Por Rafa Pinto (blog Rafa pelo Mundo)
Sempre tive muita vontade de conhecer
Ilha Grande e a Região de Angra dos Reis, e sempre brincava que de 2018 não
passaria. Chegou novembro e nada de eu conhecer a Ilha. Até que chegou um
feriadão, e acabei me programando tarde demais: os hotéis estavam lotados, e os
que estavam disponíveis custavam uma pequena fortuna, além de não serem nada
demais.
Foi quando juntei um grupo de amigos
que também não conhecia Ilha Grande e decidimos arriscar um Day trip, que
partiria do Rio de Janeiro no sábado de manhã cedo e retornaria no final do
dia. No início fiquei um pouco receosa de ser cansativo demais, de não
conseguir aproveitar ou de justo nesse dia São Pedro não colaborar, o que é
normal de acontecer tratando-se da Região da Costa Verde fluminense.
Fiz todo contato por WhatsApp com dois
dias de antecedência e agendamos um grupo de 7 pessoas. Contratamos o pacote
"Super Ilha", que inclui:
- Transporte ida e volta (com ar-condicionado)
- Passeio de lancha com duração de 6h e 5 paradas de 1h
- 1 Guia de Turismo (inglês e/ou espanhol)
- Fotos GoPro (que foram disponibilizadas via Google Drive 3 dias depois)
- Seguro Contra Acidente Pessoal
Lancha Adventure Boat |
Na lancha está incluído:
- água mineral,
- compartimento com gelo para poder levar a sua bebida,
- flutuante (macarrão),
- máscara e
- snorkel para mergulho
OBS: O Super Ilha tem saídas somente aos sábados e às quartas, custa R$270 por pessoa (criança paga meia).
O bacana desse passeio é que a equipe
busca os clientes em casa, com horários pré-definidos no dia anterior. O meu
estava agendado para passar às 7h, mas ocorreu um pequeno atraso e acabamos saindo
aproximadamente 7:20 do Botafogo Praia Shopping, num micro-ônibus com
ar-condicionado.
Fui recebida pelo guia Gean, que era muito atencioso e além, do português, falava inglês e espanhol, o que foi essencial nesse passeio pois acredito que éramos os únicos brasileiros a bordo. Além dele, havia outro guia igualmente simpático e atencioso chamado Roberto, que é uruguaio e foi com quem passamos maior parte do tempo, pois foi quem nos acompanhou na lancha.
Buscamos nossos amigos nos bairros
vizinhos e por último uma amiga que chegava no Aeroporto do Galeão. Entre
paradas e embarques, saímos do Galeão às 8:17.
Por sorte, não havia trânsito nesse dia
e seguimos viagem tranquilamente. Paramos às 10h em Muriqui, onde tem uma lanchonete, banheiro, uma lojinha e uma vista
bem bonita da região de Mangaratiba.
Ainda tivemos mais uma parada, bem
rápida, para que comprássemos coisinhas no supermercado. Acabamos nem comprando
nada (nos precavemos e compramos no dia anterior pra agilizar) e penso eu que
todos os passageiros deveriam fazer o mesmo, a fim de evitar a perda de tempo.
Essas foram as únicas paradas antes de
chegar ao nosso destino final em Angra dos Reis, às 11:30h.
No estacionamento onde chegamos há
local para trocar de roupa, caso precise, e rapidamente seguimos para a lancha
que nos levaria para os pontos de interesse.
O mais bacana e que achei o diferencial dessa agência é a quantidade de passageiros a bordo da lancha, no máximo 14, o que faz com que o passeio fique muito mais privativo e sem a muvuca das grandes embarcações. Além disso, a lancha era bem rápida, o que fez com que chegássemos às praias em um curto intervalo de tempo.
A primeira parada foi a Praia
de Grumixama, maravilhosa praia pouco frequentada e com águas límpidas e
calmas. Ficamos por lá um bom tempo e, para minha surpresa, a temperatura da água
estava excelente, nem fria nem quente, ideal para refrescar.
A paisagem das montanhas que cercam a praia, juntamente com a cor do mar, formam um cenário exuberante com direito a
um "uau" atrás do outro. :)
Como não há infraestrutura alguma na
praia, sugiro que leve bebidas e comidinhas caso queira, além de recolher todo
seu lixo, a fim de preservar aquele paraíso. Aliás, essa dica vale para todas as praias, todos passeios sempre, né?
A segunda parada é um must see em Ilha Grande, a Lagoa
Azul, que recebeu esse nome por lembrar aquele clássico filme da sessão da
tarde que víamos quando criança, com a musa Brooke Shields.
O acesso é somente por barco e é um dos
lugares mais procurados pelos turistas que visitam a Ilha, então espere
encontrar muitas embarcações no local,
especialmente em alta temporada.
Lagoa Azul |
A água é super cristalina e de uma cor
espetacular, abrigando milhares de peixinhos esfomeados que buscam alimentos
dos turistas, que propositalmente levam para fotografá-los. A transparência é
tanta que mesmo de dentro do barco é possível avistá-los.
Nadamos bastante, flutuamos com os
macarrões que a agência disponibilizou e tiramos muitas fotos. Peixes
amarelos, azuis e muita vida marinha num cenário paradisíaco. Além do mais, a
temperatura da água estava uma delícia, o que fez com que ficássemos
literalmente de molho!
De lá rumamos para a terceira
parada: Praia de Bananal, onde fizemos uma curtíssima trilha rumo a
um mirante que descortina a paisagem espetacular do local.
Essa praia, por ser
ao lado de outra mais movimentada, já é bem mais frequentada. O curioso que esse
mirante era na área da piscina da mansão de um traficante, que foi apreendida
pela Polícia Federal, estando, portanto, abandonada e por isso com a
possibilidade de entrar na casa do dito cujo.
Trilha |
Como já estávamos azuis de fome, fomos
almoçar ali do lado, na Praia de
Bananalzinho, onde tem uma certa infraestrutura de restaurantes.
Comemos
num bem simples, mas de ótimo custo-benefício, que, apesar de ter poucas opções,
eram suficientes. O preço é de R$25
fixo e você se serve à vontade de alguma proteína, arroz, farofa, feijão e
salada. Descansamos um pouco nesse restaurante antes de ir pro próximo
destino.
Bananalzinho |
Atenção: O acesso à internet na Ilha é bastante limitado, assim como a conexão das máquinas de cartão de crédito. Sugiro, portanto, que leve dinheiro em espécie.
A próxima parada seria a última,
na Ilha de Cataguases, que fica
relativamente perto do centro de Angra dos Reis e é acessível somente de barco.
Sugiro que, ao desembarcar, entre num trecho que parece uma trilha para acessar a
parte lateral da praia onde não há desembarque de lanchas, onde é muito mais tranquilo e que nem todo
mundo sabe. Acabamos descobrindo porque seguimos a dica do guia Gean, que nos
levou até lá.
Cataguases |
Ficamos de molho um bom tempo e foi
ótimo para tirar fotos, já que o cenário é paradisíaco. De lá vimos o cair da
tarde e mesmo depois de tanta praia, sal e sol, só deu vontade de ficar mais.
Pegamos a lancha rumo ao centro de
Angra dos Reis, onde trocamos de roupa e pegamos o micro-ônibus para voltar ao
Rio de Janeiro, para onde partimos exatamente às 19:05h.
Fizemos uma paradinha no mesmo local da ida para lanchar e então seguimos direto pras nossas respectivas casas.
Fizemos uma paradinha no mesmo local da ida para lanchar e então seguimos direto pras nossas respectivas casas.
O curioso é que fomos parados pela
Polícia Rodoviária Federal na volta, que pediu documentação do transporte, dos
guias, etc. Felizmente estava tudo certo e seguimos adiante. Por esse motivo é
importante contratar o passeio de uma agência
credenciada, de confiança, e com tudo em
dia, do contrário o retorno para casa pode gerar uma grande dor de cabeça.
Aos que perguntam se vale a pena fazer
esse passeio, já que a região tem tanta coisa pra oferecer, a resposta é sim. Por mais que tenha muita coisa para
ver, se você dispõe de pouco tempo ou grana, acaba sendo a melhor opção para
uma "introdução à Ilha Grande" rs. Tenho certeza de que todo mundo que
vai fica com vontade de voltar. :)
Informações adicionais:
Agência Adventure Boat
- Site: https://adventureboat.com.br
- Instagram: https://www.instagram.com/adventureboat_ilhagrande/
- Facebook: https://www.facebook.com/adventureboat.RJ
- Trip Advisor: 5 estrelas
- Contato WhatsApp: (21) 99551-0555
OBS: O passeio Super Ilha foi uma cortesia
para a colunista, mas relata fielmente a experiência do passeio. O grupo que
viajou com a colunista não obteve cortesia.
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