28 julho 2016

7º DIA NO ATACAMA: Salar do Atacama e Laguna Chaxa

Ainda não terminamos o dia 03 de Abril, mas já estamos na etapa final do Passeio que fizemos com a Flavia Bia Expediciones, chamado de Tour do Vinho, que também inclui a Laguna Chaxa.



Leia aqui a matéria completa sobre o Tour do Vinho que fizemos em Toconao.

. TOUR DO VINHO: Toconao + Lagoa Chaxa (Salar de Atacama)
- Saída e Retorno: 15:20 - 21:00 hrs.  - Tour: 50.000 cl 
- Entrada no Parque da Laguna Chaxa: 2.500,00


Sendo assim, após aprendermos um monte sobre a fabricação do vinho no deserto, nós partimos para o Salar de Atacama, que é enorme também, todo branquinho, do jeito que eu queria ver (ainda mais depois de ter conhecido o Salar de Uyuni, eu queria ver outro salar branquinho para comparar) e chegamos na bela Laguna Chaxa.

pelo caminho, não deixem de contemplar a paisagem, a sua mudança de cores, os vulcões... é incrível!




Vale dizer, novamente, que o motorista Felipe, que nos acompanhou, não guia e até ele estava encantado por ter sido sua primeira vez no Tour do Vinho. Já na Laguna Chaxa, que ele conhecia bem, levou-nos ao Centro de Visitantes que apresenta a todos os turistas que tiverem um mínimo de interesse, curiosidade e paciência para ler diversas informações interessantíssimas sobre a fauna, a flora, o povo e a formação geológica da região.







Merece "perder" um tempinho do passeio - e ganhar em conhecimento - e dar uma lida nos painéis muito bem elaborados, com ilustrações, com informações de fácil compreensão, escritos todos em espanhol e inglês, com ótima didática... vá por mim que vale a pena!



Aquela imensidão de sal já nos surpreendeu de cara logo que chegamos. Incrível pensar naquela crosta tão densa e dura de sal e na sua formação ao longo dos milhares de anos. 

Por ainda não terem encontrado fósseis de animais marinhos no Salar do Atacama, a teoria que predomina é a de que sua formação foi em razão de erupções vulcânicas que expeliram muitos sais os quais, ao longo de milhões de anos, acumularam-se nas partes mais baixas do vale, devido ao arraste pelas chuvas, misturando-se também ao lençol freático e emergindo por evaporação, formando, dessa maneira, o Salar propriamente dito.




Felipe também nos mostrou um tanque que continha diversos camarões super hiper pequenos, talvez os menores do mundo, de coloração rosada, que, juntamente com plânctons também rosados, ambos existentes na laguna Chaxa, são os responsáveis pela cor dos flamingos.

Você achava que o flamingo já nascia rosadinho??? Nada disso!! A cor dele advém da alimentação e não é de imediato... levam anos até chegar naquela cor. 





Na verdade, eles nascem com a cor branca, com o tempo passam para cinza e, à medida que envelhecem e que comem esses camarões pequeninos e rosas, além dos plânctons, eles vão ganhando a cor rosada.





No Atacama há 3 espécies de flamingos: James, Chileno e Andino. Lá no centro de visitantes da Laguna Chaxa há painéis que explicam bem a diferença entre eles.



Os flamingos são uma grande atração do Atacama e eu particularmente sou apaixonada por eles. Mas não demos muita sorte no Atacama nesta época porque eles já estavam em processo migratório. Graças a Deus que vimos muitos - MUITOS - nas lagunas que visitamos na Bolívia! Até acho que eles deviam estar migrando para a Bolívia rsrs... porque lá tinha aos montes!




Lá na Chaxa, para minha alegria, havia um bom grupo de flamingos que compuseram um cenário que parecia um quadro de tão lindo. 




Então, como já chegamos depois das 18h, após as explicações dadas pelo Felipe e da visita a essa sala de informações, nós fomos caminhar pelo Salar em direção à Laguna. Por causa da proximidade com o inverno, a cada dia que se passava no Atacama o sol amanhecia mais tarde e se punha mais cedo, deixando os dias mais curtos e as noites mais longas. Logo, o pôr do sol, que não demorou a acontecer, foi por volta das 19:15.




Um verdadeiro espetáculo de cores e nuvens como ainda não tínhamos visto durante todos os nossos dias de viagem!

Eu diria que foi o pôr do sol mais lindo que vimos, pois, além das cores impressionantes que as nuvens desenharam o céu, a gente ainda pôde ver as revoadas dos flamingos, que iam de um lado para o outro. 



Foi um show inesquecível, quase como se o Atacama já soubesse que estávamos começando a nos despedir dele e que ele estava nos devendo esse pôr do sol para termos absoluta certeza da sua magnitude e grandiosidade!






Ficamos por lá, caminhando, tirando fotos, observando os flamingos por cerca de 1:30. Esse passeio é absolutamente contemplativo, para quem realmente curte absorver a paisagem, gosta de fotografar, fazer vídeos... e esse momento, do pôr do sol, eu considero o melhor para ir por vários motivos: a temperatura está mais amena, um clima super agradável, as cores do céu são maravilhosas e a revoada dos flamingos já seria suficiente para ir nesse horário.










Vou pedir perdão a vocês pela sequência de fotos que virá a seguir, mas é que eu não me contive e devo ter tirado mais de cem fotos do anoitecer e pôr do sol, pois a cada momento as cores mudavam e eu fiquei enlouquecida com aquela paisagem surreal que nunca tinha visto e com o contraste das nuvens... reparem em como o amarelo vai aos poucos mudando para vermelho e depois chega à cor púrpura... 

É nessas horas em que sinto um arrepio mesmo e vejo o quanto somos tão pequenos diante da grandiosidade que nos cerca neste mundo... e o Atacama é um dos melhores lugares para sentir-se assim, para colocar a gente em nosso próprio lugar, fazer-nos refletir sobre muitas coisas na vida...










Felipe preparou um lanche feito pela Carlinha, com pastinha, biscoitos, espetinhos e sobremesa. Dessa vez não teve bebida alcoólica porque dentro do Parque é proibido. Mas foi mais que especial assistir ao pôr do sol, ver os flamingos, a mudança de cores do céu... lindo! Vontade de congelar aquele momento para nunca mais esquecer... Bravo!!

Saímos de lá já bem tarde, escuro, e fomos os últimos antes de fechar o parque rsrs... ah, lá tem banheiro! Gastamos cerca de 1 hora até San Pedro do Atacama e, como chegamos super cansados, já depois das 21h, nem tivemos coragem de sair porque, além de ser tarde, os coquetéis preparados pela Carlinha nos passeios organizados pela Flávia são mais que suficientes para a gente. 


Isso sem contar que mais uma vez a Carlinha preparou uma sopa "levanta defunto" para o Julio que, embora já estivesse se sentindo bem melhor, não queria correr risco de ter recaídas já que o dia seguinte seria o mais importante: o Vulcão Láscar!

Por falar no Vulcão, o guia Elias, ou Super Elias, como é conhecido, foi nos ver nesta noite para conversarmos sobre a subida, os desafios, saber um pouco sobre a gente, se tínhamos roupas adequadas, sapatos, mochilas etc... foi uma ótima conversa, esclarecedora e tranquilizadora.





Prooooooooonto... agora sim terminou o nosso Sétimo Dia no Atacama. Calma aí que só falta mais um, o Oitavo e mais decisivo dia da viagem!

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