Por Rebeca de Souza
Welcome to Melbourne!
Chegando em Melbourne
O meu voo para Melbourne partiu de Santiago, no Chile, em um sábado, às 14hs. Após doze horas de voo (uma hora a menos do que o previsto), aterrissei, às 19hs de domingo, no aeroporto de Melbourne. O desembarque foi muito rápido e em pouco tempo estava com a minha bagagem em mãos.
Brighton Beach |
O aeroporto de Melbourne fica a uns 40 min do centro da cidade e não
dispõe de linhas de trem ou metro. Então, seguindo a orientação da minha amiga “local", peguei o Skybus, um
ônibus que segue direto para a Southern
Cross Station, uma das principais estações de trem da cidade, onde ela me
encontraria.
Comprei o bilhete (AU$ 17,50) antecipadamente pelo site (https://www.skybus.com.au), pois não é necessário agendar horário,
apenas, o dia de chegada. O embarque foi fácil e rápido e o trajeto muito
tranquilo.
Vista de Southbank |
Parliament Gardens (vale a pena conjugar após o Kimpers) |
Vista da City, no dia do festival |
Luna Park, St. Kilda |
Hospedando-me em Melbourne
Bem, minha amiga me buscou na estação e seguimos para a sua casa, em
Balaclava, um bairro judeu, muito bonitinho e calmo. Tínhamos muito assunto para colocar em dia,
tomei um chá e fui deitar para tentar me adaptar o mais rapidamente possível ao
fuso horário (lembrem-se, 20hs em Melbourne, 8hs em Brasília… ou seja, 12h de fuso). É claro que o
plano não foi um sucesso…às 5hs da manhã, já estava acordada e ansiosa para
conhecer a cidade.
Lane |
Forum |
Memorial de Guerra - Shrine of Remembrance |
Passeios em Melbourne
O primeiro dia era uma segunda-feira, mas era um feriado municipal (12.03), o
que foi providencial para essa primeira visão da parte central da cidade, conhecida como
City.
Começamos com uma grande xícara de café no Sensory Lab (https://sensorylab.com.au), um dos melhores cafés da cidade e que dispõe de algumas opções de comidinhas, como sanduíches e docinhos. De lá, seguimos para um passeio a pé pelas principais atrações desta área:
Começamos com uma grande xícara de café no Sensory Lab (https://sensorylab.com.au), um dos melhores cafés da cidade e que dispõe de algumas opções de comidinhas, como sanduíches e docinhos. De lá, seguimos para um passeio a pé pelas principais atrações desta área:
- Public Library - um prédio lindo que mistura o antigo e o moderno, repleto de citações de autores ingleses, e já dá uma amostrinha do que é a Austrália
- ChinaTown - onde comemos uns dupplings num típico restaurante chinês, onde os donos eram chineses, assim como atendentes eram chineses e a maior parte dos clientes;
- Melbourne Central - shopping center construído sob uma fábrica, cujas principais atrações são um relógio com uns bonequinhos dançando e uma loja onde você pode customizar seu próprio Kit Kat;
- Federation Square – na parte interna, tem um painel com informações sobre a colonização e desenvolvimento da Austrália;
- Flinders Station - uma das estações de trem/metrô mais lindas que eu já tive a oportunidade de conhecer;
- Shrine of Remembrance - memorial de guerra em homenagem aos australianos que lutaram na 2ª Guerra Mundial;
- Sydney Myer Music Bowl - centro de artes. Infelizmente, durante a minha estadia na cidade não houve espetáculos no local.
Chinatown |
Flinders Station |
Terminamos o passeio no Moomba Festival, um dos festivais mais
tradicionais da cidade, localizado às margens do Rio Yarra.
Moomba Festival |
Minha amiga o definiu como uma grande
“quermesse” – o festival se espalha por uma extensa área com parque de
diversões, shows musicais, barquinhas de comida, demonstrações de skyboard. Programação para a família toda!
Melbourne Central |
Após essa maratona, meus pés estavam moídos e o corpo sentindo os
efeitos do fuso horário. Voltamos para casa para descansar para o passeio do
segundo dia: a Great Ocean Road.
A
famosa rota nos arredores de Melbourne não fica tão perto assim e é um passeio de no mínimo um dia
inteiro. Eu tenho a convicção de que a
melhor opção para conhecê-la é alugar um carro e seguir no seu próprio ritmo,
mas como este passeio eu faria sozinha, optei por uma excursão, reservada
antecipadamente pelo site Viator.
Great Ocean Road |
Foi a primeira vez que usei este site, pois a única agência que me
recomendaram não fazia esse passeio às terças-feiras. Então, pesquisando na Internet, descobri o
Viator, uma empresa do mesmo grupo do Trip Advisor e que apresentava inúmeras
opções de passeios em diversas partes do mundo e na Austrália, em especial. Verifiquei as ofertas para grupos pequenos e
fiz a reserva com a Go West Tours (https://www.gowest.com.au).
Fui a primeira pessoa a embarcar na van, pontualmente às 7:35hs no
Novo Hotel St Kilda, o local mais próximo de onde eu estava hospedada.
A excursão passa pelas principais atrações da rota:
As paisagens são realmente
de tirar o folego, mas o tempo não ajudou muito, ora nublado, ora chuvoso, ora
ventando. Retornei a Melbourne por volta das 22hs, cansada e convicta de que o
ideal é fazer esse passeio em dois dias, pernoitando no meio da rota (existem
excursões nesse perfil).
A excursão passa pelas principais atrações da rota:
- Appolo Bay,
- 12 Apostles,
- Gibson`s Steps,
- Lord Arch Gorge,
- atém de um ecotour para “avistar” koalas
Obs: sobre os koalas, é difícil vê-los, pois os bichinhos são pequenos, vivem dormindo no topo das árvores e se mesclam com a cor destas. Eu só vi um, mas teve gente no tour que viu uns cinco..rs).
Lord Arch Gorge |
Gibson Steps |
No terceiro dia, o foco voltou a ser a City.
Comecei o dia na National Gallery Victoria –NGV (https://www.ngv.vic.gov.au), onde estava em cartaz uma grande exposição de arte contemporânea, a Triennial. O espaço é incrível, tem um café legal, o acervo fixo é composto por muitos artefatos históricos e alguns retratos clássicos... é bem interessante tanto quanto a exposição temporária, que foi uma grata surpresa, especialmente para quem curte arte moderna e contemporânea, tinha até instalação dos brazucas irmãos Campana.
Após algumas horas, segui de tram para um ponto ainda
desconhecido da City e aproveitei para conhecer
mais um charmoso café de Melbourne, o Krimper (http://www.krimper.com.au).
O estilo é bem diferente do Sensory Lab, o espaço mais amplo, rústico e com mais opções de comida, mas o café é igualmente delicioso.
Como era hora do almoço, optei por uma saladinha de grãos, com abacate e queijo feta. Minha amiga me encontrou lá e seguimos para mais uma longa caminhada, descendo pelo Fitzroy Gardens até as Lanes, onde existem diversos painéis de grafite e arte contemporânea (sabe o Beco do Batman, em São Paulo? É isso, no meio da antiga e sóbria City).
Comecei o dia na National Gallery Victoria –NGV (https://www.ngv.vic.gov.au), onde estava em cartaz uma grande exposição de arte contemporânea, a Triennial. O espaço é incrível, tem um café legal, o acervo fixo é composto por muitos artefatos históricos e alguns retratos clássicos... é bem interessante tanto quanto a exposição temporária, que foi uma grata surpresa, especialmente para quem curte arte moderna e contemporânea, tinha até instalação dos brazucas irmãos Campana.
NGV |
O estilo é bem diferente do Sensory Lab, o espaço mais amplo, rústico e com mais opções de comida, mas o café é igualmente delicioso.
Como era hora do almoço, optei por uma saladinha de grãos, com abacate e queijo feta. Minha amiga me encontrou lá e seguimos para mais uma longa caminhada, descendo pelo Fitzroy Gardens até as Lanes, onde existem diversos painéis de grafite e arte contemporânea (sabe o Beco do Batman, em São Paulo? É isso, no meio da antiga e sóbria City).
Não precisa dizer que são incríveis né??
Preparem-se para esse passeio, que eu considero imperdível.
Existem tours por estas ruelas,
o que pode ser interessante para conhecer o contexto das obras e o histórico
dos artistas, mas se preferir, o site da cidade mostra direitinho quais são
as principais lanes, dispondo de mapas em pdf para download.
Preparem-se para esse passeio, que eu considero imperdível.
Lane |
Lane |
O dia terminou no Queen Victoria Night Market, uma feira que acontece apenas em determinadas épocas do
ano, na parte de trás do famoso mercado.
Lá havia barraquinhas com comidas de diversas partes do mundo,
apresentações de dança e música.
Queen Victoria Market |
O dia seguinte começou bem cedinho, para uma das atrações mais
esperadas dos arredores: a ascensão de balão por Yarra Valley, seguida do
passeio pelas vinícolas da região.
O Yarra Valley é uma área agrícola nas redondezas de Melbourne, onde se produzem queijos, chocolates e os meus amados vinhos.
Mas não espere encontrar potentes Shiraz, a casta ícone da Austrália.
Yarra é a terra de vinhos leves, frescos e requintados, com destaque para os
feitos com as uvas Chardonnay e Pinot Noir.
O Yarra Valley é uma área agrícola nas redondezas de Melbourne, onde se produzem queijos, chocolates e os meus amados vinhos.
O passeio foi realizado com a empresa Global Balloning Australia e também foi reservado pelo
Viator, porque não consegui reservar diretamente pelo site da empresa.
Aviso
logo que, para ascender em um balão tem que ter disposição, o horário marcado para
eu estar no ponto de encontro (no Hotel Pullman on The Park) era por volta das
5hs da manhã. Yarra é bem mais pertinho
do que a Great Ocean, mas essa aventura envolve encontrar o melhor lugar para a
decolagem, inflar o balão e tudo tem que começar bem cedo, em razão das
condições meteorológicas.
O balão comportava dez passageiros e três tripulantes e vai ascendendo devagar, passando por entre as nuvens, até estabilizar sob estas, onde você consegue ver os primeiros raios de sol.
O balão comportava dez passageiros e três tripulantes e vai ascendendo devagar, passando por entre as nuvens, até estabilizar sob estas, onde você consegue ver os primeiros raios de sol.
Quando você se dá conta, está vendo as belas
lavouras de Yarra Valley pequenininhas, com os cangurus passeando por entre
elas. Só vivendo para entender.
Após essa linda experiência, seguimos para a vinícola Balgownie Estate, onde nos foi oferecido um delicioso e reforçado café da manha. Após essa refeição, o motorista me deixou na vinícola Yering Station, onde esperaria pelo ônibus da Australian Winery Tour Co (AWTC), (o passeio é vendido como um tour único pela Global Balloning, mas na verdade, são dois), a lojinha já estava aberta e eu poderia ter testado alguns vinhos, pois tinha uns 30 minutos de espera, mas confesso que fiquei um pouco preocupada, com medo de ser esquecida no meio do nada e me limitei a flanar pelos jardins.
O ônibus da companhia atrasou um pouco, mas felizmente me resgataram para seguir conhecendo Yarra, agora, por terra.
Após essa linda experiência, seguimos para a vinícola Balgownie Estate, onde nos foi oferecido um delicioso e reforçado café da manha. Após essa refeição, o motorista me deixou na vinícola Yering Station, onde esperaria pelo ônibus da Australian Winery Tour Co (AWTC), (o passeio é vendido como um tour único pela Global Balloning, mas na verdade, são dois), a lojinha já estava aberta e eu poderia ter testado alguns vinhos, pois tinha uns 30 minutos de espera, mas confesso que fiquei um pouco preocupada, com medo de ser esquecida no meio do nada e me limitei a flanar pelos jardins.
O ônibus da companhia atrasou um pouco, mas felizmente me resgataram para seguir conhecendo Yarra, agora, por terra.
Assim como a Great Ocean, não acho que essa é a melhor forma de
conhecer Yarra, porque o tour envolvia umas 25 pessoas e a passagem pelas quatro
vinícolas, na minha opinião, foi um pouco corrida.
O itinerário das vinícolas neste dia foi o seguinte:
O itinerário das vinícolas neste dia foi o seguinte:
Apesar dos pontos negativos, o passeio foi bem legal, pois tive a oportunidade de degustar vinhos
que dificilmente encontrarei aqui no
Brasil. Mesmo a Domaine Chandon, que tem vinícolas nos Estados Unidos, Argentina, Brasil, Índia e
China, oferece uma experiência única, já que, além de muito bonita, a vinícola apresenta
produtos exclusivos, como o delicioso espumante com um toque de laranja, e, se
você tiver sorte, ainda consegue avistar uns cangurus!! (exclusividade da
vinícola australiana e eu tive a sorte de ver um casal).
Retornei para Melbourne à noite, bêbada e
feliz!!
Mas Melbourne ainda me reservava muito mais. Após a primeira noite bem
dormida, acordei e fui conhecer a rotina
do Queen Victoria Market, onde já havia estado durante a noite.
Conhecer mercados está sempre nos meus roteiros e este não me decepcionou: vinhos, temperos, carnes, pães, frutas, legumes, verduras,
flores, café (eu tomei o meu latte no Market Lane Coffee - https://marketlane.com.au).
Queen Vitoria Market |
Queen Vitoria Market |
Queen Vitoria Market |
Tudo lindo, fresco e delicioso!!
De lá, segui para a área das Docklands, uma área de marinas, bem moderna e bonita, onde fica a famosa Melbourne Star Observation Wheel, da qual se pode ter uma vista panorâmica da cidade.
Dando continuidade aos passeios, fui para a Southbank, uma área da cidade entre o NGV e a Flinders
Sation, à beira do Yarra River, onde estava rolando o Melbourne Food and Wine
Festival.
Não tive dúvidas, entrei no cercadinho dos vinhos, comprei minha tacinha e continuei minha experiência enológica do dia anterior. O cellar contava com vinícolas de todo o estado de Victoria, além de opções de comidinhas locais para acompanhar os vinhos como queijos, embutidos e ostras. Também rolou um showzinho musical. Tem forma melhor de terminar o dia??
De lá, segui para a área das Docklands, uma área de marinas, bem moderna e bonita, onde fica a famosa Melbourne Star Observation Wheel, da qual se pode ter uma vista panorâmica da cidade.
Não tive dúvidas, entrei no cercadinho dos vinhos, comprei minha tacinha e continuei minha experiência enológica do dia anterior. O cellar contava com vinícolas de todo o estado de Victoria, além de opções de comidinhas locais para acompanhar os vinhos como queijos, embutidos e ostras. Também rolou um showzinho musical. Tem forma melhor de terminar o dia??
E assim, muito rapidamente, a semana passou e o sábado chegou
novamente… comecei o dia em mais um mercado, o Prahan Market, desta vez com um objetivo especifico: uma
aula de culinária no Jamie’s Ministry of Food.
A aula não é com o Jamie Oliver, mas com um chefe da equipe dele e foi baseada no livro do famoso chef australiano "5 Ingredients - Quick & Easy Food” (sem edição brasileira). Mais uma dessas experiências para vida.
A aula não é com o Jamie Oliver, mas com um chefe da equipe dele e foi baseada no livro do famoso chef australiano "5 Ingredients - Quick & Easy Food” (sem edição brasileira). Mais uma dessas experiências para vida.
O Prahan Market foi amor à primeira vista, tem cara de mercado local, onde a vizinhança faz compra,
com foco em produtos orgânicos, que vende kombucha na pressão e, claro, onde se pode tomar um bom café ou uma boa refeição.
Reencontrei minha amiga e
seguimos para Brighton Beach para conhecer as famosas casinhas, que nada mais são
do que boxes para guardar coisas e de lá para a famosa praia de St. Kilda,
onde fizemos uma caminhada e sentamos para comer e bebericar à beira mar.
Como era dia de São Patrício, antes de
voltarmos par casa, tentamos ir a um pub irlandês, mas estava lotado. Então, fechamos o dia comendo um hambúrguer no Grill’d, afinal, no domingo, partiríamos bem cedo para o estado de
Queensland.
Vista de Southbank |
Apollo Bay - Great Ocean |
Great Ocean |
Notas Finais e Dicas, em Melbourne:
Melbourne dispõe de uma rede de transportes públicos, que inclui
metrô, ônibus e tram, que abrange toda a cidade, inclusive as áreas mais
distante com Brighton e St. Kilda.
Na parte mais central da City, existe uma
zona de tram que é gratuita. Como eu me
hospedei fora da City e fiquei uma semana na cidade, usei muito o transporte público e optei por
comprar um cartão myki, aceito nos três modais de transporte.
Obs: As informações sobre o transporte público estão disponíveis no site https://www.ptv.vic.gov.au.
O aplicativo Uber também funciona super
bem e é uma boa opção para os horários em que o transporte público não está
disponível ou pra quem gosta de mais conforto.
O que eu não visitei na cidade de Melbourne:
Melbourne é uma cidade grande e muito interessante. Dos pontos
turísticos tradicionais, eu não visitei o Eurek Sydek, um prédio observatório
da cidade, pois esperei por um dia bonito, para ver o por do sol, que não
chegou…Certamente, deixei de ver muitas outras coisas, e só voltando lá para
relatar.
O que eu não visitei nos arredores de Melbourne:
- Mornington Peninsula, área onde também se concentram diversas vinicolas
- Parque The Grampians
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