14 abril 2020

Índia: Dicas para um Roteiro de 14 dias

Por Isabela Pimentel


Se eu pudesse dar um conselho, seria: vá a Índia! É o tipo de viagem que muda a sua percepção de mundo... ONDE O TEMPO TEM OUTRO TEMPO...

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Templo em Nova Déli

A calma dentro do caos, a religiosidade, o trânsito enlouquecedor, as buzinas... Incrivelmente, é tudo fantástico!

Quando decidimos - eu e uma amiga - ir para a India, muitos mitos cercavam a nossa viagem. Ouvíamos sobre a alta insegurança do país, sobre o índice de estupros, sobre a falta de higiene da população, sobre a pobreza... Então, decidimos, antes de comprarmos as passagens, procurar alguém que fosse especializado no assunto e fechasse um pacote terrestre, incluindo subsídios para que estivéssemos seguras. 

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Museu de Mahatma Gandhi

Começamos a procurar e nos foi indicada a Marceli, do @vemviveraÍndia (https://www.instagram.com/vemviverindia/), que, apesar de ser brasileira, vive na Índia a maior parte do tempo e oferece esse tipo de serviço.

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Entramos em contato com ela a fim de obter informações e, conforme fomos nos falando, tivemos a certeza de que com ela ficaríamos tranquilas. A Marceli é uma pessoa super calma, foi rápida em nos fornecer as informações, tirou todas as nossas dúvidas e só fechou o pacote quando entendeu o que realmente queríamos fazer e os nossos objetivos com a viagem.  Ela nos mandou o preço para um pacote com hotel 3 estrelas e outro que incluía hotéis 4 estrelas. Como a diferença de preço era pequena, optamos pelos hotéis 4 estrelas e, no geral, deu tudo super certo.

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Nosso pacote incluiu voos internos, hotéis 4 estrelas, motorista e guia todos os dias, com exceção dos dias que ficamos no retiro, conforme falarei mais abaixo. Isso nos deixou bem seguras porque nunca estávamos desacompanhadas e o nosso motorista na maior parte da viagem foi o "Bal", uma ótima pessoa, que nos ajudou até a trocar a moeda. Um rapaz EXCELENTE, pontual, paciente e que sempre nos ajudou e atendeu a todos os nossos pedidos.

Uma coisa complicada na Índia e que nos foi alertado pela Marceli que ela não teria o que fazer é que, ao final de todos os passeios, os guias nos levam a lojas em que, provavelmente, são comissionados. Eles perturbam para comprarmos coisas e isso não é bacana, mas, em algum momento, aprendemos a falar que não queríamos ir  e pronto. As lojas indicadas por eles, claro, são mais caras.

Outra coisa real na Índia é: não compre de cara o produto. Isso, às vezes, é tentador porque as coisas lá são muito baratas, mas você sempre pode pechinchar e reduzir, por vezes, a 1/3 do valor original. Bargarnhar faz parte da negociação. Não se sinta constrangido porque eles estão acostumados e já esperam por isso.

Fomos aconselhadas também a não dar dinheiro aos pedintes. Seguimos esse conselho.

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Antes de falar sobre o nosso roteiro, chamo a atenção, porém, para algumas coisas:

  1. Como é a comida da Índia? Apimentada. Fato. Ainda que você peça sem pimenta, ela virá com alguma pimenta. Se você é do tipo que não suporta pimenta, no entanto, é possível escolher restaurantes que sirvam comida ocidental, o que fará que consiga evitar os temperos indianos. 
  2. Não tem carne na Índia? Tem. Nosso motorista nos levou a restaurantes melhores, com preços de restaurantes normais no Rio de Janeiro, que serviam carne normalmente. Todavia, se você está disposto a experimentar, indico a comer alguns dos pratos indianos. O meu preferido foi o "paneer", pedaços de ricota temperada e extremamente gostosa. Fiquei os 18 dias de viagem sem comer qualquer tipo de carne e foi bem tranquilo.
  3. E a água? Nesse item, não arriscamos. Recebemos o conselho e o seguimos ao pé da letra. Compramos água mineral e a usávamos até para escovar o dente. Só fomos  tomar suco no retiro. 
  4. Os homens olham? Olham, mas não são só os homens. Mulheres e crianças também olham e até pedem para tirar fotos. Ao indagarmos ao nosso motorista do porquê, ele nos informou que todos olhavam porque somos brancas e, portanto, exóticas na Índia. Logo, éramos atração em vários lugares. Esteja preparado para isso.
  5. Mas, ainda assim, é seguro? Não nos sentimos inseguras. Existe um certo jeito indiano de ser muito parecido com o do brasileiro e do qual falarei mais tarde, mas realmente no esquema que fomos, foi tudo super tranquilo. 
  6. Uma coisa que chama a atenção na Índia é que a maior parte dos trabalhadores são homens: camareiros, garçons e etc. TODOS são sempre MUITO gentis e solícitos. Você se sente uma princesa lá.
  7. O que Vestir? Fomos aconselhadas a não levarmos roupas justas, curtas, transparentes e sem manga, incluindo calça jeans e legging, que deveriam ficar restritas ao Ashram. Chegando lá, entendemos que a calça jeans era super tranqüilo de levar, mas… com exceção de Bangalore, no geral pegamos dias bem frios e muito ensolarados. Levem roupas larguinhas, confortáveis e sem transparência. Levem meias também. Nos templos, você precisa tirar o sapato e acho mais aconselhável entrar de meia.
  8. Dica de compras: aproveitem os dermocosméticos indianos! São baratos e ótimos! Você encontrará várias marcas nas farmácias, como a SriSri Ayurveda, Biotique e a Himalaya, ou a Kama Ayurveda, que você encontrará em lojas (é uma marca mais requintada).

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Em geral, para a entrada nos templos, há a passagem dos seus pertences pelo RaioX e você é revistado. Uma coisa que chama a atenção, inclusive, é como você é revistado antes de entrar nos templos. 

A mesma coisa acontece nos aeroportos indianos, que só permitem a sua entrada caso você esteja portando uma passagem aérea. Assim que você entra, todas as suas malas passam pelo RaioX e somente depois disso que você poderá fazer o check in. Logo, programe-se para chegar cedo no aeroporto caso tenha voo interno. 

Inclusive, vale registrar também que é super comum os voos nacionais na Índia sofrerem alterações. Eles sempre comunicam por meio de emails e ligam antes, nestes casos. Comigo, eles mandaram email para a Marcela e ela nos consultou para a remarcação da passagem. Eu, por exemplo, tive 2 voos alterados.

  • Atenção: uma vez que você saia do aeroporto, sua entrada não é mais permitida. Aconteceu isso comigo e foi uma cena engraçada: fui até a porta do aeroporto para verificar se nosso motorista havia chegado e, sem querer, passei da linha da porta. Quando fui voltar, o segurança não deixou. Moral da história: fiquei gritando para as outras meninas saírem também, pois nosso motorista já estava lá. 

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  1. E como é a higiene? Para os nossos hábitos, é algo estranho, mas todos ficam bem.
  2. Devo contratar seguro viagem? Nós fomos somente com o do cartão de crédito e deu tudo certo.
  3. E o visto para a entrada no país? A Marceli super nos orientou quanto a esta questão, indicando que déssemos entrada no visto cerca de um mês antes. Ele é feito online e demora menos de uma semana para ter a resposta. Depois, basta imprimir e levar. Lembrando que, para a Índia, é exigido o certificado internacional da febre amarela. Ao ingressar na Índia, houve a conferência. Então, é muito importante que não se esqueça desse item.
  4. Quais Remédios devo Levar? Claro que essa questão da farmacinha é algo muito pessoal. Cada um tem a sua e sabe onde literalmente dói o seu calo. Vale a pena consultar um clínico geral antes para saber direitinho, dentro das suas condições físicas, o que é melhor levar, inclusive receitas médicas para remédios que talvez você precise comprar numa emergência (receitas em inglês). Eu costumo levar para viagens remédios para resfriado e antinflamatório, mas, nessa viagem, levei também Dramin e Floratil. Levem, levem e levem! Duas de nós passamos mal em momentos diferentes. Nada demais, mas dificilmente eu passo mal assim e aconteceu. Não sabemos bem o que exatamente nos fez passar mal, mas foi dito, inclusive, que poderia ser fruto do tratamento ayurvédico que tínhamos iniciado. O fato é que rapidamente ficamos bem e não atrapalhou o resto da viagem.
  5. Preços na Índia: As coisas na Índia são muito baratas. Uma das coisas que pecamos foi que trocamos muita moeda no início da viagem. No final, ficamos comprando só para acabar a moeda. Quando fomos, 100 rúpias equivaliam a, mais ou menos, R$6. Para ter uma ideia, com 700 rúpias dava para almoçar em um restaurante excelente, nível muito Top mesmo. 
  6. Qual moeda levar para fazer o câmbio? Dólar! Levem dólar. A indicação inicial era de 100 dólares de gastos por dia, mas, no final, essa quantidade estimada é muito. Dá para considerar nos cálculos de quanto levar a quantia de 50 dólares por dia, incluindo as comprinhas que você fatalmente fará.
  7. Gorjetas? Sim, a gorjeta na Índia é um costume, seja para o guia, seja para o motorista e para os garçons. Os 10% não estão incluídos na nota, mas são um costume e considere esse valor nos seus cálculos de quanto $$ levar.
  8. Chip Internacional: Uma coisa que não fizemos e nos arrependemos. Compre um chip assim que chegar no aeroporto. Existe uma regra na Índia de que o estrangeiro tem que fornecer uma série de dados para isso e, então, as lojas que vendem os chips internacionais localizadas fora dos aeroportos acabam não vendendo o chip em razão do trabalho que dá.  Ignoramos essa dica da Marceli e, embora todos os hotéis tivessem wi-fi, o Ashram, não tinha internet e não conseguíamos comprar. No final, foi ótimo ter desintoxicado alguns dias. Mas, se você precisar estar conectado, enviar notícias ou receber, pelo motivo que for, é melhor se garantir com um chip. 

Dica da Lily: Viaje já do Brasil conectado com o Chip Internacional para ficar sempre online, desde o momento do seu desembarque no país. Recomendo o Chip da Brasil Roaming, que funciona em mais de 80 países (https://www.brasilroaming.com.br/ - garanta o seu e aproveite nosso cupom de desconto #APAIXONADOS10 na compra).

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Fomos no mês de janeiro, pegamos dias lindos e frios (para o carioca) e nosso roteiro ficou assim: 

  • Nova Déli, 
  • Agra, 
  • Jaipur, 
  • Rishikeshi e 
  • Bangalore

Em Bangalore, nós passamos 4 dias no Ashram da Arte de Viver, fazendo um retiro de yoga. Fizemos um bate e volta ainda em mais duas cidades: Haridwar e Vrindavan. 

Os deslocamentos foram assim:

  • Nova Déli - Agra: fomos de carro;
  • Agra - Jaipur: fomos de carro também;
  • Jaipur - Rishikeshi: fomos de Avião;
  • Rishikeshi - Bangalore: fomos de Avião. 

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Nossos hotéis foram os seguintes:


Obs: o único hotel em que tivemos problema foi o de Jaipur, pois a água quente não funcionou. Eles foram muito, muito solícitos e trocaram a gente de quarto. A Marceli e o Bal rapidamente agiram diante da nossa reclamação, mas, após perguntarem se queríamos trocar de hotel, avaliamos o tempo que perderíamos para isso com o risco de ainda permanecermos sem água quente e optamos por continuar lá, em outro quarto. Pelo menos ficamos no "lucro" de água quente para um banho por 5 minutos. Os outros hotéis foram ótimos e não tivemos problema algum, com especial destaque para o de Agra que era super aconchegante. 

Contatos da Marceli, do Vem Viver a Índia:



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