29 agosto 2017

Juma Amazon Lodge: Passeios e Gastronomia na Floresta Amazônica

Se vocês gostaram da matéria anterior, que descreveu em detalhes como foi a nossa hospedagem no Juma Amazon Lodge, no meio da floresta Amazônica, tenho certeza de que curtiram bastante também essa segunda parte da divulgação dessa experiência incrível que eu tive a oportunidade de vivenciar no final do mês de junho de 2017, no seio da selva mais conhecida do mundo!


Mas se você caiu aqui por acaso sem ter lido o post anterior, vale a pena dar uma conferida nele primeiro e depois voltar aqui para seguir lendo. CLIQUE AQUI e leia o texto sobre o Juma Amazon Lodge


** PROGRAMAÇÃO DE 3 NOITES NO JUMA AMAZON LODGE - MANAUS **

Quando fui convidada para conhecer o Juma Amazon Lodge, a primeira coisa que fiz foi pesquisar no seu site (clique aqui) para entender melhor como que este hotel de selva funcionava. 

O site é bem fácil de navegar e, a partir dele, você pode avaliar os pacotes e suas respectivas programações para decidir quantos dias você ficará por lá. 

É claro que o fato de você escolher um ou outro programa não significa que você tenha que cumprir à risca tudo o que está lá descrito e oferecido. Mas, vá por mim que todos os passeios sugeridos valem muito a pena fazer!





Diante disso e da margem de manobra de dias que eu tinha para dispor, no final das minhas férias, escolhi a programação do pacote MUTUM que contempla 3 noites e 4 dias de passeios.

Num primeiro momento, pode até parecer que os valores cobrados pelo Juma são caros até porque são cobrados por pessoa. Mas quando você para ver que absolutamente tudo está incluído e que sua única preocupação será a de comprar sua passagem aérea, isso já dá um alívio enorme! E quando digo tudo, é tudo mesmo: o transfer para chegar e sair de lá, que pode ser combinado para buscar o hóspede no aeroporto ou em algum hotel em que esteja em Manaus, todas as refeições que são bem fartas, num esquema de buffet, com café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar todo dia (ninguém passa fome por lá... pelo contrário! 





Você mal tem tempo de sentir fome rsrs..., além dos passeios, é claro, e de toda a infraestrutura do hotel que é disponibilizada aos hóspedes, como a piscina de água do Rio Juma, Redário, Livros na recepção, luneta, caiaques... ou seja, no final das contas, considerando tudo isso e toda a logística mais complicada que o hotel encara com maestria, como a parte da lavanderia que é toda feita em outro local (e o serviço de limpeza do quarto é diário), trazer alguns alimentos e bebidas de Manaus, ter à disposição barcos motorizados, levar biólogos que orientam a lidar com a fauna e flora sem causar maiores impactos nem danos, da mesma forma que levam um veterinário para vacinar os animais que mais "frequentam" o hotel, a própria dedetização do hotel... tudo isso na ponta do lápis faz justificar o preço cobrado que, ao meu ver, por tudo que é oferecido, é justo.



1º Dia

A programação começou cedo, às 7:30h da manhã, quando fomos buscadas na casa da Day, do blog e instagram Seguindo Viagem, dando início ao traslado até o Juma Amazon Lodge.

Foram cerca de 3h30min de deslocamento, repleto de aventuras, de muita natureza exuberante todo esse trajeto em si já vale como um super passeio!




↘ Chegada: A previsão normal de chegada no Juma é às 11:00h. Nós devemos ter chegado um pouco depois disso. Logo fomos recepcionados com um suco de cupuaçu, bem regional para as boas-vindas e uma squeeze para cada um poder abastecer de água filtrada que fica à disposição dos hóspedes na recepção e na cabana do refeitório.



Nós ficamos o tempo todo com o Guia Nilson que nos acompanhou em todos os passeios, algumas refeições e também conduziu uma palestra sobre a região. 




. O que não pode faltar na mochila durante os passeios: 

- repelente, 
- água (eles dão uma squeeze para cada hóspede e há bebedouro com água potável e mineral na recepção e no restaurante), 
- capa de chuva porque o clima é imprevisível (custa 20 reais se comprar lá no hotel) - mas não choveu durante o tempo em que ficamos lá, 
- binóculos para avistar jacarés e estrelas à noite  (eu não sabia e não levei... por sorte, minha lente da Canon é razoável com 18-200 mm,  e eu conseguia enxergar as coisas à distância),
- eles pedem para que a mochila/mala seja pequena, de uns 10kg cada para ser mais fácil de carregar nos deslocamentos. E como não me avisaram deste pequeno detalhe e eu estava vindo de uma viagem de SP e México, logo, minha mala era nada enxuta kkkk... coitados!



↘ Almoço das 12:00 às 13:00

O almoço, bem como todas as refeições do Juma Amazon Lodge, é servido todos os dias na grande cabana do refeitório, com pratos bem regionais, bem preparados, com aquele toque caseiro gostoso e o melhor de tudo é que a cada refeição são servidos pratos diferentes. Portanto, aguarde por pratos elaborados com tucumã, muitos peixes da região como o pirarucu .




Arroz, feijão, farofa de mandioca, aipim frito, aipim cozido, saladas variadas sempre com tomate, alface, couve flor, brócolis, beterraba, peixes, frango, carne bovina, ovo, sopas...  tudo é servido em esquema de buffet (self service).

A sobremesa do primeiro dia foi um pavê tipo sorvete de maracujá que estava delicioso e sempre tem muita fruta também! 

Todas as refeições servidas, fosse no almoço ou no jantar, traziam uma sobremesa diferente e muito gostosa!

Após o almoço, a gente foi para a piscina de rio curtir o deck, as espreguiçadeiras, tirar um cochilo, dar um mergulho... enfim, aproveitar o ócio rsrs... 




Uma delícia esse espaço do hotel, porque permite que você esteja ali num lugar protegido, já que a piscina de rio, que tem troca de água constante com o rio, está protegida ao fundo e nas laterais com duas telas bem grossas de arame para evitar a entrada de peixes maiores e não ter incidentes para quem quer dar um tibum e ficar ali de boa na piscina. 



O ambiente é um charme! Há também um espaço para colocar um bar lá que não estava funcionando quando fomos.

No deck de cima, que é fixo do hotel, ou seja, não é flutuante, onde há mesas e cadeiras também, tem um chuveiro que é ótimo para quem não quiser mergulhar na piscina nem no rio, mas precisa se refrescar.


Deixem seus pertences bem guardados, viu? Os macacos são super arteiros e não dão mole no quesito pegar coisinhas dos hóspedes rsrs... eles são bem curiosos!


Em todo caso, eu super recomendo um mergulho ao menos na piscina. Vale a pena! 

↘ Passeio de canoa a remo às 15:30


Ainda em nosso primeiro dia de passeios, de tarde, demos uma volta de canoa, no melhor estilo ribeirinho, para já ter aquele contato de imersão com a floresta. É um tour de reconhecimento para ter um pouco de ideia da propriedade do Juma e da natureza que o cerca.




Cada canoa comporta até 4 pessoas, mas o ideal é que sejam 2 por canoa para equilibrar melhor e não ter risco de virar. Exige um pouco de esforço e de coordenação motora, de preferência. Eu nem posso dizer que se é difícil ou não, porque eu fiquei na canoa com o guia, justamente para poder ficar com as mãos livres para fotografar e fazer vídeos. Acabei remando só um cadinho para dar aquele apoio moral e fazer pose para foto kkkk... mas no fundo no fundo, quem fez mesmo o trabalho inteiro foi o guia.




O passeio foi realizado com o grupo de hóspedes que havia chegado conosco e alguns que já estavam por lá no hotel, passando por igarapés com grande imersão pela floresta.




Foi incrível! E ainda tivemos a inusitada companhia de uma anta nadadora que queria muito subir nas canoas! Kkkk... ela era uma graça, mas o guia alertou que não a deixassem colocar as patas na canoa porque isso poderia fazer a canoa virar e voltar para a canoa depois seria bem complicado. 




Isso sem contar os riscos de estar em um rio com seu volume de água bem cheio e de cor escura onde não se consegue ver praticamente nada para baixo... ou seja, jacarés, sucuris e piranhas ficam bem camufladas nas águas escuras do Rio Juma! Portanto, é bom não cair nele, certo? 




Ahhhh... eu fiquei encantada com os reflexos perfeitos que se formavam no encontro da vegetação com o rio! Por ter cor escura e ser muito calminho, o rio transformava-se em verdadeiro espelho!




Pudemos observar garças, tucanos, muitos sons da floresta, muitas árvores, passando por igarapés ao longo de mais ou menos 1:20h de passeio.





↘ Lanche da tarde das 17h às 18h e Pôr do Sol

Chegamos a tempo de aproveitar um pouquinho do lanche da tarde antes de corrermos para ver o pôr do sol! 



O lanche da tarde tinha sempre um ou dois tipos de bolos, mais uma pizza ou um sanduíche, café quente, leite, sequilhos (biscoitos amanteigados)... já dava aquela renovada nas energias, principalmente para quem remou bastante antes fugindo da anta rsrs... que nesse caso não foi eu!

E depois vinha um dos momentos mais lindos do dia: o PÔR DO SOL!


Gente, que espetáculo! Vou te contar que só para poder ver esse pôr do sol novamente já valeria a pena voltar para o Juma Amazon Lodge!

Lindo, emocionante, com cores tão vivas, com reflexos tão perfeitos no Rio Juma que era de tirar o fôlego!



E quando passava uma lancha ou uma canoa? Aí eu ia ao delírio... que sunset mais fotogênico, gente? Fiquei mesmo admirada. Ou então quando vinha uma revoada de pássaros... meu coração acelerava e ficava indignada por não ter um zoom mega ultra potente na câmera para registrar mais de pertinho o momento.



Do Bangalô Panorâmico, onde estava hospedada, era como assistir de camarote VIP a esse verdadeiro show de cores da natureza! Primeiro amarelado, depois alaranjado, depois avermelhado, depois com tons de roxo, púrpura... e enfim caía a noite, revelando um céu estonteante de estrelas que simplesmente hipnotizavam a gente!


Mais uma vez, como eu sou uma negação a usar a câmera no modo Manual e como estava sem tripé, não consegui nenhum registro que prestasse do céu magnífico da Amazônia!

Lembrete: esse horário do pôr do sol é o mais crítico em se tratando de mosquitos. Portanto, se você for como eu que atrai os mosquitos, não dê mole. Ande sempre com repelente junto com você durante os passeios e o dia inteiro. Eu chegava a passar repelente nas roupas muitas vezes, pois os safados às vezes vinham me picar em cima da roupa e até conseguiam.

Não é que haja uma infestação de mosquitos no Juma Amazon Lodge. Nada a ver... a questão é que você estará no meio da Floresta Amazônica, uma Floresta muito rica em sedimentos e material orgânico, muito exuberante em termos de vegetação e é óbvio que haverá insetos. Tudo absolutamente normal.


Acontece que o Rio Juma é um rio de cor escura e, por causa disso, ele é mais ácido. Na verdade, a sua cor escura deve-se justamente pela quantidade alta de sedimentos depositados nele em decomposição que são os responsáveis pelo teor mais ácido das suas águas.

Em razão disso, não há tantos insetos como poderiam existir, como há em outros rios de tons mais claros ou barrentos. Só que estávamos na época da cheia do rio e, apesar de ser um rio com água mais ácida e de tudo quanto foi explicado acima, o volume cheio do rio influencia na proliferação um pouco maior dos mosquitos.


Em outras palavras, basta se proteger direitinho que não terá problemas. Eu me descuidei uma vez à noite e levei 8 picadas pela minha falta de cuidado.

Usei durante os 4 dias de hospedagem e passeio o repelente da marca Baruel que foi fundamental durante esse período por lá! A doida aqui que nunca tinha sequer visitado a Região Norte do país já estava toda preocupada e última coisa que eu queria era voltar da Amazônia com alergia ou, pior ainda, com alguma doença transmitida por mosquito, como a malária (não que é seja fácil contrair malária, viram? Mas a gente que nunca foi para o meio da selva Amazônica já pensa logo no pior kkkk).

Daí eu resolvi testar o repelente que ganhei da marca e levei logo o Spray Icaridina Baruel de alta eficácia que contém Icaridina e oferece até 13 horas de proteção para a pele contra picadas de insetos como o Aedes Aegypti transmissor das doenças Dengue, Zika e Chikungunya. Bem, não vou dizer que durou 13h até porque eu transpirava muito, tomei banho de piscina, de rio etc... então eu passava quase que de 3h em 3h... mas à noite, logo depois do banho, antes de jantar, eu tomava um banho de repelente e ficava tranquila!



Durante as duas incursões na floresta (foram 2 caminhadas, uma curta e uma longa sobre as quais ainda vou comentar aqui para vocês) eu cheguei a passar o repelente até mesmo no meu rosto (com todo o cuidado do mundo para não atingir meus olhos nem mucosas nasais ou da boca) porque os mosquitos eram tão ninjas que começaram a atacar meu rosto depois que perceberam que eu estava totalmente banhada de repelente, até mesmo na roupa

Obs: eu usei uma legging de cor preta para fazer a caminhada na floresta e o guia me informou que era a pior cor que eu poderia ter usado porque atrai mosquitos e demais insetos. kkkkk... e eu pensando no preto porque sujaria "menos", ficaria menos aparente a sujeira na roupa, eu me lasquei! kkkkk... só não deu errado porque realmente eu tomava banhos de repelente... fiquei besuntada  por completo!

O mais legal desse repelente da Baruel é que sua fórmula exclusiva é hidratante e de fácil espalhabilidade, não pegajosa e oferece toque seco, além de ser livre de corantes e parabenos, é hipoalergênica e dermatologicamente testada.  Para quem não sabe, a Baruel é uma empresa 100% nacional com mais de 120 anos no mercado!!! Líder no segmento de cuidados com os pés, tem seus produtos distribuídos em mais de 170 mil pontos de vendas em todo o País. Adorei conhecer a marca e, mais ainda, adorei fazer esse teste do repelente - e não poderia ter uma situação mais apropriada. O Repelente Spray Icaridina 13h passou com louvor!!!

Jantar das 19h às 20h

Como já falei um bocado no post anterior (clique aqui) sobre a gastronomia oferecida pelo Juma Amazon Lodge, apenas limitar-me-ei a reforçar que todas as refeições eram bem generosas, com ingredientes aparentemente frescos, especialmente os peixes, tudo muito saboroso, preparado com carinho e com funcionários atenciosos, simpáticos e sempre prontos a atender, a dar uma explicação e a servir, se fosse necessário.




Vale a pena também reforçar a parte dos sucos, com frutas regionais e algumas que até então eram totalmente desconhecidas por mim! Ahhhh... experimentei o suco de açaí, mas confesso que não gostei! rsrs... apesar de eu gostar de açaí da forma como ele é servido, consistente, gelado, com frutas e granola, eu fiquei decepcionada com o suco... não curti.



Focagem de jacarés com saída às 20:30

Em barco motorizado, com guia que fica com uma lanterna nas mãos apontada para as margens do rio, o passeio levou cerca de 1h e consistiu em literalmente focar os jacarés com as lanternas. 

Ocorre que estávamos na época da cheia do rio e isso dificultou bastante a enxergá-los à noite porque eles mergulham e conseguem ficar até 30 minutos embaixo d'água.

A ideia de usar uma lanterna é para procurar pelos olhinhos dos jacarés que, em contato com a luz da lanterna, acabam brilhando na cor vermelha o que facilita encontrá-los.

Assim, iluminados, os jacarés ficam perdidos sem saber o que fazer porque a luz os deixa confusos e por isso fica mais fácil capturá-los no passeio. 




O jacaré capturado foi apresentado ao grupo, quando o guia Nilson nos mostrou um pouco sobre o réptil, viu que era fêmea, contou sobre a espécie, seu tamanho, hábitos... e depois ele foi devolvido ileso para o mesmo lugar onde foi capturado porque os jacarés são territorialistas e, se não forem colocados no mesmo lugar, isso pode causar uma briga com outro jacaré do lugar diferente. Lembrando que todo esse processo foi feito com muito cuidado, sem qualquer tipo de dano ao animal que é capturado com as próprias mãos sem qualquer tipo de instrumento que possa feri-lo.

Esse passeio é realizado com o cunho educacional e, por haver crianças na lancha, o guia vedou a boca do jacaré, evitando acidentes e mordidas. Ocorreu justamente que um dos meninos presentes, ao segurar o animal, assustou-se e deixou-o cair. Ele correu na direção do pé da Day e, graças a Deus, nada aconteceu, além do susto. É claro que, antes de devolvê-lo, o guia removeu da boca dele a vedação.  

Sobre as temporadas de cheia e rasa na Amazônia:

- Fevereiro a Setembro: temporada em que o Rio enche, com ápice de cheia em Junho e Julho 

- Outubro a Janeiro: temporada da seca em que o Rio vai esvaziando, ficando raso, com ápice em Novembro. 

O rio pode oscilar até 10 metros de altura entre esses ápices de cheia (junho) e vazante (novembro).

2º Dia

Nascer do sol às 05:00

Era um dos passeios que eu mais estava animada em fazer! Sim... sou dessas loucas que não se importam em acordar cedo para ver o sol nascer porque sei bem o espetáculo que é!

Não é fácil acordar às 4:20 para estar linda e plena no deck de saída da lancha para assistir ao surgimento do dia e do Astro Rei, mas a gente encarou e estava lá!





O sol nasce sempre por volta das 06h, mas nem sempre você verá o sol surgindo do rio certinho, como às vezes a gente consegue vê-lo surgindo na linha do horizonte no mar. No caso dos rios, tem que buscar um lugar bem legal com vista indevassada, sem muitas árvores na frente, posicionar-se e esperar pelo momento.

Não demos muita sorte porque havia nuvens no horizonte. Eu queria mesmo era ver aquela bolinha do sol brotando do rio, sabe? Não rolou!






Ahhhh... mas isso não significa que tenha sido menos bonito, menos emocionante, menos energizante! Nada disso! Foi maravilhoso e eu realmente fiquei encantada (eu já estava encantada o tempo todo mesmo kkkk... isso só fez reforçar!) porque é algo inesquecível!

Nós primeiro fomos perto de um templo religioso, uma palafita no meio do rio que rendeu muitas fotos lindas e fez uma composição incrível com a paisagem ao seu redor. 




Depois fomos para outro ponto do rio onde a vista era melhor para observar a paisagem.

Um silêncio tomou conta da paisagem que somente era quebrado quando os pássaros voavam... é difícil descrever porque somente mesmo estando lá para sentir tudo isso isso de perto e presenciar um momento tão especial quanto esse!




A mudança da cor do céu, tal como assistimos durante o pôr do sol, é algo único também! A vontade era de registrar o céu a cada minuto, pois mudava com uma velocidade que era até difícil de processar.



Eu não tinha binóculos, mas se você tiver e quiser levar para ver de perto as aves, será lindo com certeza. Garças, tucanos e outras aves faziam suas coreografias no céu amazônico como se fosse um verdadeiro balé!



Curiosidade: na Amazônia, pela proximidade com a linha do Equador, a variação da hora, ao longo do ano, do nascer e pôr do sol é bem pouca. Sempre será perto das 6h o nascer do sol e perto das 18h o pôr do sol, podendo variar uns 15 minutos para mais a depender da época do ano, mas não muito mais que isso como acontece para as regiões mais próximas aos trópicos ou até mesmo em lugares que têm horário de verão e horário de inverno. Lembrando que lá em Manaus não tem horário de verão.



Observem o que eles chamam de "Nata do Rio", que é uma espécie de "espuma" esbranquiçada que fica em cima do rio, como se estivesse em processo de evaporação que lembra a nata do leite após ser fervido, sabe? Nesse passeio do nascer do sol pudemos ver isso de forma perfeita. Esse fenômeno ocorre por conta da alta concentração de material em decomposição que se encontra no rio.





Café da manhã das 07:00 às 8:00

Como o sol nasce perto das 6:10, por volta das 6:30 já estávamos no hotel novamente. Aproveitei para curtir o redário, que estava altamente convidativo. Não valeria muito a pena voltar para o bangalô para dormir, porque o café da manhã já seria servido logo em seguida e teríamos uma caminhada na floresta na sequência.




Portanto, aproveitei o redário, coloquei meu despertador para tocar, torci para os macacos estarem dormindo rsrs... e coloquei minhas coisas no chão, dentro da bolsa, tudo fechadinho. Pronto... um cochilo merecido, num lugar mágico!


Aliás, não deixem de curtir esse redário, viu? O som dos pássaros, os barulhinhos do rio, o sol nascendo e brilhando... que coisa mais gostosa e relaxante! Não dá vontade de sair de lá.



Com relação ao café da manhã, mais uma vez vale dizer que era bem servido, tudo muito fresco, com ingredientes regionais... você já imaginou comer uma tapioca feita na hora, quentinha, de queijo coalho com tucumã? Olha, se deixar o manauara coloca tucumã em tudo rsrs... super exótico! Experimente!





Atenção: especialmente neste momento da refeição do café da manhã e também do almoço, os macacos tendem a ficar mais próximos do refeitório. Eles pedem para sempre mantermos as portas fechadas para evitar que os macacos entrem. Lamentavelmente, neste mesmo dia, algumas crianças que estavam lá fazendo o passeio junto com a gente, brincando com os macacos, em determinado momento, quando muitos macacos se aproximaram de um dos meninos, ele assustou-se e a mãe dele, pedindo para ele andar para trás, ao recuar e sem enxergar, acabou pisando sem querer no rabo da Anita, que é tida como macaco mãe dos demais. Então um deles avançou no menino e causou um machucado nele. Os funcionários do hotel foram muito solícitos, atenciosos e prestativos. Ofereceram todo o suporte para levar a família inteira para Manaus para que eles procurassem um posto de saúde e tomassem vacina. No final do dia, eles voltaram, bem mais tranquilos.



Por isso que é sempre importante avisar que eles pedem para não ficar interagindo demais com os macacos, pois eles são selvagens, não são domesticados, são macacos da selva. Apesar de muitos receberem cuidados de veterinários e vacinas, não dá para saber o que podem ou não transmitir se morderem. Então não abusem e lembrem de que você estará no meio da selva, a pelo menos 3h de Manaus. Respeite a natureza, seus limites e não force a barra... e fiquem de olho nas crianças para que elas também não se excedam nem corram o risco de serem mordidas ou de se machucarem, ainda mais nas passarelas do hotel.




Caminhada na floresta às 08:30

Eu gostaria de não ser redundante e não ficar o tempo todo falando que isso ou aquilo foi incrível, sensacional ou maravilhoso. Mas está começando a ficar difícil de encontrar sinônimos rsrs... E esse passeio foi outra experiência espetacular, que eu nem imaginaria que fosse gostar tanto assim. Primeiro fomos de barco motorizado até um ponto onde desembarcamos e começamos a fazer uma trilha em um terreno que pertence ao Exército, onde eles fazem treinamento de combate e sobrevivência na selva.




A caminhada é leve e qualquer um pode fazer, não demandando um super preparo físico. É importante que a pessoa esteja apta a caminhar por umas 2 horas, no calor intenso - sim, o calor é o maior desafio - e que não tenha dificuldade locomotora porque, apesar de passarmos por um caminho bem marcado, é uma trilha, com troncos, galhos, raízes... sem grandes obstáculos, mas requer um pouco de atenção.


O guia Nilson acompanhou a gente o tempo todo e forneceu diversas explicações que me surpreenderam.

Ele parava, tirava uma lasca do tronco da árvore, pedia para a gente cheirar e adivinhar o aroma! Incrível... tinha hora que era cravo, outra hora era canela, noutro momento era a fragrância utilizada pela marca Natura - Breu, em outra ocasião era a fragrância utilizada pela marca L'Occitane, a verbena... ou seja, quanta coisa não é retirada da Floresta Amazônica e nem sempre a gente tem noção disso, não é?


Um dos momentos mais legais foi quando nos deparamos com uma seringueira e o Nilson fez um corte no seu tronco para jorrar o látex, que foi o Ouro Branco da Amazônia, durante o ciclo de extrativismo mineral realizado por seringueiros. Por muitos anos, essa exploração foi feita de maneira irresponsável e predatória. Não posso afirmar que hoje esteja igual ou pior... espero que melhor, menos desenfreado, menos destrutivo.



Nilson fez essa demonstração para a gente e, ao cortar o tronco, logo jorrou o líquido de cor off white, denso que, ao colocar na mão e esfregar, rapidamente transforma-se em material emborrachado. Ele explicou que nos tempos de grande exploração, eles faziam diversos cortes dos troncos da seringueiras e prendiam baldes e mais baldes junto ao troco para que escorresse o líquido nesses baldes e depois transportavam isso para as indústrias de borracha.



Outra demonstração que ele fez foi em outra árvore, onde novamente fez um corte no tronco e logo jorrou outro líquido esbranquiçado, que seria o leite de magnésia! E, se você não sabe, além de ser muito importante para sanar insuficiência de magnésia nos organismos das pessoas, evitando até mesmo problemas cardíacos e no fígado, ou o seu uso mais comum que é no combate a problemas relacionados à prisão de ventre e dor de estômago, o leite também é usado para combater problemas de oleosidade na pele, obstrução dos poros e acnes.



Daí você começa a entender porque os índios viviam tão bem no meio da floresta, certo? Eles tinham tudo ali às mãos para cuidar de sua saúde! Não sei você, mas eu sou zero hipocondríaca e super adepta a medicamentos fitoterápicos. Então, essa parte do passeio eu realmente curti muito, pois é lindo ver o quão generosa a natureza é conosco em oferecer tudo o que precisamos. Pena é que não saibamos mais identificar tudo isso e somos, nós os seres humanos, o maior câncer de planeta.



Bem, divagações e reflexões à parte, essa caminhada foi muito interessante mesmo e aprendemos bastante!

Lembre-se de usar e abusar do repelente, de usar tênis confortável fechado, com calça fechada também, seja uma legging, seja uma calça trilha. O importante é não deixar a canela à mostra para evitar mordidas de cobras. Não vimos cobras, mas é bom ter cuidado até porque há outros bichinhos que podem morder como aranhas e formigas que causam estragos também.



Vale a pena levar filtro solar, apesar de ser uma mata bem fechada, sem tanta passagem de sol. E é absolutamente importante levar sua garrafa de água cheia! O calor é bem intenso o tempo todo e a sede será constante. Ahhhh... lembrando que não tem banheiro na selva rsrs... nem haverá momento para banho.




↘ Almoço das 12:00 às 13:00

Almoçamos e depois aproveitamos para tirar umas fotos nas passarelas, curtimos a piscina novamente - essa piscina era altamente convidativa e não tinha como, num dia de sol e quente, deixar de aproveitá-la, certo? 



Além disso tudo, ela é altamente fotogênica! Um dos lugares mais encantadores do hotel para tirar fotos e fazer aqueles registros lindos. 



Sobre a temperatura da água: é fria sem ser gelada. Com o calor que faz na Amazônia, é uma delícia banhar-se ali na piscina de rio! 

Visita a uma casa de caboclo às 15:00

Nós iríamos, na verdade, fazer a pescaria da piranha neste dia. Mas como a família com os meninos não havia voltado a tempo (eles foram para Manaus buscar atendimento médico e vacina, lembra?), e como os meninos estavam super a fim de fazer a pescaria, nós conversamos com o guia e invertemos o passeio para eles poderem participar da pescaria no dia seguinte.




Então fomos visitar a casa de um caboclo da região ribeirinha! Novamente de barco motorizado, fomos até à casa do caboclo.




Antes de qualquer coisa, você sabe o que é um caboclo? Lembra das aulas de miscigenação? Então, caboclo é o nascido de índio com branco, que tem normalmente pele acobreada, com cabelos negros e lisos.

O mameluco é o mestiço de branco com caboclo. O cafuzo é o mestiço de negro com índio. E o mulato, o mais conhecido da gente, é o mestiço de branco com negro.

Fomos recebidos pelo animal de estimação da família de caboclos: um javali! 



Já imaginaram isso? Eles não têm cachorros nem gatos de estimação na selva amazônica, mas sim um javali. Ele era pequeno e lembrava um porquinho. Até porque o javali é parente do porco, uma espécie de porco selvagem. 

Só que ali, ele era domesticado e não servia para alimentação da família. Era realmente o animal de estimação deles.





Ele veio me dar umas cheiradas algumas vezes e, como estava sujinho e fedidinho, eu logo não quis muito contato kkkk... mas ele insistiu tanto, vinha tanto na minha direção que acabei cedendo e fazendo um carinho na cabeça dele. Qual foi a minha surpresa que ele virou-se, colocou a patinha para cima, fechou o olho e ficou lá todo feliz recebendo meu cafuné! 

Não é que ele amoleceu meu coração! Aquele fedidinho acabou ficando tão fofo que eu segui fazendo carinho nele. 



A visita foi interessante para mostrar um pouco da dinâmica de dia a dia da família, que tem sua própria hora de com plantas medicinais




Além disso, pudemos assistir ao um dos membros da família subir no pé de açaí e coletá-lo da árvore, que é uma espécie de palmeira, bem alta... e quanta destreza em subir aquela árvore sem qualquer equipamento de segurança e numa velocidade que eu acho que nem o Homem-Aranha conseguiria ganhar do rapaz. 





Também tivemos explicações sobre a forma de fazer a farinha de mandioca e foi bem legal entender um pouco dessa rotina deles. 




Nessas épocas de cheia, eles acabam sobrevivendo mais com a caça do que com a pesca. Com o rio muito volumoso e cheio, fica mais difícil pescar. Então, é a caça de animais para subsistência, as plantas, a farinha de mandioca, dentre outros que mantêm a família nessa época do ano.

E tomamos um caldo de cana feito na hora para a gente que estava uma delícia. Olha, acho que eu não bebia caldo de cana há uns 15 anos, viu? 





 Lanche da Tarde das 17h às 18h

Voltamos para o hotel a tempo de fazermos um lanchinho da tarde!

Tomei um café que foi ótimo para dar aquela despertada e um bolinho... como resistir?

E ainda deu tempo de contemplarmos mais uma vez o pôr do sol! Outro grande espetáculo de cores inesquecível!




Vejam só para vocês terem uma ideia de como estávamos privilegiadas em nosso bangalô Panorâmico com essa vista de tirar o fôlego para a despedida do sol.




 Jantar das 19h às 20h

↘ 20:00 Palestra que é realizada no Museu do hotel às 20:00

O Museu do Juma Amazon Lodge é uma inauguração recente do estabelecimento com o propósito de conferir aos hóspedes um espaço repleto de informações, com conteúdo voltado para a Floresta Amazônica e foi nele onde tivemos a palestra com o Guia Nilson sobre a fauna, flora, costumes, lendas, dentre outros.


Foi muito legal lembrar de diversas aulas de geografia sobre a Região Norte! Eu sempre fui apaixonada por Geografia e História (não foi a toa que escolhi fazer a faculdade de Direito rsrs) e estar ali vendo ao vivo tudo o que estudei com tanta dedicação durante a minha infância era emocionante.




Fiz algumas perguntas sobre o processo de desertificação das margens da floresta Amazônica e avanço do sertão nordestino, sobre a relação entre seringueiros e seringalistas, que sempre soube ser uma relação bem tensa, bem complicada, sobre o extrativismo de pedras preciosas, sobre a relação com as tribos indígenas da região, se os índios efetivamente protegem a natureza ou se já estão mais ocidentalizados e gananciosos por outros recursos e bens, como fica a questão da saúde e acesso à educação pelos ribeirinhos, também sobre a extração de madeiras pelas indústrias chinesas... coitado do Nilson! rsrs... eu estava empolgada e curiosa!


Muita coisa ele soube me responder e me convenceu, outras ele disse que realmente não tinha informação oficial para passar, outras ele contou o que acha na opinião dele... enfim, matei parte da minha curiosidade por saber de um local sobre esses temas que são polêmicos e sensíveis.



Curiosidade: a Floresta Amazônica não é o pulmão do planeta! Você sabia disso? Há essa tendência de achar que as florestas estão oxigenando o mundo, mas isso é um verdadeiro equívoco. Na verdade, o pulmão do mundo encontra-se submerso, embaixo d'água e são as algas que realmente fornecem a maior parte do oxigênio de que o mundo precisa, lançando cerca de 55% de todo o oxigênio produzido no planeta. No final das contas, boa parte do oxigênio produzido pela própria floresta Amazônica é consumido nela mesma e/ou compensada pelo próprio gás carbônico que ela também produz, seja pelos animais vivos, seja por todo o material em decomposição que existe nela.



Outra curiosidade: a Floresta Amazônica não é tão fértil como muitos acreditam ser. Ela é densa, com muita vegetação, uma biodiversidade que impressiona com suas 2.500 espécies de árvores conhecidas, ecossistemas complexos, com uma flora e fauna fabulosas, mas isso não significa necessariamente que ela seja fértil para cultivo agrícola. Parece estranho, não é? Mas a verdade é que a Amazônia tem um solo bem pobre em nutrientes. Apesar dessa sua exuberância toda, seu solo carece de nutrientes e essa falsa crença levou muitos agricultores das regiões sul e centro oeste a tentarem a vida na Região Norte, aventurando-se com práticas extensivas, com pouca ou nenhuma instrução, valendo-se muitas vezes das queimadas para efetuarem o plantio... uma tristeza, pois eles até poderia conseguir um resultado razoável na primeira e no máximo na segunda colheita, mas depois não tinham mais o resultado pretendido e esse foi um dos fatores do processo de desertificação das margens da Floresta.



Isso é curioso e poucos conseguem entender porque, na verdade, a floresta engana um pouco. A bem da verdade, seu solo tem uma grande camada em sua superfície de matéria orgânica, conhecida como húmus onde encontramos galhos, frutos, folhas, animais mortos, diversos organismos como insetos, fungos, algas e bactérias que reciclam os nutrientes, além de outros fatores, que garantem a sobrevivência e sustentação da própria floresta. Tirando isso para plantar, retirando essa camada por meio de queimadas, por exemplo, fica um solo pobre que não é capaz de sustentar lavouras.

Perto das margens dos rios, que é uma área protegida chamada de várzea, que são unidades de conservação e áreas de proteção permanente, aí sim seriam regiões mais férteis, mas não se pode plantar nessas áreas.

Outra parte ótima da palestra, especialmente para as crianças, foi a de relembrar as lendas da Amazônia. Certamente você já deve ter ouvido falar de alguma dessas lendas: o Boto Rosa, o Curupira, da Vitória Régia, dentre outras histórias e mitos que fazem parte de um dos folclores mais ricos do país.

3º Dia

Acordamos bem cedo de novo, eu e Day dessa vez, e fomos ver o nascer do sol lá do Juma Amazon Lodge mesmo. 




Passamos pelo deck que é fixo/palafita e também demos uma olhada de como seria do redário, mas o melhor lugar mesmo que a gente encontrou foi do deck da piscina. 

Ele estava completamente molhado da evaporação da noite e condensação das partículas, portanto, tem que ter muito cuidado ao caminhar por lá. 




O lugar ficou logo iluminado e o sol depontou em meio às nuvens novamente - de novo não conseguimos ver o sol nascer na linha do horizonte do rio... mas quem disse que a gente estava triste? Vejam só esse show de cores e de reflexos com as nuvens!




Vou confessar essas nuvens conferiram um charme totalmente especial e mágico a esse momento, vocês não acham? Lindo! Lindo! Lindo!




Já com o sol alto, por volta das 6:20 retornamos ao quarto e descansamos um pouco mais antes do café da manhã.


↘ Café da manhã das 07h às 8h

↘ Caminhada com picnic na floresta às 9h

Essa caminhada foi um pouco parecida com a do dia anterior. As diferenças são que esta caminhada foi dentro da propriedade do próprio hotel Juma, enquanto que a do dia anterior tinha sido em uma área de treinamento de selva do Exército (tudo autorizado, é claro), e também que esta segunda caminhada foi um pouco mais longa e terminou com um picnic de churrasco numa cabana do hotel que fica bem no meio da floresta, afastada da infraestrutura principal do hotel.



Novamente, não há dificuldade em si em fazer essa caminhada. A trilha é marcada e o Guia Nilson vai na frente certificando-se de que estamos no caminho correto, de que não há cobras, por exemplo.



Os grandes obstáculos que se apresentam são galhos, cipós, formigueiros, troncos às vezes caídos... nada que exija muito em termos de condições de preparo fisico, tanto que em nosso grupo havia 3 crianças, a Duda de 6 anos e os demais meninos, que dessa vez participaram, um de 7 e outro de 10 anos. 





Tivemos mais esse contato com a Floresta, podendo observar alguns insetos, algumas árvores enormes, igarapés, pássaros e mais uma vez o guia Nilson pôde mostrar para a gente algumas plantas medicinais, algumas árvores de onde são extraídas fragrâncias de marcas conhecidas, por exemplo, e como a nossa nossa floresta é realmente tão importante para o mundo inteiro.

Ele até fez umas coroas de plantas para as crianças que adoraram fingirem ser reis e rainha! Coisa mais fofa!



Ao final de cerca de 2h, chegamos na cabana, no Tapiri, que é um nome indígena que designa uma choupana, a 10 minutos do hotel. Esse lugar serve de base para os passeios, almoços e até pernoites na floresta (para os corajosos).



Já estava tudo quase 100% pronto para receber a gente e servir o almoço que foi um churrasco no meio da floresta, com arroz, farofa, peixe na brasa, carne de boi, frango, salada e tudo isso cercado pela natureza na sua forma mais deslumbrante.



Havia até uns urubus que foram ficando bem à vontade para tentar roubar alguma comida também rsrs..



Só faltou mesmo uma rede para a gente descansar antes de voltarmos para o hotel.


Chegando no hotel, aproveitei para jogar uma água no corpo e tirar algumas fotos que eu queria. Tirei a roupa de trilha e coloquei um body para finalmente tenar algo que eu queria muito fazer: dar um mergulho no rio! 


Uiiiiii... que aflição minha gente!

Vou te contar que nessas horas eu penso: estou fazendo isso só para ter a foto ou por que eu quero mesmo? Ai ai ai ... essa vida de blogueira kkkk... o que eu não faço por vocês!

Enfim, lá estava eu encarando esse rio que se encontrava acima do nível normal dele em pelo menos uns 10 metros, repleto de sedimentos, de cor escura, bem escura mesmo, sendo impossível avistar qualquer bicho embaixo de mim, mas fui lá encarar esse desafio de nadar um pouco nele e sentir essa enorme aflição de não saber se poderia ter piranha, jacaré, sucuri kkkkk...

A essa altura do campeonato vocês já sabem que eu não sou a mais aventureira, não é? Pelo contrário, eu sou do time das frescas de plantão. Mas de vez em quando eu me imponho esses desafios e tento me superar. Pois dessa vez foi assim que eu me senti: superando mais um medo!

Pode até parecer exagero da minha parte, mas quero só ver os corajosos que darão tibum no rio sabedores que podem estar nos arredores alguns desses bichinhos "fofos" que eu mencionei, tá? rsrs...

Ok ok... mergulho dado, desafio cumprido, medo superado (mentira! continuo com medo rsrs), então bola para frente!

Pescaria de piranhas saída às 15:30

Eu sei que esse passeio é bastante polêmico e envolve um assunto delicado. Se por um lado estamos falando de uma prática comum dentre os locais, dentre os ribeirinhos e de certa forma temos que respeitar a dinâmica deles, por outro lado há motivos de sobra para criticar pelo lado dos ambientalistas. 

Se vocês me permitirem, eu buscarei não polemizar e apenas descrever o passeio. Você não é obrigado a fazê-lo. Lembre-se de que todos os passeios estarão incluídos na sua diária, mas você faz o que quiser e se quiser, ok?





Então como funcionou a Pescaria de Piranhas? Nós fomos num barco motorizado para dentro de um igaparé e cada um recebeu uma varinha com anzol e iscas para prender no anzol que eram carne crua. Lançados no rio, era a vez de aguardar até que uma piranha resolvesse fisgar a isca e ser içada pelo anzol. 

Nada fácil, viu? Na verdade, não é a toa que dizem que pescaria requer paciência. Algumas pessoas conseguiram pescar e, após fotos e observar as piranhas pescadas, o guia tirava o anzol da boca dela e devolvia ao rio. Não sei dizer se o machucado que o anzol fez é capaz de matá-la depois, se isso atrairia outros animais que poderiam matá-la... como disse logo na introdução, o assunto é sensível e complicado até de explicar sem levantar bandeiras. 





Eu particularmente, com toda a minha honestidade, fui para ver como era a experiência, para ver uma piranha assim tão de perto e descobri que não é o meu tipo de passeio. Eu não pesquei nada, que fique claro. Mas poderia ter pescado também, afinal, estava ali para isso e tentando. Por ser uma época de rio com volume alto e cheio, o guia explicou que isso torna bem difícil conseguir pescar. Quando o rio está baixo, com menos volume, a pescaria é bem fácil.

Então foi assim... se você não curtiu esse programa, basta não fazer. Se você curtiu, se você já foi nesses pague e pesque da vida, a ideia é semelhante, porém, no habitat natural das piranhas. 

O lugar é lindo, o sol estava baixando e pedimos ao guia Nilson para a gente voltar logo para pegar o último pôr do sol que vimos dessa vez diretamente do barco, no rio! 

Foi lindo também... mais uma despedida memorável do Astro Rei, daquelas imagens que marcam a gente. 





O mais interessante é que nesses momentos, tanto no nascer quanto no pôr do sol, há revoadas que deixam o céu ainda mais deslumbrante.

↘ Jantar das 19h às 20h

4º Dia

Café da manhã das 7h às 8h

Esse foi o nosso último café da manhã e a nossa despedida do Juma Amazon Lodge

Retorno para Manaus, iniciada às 8:30

Fizemos todo aquele trajeto de ida, mas agora invertido. A diferença é que na volta para Manaus é oferecido poder parar um pouco no Flutuante do Pirarucu. Nós optamos por não parar. Acredito que a experiência de pescar piranha tenha sido suficiente e achamos que já estava de bom tamanho, dado que a ideia deste flutuante é também interagir com esse peixe que é um verdadeiro símbolo da Amazônia, podendo chegar a 200kg e a atingir mais de 3 metros! Nesse parador, é possível alimentá-los e sentir sua força. 

Passamos novamente pelo encontro dos rios Negro e Solimões e o transfer de volta me deixou diretamente no aeroporto por volta das 12:30h.


Assim foi a minha experiência completa no Juma Amazon Lodge! 

Espero que vocês tenham gostado e vamos valorizar sempre as belezas do nosso país!


E o meu muito obrigada pelo carinho e recepção que tivemos pelo hotel! Nunca esquecerei os momentos incríveis, sensacionais, inesquecíveis (repetindo mesmo essas palavras que eu sei que já usei inúmeras vezes ao longo do texto) que vivenciei aí com vocês! 



Postar um comentário

Whatsapp Button works on Mobile Device only

DIGITE O QUE PROCURA E TECLE "ENTER" PARA BUSCAR