Muita gente sempre tem dúvidas sobre essa questão dos medicamentos a serem levados em viagens. Na maioria das vezes, é melhor precaver-se do que remediar depois, principalmente se você já conhece as suas predisposições, o seu organismo, se já possui alguma doença ou sabe que o destino para onde você irá é daqueles que deixam o nosso corpo bem abatido, sujeito à baixa imunidade e à aquisição de doenças.
Nesses casos, além de ser extremamente importante a contratação de um seguro viagem antes de viajar, já que não se pode contar com a sorte e tudo o que você menos vai desejar ao longo da sua trip é morrer em fortunas de tratamento médico e/ou hospitalar, se for necessário, outra dica muito boa é fazer um check up antes de viajar, consultar o seu médico de confiança, explicar para ele quais os sintomas que o destino para onde você irá pode causar em você e pedir que o médio prescreva os remédios importantes que não podem faltar na sua necessaire.
Quando fomos ao Atacama este ano (veja aqui o Guia Completo do Atacama), eu preparei a minha farmacinha com semanas de antecedência, lendo bastante a respeito do destino, dos passeios, os efeitos possíveis da aclimatação, da altitude, do clima seco, das variações de temperatura... tudinho que pudesse ser prejudicial à minha saúde ou gerar desconforto durante a viagem. A partir daí e das experiências de viagens de anteriores, eu reuni vários itens importantes que viajaram comigo. Muitos foram na bagagem de mão e outros foram na mala despachada.
O interessante de você já ter os seus remédios é que, quando estamos em outro país, as regras para a compra em farmácia podem ser diferentes. Aqui no Brasil, apenas recentemente que passou a ser obrigatória a apresentação de uma receita médica para a compra de antibióticos, mas ainda é possível comprar anti-inflamatórios e anti-virais, por exemplo, a depender do caso, sem a receita. Ocorre que é isso é praticamente impossível fora do Brasil. Vários países que já visitei são super rigorosos quanto a isso. Se você não tiver a receita médica, não conseguirá comprar o remédio.
Uma saída é acionar o Seguro-Viagem, se você tiver contratado antes de viajar. Outra solução é ter em mãos a receita médica, já concedida por seu médico de confiança antes mesmo de você viajar, para o caso de ser necessário. A dica é que essa receita seja escrita em inglês!
Ou, ainda, que você leve consigo os remédios com os quais já está acostumado! Então, vale a pena saber, nessas situações, quais são as regras para viajar com medicamentos para fora do país, especialmente nos casos dos medicamentos de uso controlado. Por isso mesmo gostei muito das informações que me foram encaminhadas pelo José Sallovitz, coordenador médico da Allianz Global Assistance, com as principais questões levantadas pelos viajantes sobre o assunto.
Levando a farmácia na bagagem
* Faço uso de medicação de uso contínuo. Eu posso viajar? Quais cuidados devo ter?
Os passageiros que fazem uso de medicação contínua ou controlada podem viajar tranquilamente, desde que tomem algumas medidas preventivas. Apesar de não ser obrigatório, em viagens dentro do Brasil, é indicado levar uma prescrição médica, registrada no nome do viajante, constando os medicamentos desse tipo que estão sendo transportados. Já no exterior, com diferentes normas sanitárias, é recomendado que o passageiro leve consigo também uma versão em inglês da receita e, se possível, a nota fiscal dos medicamentos.
* Qual a quantidade de medicamentos que eu posso transportar?
Isso varia de acordo com o tempo que você irá passar fora. Segundo o doutor José Sallovitz, uma boa dica é levar uma quantidade extra, para uma semana a mais, por exemplo, caso a sua viagem de retorno tenha que ser adiada.
* Consigo comprar meus medicamentos de uso contínuo e controlado no exterior?
A prescrição médica brasileira não tem validade no exterior. Para isso, o viajante teria que passar numa consulta em um hospital local e solicitar uma receita do país em visita. Vale ressaltar que consultas clínicas não emergenciais, como essa, não estão cobertas pelo seguro viagem. Por isso, previna-se e leve a quantidade adequada dos seus medicamentos, esclarece Sallovitz.
* Durante a viagem, onde devo carregar meus medicamentos?
Leve sempre na sua bagagem de mão e dentro dos blísteres, a embalagem original do medicamento. Caso um imprevisto ocorra, como o extravio da mala aconteça, você terá os seus remédios consigo, o que no caso de medicamentos de uso contínuo são de extrema importância.
* E os medicamentos de uso de rotina, que não precisam de receita. Posso levá-los sem preocupação?
Alguns medicamentos de uso irrestrito aqui no Brasil, como a Dipirona Sódica, são proibidos em certos países, como nos Estados Unidos. Outro ponto de atenção é o uso de anti-inflamatórios. Em muitos países do exterior a sua compra só é possível com uma prescrição médica local. Por isso, vale a pena levar em sua bagagem esse remédio, mesmo que seja apenas por precaução.
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