19 fevereiro 2016

Lançamento da Coleção Exclusiva de Vinhos e Espumantes da Vinícola Lídio Carraro para as Olimpíadas 2016

Tivemos a honra de participar, no último dia 18 de fevereiro, de um evento muito especial no Rio de Janeiro para o lançamento da coleção exclusiva de vinhos e espumantes, produzidos pela Vinícola Lídio Carraro, do Rio Grande do Sul, prestigiando esse grande momento que vivenciaremos em breve: Olimpíadas Rio 2016.

Foi uma noite incrível, no salão de eventos do Restaurante Casa da Suíça, no bairro da Glória, que reuniu representantes do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos; da Associação Civil Rio 2016, responsável aqui na cidade sede pela organização dessa grande festa do mundo dos esportes e, é claro, que o lançamento contou com as presenças ilustres da enóloga Monica Rossetti e de um dos donos da vinícola, Juliano Carraro.


Com Juliano Carraro e Monica Rossetti (ao centro)
  
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Antes das apresentações formais dos projetos acontecerem, nós tivemos a oportunidade ímpar e muito enriquecedora de conversarmos com o Juliano e a Monica, que nos explicaram bastante sobre o conceito Boutique adotado Vinícola Lídio Carraro, que é uma vinícola familiar, já está na terceira geração de descendentes italianos vieram da região do Vêneto e se estabeleceram no Rio Grande do Sul.

Notem que a Vinícola Lídio Carraro é recente, fundada em 2001, com o estabelecimento de vinhedos espalhados por 200 hectares na cidade de Encruzilhada do Sul. Sua primeira safra é de 2002, a qual chegou aos mercados em 2004 e, em 2005, após vencer uma seleção para representar o Brasil nas prateleiras das lojas Duty Free dos aeroportos, a vinícola ganhou grande espaço também na exportação.


Hoje, a Lídio Carraro exporta cerca de 30% da sua produção para mais de 20 países e seus vinhos conquistaram importantes reconhecimentos nos últimos anos: Steven Spurrier, da Decanter Magazine, que a citou como sua “vinícola favorita do Brasil”, o site Jancis Robinson atribuiu elevadas pontuações (17 a 18 pontos) e a Snooth elegeu como “o vinho do ano” nos USA com 94 pontos. Também foi a vinícola que elaborou os vinhos oficiais de grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo, Copa das Confederações, Rio Open Tênis, Stock Car, Jogos Pan-americanos Rio 2007 e agora também para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.


Monica, que está envolvida com o projeto da família Lídio Carraro desde 1998 e é a enóloga responsável, contou-nos bastante sobre o seu trabalho e como foi participar dessa missão de elaborar vinhos oficiais das Olimpíadas 2016.

A grande inspiração, segundo suas palavras, foi a brasilidade refletida na busca de superar desafios, no esforço e trabalho de anos em que os atletas mergulham enquanto se preparam para participar dessa grande Festa Esportista! 


Juliano Carraro e Monica Rossetti (foto divulgação)

Vinícola Lídio Carraro (foto divulgação)



Aliás, comparando o preparo dos atletas com a produção do vinho, podemos observar muita similitude: em primeiro lugar, não há uva originária do Brasil. Em segundo lugar, há todo um estudo que consiste no parcelamento de solos para identificar o melhor microclima e a uva mais adequada para ele. Esse estudo das características dos vinhedos é essencial para se obter um bom resultado porque, a depender do terreno e do clima, a safra sofrerá as influências e tudo isso interferirá na personalidade do vinho almejado ao final deste processo. 



Ou seja, já perceberam que dá trabalho e requer muita dedicação, não é?

E Monica discorria sobre todo esse universo da viticultura com tanta propriedade e leveza, que poderíamos ficar ali horas e horas conversando e aprendendo bastante com ela. 

Mas logo logo ela foi requisitada para o início do evento e assistimos a alguns vídeos e slides sobre as Olimpíadas Rio 2016, sobre as transformações ocorridas no Rio de Janeiro, notadamente aquelas ocorridas na Praça Mauá, a demolição da via expressa Perimetral e todo o projeto "Porto Maravilha", que ainda está sendo implementado e, muito em breve, teremos o VLT em plena operação (uma espécie de bonde elétrico que vai ligar o aeroporto Santos Dumont à Rodoviária Novo Rio, passando pela Praça Mauá), dentre outras mudanças pelas quais a cidade passa - e sofre! porque está tudo bem caótico com tantas ruas em obras, sendo interditadas... mas aguardemos que sejam mudanças para melhor, não é?




Após essa explanação introdutória sobre as Olimpíadas, foi a vez da Monica e Juliano trazerem para nós as grandes estrelas da noite: os vinhos!

Eles nos lembraram da importância do terroir, da identidade brasileira que está presente nos vinhos e da importância em mostrarmos para o mundo que o Brasil também é plenamente capaz de produzir vinhos de qualidade.

Esse conceito de terroir, muito difundido na Europa, chega ao Brasil justamente para valorizarmos os nossos produtos e, no caso da Lídio Carraro, que já se apresenta como uma vinícola boutique, muito mais preocupada com a qualidade do que com a quantidade, a gente pôde perceber todo o cuidado, todo o carinho e toda a preocupação com que Monica e Juliano estavam ali para nos apresentar os vinhos. 

Até então não havíamos experimentado os vinhos e estavam todos muito curiosos, pois foram guardados para fazermos a degustação em conjunto, orientada pela Monica, para podermos percebermos as notas predominantes e seus aromas.


Foram 5 vinhos degustados, porém, os com o selo oficial das Olimpíadas 2016 são 3 vinhos da coleção Faces.

Os Vinhos da Linha Faces possuem de 12 a 13% de teor alcoólico, sendo uma safra nova, de 2015 e foi produzida uma tiragem especial, com o selo Olímpico de apenas 200 mil garrafas, que estarão também disponíveis para venda em alguns pontos, como, por exemplo, na rede de supermercados Pão de Açúcar, a partir de março de 2016, nas versões 750 ml e baby (187,5 ml).

da esquerda para a direita: Lu (@aventurasdaLu), eu, Monica (blog Le Touriste) e Cris (blog Cris pelo Mundo)

O lançamento dos espumantes brut, moscatel e rosé está previsto para abril e a coleção completa contará ainda com dois lotes exclusivos de linhas Top Premium, Um deles com apenas 6.750 garrafas, compondo uma coleção de rótulos para colecionadores e outro lote de um vinho raríssimo de 2.016 garrafas. 

Todos os produtos estarão à venda, em breve, em todo o Brasil e nas lojas oficiais Rio 2016.


Essa linha foi pensada justamente para conquistar a todos e, embora eu não saiba informar ainda os valores, eles garantiram que o fator custo-benefício foi altamente considerado na hora da sua produção.

Falemos um pouco sobre os vinhos, mas tenham em mente que eu não sou a Monica Rossetti rsrs... tentarei apenas reproduzir um pouco do que nos foi passado ontem, ok?



Bem, antes de qualquer coisa, é válido contar para vocês que a vinícola Lídio Carraro preza pela Filosofia Purista, na busca da essência e maior integridade do vinho, o que significa dizer que, por exemplo, a gente encontrará nos vinhos da Lício Carraro uma mínima interferência na uva, sem filtração, sem adição de químicas, com um máximo respeito à sua expressão natural e, como não poderia deixar de ser, do seu Terroir de origem, afinal, a vinícola está comprometida a elaborar somente vinhos de primeira linha e é pioneira no país a implantar uma gestão vitícola e enológica sustentáveis, com um meticuloso estudo de clones, mapeamento de solos, controle de produção e vinificação de grandes vinhos sem o uso tradicional da madeira. 

Começamos com o Vinho Branco Chardonnay, com aromas presentes, sem perder o frescou, no qual se buscou o encontro do Velho com o Novo Mundo!

Minha opinião: gostei! Ele cumpre o seu objetivo de ser refrescante. Mas não foi o meu predileto da noite.



"Trabalhamos com a Chardonnay na produção dos vinhos brancos, Merlot para os tintos e Pinot Noir nos rosés. Quisemos mostrar todo o potencial que essas uvas produzidas na Serra Gaúcha e em Encruzilhada do Sul alcançam, com o mínimo de intervenção possível, seguindo a nossa filosofia de trabalho. O resultado são vinhos e espumantes inesquecíveis, assim como os Jogos Olímpicos" (Mônica Rossetti)

Na sequência, conhecemos o Rosé feito a partir da uva Pinot Noir. Este sim foi o meu predileto!

Verdade seja dita que eu tenho uma leve (enorme!) quedinha pelos vinhos rosés. Além de possuírem uma aparência mais bonita (girly) eles são suaves na medida certa, com uma refrescância deliciosa, além do sabor marcante que normalmente remete a frutas vermelhas.


No caso da Linha Faces, a mistura entre morango, cereja e especiarias trouxe uma boa acidez para o vinho, além de um sabor muito harmonioso entre o corpo e o frescor, sendo possível encontrar o gostinho da fruta também no retrogosto. A característica mais desejada, de acordo com a Monica, era o volume e esse foi encontrado.

Minha opinião: eu adorei! Realmente, ele é perfeito para o calor carioca, para o nosso lifestyle que pede um pôr do sol na praia e depois um encontro com amigos... muito bom!

Ainda, porque a noite não tinha terminado, nós degustamos o Faces Tinto da uva Merlot, com 12% de teor alcoólico, safra 2015, portanto, é um vinho jovem que transmite exatamente essa mensagem de ser contemporâneo.


A proposta é apresentar um vinho leve com qualidade, taninos bem maduros, com gosto equilibrado, boa maturação, uvas criteriosamente selecionadas... e tudo isso foi um grande desafio porque, normalmente, precisa-se de tempo para crescer e, no caso do projeto das Olimpíadas, por ser uma safra recente, não havia esse tempo todo.

Isso não inibiu a Lídio Carraro que atingiu um vinho tinto muito saboroso e que foi muito elogiado na noite. 

Minha opinião: se eu não tivesse degustado os próximos vinhos tintos, que foram uma grande surpresa na noite - Olímpia e Coletânea - teria achado o Faces Tinto Merlot perfeito para a ocasião e sua proposta.

e agora com os maridões, Igor, Claudio e Julio

Porém... porém... após experimentar esses outros dois, que são vinhos de médio a alto envelhecimento, tinto de corte, sendo o Coletânea um blend de uvas (perdoem-me, mas não lembro agora quais) e o Olímpia da uva Tanat, portanto, ficou até injusto depois do Faces conhecer esses outros e comparar. 

Façamos assim: não vamos comparar! Vamos apenas dizer que cada vinho tem o seu espaço, o seu momento e esses três tintos são ótimos para diversas ocasiões. 

O Coletânea é da safra de 2008 e o Olímpia (uva tanat) é da safra 2012, portanto, são vinhos para envelhecimento com maior estrutura.

Detalhe interessante é que o Olímpia tem mais de 15% de teor alcoólico! Nem sei se já havia experimentado um vinho com tanto teor alcoólico. 

Com as lindas (da esquerda para a direita): Lu (@aventurasdaLu), Cris (blog Cris pelo Mundo), Monica (blog Le Touriste)

Minha opinião: Dentre os 3 vinhos tintos, eu achei o Coletânea mais macio e o Olímpia mais aveludado. Em termos de quantidade de taninos, achei o Coletânea perfeito neste quesito, pois não senti praticamente nenhum e isso me agrada mais.

Todavia, o Julio preferiu o Olímpia, que continha um pouco de tanino, mas também era muito aveludado, o que fazia um contraponto muito gostoso no paladar.

Ao longo da noite, foram servidos canapés do Restaurante da Casa da Suíça e, ao final, um mini dinner com batata rostie, algo que me lembrou um estrogonofe de frango com champignon e, de sobremesa, appfelstrudel. 

Tudo bem preparado, com bela apresentação e saboroso.





Então, em resumo, acho que vocês terão que experimentar todos os vinhos para tirarem suas próprias conclusões!

Que tal?

O meu muito obrigada pelo convite ao Apaixonados por Viagens. Adoramos a oportunidade de mergulharmos um pouco mais nesse universo tão delicioso da viticultura e que muito nos interessa e ainda ganhamos uma garrafa do Faces Rosé para lembrarmos em casa dessa noite tão agradável que foi melhor ainda pela companhia dos amigos Monica, do blog Le Touriste, Cris, do blog Cris pelo Mundo e Lu, do instagram @AventurasdaLu. Sem dúvidas, a combinação amigos + vinhos é a mais harmoniosa de todas!

E que venham as Olimpíadas Rio 2016!! 


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