Em meu último dia de Aracaju, resolvi passear pela cidade e conhecer alguns de seus pontos turísticos, sua história e cultura. Foi difícil abrir mão de um dia de praia, ainda mais com o solzão todo que fez. Mas, o lado nipônico falou mais alto e lá fui eu percorrer ruas da orla e centro de Aracaju.
Meu CITY TOUR EM ARACAJU foi totalmente feito por mim, a partir de pesquisas prévias que fiz pela internet. Achei que não compensava pagar por um city tour, principalmente por estar com um carro, gentilmente cedido pelo casal de amigos que reside na cidade.
Mesmo se não tivesse carro, era possível fazer tudo de táxi, sem gastar muito e com muito mais tranquilidade para conhecer o que quisesse e no tempo que quisesse. O que mais me irrita em city tour organizado pelos receptivos nordestinos é a pressa com que a maioria trabalha. Tudo bem que a ideia é dar uma visão panorâmica da cidade e, em média, os passeios não duram mais que 2 horas.
Já que eu não ia para a praia, fazer o passeio por conta própria, no meu tempo, conhecendo o que eu queria, ficou muito mais agradável e atrativo.
Comecei pela Orla do Atalaia, passando pela Passarela do Caranguejo, pelos parques infantis, como o Mundo Infantil, Arcos do Atalaia, Praça de Eventos, Centro de Arte e Cultura, Oceanário... e por aí eu fui, até o Shopping RioMar, onde atravessei a ponte e peguei a Avenida Beira-Mar (do outro lado da ponte está o Shopping Jardins), famosa avenida por ser o local do evento que reúne milhões de foliões, o Pré-Caju, e também pelos prédios modernos, altos, bonitos, que refletem a alta sociedade sergipana da região.
Seguindo pela Beira-Mar que, na verdade, beira o rio, ou melhor, os mangues, a gente passou pelo Mirante da 13 de Julho, que fica no Calçadão da 13 Julho (na verdade, passei batido, não consegui pegar retorno e ficou por isso mesmo... desisti de parar lá para subir o mirante, que nem sei dizer se estava aberto... além do que, li alguns relatos que falam que a vista do mirante não é lá grandes coisas, por conta da paisagem de árvores e manguezal... ). O Calçadão é famoso entre os locais para prática de esportes ao ar livre e ciclovia.
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Farol da Farolândia |
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Avenida Beira-Mar |
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Símbolos de Aracaju = Araras + Caju |
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Paisagem do rio Sergipe que se vê da Avenida Beira-Mar |
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Ponte Construtor João Alves, estaiada - liga Aracaju a Barra dos Coqueiros |
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Dividindo a pista com carroças!! |
Deixei o carro estacionado em rua próxima à Praça Fausto Cardoso para explorar a região: Ponte do Imperador, Praça Olímpio Campos, a paisagem do rio, a região de comércio popular. E também fui caminhando até o Museu da Gente Sergipana, cerca de 10 minutos a pé da Ponte do Imperador.
A Praça Fausto Cardoso é a mais antiga da capital.
A Ponte do Imperador, construída em 1859, é, na verdade, um ancoradouro feito para receber a embarcação e comitiva de Don Pedro II atracar, em sua visita oficial a Aracaju, em 1860. Depois disso, acabou servindo para embarque e desembarque de mercadorias, pois pela praia era complicado chegar até a região central da cidde.
Achei a "ponte" meio abandonada. Havia poucas pessoas no lugar, com cara de desocupadas ou moradores de rua. Não curti muito a vibe de lá, mas dá para tirar boas fotografias do rio Sergipe e da praça Fausto Cardoso, diretamente da ponte.
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Praça Fausto Cardoso |
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Ponte do Imperador |
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Ponte do Imperador |
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Ponte Estaiada Construtor João Alves vista da Ponte do Imperador |
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Rio Sergipe |
Praça Fausto Cardoso e Olímpio Campos (onde está a Catedral) são bem próximas. Estão todas na mesma direção, para dentro, da Ponte do Imperador.
Na
Praça Fausto Cardoso, está o
Palácio Olímpio Campos, símbolo da República por ter sido a sede do Governo do Estado e residência dos Governadores até meados da década de 90, hoje que hoje abriga exposições e está aberto à
visitação.
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Praça Fausto Cardoso |
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Palácio Olímpio Campos |
Para chegar ao
Museu da Gente Sergipana, passei pela
Praça Tobias Barreto, que achei um pouco abandonada. Havia muitos estudantes, provavelmente pela proximidade de colégio, e muitos buracos na praça.
Chegando ao Museu da Gente Sergipana, inaugurado em 2011, já fiquei encantada por saber que a entrada é gratuita!!
O lugar cheira a novinho mesmo e está muito bem organizado e estruturado. Para aprimorar ainda mais a visita, fomos acompanhados por uma guia, muito simpática e solícita. Ela nos forneceu várias informações e orientou a visita.
É curioso descobrir tanta coisa diferente da cultura nordestina e, em especial, da Sergipana. O museu tem várias atrações interativas que devem fazer a alegria da criançada. Portanto, outro bom passeio para levar os pequenos.
Uma pena que só é permitido fotografar em poucos lugares. No final da visita, você é convidado a inventar e gravar uma música no melhor estilo repentista de ser. E pode até divulgar em redes sociais, se quiser. Bem, não se animem porque não divulguei a minha... Vergonha total!!!
A estrutura moderna conjugada com um prédio reformado e que conserva um estilo colonial, a tecnologia multimídia oferecida ao longo da visita, tornam o lugar uma grande atração.
Localizada na Praça Olímpio Campos, a Catedral Metropolitana de Aracaju, construída em 1875, impressiona pelo seu interior bastante trabalhado, pelas pinturas da cúpula e pelo ótimo estado de conservação.
Os Mercados Albano Franco, Tales Ferraz e Antonio Franco, localizados no centro da cidade, expressam o que há de verdadeiramente sergipano e nordestino: gastronomia e artesanato. É o reconhecimento da cultura popular.
Pegamos o carro, que estava próximo à Praça Fausto Cardoso, e fomos para os mercados. Há um grande estacionamento entre eles.
Os galpões são enormes!!! Para quem vai a Aracaju, passar, mesmo que rapidamente, pelos mercados é obrigatório!! Super interessante para conhecer produtos da região, para comprar castanhas, pimentas, doces, cachaças, tapioca, produtos de palha, renda, bordados, cerâmicas, redes, brinquedos, roupas de praia, chapéus... a fartura é grande!!
Um mercado dedica-se a produtos regionais gastronômicos, outro mercado apresenta quiosques de farinha de tapioca e vários outros de lembrancinhas da região e o terceiro é mais dedicado ao artesanato mesmo com rendas, redes, chapéus...
O que mais me entristeceu quanto ao "artesanato" que vi por lá foi reparar nas etiquetas MADE IN CHINA. Puxa vida, eu doida para comprar um chapéu de palha ou de fibra de côco, só que a maioria era de fibra sintética e xing ling. A justificativa dada pelos vendedores dos boxes do Mercado foi que a concorrência é desleal e o valor dos produtos chineses é tão baixo que desanimam os artesãos locais a confeccionarem seus produtos.
Aí ficou complicado, né? Pior é quando o produto não tem etiqueta e você compra crente que é produto nacional, artesanato local, e depois encontra outro igualzinho com uma etiqueta "made in China". É claro que isso aconteceu comigo... fiquei triste mesmo... mas... paciência, né? Não deve ser fácil para eles.
No último Mercado, o que se dedica mais ao artesanato e tecidos, há um segundo andar com dois restaurantes. Como não vi uma barraquinha de tapioca pelos mercados (estava certa de que acharia alguma barraquinha para vender tapioca recheada, já que o que mais se via por lá era stand vendendo a farinha de tapioca), tive que recorrer ao restaurante do Mercado. Pelo adiantado das horas, peguei a xêpa do almoço. Ao menos o restaurante era self service e a quilo. Comi o suficiente para aguentar o resto do passeio, mas não recomendo a ninguém ir ao restaurante por volta das 15:30, como eu fui. A vista que se tem lá do segundo andar é bem bacana e dá bela noção da cidade e rio. Recomendo a subida para passear e ver os mercados de cima.
Aliás, saibam que os mercados mercados fecham cedo, ok?? Por volta das 17:00, já não se encontra praticamente nada aberto. Para visitar todos os mercados com calma, sugiro programar umas 2 a 3 horas para isso.
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Primeiro Mercado - cheio de especiarias, produtos típicos da culinária nordestina |
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Cachaça |
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Mandioca - Macaxeira - Aipim |
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Castanha de Caju |
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Doces e cachaças |
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Bebidas da região - cachaças |
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Pimentas e mais especiarias |
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Vista do segundo andar do Pavilhão todo - no segundo andar há roupas de qualidade duvidosa e muito amontoadas que eu não curti e fiquei poucos minutos |
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uma parte do primeiro andar é dedica aos frutos do mar |
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2º Mercado - o estacionamento fica entre o 1º e 2º Mercados |
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Interior do 2º Mercado com stands/boxes de artesanato e lembrancinhas da região |
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Farinha de Tapioca |
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3º Mercado - que é interligado com o 2º Mercado - mais artesanato |
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Vista dos Mercados de cima |
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Vista do Rio |
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Vista da Ponte Construtor João Alves |
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Cachaça + Caranguejo - boa lembrança? |
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Castanhas e pimentas |
Depois de fazer minhas comprinhas pelos Mercados Municipais, pegamos novamente o carro em direção à Colina de Santo Antonio, região que remonta aos primórdios do primeiro povoamento de Aracaju. Afinal, não custa nada fazer uma fezinha lá pro Santo, né? rsrsrs...
Perto da Igreja de Santo Antonio não há propriamente um estacionamento e deixamos o carro na pracinha, atrás dela. Pelo horário, demos sorte por haver vagas. Chegamos depois das 17:00 e pudemos apreciar o fim de tarde lá do alto da colina, de onde se tem uma vista interessante da cidade, do rio Sergipe, dos mangues, da ponte estaiada, entre outros.
O interior da Igreja é bem simples, bem simples mesmo, mas pasmem: É A IGREJA MAIS DISPUTADA DE ARACAJU PARA CELEBRAÇÕES DE CASAMENTOS!! E alguém duvida do poder do Santo Casamenteiro?? rsrsrs... o guia da Crystal Tur disse que a fila de espera é de quase 2 anos.
Portanto, para as que pensam em ficar noivas em Aracaju, garanta logo a sua data na Igreja!!
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Igreja de Santo Antonio |
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Ponte Estaiada vista da Colina de Santo Antonio |
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Voltando para a Orla do Atalaia, passamos em frente ao belo edifício do Museu da Gente Sergipana, já anoitecendo, ainda mais bonito com a iluminação |
Muito bom suas dicas! Adorei, estou indo a Aracaju e vou aproveitar mais ainda com o seu relato!
ResponderExcluirQue legal! Feliz por saber!
ExcluirAproveite bastante e depois venha cá nos atualizar com as coisas boas de lá, viu?
abraços,
Lily
Moro em Aracaju e pretendo voltar a trabalhar com day tour, sem pressa, deixando o turista à vontade. Interessados liguem 79-9675-0484
ResponderExcluirQue bacana, Evandro!
ExcluirParabéns!
Aracaju e arredores foram passeios lindos que fiz.
Abraços,
Lily
Obrigada pelo excelente roteiro. Estamos indo (eu e meu marido) no dia 13 para Aracaju e este city Tour caiu como uma luva.
ResponderExcluirObrigada pelo excelente roteiro. Estamos indo a Aracaju no próximo dia 13 de fevereiro e já estamos nos sentindo em pleno tour,
ResponderExcluirOlá Ilma, eu que agradeço por confiar em nossas dicas e segui-las!
ExcluirEspero que tudo dê certo e vocês tenham uma linda viagem!
Venha aqui depois contar para a gente como foi!
Beijinhos,
Lily
Nossa, adorei o relato de vocês sobre o city tur em Aracajú. Estou indo para a cidade de férias e me ajudou bastante. Obrigada!
ResponderExcluirOie! Que bom que gostou! É um passeio pouco valorizado, sabe? Mas que surpreende e vale a pena!
ExcluirAbraços,
Lily
Oi pesquisando sobre aracaju achei seu blog,adorei as dicas e fotos.Vou no dia 18/8 e seus relatos me ajudaram a programar melhor meus passeios e estadia na cidade.Bjs
ResponderExcluirOlá, Ana Paula!
ExcluirQue legal que você nos encontrou! Espero que os posts aqui do Apaixonados tenham te ajudado bastante, viu?
E aí, como foi a viagem?? Conte para a gente!
beijos,
Lily
Oi pesquisando sobre aracaju achei seu blog,adorei as dicas e fotos.Vou no dia 18/8 e seus relatos me ajudaram a programar melhor meus passeios e estadia na cidade.Bjs
ResponderExcluirQue legal saber que o blog ajudou! Como foi a viagem?
ExcluirBeijos,
Lily
No dia vocês conhece alguém que faça um city tour pela cidade saindo da rodoviária e voltando para o hotel para cinco pessoas no precinho
ResponderExcluirOlá, Fátima
Excluirtudo bom?
Infelizmente não tenho alguém assim para indicar. Quando fomos, fizemos o city tour por conta própria mesmo, sabe? Eu separei os lugares que queria conhecer, as feiras de artesanato, o Museu, a Igreja... e fomos sem dificuldades!
De repente vale a pena consultar as agências de turismo, sabe? O hotel pode indicar alguma agência local de confiança.
De todo modo, eu achei na época que não compensava pagar por um city tour, principalmente por estarmos com um carro. Mesmo se não tivesse carro, era possível fazer tudo de táxi, sem gastar muito e com muito mais tranquilidade para conhecer o que quisesse e no tempo que quisesse.
Espero ter ajudado! Vai dar tudo certo.
Abraços e Feliz 2018
Lily