Por Rafa Pinto, do blog Rafa pelo Mundo
Durante a primavera deste ano, aproveitando minha atual residência em São Paulo, fiz um bate-volta à capital brasileira das flores: Holambra.
Situada a 130 km da capital
paulista, o local abriga a Explofora, a maior exposição de flores da América
Latina.
O evento acontece anualmente - sempre no mês de setembro - e atrai por
volta de 35.000 turistas para a pequena cidade de apenas 14 mil habitantes.
Justamente por esse motivo, talvez a época do evento não seja a ideal pra quem
quer fugir de superlotação. Minha viagem deu-se no início de outubro, quando o
evento já havia terminado e, como poderão ver nas fotos, estava tudo bem
tranquilo, ainda com flores.
COMO CHEGAR A
HOLAMBRA
- Ônibus
Essa opção acaba sendo um pouco mais complicada pra quem sai da capital,
pois não há transporte ligando São Paulo até Holambra, sendo necessário recorrer
pegar um ônibus cujo destino final seja Mogi-Mirim e pedir pro motorista te avisar quando
passar pelo ponto que dá acesso à cidade de Holambra. Você vai descer na estrada e deverá pegar um táxi pra continuar
a viagem.
As empresas Viação Santa Cruz e Viação Cometa fazem o percurso, que
parte da Rodoviária Tietê.
- Carro
Foi a opção escolhida para minha viagem e levei aproximadamente 2:30 pra
chegar ao meu destino. A rodovia - como a maioria do Estado de São Paulo - é excelente
e, por ter ido num sábado, não peguei trânsito.
Seguimos pela Rod. dos
Bandeirantes e passamos por alguns pedágios pelo caminho, que nos custaram
(ida e volta) aproximadamente R$ 60,00 (outubro/2019).
Siga pela Rod. Bandeirantes até
Campinas, pegue a Rod. D. Pedro I, depois siga pela Rod. SP-340 e, finalmente, a
SP-107 até Holambra. Hoje em dia, todo mundo tem um Maps no celular. Portanto, não é complicado. Pode seguir o percurso sugerido pelos aplicativos.
O QUE FAZER EM HOLAMBRA
Antes de começar sua viagem e programar o destino no GPS, recomendo que programe
como destino final o Portal de Holambra, bonito pórtico de entrada
da cidade.
Como o há um risco grande de ir embora da cidade quando já estiver
escuro, especialmente para quem faz bate e volta – e o ideal é ver o pórtico durante o dia - sugiro que seja seu primeiro
ponto de parada pra garantir umas fotinhos.
Como descobrimos isso só depois, acabamos colocando no GPS um endereço
já dentro da cidade, o que consequentemente nos fez ir por outro caminho que
não o do pórtico, que só conseguimos ver de longe. Quando fomos embora no final
do dia, já estava escuro, então acabamos não fazendo essa rota nem no retorno a
São Paulo.
Seguimos pro centrinho de Holambra, onde é possível fazer praticamente
tudo caminhando. Paramos o carro na Rua Dória Vasconcelos, que fica perto de
algumas agências de turismo e pertinho do Lago Vitória Régia, um
dos pontos turísticos da cidade.
Entramos numa agência e contratamos um passeio pro período da tarde, que
nos levaria a três estufas de flores com guia no próprio carro da agência.
O
passeio, denominado Rota das Flores, custou R$45 por pessoa, mas
costumam dar desconto quando a viagem é em grupo grande (a partir de 5 pessoas).
Aproveitamos pra pegar o mapa turístico da cidade e tirar umas dúvidas sobre o
que fazer durante nossa estada.
Com o passeio já contratado, caminhamos às margens do Lago
Vitória Régia, que é muito bonito e fotogênico. Seguimos rumo à Alameda
Maurício de Nassau, famosa rua onde ficam as casinhas coloridas de
estilo holandês.
Além delas, há também uma decoração bem alegre e bonita com
sombrinhas coloridas compondo o cenário.
Ali pertinho acontece a Explofora, e nas
redondezas há diversas barraquinhas de restaurantes, vendas e demais pontos de
interesse.
De lá retornamos pra Rua Dória Vasconcelos, onde tem uma boa variedade
de lojinhas e restaurantes, além de ser uma rua bem arborizada e bonita. Paramos
pra almoçar no Restaurante Martin Holandesa, que particularmente não curti
muito, apesar de ter doces bem atraentes aos olhos.
Seguimos pra agência pra fazer o passeio que havíamos contratado, que dura
aproximadamente 2h. Fomos num micro-ônibus com ar-condicionado e guia, o que
fez toda diferença no calorão que fazia na cidade e que foi ótimo pra
entendermos mais sobre a história local e sobre o quão importante é a atividade
de produção de flores para a economia da região.
A primeira estufa que paramos era a dedicada aos antúrios,
flor tropical bem comum em todo país. Além da variedade de cores da flor, no
local tem uma loja de souvenir e guloseimas com preço excelente, bem mais barato
que nas lojas do centrinho.
Aproveitei pra provar um sorvete de rosas, que particularmente não
gostei nem um pouco do gosto, mas que valeu a experiência. Caso goste, aproveite
pra comprar stroopwafel nesse local, pois há boa variedade e
preço convidativo.
Algo curioso dos passeios às estufas é que os mesmos só podem ser
realizados através de agências, não sendo possível com carro próprio
particular. Ou seja, caso você queira ir por conta própria, sem intermediação de
uma agência, você não poderá visitar as mesmas.
A segunda estufa que visitamos era a dedicada às margaridas e crisântemos,
flores do campo presentes o ano inteiro e muito fotogênicas e coloridas.
Dica: Como a plantação se dá em solo úmido, o ideal é não ir com sandálias abertas, tênis branco ou salto, pois você provavelmente vai melecar seu pé.
Por último, visitamos os campos de gérbera, flor essa que é
uma mistura de dália, margarida e girassol. Além da parte nas estufas, há
também um campo aberto com grande variedade de flores, inclusive girassóis. Ao
caminhar perto deles, evite tocá-los, pois se prestar atenção estarão cheios de
abelhas. Apesar de ter achado as três estufas muito bonitas, a terceira é linda
demais, além de possuir uma paisagem especial!
O legal desse passeio, como eu já havia comentado, é que o conhecimento
transmitido pela guia é fundamental. Conhecer um pouco da cidade, colonizada
por holandeses, e saber mais sobre todas as curiosidades que envolvem as
histórias da imigração pós-guerra fizeram valer a pena cada centavo investido no
tour.
Após o passeio, pegamos o carro e fomos apreciar o belo fim de tarde e tomar
café na famosa Confeitaria Zoet en Zout, quase um patrimônio da
cidade.
O estabelecimento, estrategicamente localizado às margens do Lago Vitória,
é rico em conforto e também em variedade. Vale a pena - mesmo que você não seja
muito fã de doce, sentar-se pra apreciar a bela vista que o local proporciona e
provar um doce gostoso, com destaque para a torta de stroopwafel ou de blueberry,
além de um café com chantilly.
Após descansar os pés - afinal esse dia estava um calor infernal e
havíamos andado bastante - fomos conhecer o que seria nosso último ponto
turístico: o Moinho Povos Unidos!
Muito similar aos moinhos
holandeses dos cartões-postais, o de Holambra destaca-se por ser o mais alto da
América Latina, com 38,6 m de altura. Aos interessados, é possível visitar a
atração de quartas a domingos por R$10.
Algo curioso sobre o moinho é que uma cápsula do tempo foi aberta para a
população de Holambra durante um mês, onde os moradores puderam depositar
mensagens para serem lidas futuramente. O objetivo é que essa cápsula seja
aberta 100 anos depois, ou seja, em 12 de julho de 2108. A
cápsula está embutida na parede do 3o piso.
O dia já estava terminando quando visitamos essa atração, então pegamos
estrada novamente rumo à capital, onde chegaríamos pouco mais de 2h depois.
Apesar de parecer uma viagem longa, acabou sendo muito sossegado pelo fato de
ser final de semana e a estrada ter boa qualidade.
Adorei conhecer Holambra e achei muito interessante tudo que vi e aprendi
sobre a cidade, que ainda acho pouco explorada pelos turistas, que priorizam
conhecê-la somente na época de festival – que, como puderam ver, é um tremendo
erro.
Aos apaixonados por flores, visitar a cidade é uma ótima oportunidade
para renovar o jardim, já que é possível comprar direto do produtor, o que
consequentemente faz com que o preço seja muito mais em conta.
Só pra terem
noção, vi orquídeas sendo vendidas a R$12, além de vasos com cactos e suculentas
por R$5.
E vocês? O que acharam de Holambra? Vamos lá?
Olá Bom dia! adorei sua materia, sou morador da cidade! Somente uma correção a cada edição da explora cerca de 320 mil pessoas vem a cidade, e não 35 mil como mencionado acima.
ResponderExcluirOpaaa... jura? Que legal! Obrigada pela informação. Vou confirmar direitinho a quantidade.
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