Finalmente conheci a cidade de Porto Alegre (Porrrrto, para os íntimos), a capital gaúcha! Apesar de já ter passado por Porto Alegre em outras ocasiões, para ir à Serra Gaúcha (onde já estive por 4 vezes), nunca havia dormido lá ou turistado na cidade.
Dessa vez, em 2019, aproveitando o batizado do afilhado do Julio, que foi lá, apesar de termos ido por conta deste compromisso, demos umas escapadas para conhecer um pouco da cidade. Julio já esteve lá a trabalho e guardava umas lembranças de alguns lugares visitados. Eu realmente não fazia nem ideia do que me aguardava e, apesar do curto tempo, acho que deu para ter uma ideia bacana da cidade.
Portanto, esse post é direcionado para quem tem pouco tempo em Porto Alegre, seja por uma conexão mais larga, por necessitar dormir na cidade para pegar um voo no dia seguinte ou pelo fato de ir a traballho, ou para um curso ou uma prova... situações assim que se encaixarão bem aqui e não se você tiver muito tempo e quiser explorar tudo o que a cidade oferece, ok? Aqui teremos dicas práticas para quem estiver pela cidade de passagem, com algumas horas para aproveitar.
Onde se Hospedar em Porto Alegre
Vários amigos indicaram como boa região para hospedagem, especialmente em nosso caso, pois seria apenas uma noite, o bairro Moinhos de Vento, considerado como um dos melhores, localizado na região central da cidade.
Um bairro nobre e charmoso, que tem esse nome devido aos Caminhos dos Moinhos de Vento ,que realmente possuía moinhos trazidos pelas famílias de açorianos, no século XVIII, que ali se estabeleceram e plantavam e moíam trigo.
Trata-se de um bairro com muitos edifícios residenciais, em harmonia com os casarões antigos, ruas arborizadas, com destaque para a rua Padre Chagas, com diversos bares, restaurantes, cafés, choperias e lojas de marcas de luxo, e para a famosa "Calçada da Fama" gaúcha, que fica entre a Avenida Goethe e Rua Fernando Gomes, com diversos bares e restaurantes mais requintados, além de casas noturnas.
Dizem também ser um bairro mais seguro. Uma das minhas preocupações era com a questão da segurança pública que, infelizmente, assola a capital gaúcha e muitos amigos me alertaram sobre o "não dar mole e ficar esperta". Vocês podem até se perguntar - "ela mora no Rio de Janeiro e teme a segurança pública em outras cidades?". Sim, justamente por eu morar numa cidade com gravíssimos problemas de segurança pública que eu nunca me descuido dessa questão, muito menos quando viajamos e também tem o fato de eu não conhecer a cidade contribui. Quando a gente já conhece, já sabe onde ir, como ir, que horas ir, facilita, né?
Assim, escolhemos o Quality Hotel Porto Alegre como nossa hospedagem e, apesar de ter sido apenas 1 noite, podemos indicá-lo como um bom local para ficar na cidade.
O hotel tem ótima localização, literalmente de frente para o Parcão (depois comento sobre ele), bastando atravessar a rua e já estará lá no Parque, que é perfeito para a prática de esportes, para esticar as pernas e espairecer. A Rua Padre Chagas está a apenas 3 quadras dele.
Seguindo o conceito de hospedagem bem prática, sem luxo, nosso quarto era bastante espaçoso e contava com tudo que é necessário para a uma boa noite de sono.
Estava bastante limpo também, sua iluminação era boa amenities no banheiro e banho bem quentinho.
Todos os apartamentos oferecem TV a cabo, bancada de trabalho, ferro e tábua de passar, cofre eletrônico, frigobar e wi-fi.
O Hotel também tem fitness center, para dias mais frios ou chuvosos, recepção 24 horas, cyber point, elevadores, quartos adaptados para pessoas com necessidades especiais, serviço de quarto 24h e restaurante aberto ao público.
O café da manhã do hotel era bastante completo com tudo que amamos: frios, iogurte, cereais, frutas, café, leite, sucos, pães, pão de queijo, pães doces etc.
Merece também menção o atendimento prestado por todos os funcionários do hotel, altamente simpáticos e solícitos! Também ganhamos drinks de boas vindas que deixamos para tomar no sábado à noite.
Como nosso tempo era curto na cidade e ainda precisamos conciliar com o batizado do afilhado do Julio, nós visitamos os lugares que eu mais gostaria de conhecer, cientes de que não daria mesmo para ver tudo e, para completar, o mau tempo no sábado prejudicou bastante meus planos de fazer o passeio de barco pelo Guaíba, principalmente porque estava ameaçando chover, aí desanimamos. Mas a gente adaptou o passeio para ter uma ideia da cidade e fizemos assim:
Começamos pelo Parcão por motivos óbvios: ficava na frente do hotel rsrs..
Um dos melhores e maiores parques de Porto Alegre, é uma gracinha, super bem cuidado e altamente convidativo para a prática de esportes como corridas, caminhada, pedaladas, mas também para sentar, conversar, tomar um chimarrão e espairecer um pouco.
Com um charmoso lago e uma réplica do Moinho de vento trazido pelos açorianos para o bairro, vale a pena passear um pouco pelo parque que também é bastante fotogênico.
Inaugurado em 1972, o Parcão abrange um campo de futebol, quadra de tênis, aparelhos de ginástica, pistas poliesportivas e de atletismo, dentre outras instalações, como, por exemplo, uma biblioteca voltada para as crianças e adolescentes dentro do moinho.
Pegamos um Uber no Parcão e fomos para o Parque da Farroupilha. Rapidinho chegamos, em cerca de 7 minutos.
Em suas origens, lá para os idos de 1807, o parque era conhecido como Potreiro da Várze ou Campos da Várzea do Portão porque a área se localizava próxima ao portão de entrada da cidade e abrigava os carreteiros que comercializavam o gado da região. Mais tarde, passou a ser chamado de Campos do Bom Fim, pela proximidade com a Igreja do Nosso Senhor do Bom Fim. Já em 1884, recebeu o nome de Campos de Redenção, em homenagem à libertação dos escravos do terceiro distrito da Capital - http://www.parqueredencao.com.br/
Somente em 1935, com o Centenário da Revolução Farroupilha, que o parque tornou-se então Parque Farroupilha, tendo sido tombado como patrimônio histórico, cultural, natural e paisagístico de Porto Alegre, em 1997.
Trata-se de outro parque enorme, um espaço público bastante movimentado e utilizado pelos residentes da cidade, sendo o mais queridinho dos locais.
Também pudera, pois há várias opções de lazer como parque de diversões, pedalinhos, orquidário, Recanto Alpino, Recanto Oriental, Recanto Europeu, Solar, Fonte Luminosa, Espelho d’água e Auditório Araújo Viana, ambientes perfeitos para a população passar o fim de tarde e tomar seu chimarrão sossegado nos 40 hectares do parque.
No total são 45 estátuas, construções e monumentos que representam partes da história gaúcha, brasileira e até europeia em Porto Alegre, cerca de 10.000 árvores de espécies como chal-chal, pitangueira, paineira, tipuana, cocão, palmeira da califórnia, grinalda de noiva, jacarandá, ipê-roxo e cipreste.
Eu fiquei verdadeiramente encantada com os Espelhos d`Água e seus reflexos perfeitos... impossível não tirar várias fotos!
A partir do Parque Farroupilha, seguimos mais uma vez de Uber para a Usina do Gasômetro e em 10 minutos chegamos lá.
Já que não conseguimos fazer o passeio de barco pelo Guaíba em razão do tempo instável, nublado e com possibilidade de chuva, ao menos fomos lá na famosa Orla do Guaíba, para conhecer, ver o movimento e o nosso ponto de referência foi a Usina do Gasômetro.
A Usina do Gasômetro é uma antiga usina de geração de energia, inaugurada em 1928 na então Praia do Arsenal, mas, apesar do nome, ela era movida a carvão mineral. Então por que gasômetro? Em razão dos tanques de gás de petróleo que era distribuído por canalização às residências da cidade. Estes tanques ficavam ao lado de onde hoje está a Usina, na antiga Usina de Gás de Hidrogênio Carbonado. Assim, a ponta da cidade passou a se chamar "Ponta do Gasômetro" e a rua que contornava a ponta era a "Volta do Gasômetro". Com a instalação da termelétrica, ela passou a ser chamada de Usina do Gasômetro.
Seu projeto, máquinas e materiais vieram da Inglaterra e foi uma das primeiras edificações em concreto armado do Estado, com fechamento em alvenaria de tijolos e aberturas definidas por grandes esquadrias de caixilharia de aço. A chaminé, com seus 117 metros, foi construída em 1937, para amenizar os problemas causados pela emissão de fuligem.
A Usina foi desativada em 1974, em decorrência da crise do petróleo e falta de condições para atender à demanda de energia, passando por um grave processo de deterioração, inclusive, com algumas tentativas de demolição, até ser tombada, em 1983, como Patrimônio Histórico e Cultural do Município. Já em 1995, tornou-se o Centro Cultural Usina do Gasômetro, com a inauguração de salas para exposições artísticas e até mesmo abrigando a primeira sala de cinema municipal, inaugurada em 1999.
E segue como Centro Cultural nos dias de hoje, após reformas de revitalização em 2007, sendo um dos pontos mais tradicionais em Porto Alegre para assistir ao famoso pôr do sol às margens do lago Guaíba.
Em seu entorno, encontramos muito movimento, um deck bem arrumado e limpo para assistir ao pôr do sol (estava bem nublado quando fomos, mas até que conseguimos ver uns raios tímidos do sol), uma praça com cafés, choperia, centro de informações turísticas e também bilheteria para compra do passeio de barco pelo Guaíba.
Ali na frente da Usina tem um ponto de embarque e desembarque do passeio de barco.
Caminhamos um pouco pela região, achei muito fofo haver uns pontos de luz que brilhavam ao longo da Orla do Guaíba. Como estava anoitecendo, os pontos de luz brilhavam quase como se guiassem a gente pela orla. Muito bonito!
Como dica para o passeio de barco, ouvimos falar muito bem do Cisne Branco, que é um dos mais tradicionais passeios de barco pelo Guaíba.
Seguimos da Orla Guaíba diretamente para o Centro Cultural Mário Quintana. Como já estava anoitecendo e me falaram que não era muito legal andar pela região do centro à noite por questões de segurança, desisti de caminhar pelo Centro Histórico da Cidade, mas foi com certa dor no coração, viu? Ao final vou colocar como dica para quem tiver mais tempo e puder percorrr um pouco mais da cidade.
Então, como nosso tempo era curto, eu já estava conformada em ver o que era possível e aproveitar ao máximo o que poderíamos na cidade.
Para mais informações sobre a programação na Casa de Cultura Mário Quintana, acessem http://www.ccmq.com.br/site/
Localizada na Rua dos Andradas n. 736, o local impressiona já de cara por seu edifício magnífico e imponente! Com uma tonalidade de cor de rosa antigo, sua arquitetura é belíssima, com uma rua passando entre os dois blocos que compõem o edifício.
O prédio abrigava, no passado, o Hotel Majestic, que, inaugurado em 1923, teve seu auge nas décadas de 1930, 40 e 50, como se fosse o Copacabana Palace de Porto Alegre, em verdadeira referência no assunto hospedagem de luxo e chique. Na época da construção, o projeto foi considerado muito ousado, pois havia passarelas suspensas na via pública, algo inédito. Esse também foi o primeiro edifício de Porto Alegre que utilizou concreto armado e inovou na arquitetura com passarelas, terraços, sacadas e colunas.
Inclusive, durante esse período, o hotel recebeu hóspedes ilustres como Getúlio Vargas e Jango Goulart. Já entre os anos de 1968 e 1980, outro ilustre que viveu no hotel, no apartamento 217, foi o escritor gaúcho Mário Quintana que, nascido na cidade de Alegrete, mudou-se para Porto Alegre aos 20 anos e adotou-a como sua cidade de coração, razão pela qual o centro cultural homenageia-o com seu nome.
Comprado pelo Banrisul, em 1982, e tombado como Patrimônio Histórico, em 1983, o hotel foi transformado em Casa de Cultura, cuja inauguração foi em 1990. Após ter sido totalmente restaurado, o centro cultural tem por proposta oferecer espaços de arte e lazer para todas as idades, distribuídos em 14 ambientes dedicados a espetáculos, restaurantes, cafés, livraria, biblioteca, teatro, salas de cinema, galeria de arte, sala de vídeo, centro de convenções, dois jardins, com destaque, em seu último andar, no terraço, ao Café Santo de Casa, onde nós fomos e mais para baixo eu conto um pouco da experiência.
O quarto do Poeta, uma reconstrução fiel, com móveis e objetos pessoais do escritor que foram preservados do seu dormitório, está aberto à visitação.
Falecido em 5 de maio de 1994, aos 87 anos, o autor de mais de 20 livros e antologias consagrou-se como poeta do cotidiano e do lirismo, e é um dos ícones da literatura brasileira. Mais do que uma homenagem, a Casa de Cultura Mario Quintana preserva a memória do poeta e traz mais poesia ao cotidiano dos visitantes.
Como já adiantei, o lugar mais ao centro em que estivemos foi na Casa de Cultura Mário Quintana. Como anoiteceu e nos recomendaram não andar pelo centro à noite, ficou para uma próxima vez. Em todo caso, ficam aqui as sugestões do que ver e fazer pelo Centro Histórico da capital gaúcha.
As origens do Centro Histórico confundem-se com a própria história de formação de Porto Alegre, pois, durante muito tempo, essa região correspondeu aos limites de toda a cidade. Seu povoamento iniciou em torno de 1732, quando se fixaram as primeiras famílias à beira do lago Guaíba.
Assim, você pode seguir caminhando pela Rua dos Andradas, que também é conhecida como Rua da Praia (no passado, essa rua ficava às margens do Lago Guaíba, antes dos aterros), após visitar o Centro de Cultura Mário Quintana, e logo chegará à Praça da Alfândega (6 minutos de Caminhada). Um dos principais atrativos é a beleza da arquitetura dos prédios no entorno da praça, como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Na parte da Rua dos Andradas que vai até a a Rua Marechal Floriano Peixoto, é um calçadão tombado como Patrimônio Histórico, repleto de lojas e bares.
Seguindo adiante, depois da Praça da Alfândega, em uma caminhada cerca de 7 minutos, você chegará ao Mercado Público de Porto Alegre, que também é Patrimônio Histórico e Cultural da cidade e um dos principais pontos comerciais, onde você encontrará produtos tradicionais, comidas, artesanatos... de tudo um pouco!
Após a visita ao Mercado, mais uma caminhada de cerca de 10 minutos e você chegará à Praça Marechal Deodoro, mais conhecida como Praça da Matriz, pois nela se encontra a Catedral Metropolitana, construída no lugar da Igreja Matriz, em 1921, cujas obras só finalizaram em 1986. A Catedral impressiona com sua cúpula de 75 metros de altura e 18 de diâmetro.
Na praça também estão localizados o Teatro São Pedro, inaugurado em 1858, em estilo neoclássico, o Palácio da Justiça, o Palácio Farroupilha, onde funciona a Assembleia Legislativa, e o Palácio Piratini, sede do governo do Estado, onde é possível fazer uma visita em seu interior. A praça não está muito bem cuidada e vale o alerta quanto à segurança pública, principalmente ao anoitecer.
Próximo à praça, em uma curta caminhada, você encontrará o Museu Júlio de Castilhos, um prédio de 1887 que foi residência do político gaúcho, onde hoje há uma exposição fixa de mais de 10 mil peças e documentos sobre a história do Estado.
Se o seu tempo em Porto Alegre for ainda mais curto ou se você simplesmente preferir economizar nas andanças, pode optar pelo prático serviço oferecido pelo ônibus da Linha Turismo, que vai te levar aos principais pontos turísticos da cidade, como o Parque da Redenção, o Parque Moinhos de Vento, o Mercado Municipal, a Fundação Iberê Camargo, a Usina do Gasômetro, a Casa de Cultura Mário Quintana... dentre outros.
Trata-se de um serviço oferecido pelo Escritório de Turismo da cidade, organizado em 2 itinerários distintos: um pela Zona Sul e outro pelo Centro Histórico, em um ônibus de dois andares, com direito a uma gravação que vai contando a história da cidade e dos pontos turísticos por onde passa, sendo possível descer em 6 lugares e explorar mais a região. Sem descer do ônibus, nas condições normais de trânsito, a rota do Centro Histórico pode ser feita em 1:30. Já a linha Zona Sul funciona sem paradas, com foco nas paisagens naturais da cidade, levando os turistas ao Morro da Pedra Redonda, onde fica o Santuário Mãe de Deus (com vista panorâmica), passando pela Praia de Ipanema, no Rio Guaíba.
Para saber mais sobre a cidade, veja em:
Como nós fomos no mês de Setembro, tivemos a sorte de estar na cidade no período dos festejos do Dia do Gaúcho, que é comemorado em 20 de setembro.
Obviamente que não perderíamos a oportunidade de ver de perto um pouco desta grande manifestação de orgulho, de folclore, de valorização das tradições gaúchas e lá fomos nós para o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, mais conhecido como Parque da Harmonia, onde foi organizado esse grande evento Acampamento Farroupilha!
O Acampamento Farroupilha surgiu para comemorar a Revolução Farroupilha e assim vem sendo realizado desde 1987, ano da inauguração do Parque da Harmonia.
É um evento bastante familiar e me surpreendeu ver tantas pessoas vestidas a caráter com os trajes gaúchos, com as botas e bombachas (aquelas calças largas bem típicas), alguns muitos até com facões pendurados na cintura rsrs... fiquei impressionada e até com certo medinho kkkk...
Muito churrasco de carne, linguiça, frango, ao ar livre, aquele fogo no chão super tradicional, muita fumaça - MUITA MESMO! - eu saí de lá totalmente defumada kkkk... apresentações culturais, danças, músicas, tudo isso em um espaço enorme de 65 hectares que reuniu cerca de 400 entidades ao longo de 15 dias de festas.
Há também restaurante, uma grande praça de alimentação, feiras de artesanato, literatura, banheiros, posto de saúde, pontos de água quente para chimarrão e água gelada para beber, tudo muito bem organizado e que me inspirou bastante confiança.
Mas para um turista, como a gente, o ideal é procurar a praça de alimentação ou algum dos restaurantes que ficam próximos ao palco onde acontecem as apresentações de danças e músicas (ao menos foi essa a disposição de 2019).
Em resumo, gostamos muito de conhecer o Acampamento Farroupilha, que é o maior evento de grande expressão da cultura gaúcha. Eu achei super tranquilo, familiar, seguro e divertido! É um ótimo programa para quem gosta deste tipo de evento e, se visitar a cidade no mês de setembro nos dias da festa, vale a pena incluir no seu roteiro. A única parte mais chata foi conseguir ir embora, porque havia muito engarrafamento, ruas nos arredores bloqueadas e custamos um pouco a conseguir um Uber. De resto, foi ótima a experiência.
Mais uma vez, não temos a intenção de apresentar um guia gastronômico da cidade, até porque nosso curto tempo em Porto Alegre não nos permitiu explorar tanto assim. Portanto, seguem aqui as dicas das nossas experiências, já que foram todas muito boas e deliciosas, além da dica do Acampamento Farroupilha, acima, pois nele também há várias opções de comidinhas gostosas, especialmente para os carnívoros de plantão.
Logo que chegamos, no sábado, fomos almoçar na Galeteria Nostro Galeto com a família do afilhado do Julio, que é gaúcha e gostaria que tivéssemos um típico e bem tradicional almoço gaúcho de boas vindas.
Começamos com o pé direito, com certeza, num almoço super agradável e bem completo, naquele esquema de sequência, que nós cariocas chamamos de rodízio, sabe?
Descobri, inclusive, que as galeterias são super tradicionais em Porto Alegre!
O ambiente é muito simples (não espere por luxo nem requinte), bem familiar, com salões limpos e atendimento muito simpático e solícito.
Assim, nos nos esbaldamos com muito galeto, o carro chefe e estrela do cardápio (suculento, bem temperado), as entradas como polenta frita (que eu amo!), pastéis, queijos e salames, sopa de capeletti, muitas pastas (as mais variadas, como canelone, lasanha e espaguete, com vários molhos e coberturas)... impossível não sair de lá rolando, viu?
De sobremesa, eles colocam na mesa uns pratos com docinhos de festa de criança! Irresistíveis.
Como estávamos ainda muito satisfeitos do almoço farto e generoso na Galeteria Nostro Galeto, nossa passagem pelo Café Santo de Casa, localizado na Casa de Cultura Mário Quintana, foi mais para conhecer o espaço, fazer uma pausa das caminhadas e tomar um café para dar aquela despertada e seguir nos passeios.
A ideia era tentar assistir ao pôr do sol ou lá da Usina do Gasômetro (um clássico) ou lá do Café Santo de Casa, que, por estar no 7º andar da Casa de Cultura Mario Quintana, conta com uma área externa com ampla vista para boa parte do Centro Histórico e para o Guaíba.
Mas chegamos já no anoitecer e, por causa do vento mais frio, ficamos no espaço interno mesmo, o qual, diga-se de passagem, é lindíssimo e muito rico em uma decoração alegre e colorida.
Seu cardápio, com nomes de santos, oferece opções para almoço, café e happy hour e o movimento até que estava bom para um final do dia de sábado.
Eu pedi um café, o Julio foi de cerveja artesanal, e mais um pastel de natas! Estava tudo gostoso, mas o atendimento da casa foi um pouco demorado. Ainda assim, valeu a visita porque não estávamos com fome e só estávamos mesmo passando o tempo e conhecendo o espaço.
Um bairro nobre e charmoso, que tem esse nome devido aos Caminhos dos Moinhos de Vento ,que realmente possuía moinhos trazidos pelas famílias de açorianos, no século XVIII, que ali se estabeleceram e plantavam e moíam trigo.
Dizem também ser um bairro mais seguro. Uma das minhas preocupações era com a questão da segurança pública que, infelizmente, assola a capital gaúcha e muitos amigos me alertaram sobre o "não dar mole e ficar esperta". Vocês podem até se perguntar - "ela mora no Rio de Janeiro e teme a segurança pública em outras cidades?". Sim, justamente por eu morar numa cidade com gravíssimos problemas de segurança pública que eu nunca me descuido dessa questão, muito menos quando viajamos e também tem o fato de eu não conhecer a cidade contribui. Quando a gente já conhece, já sabe onde ir, como ir, que horas ir, facilita, né?
Assim, escolhemos o Quality Hotel Porto Alegre como nossa hospedagem e, apesar de ter sido apenas 1 noite, podemos indicá-lo como um bom local para ficar na cidade.
Todos os apartamentos oferecem TV a cabo, bancada de trabalho, ferro e tábua de passar, cofre eletrônico, frigobar e wi-fi.
- Endereço: R. Comendador Caminha, 42 - Moinhos de Vento, Porto Alegre
- Site: https://www.atlanticahotels.com.br/hotel/quality-porto-alegre/
- Telefone: (51) 3937-0655
- Booking.com: Nota 8,4, com base em 426 avaliações - clique aqui para ver
- TripAdvisor: Nota 8, com base em cerca de 1.500 avaliações - clique aqui para ver
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O que fazer em Porto Alegre em 1 dia
Como nosso tempo era curto na cidade e ainda precisamos conciliar com o batizado do afilhado do Julio, nós visitamos os lugares que eu mais gostaria de conhecer, cientes de que não daria mesmo para ver tudo e, para completar, o mau tempo no sábado prejudicou bastante meus planos de fazer o passeio de barco pelo Guaíba, principalmente porque estava ameaçando chover, aí desanimamos. Mas a gente adaptou o passeio para ter uma ideia da cidade e fizemos assim:
Parque Moinhos de Vento ou Parcão
Começamos pelo Parcão por motivos óbvios: ficava na frente do hotel rsrs..
Com um charmoso lago e uma réplica do Moinho de vento trazido pelos açorianos para o bairro, vale a pena passear um pouco pelo parque que também é bastante fotogênico.
Achei tão fofa essa iniciativa, estimulando que todos recolham os dejetos de seus animais |
Parque Farroupilha
Pegamos um Uber no Parcão e fomos para o Parque da Farroupilha. Rapidinho chegamos, em cerca de 7 minutos.
Somente em 1935, com o Centenário da Revolução Farroupilha, que o parque tornou-se então Parque Farroupilha, tendo sido tombado como patrimônio histórico, cultural, natural e paisagístico de Porto Alegre, em 1997.
No total são 45 estátuas, construções e monumentos que representam partes da história gaúcha, brasileira e até europeia em Porto Alegre, cerca de 10.000 árvores de espécies como chal-chal, pitangueira, paineira, tipuana, cocão, palmeira da califórnia, grinalda de noiva, jacarandá, ipê-roxo e cipreste.
Usina do Gasômetro e Orla do Guaíba
A partir do Parque Farroupilha, seguimos mais uma vez de Uber para a Usina do Gasômetro e em 10 minutos chegamos lá.
Casa de Cultura Mário Quintana
Seguimos da Orla Guaíba diretamente para o Centro Cultural Mário Quintana. Como já estava anoitecendo e me falaram que não era muito legal andar pela região do centro à noite por questões de segurança, desisti de caminhar pelo Centro Histórico da Cidade, mas foi com certa dor no coração, viu? Ao final vou colocar como dica para quem tiver mais tempo e puder percorrr um pouco mais da cidade.
Para mais informações sobre a programação na Casa de Cultura Mário Quintana, acessem http://www.ccmq.com.br/site/
“Todos estes que aí estão / Atravancando o meu caminho / Eles passarão. / Eu passarinho!”
- Horário de Funcionamento: de terça à sexta, das 9h às 21h, sábados, domingos e feriados, das 12h às 21h. Já o Café Santo de Casa abre às 13:30h. A entrada e visitação são gratuitas. Inclusive, nesta Rua dos Andradas há muitos bares que estavam bem movimentados no sábado à noite.
Centro Histórico de Porto Alegre
Como já adiantei, o lugar mais ao centro em que estivemos foi na Casa de Cultura Mário Quintana. Como anoiteceu e nos recomendaram não andar pelo centro à noite, ficou para uma próxima vez. Em todo caso, ficam aqui as sugestões do que ver e fazer pelo Centro Histórico da capital gaúcha.
As origens do Centro Histórico confundem-se com a própria história de formação de Porto Alegre, pois, durante muito tempo, essa região correspondeu aos limites de toda a cidade. Seu povoamento iniciou em torno de 1732, quando se fixaram as primeiras famílias à beira do lago Guaíba.
Assim, você pode seguir caminhando pela Rua dos Andradas, que também é conhecida como Rua da Praia (no passado, essa rua ficava às margens do Lago Guaíba, antes dos aterros), após visitar o Centro de Cultura Mário Quintana, e logo chegará à Praça da Alfândega (6 minutos de Caminhada). Um dos principais atrativos é a beleza da arquitetura dos prédios no entorno da praça, como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Na parte da Rua dos Andradas que vai até a a Rua Marechal Floriano Peixoto, é um calçadão tombado como Patrimônio Histórico, repleto de lojas e bares.
Seguindo adiante, depois da Praça da Alfândega, em uma caminhada cerca de 7 minutos, você chegará ao Mercado Público de Porto Alegre, que também é Patrimônio Histórico e Cultural da cidade e um dos principais pontos comerciais, onde você encontrará produtos tradicionais, comidas, artesanatos... de tudo um pouco!
Após a visita ao Mercado, mais uma caminhada de cerca de 10 minutos e você chegará à Praça Marechal Deodoro, mais conhecida como Praça da Matriz, pois nela se encontra a Catedral Metropolitana, construída no lugar da Igreja Matriz, em 1921, cujas obras só finalizaram em 1986. A Catedral impressiona com sua cúpula de 75 metros de altura e 18 de diâmetro.
Na praça também estão localizados o Teatro São Pedro, inaugurado em 1858, em estilo neoclássico, o Palácio da Justiça, o Palácio Farroupilha, onde funciona a Assembleia Legislativa, e o Palácio Piratini, sede do governo do Estado, onde é possível fazer uma visita em seu interior. A praça não está muito bem cuidada e vale o alerta quanto à segurança pública, principalmente ao anoitecer.
Próximo à praça, em uma curta caminhada, você encontrará o Museu Júlio de Castilhos, um prédio de 1887 que foi residência do político gaúcho, onde hoje há uma exposição fixa de mais de 10 mil peças e documentos sobre a história do Estado.
Linha Turismo
Se o seu tempo em Porto Alegre for ainda mais curto ou se você simplesmente preferir economizar nas andanças, pode optar pelo prático serviço oferecido pelo ônibus da Linha Turismo, que vai te levar aos principais pontos turísticos da cidade, como o Parque da Redenção, o Parque Moinhos de Vento, o Mercado Municipal, a Fundação Iberê Camargo, a Usina do Gasômetro, a Casa de Cultura Mário Quintana... dentre outros.
Trata-se de um serviço oferecido pelo Escritório de Turismo da cidade, organizado em 2 itinerários distintos: um pela Zona Sul e outro pelo Centro Histórico, em um ônibus de dois andares, com direito a uma gravação que vai contando a história da cidade e dos pontos turísticos por onde passa, sendo possível descer em 6 lugares e explorar mais a região. Sem descer do ônibus, nas condições normais de trânsito, a rota do Centro Histórico pode ser feita em 1:30. Já a linha Zona Sul funciona sem paradas, com foco nas paisagens naturais da cidade, levando os turistas ao Morro da Pedra Redonda, onde fica o Santuário Mãe de Deus (com vista panorâmica), passando pela Praia de Ipanema, no Rio Guaíba.
- Horário de Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 16h (horário do último ônibus). O embarque pode ser na Travessa do Carmo, 84 (Cidade Baixa) ou no Mercado Público.
Para saber mais sobre a cidade, veja em:
Acampamento Farroupilha
Como nós fomos no mês de Setembro, tivemos a sorte de estar na cidade no período dos festejos do Dia do Gaúcho, que é comemorado em 20 de setembro.
O Acampamento Farroupilha surgiu para comemorar a Revolução Farroupilha e assim vem sendo realizado desde 1987, ano da inauguração do Parque da Harmonia.
É um evento bastante familiar e me surpreendeu ver tantas pessoas vestidas a caráter com os trajes gaúchos, com as botas e bombachas (aquelas calças largas bem típicas), alguns muitos até com facões pendurados na cintura rsrs... fiquei impressionada e até com certo medinho kkkk...
- Curiosidade: como a gente não fazia ideia de como era o evento (e eu confesso a minha ignorância por nunca ter ouvido falar do Acampamento Farroupilha antes), pensávamos que bastava entrar nos piquetes para comer rsrsrs... mas não é bem assim! Na verdade, os piquetes, que são essas estruturas mais tipo stands de madeira, são alugados por grupos de amigos, famílias ou entidades e eles não vendem a carne. Por uma questão de gentileza, se você tiver a sua carne (e há alguns mercados dentro do Parque que vendem carne) em alguns piquetes até é possível conseguir deixar a sua carne assar.
um pé de moleque gigante!! |
Onde Comer em Porto Alegre
Mais uma vez, não temos a intenção de apresentar um guia gastronômico da cidade, até porque nosso curto tempo em Porto Alegre não nos permitiu explorar tanto assim. Portanto, seguem aqui as dicas das nossas experiências, já que foram todas muito boas e deliciosas, além da dica do Acampamento Farroupilha, acima, pois nele também há várias opções de comidinhas gostosas, especialmente para os carnívoros de plantão.
Galeteria Nostro Galeto
Logo que chegamos, no sábado, fomos almoçar na Galeteria Nostro Galeto com a família do afilhado do Julio, que é gaúcha e gostaria que tivéssemos um típico e bem tradicional almoço gaúcho de boas vindas.
O ambiente é muito simples (não espere por luxo nem requinte), bem familiar, com salões limpos e atendimento muito simpático e solícito.
- Endereço: Av. Bahia, 581 - São Geraldo, Porto Alegre
- Telefone: (51) 3343-0073
- No TripAdvisor: nota 9, com base em 178 avaliações, ocupando a colocação 41 dentre 3.345 restaurantes listados e avaliados em Porto Alegre, com Certificado de Excelência - clique aqui para ver os comentários.
Café Santo de Casa
Como estávamos ainda muito satisfeitos do almoço farto e generoso na Galeteria Nostro Galeto, nossa passagem pelo Café Santo de Casa, localizado na Casa de Cultura Mário Quintana, foi mais para conhecer o espaço, fazer uma pausa das caminhadas e tomar um café para dar aquela despertada e seguir nos passeios.
A ideia era tentar assistir ao pôr do sol ou lá da Usina do Gasômetro (um clássico) ou lá do Café Santo de Casa, que, por estar no 7º andar da Casa de Cultura Mario Quintana, conta com uma área externa com ampla vista para boa parte do Centro Histórico e para o Guaíba.
- Endereço: R. dos Andradas, 736 - 7ºandar - Centro Histórico, Porto Alegre (Casa de Cultura Mário Quintana)
- Telefone: (51) 3226-0789
- Site: https://www.cafesantodecasa.com.br/
- TripAdvisor: nota 7, com base em 184 avaliações - clique aqui e confira os comentários
- Horário de Funcionamento: de terça a sexta, das 11h30 às 23h30min e sábado, domingo e feriado, das 12h às 23h30min
Galeteria Casa do Marquês
Nossa última experiência gastronômica em Porto Alegre foi na Galeteria Casa do Marquês, localizada no bairro Tristeza, onde foi realizado o almoço do batizado do afilhado do Julio.
A Casa do Marquês já funciona há cerca de 15 anos em Porto Alegre e esta do bairro Tristeza é a mais nova. São vários ambientes e salões, com varanda, deck, dois salões fechados, seguindo o padrão tradicional dos galetos, ou seja, oferecendo um serviço de sequência, em que o garçom passa a cada momento com um novo prato, mas também conta com um buffet de saladas e outro buffet de sobremesas, tudo isso por um preço fixo.
Para terem uma ideia da comilança rsrsrs, vejam só o que está incluído no cardápio do preço fixo:
- Entrada: couvert completo, polentas fritas e brustoladas, salames italianos e uma deliciosa sopa de Capeletti.
- Tradicional da Casa: acompanha o galeto, a costelinha de porco, porco à pururca e lingüiça campeira, além de filés ao molho madeira, mostarda e quatro queijos.
- Pastas: são servidos 12 tipos de massas produzidas pela casa, além de saladas de radicce e de rúcula.
- Acompanhamentos: o tradicional “carrinho de trio caipira” oferece o verdadeiro sabor do feijão campeiro, a galinha caipira e o arroz ao molho de galinha caipira.
Agora peeeeeennse se a gente gostou? Tem como não gostar? rsrs...
- Endereço: Av. Wenceslau Escobar, 1.598 – Tristeza
- Site: http://casadomarqueszonasul.com.br/menu-2/
- Telefone: (51) 3508-3478 / (51) 3311-1045
- Horário de Funcionamento: Terça a sexta 11h30 -14h30 e 19h00 - 23h30, Sábados 11h30 - 15h30 e 19h00 - 23h30, Domingos 11h30 -16h00
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