15 janeiro 2016

Turismo no Rio de Janeio: Trilha na Pedra do Pontal

"Do Leme ao Pontal... Não há nada igual... no mundo..."

Impossível não lembrar dessa música do saudoso e genial Tim Maia para contar para vocês sobre mais essa aventura da gente: PEDRA DO PONTAL!




Sim, nós somos Apaixonados por Viagens, mas, acima de tudo, também somos apaixonados pela cidade em que vivemos. E buscamos, sempre que possível, conhecer e explorar novos lugares no Rio de Janeiro!

O último final de semana foi intenso de passeios ecoturísticos! No sábado  (9/1) fizemos a Trilha da Pedra do Pontal e no domingo (10/1) fizemos a da Pedra do Telégrafo.
Para quem raramente vai para a Zona Oeste (Barra da Tijuca, Recreio, Guaratiba...), nós já começamos o ano num ritmo arretado para a terra Far Far Away rsrs... (parafraseando a amiga Fabri do blog Necessaire na Mala).

Assim, juntamente com amigos que gentilmente nos levaram (porque somos desmotorizados), acordamos cedo, mas sem exagero, e saímos de Copacabana por volta das 8:20 rumo ao Recreio. Chegamos perto das 9h porque o trânsito a essa hora é maravilhoso e fomos rapidinho até o Posto 11/12.

Nós pegamos a rua da praia, na Barra da Tijuca e seguimos por ela toda vida até chegarmos na Pedra do Pontal, que separa duas praias, formando uma espécie de istmo, ficando a praia do Recreio de um lado e a Praia da Macumba de outro.

Praia da Macumba

Praia do Recreio
Mesmo chegando nesse horário, a praia estava cheia e não encontramos vaga assim tão facilmente. Demos umas duas voltinhas até acharmos a vaga. Portanto, para quem puder chegar antes, melhor ainda, especialmente nesta época do ano, no verão. Durante a semana e em baixa temporada, não precisa tanto.

Estacionamos nas vagas que existem ali em um estacionamento aberto - tipo Vaga Certa - em frente à praia.

Inclusive, a Praia do Recreio estava bem movimentada por surfistas e as ondas fortes pareciam Boas para a prática do esporte (eu confesso que entendo nada de onda, se é boa ou não rsrs... só sei que, quando tem onda grande, nem me arrisco e não entro no mar).

E lá fomos nós para essa aventura!

Logo no início, o primeiro desafio é subir na pedra sem escorregar kkk...



A primeira subida é muito íngreme e repleta de areia pelo contato próximo com a praia e maré. Logo, além de inclinado, é bem escorregadio.



Praia do Recreio

Julio teve que me dar aquela mãozinha básica kkkk... mas subi e paramos um ponto, ainda na pedra e antes da trilha de chão, para tirarmos fotos e observarmos dali as praias.

A vista é incrível em praticamente todos os pontos da Pedra e da trilha.


Praia da Macumba

Com nossos amigos, Lu e Timbó

Só para vocês entenderem, quando falo em pedra, é a parte que é só pedra mesmo. Já quando me refiro à trilha, significa o trecho de chão de terra que tem lá em cima.

Na parte da pedra, por causa de uma areia fina que tem nela, o tênis às vezes perde aderência. Por isso é bom ter cuidado para não escorregar.

Bem, a trilha não é sinalizada e, como havia certo movimento e a gente nunca tinha ido lá, fomos perguntando para as pessoas para descobrir qual seria o caminho.

Na verdade, há alguns caminhos possíveis e a lógica é subir. O fato de não ter sinalização não foi o suficiente, ao meu ver, para dizer que é uma trilha que precise de guia.

Macumba à esquerda e Recreio à direita

Praia da Macumba

Praia do Recreio
A não ser que você esteja inseguro, com medo, seja inexperiente ou esteja sozinho, aí pode ser interessante ir com um guia sim.

Agora em janeiro, em pleno verão, num sábado, a trilha estava movimentada e bastava perguntar para quem estivesse subindo. Fora de temporada e durante a semana deve ser deserto. Aí eu acho bom ir em grupo.

Aliás, eu sempre acho bom ir em grupo e acho que nunca fiz uma trilha que eu não conhecia só com o Julio.




E foi justamente perguntando que descobrimos que a corda do pequeno rapel que tem no final da trilha para chegar no topo da Pedra estava arrebentada.

Disseram para mim que, infelizmente, algumas agências e guias cortam essa corda para forçar que as pessoas façam a trilha completa contratando seus serviços. Mas não temos certeza disso. Pode ter sido apenas uma consequência natural de deterioração da corda com erosão, maresia, chuva, sol etc...

De todo modo, sabendo que essa corda já arrebentou algumas vezes (seja pelo motivo que for), embora eu nunca tenha ouvido falar em acidente lá, eu confesso que fiquei com medo de subir nela.

Ou melhor, ficaria, caso ela existisse. Na verdade, ela existe, mas está cortada e para alcançá-la é preciso subir a Pedra no melhor estilo "aranha".


Praia do Recreio
Uma galera jovem que estava lá até tentou. Todos desistiram e me disseram que até dava para subir, mas ao pensar na descida, sem a corda, eles acharam perigoso demais.

Dois rapazes que tentaram subir pela corda arrebentada, desistiram e deram a volta por um caminho alternativo e disseram que era tranquilo para quem tivesse a ginga de lidar com pedras.

A gente achou que era só o caso de pular e desviar pedras e por isso fomos conferir.

Não... Não era tão simples!

Diga-se de passagem, essa trilha está longe de ser ridícula de fácil para quem deseja chegar ao topo e eu nunca sujei tanto a minha mão numa trilha kkkkk..

Resolvemos então fazer esse caminho alternativo que nos foi sugerido, que se trata de dar a volta na pedra e subir pelo lado voltado para o Recreio, escapando assim da corda.

Mas não era só ter jeito para lidar com pedra! E sim, ter jeito para não escorregar da pedra!!! Essa parte por onde tentamos ir para alcançar o topo era mega ultra íngreme e escorregadia. 

A gente foi de "bumbum", fazendo agachamento mesmo, apoiando a mão. No meu caso, eu fui de frente, olhando para o mar. Teve quem fosse agachado para a pedra, tipo aranha. Mas eu senti firmeza fazendo com o bumbum apoiado na pedra e, assim, de pouquinho em pouquinho a gente foi se aproximando.

Julio foi na frente para sentir o caminho e avaliar o nível de perigo e dificuldade. Para quem não sabe, eu sou - parafraseando o Julio - "guria de apartamento", do tipo que não gosta muito de sujar as mãos kkk... nem de quebrar unhas.

Julio, por sua vez, é da roça! Nascido e criado em sítio, no interior do Paraná, do tipo que subia em árvores, montava em porco e fazia todas as molecagens típicas de quem é criado em contato com a natureza, animais, ou seja, sem frescura. A fresca sou eu! kkkk..

Portanto, ele foi na frente para "abrir caminho". Acontece que ele, em determinado ponto (esse trecho da volta na pedra nem é tão grande assim, mas como fomos agachados e devagar, por ser muito íngreme, a gente demorou), ele perdeu a aderência da roupa e começou a escorregar.

Foi assustador! Meu coração foi na boca!

Graças a Deus, nada aconteceu porque ele foi escorregando na direção de uma pedra, já ali embaixo, perto da mata da pedra e conseguiu se ancorar ali, respirou fundo, limpou a mão e voltou a subir.

Foi neste trecho que o Julio escorregou até ali no mato... parece até pouco, mas na hora que você vê que a pessoa está escorregando, sem conseguir frear, dá muito nervoso


Diante disso, não pensamos duas vezes e voltamos!

Porém, passado o susto, a gente ainda ficou ali na sombra da pedra um pouquinho, admirando a paisagem e descansando, após esse momento tenso.

Parte da Pedra onde tentamos dar a volta para subir ao topo. Vejam como a gente foi, assim mesmo, de bumbum e apoiando a mão por ser bastante íngreme

Dessa forma, sem ter como chegar no topo, ainda ficamos um pouco ali, observando algumas pessoas bem jovens, na casa dos 20, que também estavam tentando chegar no topo, mas todos desistiram por medo e acharem que realmente estava perigoso.

Descemos e tiramos mais fotos, é claro!!


No meio do caminho, já lá embaixo, encontrei um sirizinho, tipo Maria Farinha, perdido na pedra e paradinho, como se estivesse posando para mim. Não hesitei e fui logo tirar fotos dele! E não é que ele ficou ali, de boa, paradinho, só modelando para mim? hahahaha... muito fofo!



Ainda, na descida, encontrei o amigo Carlos, do blog e instagram Fantrip, que também foi conhecer o local!

Com o amigo Carlos, do blog Fantrip

Descemos e tomamos uma água de coco ali no quiosque da orla! Gente, essa inflação das praias está de matar, né? Água de coco a R$6.00 é muito cruel!! Mas, mortos de sede, não teve jeito! Nós tínhamos levado pouca água porque achei que a trilha seria mais rápida do que efetivamente foi.

Então, ainda encontramos com a amiga Monica, do blog Le Touriste, que estava passeando por ali e fomos para a praia da Macumba, relaxar um pouco, nas proximidades do posto 12.

Com a amiga Monica, do blog Le Touriste

Sinceramente, a praia estava tão cheia, com tanta gente ouvindo funk, mulheres passando "doura pelo", uma farofada que eu definitivamente não gostei!! A Monica me contou que ali perto tem o Terreirão, que é uma espécie de favela do Recreio. Pode ser isso, pode ser o fato de ter sido final de semana em pleno verão com muita gente de férias... seja como for, eu fiquei desconfortável.


Não me senti insegura, sabe? Sei que ali não tem arrastão, por exemplo, com infelizmente acontece muito nesta época do ano nas praias da Zona Sul, especialmente Leblon, Ipanema e Arpoador.

Mas é que prefiro a praia mais vazia e menos farofada.

Como estávamos morrendo de calor, dei aquele mergulho (e a água estava congelante!!) e aproveitei para testar o Dome que o Julio me deu para usar com a GoPro. O Dome é da marca Acryflon e funcionou direitinho!

Fotos com o Dome... estamos em fase de treinamento rsrs..



Após, fomos almoçar - estávamos famintos!! - na Barra da Tijuca, no restaurante Skinna, indicado pela Monica.


O restaurante é especializado em frutos do mar e tem um vasto cardápio. Pedimos uma moqueca, é claro!!! Estava bem gostosa e temperada, mas eu até esperava que fosse mais farta.


E também pedimos um camarão na moranga! Esse sim veio muito bem servido.


Tudo estava delicioso, mas não era uma barganha. Preços normais para o Rio de Janeiro, sem serem extorsivos (se bem que a gente meio que já se acostumou com os preços elevados daqui ... tudo tão caro...).

Agora, a grande surpresa veio com as sobremesas que pedimos: banana flambada com sorvete, petit gateau de goiabada com sorvete de tapioca e um brownie com sorvete!

Banana Flambada

Brownie

Nossa, depois de gastarmos as calorias com a trilha, a gente adquiriu o dobro de volta!! kkkkk... as sobremesas estavam maravilhosas, com destaque para o petit gateau de goiabada que eu nunca tinha experimentado antes!

A grande sensação foi o Petit Gateau de Goiabaca

Assim, encerramos o nosso dia de aventuras pela Zona Oeste e voltamos para a casa!!

Espero que tenham gostado =))

DICAS

1) Sugiro ir de tênis, mas vi muita gente descalça. Até acho que na pedra fica mais fácil pisar descalço, mas tem que ter pé cascudo porque a Pedra esquenta bem à medida que sol vai torrando a gente.

2) É uma trilha aberta, exposta ao sol:

- Reforce o filtro solar
- Use óculos e boné
- Vá com roupa leve, de trilha

3) Leve água

4) Duração: com pausas para subida, cerca de 40 minutos por trecho (subida e descida). Pode ser menos ou mais. Depende do ritmo e preparo físico de cada um.

5) Use roupas leves e, de preferência, aquelas com as quais você não se importa em sujar rsrs... eu terminei a trilha super mulamba!



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