Acredito eu que, após as Olimpíadas Rio 2016 e o grande sucesso do Boulevard Olímpico, todo mundo sabe ou já ouviu falar em Eduardo Kobra, artista urbano mineiro que encantou multidões de turistas que visitaram o RJ, e seguem visitando, para ver de perto o maior mural de grafite do mundo.
Dessa vez, Kobra, que já realizou as pinturas "Biblioteca" e "Abismo, ambas feitas em giz e tintas solúveis em água, com efeito 3D, na praça Cívica do Memorial em São Paulo, em frente à escultura "Mão", de Oscar Niemeyer, trazendo essa novidade para todo o vanguardista de nosso mais célebre e famoso arquiteto brasileiro, resolveu então o artista organizar na maior cidade do Brasil um grande evento Chalk Festival (Obs: as pinturas já foram removidas com água, sem dano ao patrimônio! Quem viu, viu! Quem não viu, aguarde o festival!!).
O evento será no segundo semestre e curadoria será assinada pelo Kobra, ao lado de Denise Kowal, criadora e diretora do Sarasota Chalk Festival, que é "apenas" o principal evento de 3D do mundo e que chegou à sua 10ª edição em 2016.
De acordo com o artista, participarão do evento cerca de 100 artistas brasileiros e internacionais, sempre com obras em giz ou tintas solúveis em água, que são “apagadas”, com água, logo após o término do evento, que terá uma semana de duração.
Além dos trabalhos em 3D, os artistas farão palestras no Memorial, compartilhando suas técnicas e experiências com demais artistas e o público em geral. Além disso, cada artista deverá trazer uma obra – tela ou escultura – para ser exposta na Galaria de Arte do Memorial, que serão leiloadas e parte do dinheiro arrecado será destinado a instituições assistenciais. Além disso, 10 muralistas, incluindo o próprio Kobra, pintarão containers.
A relação do artista urbano com a cidade mais movimentada do país já vem de longa data. Em juntho de 2009, ele fez sua primeira obra em 3D em uma calçada em São Paulo. O palco ou a tela foi um ponto nobre da cidade: a Praça Patriarca, em frente ao Viaduto do Chá, no centro histórico de São Paulo.
Kobra pintou um carro antigo, resgatando um cenário do local. Pouco depois foi notícia em todo o País. Desde então, já realizou outras 10 ações em 3D em diferentes cidades do Brasil, como em São Paulo e Rio de Janeiro.
No ano passado, no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, ele "aprontou" novamente e fez uma cama em 3D para expor um tema bastante grave nas grandes cidades do mundo inteiro: a questão dos moradores de rua.
Foi em 2007 que o artista se apaixonou pela misteriosa técnica da pintura em 3D, também conhecida como “anamórfica” ou “ilusionística”. Durante dois anos estudou a técnica intensamente, especialmente os trabalhos do norte-americano Kurt Wenner e do inglês Julian Beever.
Somente quando se sentiu seguro para realizar obras em 3D que ele procurou a Subprefeitura da Sé, em São Paulo e fez a primeira intervenção, apaixonando-se ainda mais pelo projeto: “É fascinante fazer em locais com grande movimento de pessoas. A arte em 3D nas ruas dá às pessoas não apenas a oportunidade de interagir com a obra, mas também de acompanhar o processo de criação do artista”, diz Eduardo Kobra.
E quem ficou curioso para ver o que todos esses artistas feras aprontarão em São Paulo esse ano, hein? \o/ \o/
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