUC e o Euro são equivalentes.
Para fazer o câmbio, indicamos levar euro! Melhor do que o dólar americano, pois, ao trocar a moeda americana por CUC, você acaba pagando uma taxa a mais na conversão, algo como uns 10% a mais para fazer o câmbio, uma perda que você não precisa ter. Eles fazem isso para desestimular mesmo a levar dólar americano (resquícios da briga entre os dois países).
Em último caso, se quiser ter uma segunda moeda, o dólar canadense também é bem aceito. Mas o melhor mesmo, com as melhores cotações, é o euro.
Vale a pena usar cartão de crédito e escapar do câmbio? Bem, em Cuba, os cartões de crédito e débito que operam em USD têm uma comissão de 3% e são aceitos os seguintes: Cabal, Transcard, Visa e MasterCard, desde que não tenham sido emitidos por bancos americanos ou suas filiais. Ou seja, Amex, por exemplo, não será aceito. Então, além da comissão dos 3%, também terá a tal taxa de 10% na conversão para dólar e, no nosso caso específico, ou seja, para brasileiros, também também o Iof de 6,38%. Fazendo todas essas contas, eu acho que não vale a pena usar o cartão de crédito, salvo em situação de urgência. No final das contas, a gente acabou pagando a conta do hotel Meliá Las Américas com o cartão porque, como tínhamos acabado de chegar em Cuba e era o último destino da viagem, a gente ficou com medo de faltar dinheiro. Mas foi a única vez que usamos o cartão e usamos Visa.
Internet em Cuba
Outro assunto que dá o que falar e que já logo adianto é sobre INTERNET! Acho que todo mundo já deve ter ouvido falar que o acesso à internet em Cuba é algo muito restrito e caro.
Como funciona? É simples até, porém é burocrático... obviamente! Você compra um cartão - tarjeta de internet - que em Varadero era até bem mais barato que em Havana.
Lá na recepção do próprio hotel mesmo, a gente comprava o cartão por 1 CUC para usar a conexão de internet do hotel por 1 hora. Para você se conectar à internet, você precisa ter a Tarjeta de Internet + sinal de wifi liberado, seja pelo hotel ou restaurante ou algum lugar público com o sinal.
Você raspa o cartão (tipo raspadinha, sabe?), obtém o número dele, insere o número/código quando você acessa a internet, para ter a conexão liberada. Você pode usar tudo de uma vez só ou de forma parcelada, mas tem que lembrar de tirar o sinal de wifi. Enquanto você estiver com o wifi funcionando, a internet estará sendo contabilizada e seus minutos sendo consumidos.
Daí, quando o cartão acaba, você precisa comprar outro e colocar mais uma vez o código. Duas pessoas ao mesmo tempo não conseguem usar o mesmo cartão e código, salvo se compartilhar a internet. Mas o que às vezes a gente fazia era usar o mesmo cartão, mas cada um em momento separado. O mesmo código de internet pode ser usado em mais de um aparelho de celular, mas não ao mesmo tempo, entende? Se for em momentos diferentes, não tem problema (ao menos nós não tivemos problemas com isso porque usamos assim).
Melhor Época
Nós fomos em Março de 2019. Pegamos um tempo relativamente instável em Cuba, como um todo.
Em Varadero, não demos muita sorte. Logo que chegamos, na primeira tarde, tinha sol e rapidamente ficou nublado.
No dia seguinte, fez de tudo um pouco: sol, nublado e chuva. A gente aproveitava do jeito que dava, entre um raio de sol e outro e entre um mojito e outro rsrs...
No terceiro dia, fez mais sol e aproveitamos para curtir o último dia com mais atividades na água.
Para terem ideia do histórico dos que mais abalaram a região nos últimos três anos, vejam só:
- Em 2018, o furacão Michael atingiu a Flórida no mês de outubro e também deixou suas marcas na região.
- Em 2017, o furacão Irma passou por lá em setembro e fez grandes estragos no Caribe, depois ainda vieram José e Maria (e eu sempre fico me perguntando quem tem a árdua tarefa de dar nomes aos furacões).
- Em 2016, o Matthew passou em outubro e deixou suas marcas também.
- Já em 2015, quando nós estávamos em Aruba e Curaçao, em outubro, passou o furacão Joaquim que também mexeu bastante com o clima no Caribe... portanto, não recomendamos o segundo semestre, em regra, de setembro a novembro que é a temporada mais crítica.
Onde se Hospedar em Varadero
Agora sim... feita a introdução, vamos falar de Varadero?
A hospedagem foi no hotel Meliá Las Américas, que é um "resort" adults only, escolhido pela localização, pois havia lido que ele ficava de frente para a melhor praia de Varadero, além do fato de proporcionar uma infraestrutura melhor, em se tratando de resorts cubanos, e pela piscina principal dele que é super linda rsrs...
Varadero foi um dos primeiros destinos cubanos a se reabrir ao turismo e não é a toa que faz sucesso: águas calmas, cristalinas, frescas e com muitos tons de azul, areias claras, clima quente e muitos resorts que, apesar de não serem modernos, conseguem atender o público.
A chegada no hotel foi bem tranquila. Nós recebemos uma pulseira que identificava estarmos hospedados no hotel e, com ela, teríamos acesso a tudo que era oferecido gratuitamente.
Apesar de a praia na frente do hotel não ser privada, acaba sendo porque, para chegar nela, você precisa passar pelo hotel. Isso também foi um diferencial porque a praia era realmente maravilhosa e percebemos que ela ficava quase sempre mais vazia.
Porque, não obstante tudo quanto foi dito acima, não pense você que os preços por lá são baratinhos, porque não são. O resort leva o título de 5 estrelas, apesar de não ser, mas cobra como se fosse um, apesar de não oferecer a qualidade de um verdadeiro 5 estrelas.
Para terem uma ideia, uma diária hoje neste hotel (de 5 para 6 de abril) ficaria em torno dos R$1.300 reais.
Sim! Valeu! Mas a gente ficou na medida certa, sabe? Foram 2 noites, que acabam se transformando em 2 dias e meio, porque chegamos numa tarde, aproveitamos o dia seguinte todo e depois ainda pudemos, no último dia, deixar nossas malas no luggage room, onde ficaram guardadas, enquanto a gente curtia todas as facilidades do hotel e, ao final, quando decidimos ir embora, foi-nos disponibilizado um hospitality room para a gente tomar banho e trocar de roupa. Nada mal, hein?
Então, no Meliá Las Américas a vibe é de relax, regada a muitos daiquiris e música! Muita salsa!!
Confesso, contudo, que esse esquema de resort All Inclusive, curtindo o ócio, bebendo e comendo o dia todo não faz muito o nosso estilo. Foi bom para ter a experiência, mas não é algo que eu tenha amado de paixão.
O bom é que o Meliá Las Américas é um hotel Only Adults (para quem não tem filhos ainda ou para quem deseja sossego, isso é uma benção!!) e oferece várias atividades gratuitas aos hóspedes, desde aulas de hidroginástica, aulas de salsa, disponibilizado para passeios ali na frente do hotel os caiaques, pedalinhos, podendo agendar passeio em barco... dentre outros, sempre regado a muitos cocktails!
E havia muita gente por lá! Achei até que não teria tanto movimento, mas estava sim bem agitado, cheio de gringos e, para minha surpresa, cheio de americanos.
Sério gente... acho que nunca bebi tanto na minha vida! rsrsrs... será que foi por isso que achei que valeu tanto a pena? kkkk...
Curiosidade: percebemos que o grupo espanhol Meliá reina soberano em Cuba porque são vários hotéis para todos os bolsos. Só em Varadero deve haver pelo menos uns 4 hotéis do grupo.
Nosso quarto no Hotel Meliá Las Américas
Escolhemos um quarto com varanda e vista mar. Já que você está na chuva, é para se molhar, certo? Estávamos pagando um valor caro que não ia impactar tanto assim no orçamento final se fosse com vista ou sem vista. Não sei vocês, mas eu amo uma varanda com vista para o mar.
Vocês podem ver pelas fotos que o quarto era bem simples, porém, equipado com o principal e funcional.
Não tinha cheiro de mofo, estava limpo, tinha TV, frigobar All Inclusive, uma garrafa de Rum Cubano de cortesia para a gente, cama era confortável, porém eram duas camas reunidas o que eu não curto muito... e tinha um ótimo ar condicionado.
Porém, dá para perceber que a decoração segue a linha pouco moderna, mais antiga mesmo... ou vintage! rsrs... mereceria uma modernização, com certeza.
O banheiro também tem essa cara da década de 60, mas ao menos estava todo arrumadinho, com várias amenities gratuitas e equipado direitinho.
Gastronomia no Hotel Meliá Las Américas
Sobre a gastronomia, obviamente que eu esperava bem mais pelo que pagamos (cerca de 350usd a diária). O hotel conta com 5 restaurantes e 6 bares.
Mas está Ok, porque, por todas as explicações que demos lá em cima, eu já fui ciente de que os resorts em Cuba padecem desse problema de cobrar pelo que não oferecem.
Para minimizar a frustração, evitamos o restaurante de buffet, onde só estivemos para o café da manhã, que era bem servido, com várias estações de frios, quentes, sucos, comidas até bem pesadas... havia de tudo no café da manhã! O ambiente desse restaurante era enorme e isso também me dava uma certa aflição.
Com intuito de ter uma experiência gastronômica mais personalizada, demos preferência aos restaurantes temáticos, mais gourmets.
Tivemos a sorte (total sorte mesmo porque não sabíamos) de ter reservado o hotel diretamente pelo site da Meliá e, quando chegamos lá, descobrimos que quem fazia isso era recebido em um ambiente diferenciado, como se fosse uma recepção VIP, onde fizemos o check in com espumante, lanchinho e já haviam feito as reservas nos restaurantes temáticos para a gente.
Esses restaurantes são muito disputados, o que já dá para se esperar mesmo. Mais uma vez, o resort é All Inclusive, mas se você não fizer a reserva nos restaurantes, você não tem essa garantia de que vai conseguir a mesa para jantar. A dica é fazer a reserva até mesmo antes de chegar, via email.
Em último caso, fome você não vai passar. Se não fizer a reserva e se o restaurante estiver cheio (todos os restaurantes temáticos são menores e realmente ficam cheios), o que acontecerá é que você terá que comer lanches dos bares e lanchonete ou terá que encarar o bandejão (o restaurante buffet com estações).
Dessa forma, a gente passou pelo restaurante asiático, cuja decoração é linda, mas só comemos entradinhas nele. Não conseguimos reserva nele para nenhum dia e tivemos que nos contentar com isso.
Também jantamos no restaurante de culinária mediterrânea e foi uma delicinha. Esse jantar realmente surpreendeu positivamente.
Também jantamos no restaurante mais clássico do hotel, que parece ter sido tirado de um filme da década de 50. A experiência também foi boa, mas não foi excepcional.
Já o almoço no restaurante próximo à piscina foi Ok. Nada demais.
Acho que os drinks realmente fizeram a diferença na nossa estada kkk... eram os mais variados, coloridos, gostosos e a gente realmente aproveitou bastante essa parte da coquetelaria cubana, com muitos daikiris e mojitos.
Lazer no Hotel Meliá Las Américas
Nossa estada no hotel não foi tão sossegada quanto eu imaginava... como se fosse possível a gente sossegar, né? Realmente não temos esse perfil!
A gente aproveitou tudo o que era possível: andamos de pedalinho por duas vezes, andamos de caiaque, fizemos o passeio de barco, jogamos pingue-pongue, jogamos dardo, dançamos muito, aproveitamos um pouco das piscinas, da hidromassagem e curtimos muuuuuito o mar azul de Varadero!
Acho que só não fizemos as aulas de ginástica porque perdemos a hora dela kkkk... Mas há outras aulas como de tênias, de bilhar, de golfe e vôlei.
O hotel coloca à mostra de todos o quadro com a programação da semana, os horários das aulas, dos treinos, dos passeios etc, para que você possa aproveitar ao máximo a sua estada da melhor forma que lhe aprouver.
Ainda há no hotel várias facilidades como academia, lojas de souvenirs e otras cositas más, cabelereiro
Pertinho do hotel se encontra a Mansión Xanadú, que foi construída por Alfred Irénée Dupont de Nemours, durante o próspero período das décadas de 20 e 30, quando a região virão moda entre os cubanos ricos, atraindo muitos americanos, além de jogos e prostituição também. A mansão, revestida de mármore italiano, conta com um campo de golfe particular e, desde a década de 60, já após a revolução cubana, que aconteceu em 1959, já nas mãos do Governo, que expropriou todas as propriedades particulares, o edifício passou a abrigar o Restaurante Las Américas. Nós estivemos por lá rapidamente, mas a gente estava de roupa de praia e ficamos pouco confortáveis porque o pessoal estava bem arrumado lá. Como nosso hotel era all inclusive, não retornamos à mansão para conhecer seus serviços.
E assim nós curtimos Varadero com caminhadas, passeios e muitos drinks ao som de salsa! Nem a chuva nos abalou! A gente realmente curtiu bastante e fez "valer o investimento" rsrs...
Por fim, a respeito do serviço e atendimento no hotel, de modo geral, todos eram bem simpáticos, solícitos e alegres por lá (a gente até estranhou em Cayo Largo, pois neste ponto a experiência foi diferente, já que, em Cayo Largo eles ficavam esperando o tempo todo as gorjetas e, em Varadero, não houve essa expectativa de receber o tempo todo gorjeta da gente... é aquilo, né? Se você quiser dar a gorjeta, eles vão amar, mas você não é obrigado até porque o resort é bem caro, ainda mais para nós brasileiros que ganhamos em real e não em euro).
E assim foi a nossa experiência em Varadero, que resumiu basicamente a curtir o hotel, suas facilidades e a praia em sua frente. A gente não fez nada além disso!
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