Eu sempre tive vontade de conhecer a cidade de Mendoza, na Argentina, pertinho da Cordilheira dos Andes.
A dúvida era: inverno ou verão?
Cada qual com seus inúmeros atrativos, a cidade de Mendoza, que é bastante versátil para o turismo, vai muito além da já mundialmente famosa rota dos vinhos.
No inverno, além de beber muito vinho bom e com ótimos preços, outro grande atrativo é a neve!! A proximidade com a Cordilheira dos Andes leva muitos turistas a quererem também desfrutar dos atrativos da neve e estações esqui.
Embora, cabe aqui dizer, que fui informada pelo meu guia de passeios, que há cerca de 05 anos que cai uma neve bem boa mesmo nas proximidades de Mendoza, o que atrapalha um pouco os ávidos pelos esportes como esqui ou snowboard na estação de esqui de Penitentes. Massssss... vai que esse ano a coisa funcione diferente, não é?
No meu caso, por uma grande questão de oportunidade, resolvi passar o reveillon de 2013 para 2014 na cidade de Mendoza. Portanto, fui no verão. Muitas atrações no verão também tornam a cidade super interessante, como a possibilidade de poder ver as parreiras das vinícolas todas verdinhas e cheias de uvas, os passeios para Alta Montanha e trekking ao Aconcágua, o maior pico do Ociente, rafting no Rio Mendoza... ou seja, como dito antes, a cidade é versátil e agrada bem no verão ou no inverno.
Decidi então passar o último Ano Novo por lá. Primeiro, porque sempre quis conhecer e estava ciente de que não teria muita badalação em termos de festas na cidade. A programação do reveillon é pacata, pois os argentinos, de modo geral, tem por hábito passar o reveillon em família, em festas caseiras. De todo modo, eu cheguei a pesquisar sobre a festa no Hotel Park Hyatt, um hotel bem top e chique que fica em frente à Plaza Independencia, no coração de Mendoza. A festa ocorreu em grande estilo, com opção de jantar ou coquetéis e DJ depois da virada. Não... eu não fui! Estava cara - por supuesto! - e preferi algo mais diferente, mais tranquilo, para passar com meu namorado e amigos. Depois conto mais sobre essa experiência.
Entonces... lá fui eu planejar minha ida para Mendoza.!
Como era reveillon e como esta é uma época complicada praticamente no mundo todo, resolvi me antecipar e comecei a fechar o básico com muita antecedência.
Em agosto de 2013 eu já estava com as passagens emitidas e com a hospedagem reservada pelo site Booking.com.
Chegar em Mendoza não é tão simples para nós brasileiros:não tem voo direto!
(NOVIDADE: A Gol lançou esse ano um voo direto para Mendoza! Maravilha! Já era hora! Mas calma que ainda são apenas dois horários, um para ida e outro para volta, e apenas dois dias da semana, partindo somente de Guarulhos, ok? Os dias são quarta e sábado: ida às 10:10 com chegada a Mendoza às 14:00 e volta às 16:45 com chegada em SP às 20:00. Os voos foram iniciados em julho de 2015! Veja mais sobre os voos aqui!)
Pois é, para nossa tristeza,não há vôos diretos para a cidade do Baco e aí começa a brincadeira de ver a forma mais ace$$ível de chegar lá. (agora há voos diretos, mas são poucos e somente com a Gol! atualizado em novembro de 2015)
Como opções menos sofridas, eu sugiro consultar as companhias aéreas Lan Chile, que vai para Mendoza fazendo escala em Santiago, ou também a Aerolíneas Argentinas, que voa para Mendoza com escala em Buenos Aires.
No meu caso, para usar as milhas Smiles/Gol, eu escolhi uma forma mais sofrida! kkkkk... explico:
Fui e voltei com milhas da Gol do Rio de Janeiro até Córdoba, com conexão em São Paulo. Consegui resgatar essas passagens com 10 mil milhas para cada trecho, total de 20 mil milhas (para Buenos estava impraticável, mesmo com 5 meses de antecedência, por ser reveillon, os trechos estavam por até 35 mil milhas - o trecho!)
Córdoba é uma cidade na Argentina mais perto de Mendoza do que a própria capital Buenos Aires, eis a vantagem de ir por Córdoba. Menos disputada do que a capital e mais perto de Mendoza. Em consequência, eu me rendi à Aerolínas Argentinas (ai se arrependimento matasse... ) e comprei o trecho interno entre Córdoba e Medoza com Aerolíneas.
Logo, para que ninguém se perca, a minha super cansativa estratégia econômica era:
**Voando Gol com milhas -> Rio de Janeiro - conexão São Paulo - Córdoba (paguei apenas as taxas de embarque, em torno de R$250.00)
Passei a madrugada no aeroporto de Córdoba que não tem nada para fazer - NADA - e ainda havia muitos bichinhos estranhos, tipo insetos, por lá... Aliás, o Duty Free de Córdoba é uma piada... de mau gosto... ai que saudades do Duty Free de Ezeiza... kkkkk...
**Voando Aerolínas Argentinas -> Córdoba - Mendoza. Um voo de 01 hora. (em torno de R$640.00 com as taxas)
OBS.: para terem uma noção, minha economia em fazer o aéreo dessa forma acima e não indo direto daqui do Brasil com a Aerolíneas Argentinas (conexão em Buenos Aires) foi na ordem de R$1mil. Com a Lan estava ainda mais caro do que com a Aerolíneas.
Mas aí que vem o grande detalhe, pois descobri na hora de fazer o check in que meu voo não seria operado pela própria Aerolíneas, mas sim por uma empresa parceira chamada Sol cuja aeronave era um duplo hélice com capacidade para 33 lugares (eu juro que contei!!).
E aí, super legal, né? Para quem tem medo dessas aeronaves pequenas, fica a dica para ter cuidado ao comprar voos internos na Argentina com a Aerolíneas Argentinas.
O bom é que o voo foi tranquilo e graças a Deus deu tudo certo e posso estar aqui hoje contando essa história rsrs...
-->> Mas, voltemos ao planejamento, certo?
Compradas as passagens aéreas em agosto, reserva feita no hotel Amerian Executive pelo booking.com também em agosto, eu fiquei sossegada e só voltei a pensar no reveillon lá para meados de novembro.
Outro arrependimento, porque eu tive muita dificuldade de fechar um roteiro e de, principalmente, definir as bodegas (= vinícolas) que eu gostaria de conhecer.
Sugiro a todos que façam as suas pesquisas com algum mínimo de antecedência, principalmente se você for mais entendedor de vinhos do que eu.
Como eu pouco conheço sobre vinhos e gosto muito de beber e estava acompanhada de pessoas que não fazem tanta questão de beber vinhos (parece piada, mas é verdade! kkkkk... para verem que nem só de vinho vive Mendoza!), eu me baseei em critérios bem práticos para escolher apenas 5 bodegas dentre as mais de 1.200 mil bodegas existentes em Mendoza... sentiram o meu drama, né? Mas os critérios foram bons: paisagem da bodega e bons vinhos que me foram indicados pelo meu cunhado, que curte bastante os vinhos de lá e já esteve por lá também.
Bem, comecei meus estudos e constatei que Mendoza é dividida em regiões de vinícolas e consequentes rotas do vinho. O site Caminos del Vino Argentina ajudou-me bastante a entender essas regiões: Zonas Norte, Leste, Sul e Valle de Uco.
As rotas mais conhecidas pelos brasileiros estão na Zona Norte, especialmente na região de Luján de Cuyo, e o Valle de Uco, uma região mais próxima das Cordilheiras dos Andes e mais distante de Mendoza.
Meu foco acabou ficando nas rotas da Zona Norte.
Escolher as bodegas é algo realmente muito pessoal. Afinal, gosto não se discute! Na minha latente ausência de gosto refinado, eu fui de carona em tudo quanto dito pelo meu cunhado e, absorvendo seus conhecimentos, descartei várias bodegas que são queridinhas dos brasileiros, como a Trapiche, a Salentein, Luigi Bosca, Norton, Chandon e Terrazas. Bem, a explicação é simples: ou foram descartadas por não terem a paisagem mais bela ou por não terem o melhor vinho (comparando com a oferta da região, que é bem boa) ou por terem seus produtos facilmente encontrados no Brasil.
Pronto, critérios definidos, comecei a pesquisar sobre as bodegas, ler, ver fotos e escolher as que mais me agradavam. Infelizmente, meu roteiro de 05 dias apenas me impedia de ver muito mais do que 05 bodegas no total, porque eu também resolvi intercalar com outros passeios fora do circuito Baco, para aliviar o "figueredo" e também porque a minha tchurma não era a mais ávida por enfiar o pé na jaca, ou melhor, mergulhar no barril de vinho!
Dessa forma, após ler muito, verifiquei que o ideal é não colocar mais do que 03 bodegas em um só dia. É claro que isso também é pessoal, mas foi uma recomendação super comum nos sites, blogs, fóruns sobre o destino.
Além disso, como ninguém deseja ser O MOTORISTA DA RODADA, e eu nem sei dirigir (rsrs... sim, é verdade!), decidimos por contratar um serviço de tour privado ou remís.
Aí começou a complicar mais ainda! E como foi difícil contratar um serviço de tour privado, uma dificuldade que há tempos eu não enfrentava.
Eu não sei se meu espanhol é muito ruim, se eu não consegui me expressar, mas sabe a sensação de pedir "maçã" e receber "bananas"? Isso aconteceu comigo!
Infelizmente, minha experiência com a bem conceituada agência de turismo Mendoza Holydays não foi boa! Depois de ficar umas quase 3 semanas tentando fechar um pacote com eles de tour privado, eu realmente desisti. A nossa comunicação foi complicada, pois eu pedia sempre um carro com motorista para 4 pessoas, mas eles começaram cotando carro para 3 pessoas. Depois passaram a cotar van para 12 pessoas. No final, comparando com os preços que o Hotel Amerian Executive me ofereceu, percebi que os valores da Mendoza Holydays eram cerca de 2x mais caros.
Daí, recorri ao staff do Hotel Amerian Executive. Não recomendo a estada neste hotel e depois explico melhor o ocorrido. Mas devo confessar que o Sr. Maximiliano ajudou-me muito mesmo e foi sempre muito atencioso e fez os contatos necessários para a contratação de um motorista particular para a gente. E deu tudo certo com os passeios!! Foi tudo mais que perfeito com o motorista Jose, muito atencioso e sempre com muita simpatia, pontualíssimo e que nos deixou muito à vontade.
O chato é que, com a demora em fechar o roteiro e definir com quem eu ia contratar o tour privado ou o remís (serviço de motorista particular), eu acabei tendo depois dificuldade em agendar as visitas às vinícolas.
Pois é, depois do drama de estudar as vinícolas, os vinhos, ver suas fotos, a localização, conjugar as que eram próximas, eu me deparei com algumas já esgotadas, como foi o caso da Catena Zapata e da Ruca Malén. Fiquei super triste, né?
Mas, tudo bem, até porque não faltam vinícolas para serem visitadas em Mendoza. E acabei conseguindo reservar com a Vistalba, Família Zuccardi, Achaval Ferrer, Pulenta Estate e Cavas Wine Lodge.
Fiz todas as reservas por meio dos seus sites e e-mail.
Resumindo então o planejamento:
*** Melhor época para visitar Mendoza: cidade versátil que agrada tanto no inverno quanto no verão. Eu fui no verão e aproveitei bastante, mas registro que o calor é intenso, na casa dos 40 graus.
A vindima - festa da colheita da uva - acontece todo ano em meados de fevereiro e março. Este ano, em 2014, será no primeiro final de semana de março. É uma festa que reúne muitas pessoas, a cidade fica cheia, com muita alegria, com direito a ter desfiles com carros alegóricos e eleição de rainhas da colheita.
*** Como chegar em Mendoza: não há voos diretos do Brasil para Mendoza. Com a companhia aérea Lan Chile a conexão é em Santiago. Com a companhia aérea Aerolíneas Argentinas a conexão é em Buenos Aires. Outas opções são aproveitando o resgate de passagens com milhas com a Tam ou a Gol e depois comprando um trecho interno com a Aerolíneas. A cidade de Córdoba, na Argentina, é mais próxima de Mendoza e conta com voo da Gol.
*** Onde se hospedar: a não ser que você queira uma hospedagem diferente do convencional, a melhor opção é no centro da cidade de Mendoza, perto da Plaza Independencia ou de alguma das praças que a cercam, como a Plaza Italia, onde eu fiquei. De lá você fará passeios para as vinícolas sem dificuldade.
Se você preferir uma hospedagem mais diferente, eu sugiro dois lugares:
Cavas Wine Lodge, que é um mix de hotel, bodeta boutique, restaurante e spa. Fica um pouco afastada da cidade de Mendoza, perto de várias vinícolas maravilhosas como a Catena Zapata, Ruca Malén, Pulenta Estate e Achaval Ferrer. Os quartos são espécies de chalés em estilo mediterrêneo (lembram bastante aquelas casinhas de Mikonos) e ficam rodeados das parreiras de uvas.
Spa Thermas de Cacheuta, que é um hotel também, além de spa, encravado na Pré Cordilheira Andina, um lugar único, especial, por onde passa o Rio Mendoza e que conta com uma infraestrutura térmicas de piscinas maravilhosas.
*** Passeio para as Vinícolas: eu contratei um serviço de tour privado e não me arrependo. Remís - que é um motorista particular - ou um tour privado acabam sendo melhores opções do que alugar o carro, porque as estradas podem confundir e beber vinho para depois dirigir não é recomendável. Além disso, o tour coletivo também não é recomendável porque ele já é pré organizado, com as vinícolas selecionadas pela agência de turismo. Se você quiser algo mais pessoal, mas selecionado, opte pelo tour privado ou remís. Meus passeios de tour privados foram todos contratados pelo Hotel Amerian Executive, onde me hospedei. As reservas das vinícolas eu fiz diretamente, enviando e-mail ou preenchendo os formulários em seus sites. Recomendo fazer essas reservas com antecedência, ainda mais quando se tratar de vinícola menor, estilo boutique e não industrial, cujos grupos de visita e degustação são menores e limitados.
*** Restaurantes: assim como as vinícolas, os restaurantes tops de Mendoza devem ser reservados com antecedência. Eu fiz reserva no Azafrán, no centro de Mendoza, que super indico. Também fiz reserva no restaurante Florentino Bistro, mas infelizmente perdi o horário da reserva e desisti de ir lá. Acabei indo ao bar tipo pub chamado Antares que foi uma grata surpresa, pois a casa tem cervejas próprias que já foram premiadas na Argentina e fiz degustação de cervejas, uma ótima pedida para variar um pouco dos vinhos. E também fiz reserva para almoço no Cavas Winde Lodge, que adorei, principalmente por tudo que o lugar é e oferece. No Spa Thermas de Cacheuta, o almoço já estava incluído, que também foi maravilhoso, um buffet muito farto e variado. E, por fim, no restaurate Lo de Fer, onde passei o reveillon, a noite da virada, em clima de "como su casa", foi uma experiência maravilhosa ser recebida pelos anfitriões Gladys e Fernando que recebem seus clientes em sua casa, em clima familiar, repleto de simpatia e carinho.
*** Câmbio: levar dólar é a melhor opção. Eu consegui trocar o dólar em uma casa de câmbio por 9.70 pesos. Ou seja, foi um excelente negócio, considerando que o dólar oficial estava na época quase a metade disso. Na Argentina, a restrição para compra de dólares está muito grande e daí vem o grande assédio para comprar os dólares dos turistas. Então, surgiu, já há bastante tempo, o dólar blue (= dólar negro), onde a especulação é grande. Sugiro consultar o site do dólar blue antes de viajar para ter noção do câmbio e poder negociar na hora. Peça descontos se for trocar uma quantia grande.
O importante é levar dólar, bem mais vantajoso do que levar real. Quanto ao uso do cartão de crédito, só mesmo em último caso, pois o IOF está cruel e o dólar no cartão não fecha com boa cotação. Lembrando que agora também incide IOF no caso de compras no cartão de débito, infeliz novidade que passou a vigorar a partir de dezembro de 2013. Ou seja, levem dólares.
*** Blogs e Sites que consultei antes de viajar e que me ajudaram muito mesmo a montar meu roteiro:
- Mari Campos
- Viaje na Viagem
- Mendoza.Travel
- Dicas Roteiros Viagens
- As Viajantes
- Nós no Mundo
- Eco Fotos
- Mendoza Holidays
Nos próximos posts vou descrever o hotel e passeios que fiz!!
Cada qual com seus inúmeros atrativos, a cidade de Mendoza, que é bastante versátil para o turismo, vai muito além da já mundialmente famosa rota dos vinhos.
No inverno, além de beber muito vinho bom e com ótimos preços, outro grande atrativo é a neve!! A proximidade com a Cordilheira dos Andes leva muitos turistas a quererem também desfrutar dos atrativos da neve e estações esqui.
Embora, cabe aqui dizer, que fui informada pelo meu guia de passeios, que há cerca de 05 anos que cai uma neve bem boa mesmo nas proximidades de Mendoza, o que atrapalha um pouco os ávidos pelos esportes como esqui ou snowboard na estação de esqui de Penitentes. Massssss... vai que esse ano a coisa funcione diferente, não é?
No meu caso, por uma grande questão de oportunidade, resolvi passar o reveillon de 2013 para 2014 na cidade de Mendoza. Portanto, fui no verão. Muitas atrações no verão também tornam a cidade super interessante, como a possibilidade de poder ver as parreiras das vinícolas todas verdinhas e cheias de uvas, os passeios para Alta Montanha e trekking ao Aconcágua, o maior pico do Ociente, rafting no Rio Mendoza... ou seja, como dito antes, a cidade é versátil e agrada bem no verão ou no inverno.
Decidi então passar o último Ano Novo por lá. Primeiro, porque sempre quis conhecer e estava ciente de que não teria muita badalação em termos de festas na cidade. A programação do reveillon é pacata, pois os argentinos, de modo geral, tem por hábito passar o reveillon em família, em festas caseiras. De todo modo, eu cheguei a pesquisar sobre a festa no Hotel Park Hyatt, um hotel bem top e chique que fica em frente à Plaza Independencia, no coração de Mendoza. A festa ocorreu em grande estilo, com opção de jantar ou coquetéis e DJ depois da virada. Não... eu não fui! Estava cara - por supuesto! - e preferi algo mais diferente, mais tranquilo, para passar com meu namorado e amigos. Depois conto mais sobre essa experiência.
Entonces... lá fui eu planejar minha ida para Mendoza.!
Como era reveillon e como esta é uma época complicada praticamente no mundo todo, resolvi me antecipar e comecei a fechar o básico com muita antecedência.
Em agosto de 2013 eu já estava com as passagens emitidas e com a hospedagem reservada pelo site Booking.com.
Chegar em Mendoza não é tão simples para nós brasileiros:
(NOVIDADE: A Gol lançou esse ano um voo direto para Mendoza! Maravilha! Já era hora! Mas calma que ainda são apenas dois horários, um para ida e outro para volta, e apenas dois dias da semana, partindo somente de Guarulhos, ok? Os dias são quarta e sábado: ida às 10:10 com chegada a Mendoza às 14:00 e volta às 16:45 com chegada em SP às 20:00. Os voos foram iniciados em julho de 2015! Veja mais sobre os voos aqui!)
Pois é, para nossa tristeza,
Como opções menos sofridas, eu sugiro consultar as companhias aéreas Lan Chile, que vai para Mendoza fazendo escala em Santiago, ou também a Aerolíneas Argentinas, que voa para Mendoza com escala em Buenos Aires.
No meu caso, para usar as milhas Smiles/Gol, eu escolhi uma forma mais sofrida! kkkkk... explico:
Fui e voltei com milhas da Gol do Rio de Janeiro até Córdoba, com conexão em São Paulo. Consegui resgatar essas passagens com 10 mil milhas para cada trecho, total de 20 mil milhas (para Buenos estava impraticável, mesmo com 5 meses de antecedência, por ser reveillon, os trechos estavam por até 35 mil milhas - o trecho!)
Córdoba é uma cidade na Argentina mais perto de Mendoza do que a própria capital Buenos Aires, eis a vantagem de ir por Córdoba. Menos disputada do que a capital e mais perto de Mendoza. Em consequência, eu me rendi à Aerolínas Argentinas (ai se arrependimento matasse... ) e comprei o trecho interno entre Córdoba e Medoza com Aerolíneas.
Logo, para que ninguém se perca, a minha super cansativa estratégia econômica era:
**Voando Gol com milhas -> Rio de Janeiro - conexão São Paulo - Córdoba (paguei apenas as taxas de embarque, em torno de R$250.00)
Passei a madrugada no aeroporto de Córdoba que não tem nada para fazer - NADA - e ainda havia muitos bichinhos estranhos, tipo insetos, por lá... Aliás, o Duty Free de Córdoba é uma piada... de mau gosto... ai que saudades do Duty Free de Ezeiza... kkkkk...
**Voando Aerolínas Argentinas -> Córdoba - Mendoza. Um voo de 01 hora. (em torno de R$640.00 com as taxas)
OBS.: para terem uma noção, minha economia em fazer o aéreo dessa forma acima e não indo direto daqui do Brasil com a Aerolíneas Argentinas (conexão em Buenos Aires) foi na ordem de R$1mil. Com a Lan estava ainda mais caro do que com a Aerolíneas.
Mas aí que vem o grande detalhe, pois descobri na hora de fazer o check in que meu voo não seria operado pela própria Aerolíneas, mas sim por uma empresa parceira chamada Sol cuja aeronave era um duplo hélice com capacidade para 33 lugares (eu juro que contei!!).
E aí, super legal, né? Para quem tem medo dessas aeronaves pequenas, fica a dica para ter cuidado ao comprar voos internos na Argentina com a Aerolíneas Argentinas.
O bom é que o voo foi tranquilo e graças a Deus deu tudo certo e posso estar aqui hoje contando essa história rsrs...
-->> Mas, voltemos ao planejamento, certo?
Compradas as passagens aéreas em agosto, reserva feita no hotel Amerian Executive pelo booking.com também em agosto, eu fiquei sossegada e só voltei a pensar no reveillon lá para meados de novembro.
Outro arrependimento, porque eu tive muita dificuldade de fechar um roteiro e de, principalmente, definir as bodegas (= vinícolas) que eu gostaria de conhecer.
Sugiro a todos que façam as suas pesquisas com algum mínimo de antecedência, principalmente se você for mais entendedor de vinhos do que eu.
Como eu pouco conheço sobre vinhos e gosto muito de beber e estava acompanhada de pessoas que não fazem tanta questão de beber vinhos (parece piada, mas é verdade! kkkkk... para verem que nem só de vinho vive Mendoza!), eu me baseei em critérios bem práticos para escolher apenas 5 bodegas dentre as mais de 1.200 mil bodegas existentes em Mendoza... sentiram o meu drama, né? Mas os critérios foram bons: paisagem da bodega e bons vinhos que me foram indicados pelo meu cunhado, que curte bastante os vinhos de lá e já esteve por lá também.
Bem, comecei meus estudos e constatei que Mendoza é dividida em regiões de vinícolas e consequentes rotas do vinho. O site Caminos del Vino Argentina ajudou-me bastante a entender essas regiões: Zonas Norte, Leste, Sul e Valle de Uco.
As rotas mais conhecidas pelos brasileiros estão na Zona Norte, especialmente na região de Luján de Cuyo, e o Valle de Uco, uma região mais próxima das Cordilheiras dos Andes e mais distante de Mendoza.
Meu foco acabou ficando nas rotas da Zona Norte.
Escolher as bodegas é algo realmente muito pessoal. Afinal, gosto não se discute! Na minha latente ausência de gosto refinado, eu fui de carona em tudo quanto dito pelo meu cunhado e, absorvendo seus conhecimentos, descartei várias bodegas que são queridinhas dos brasileiros, como a Trapiche, a Salentein, Luigi Bosca, Norton, Chandon e Terrazas. Bem, a explicação é simples: ou foram descartadas por não terem a paisagem mais bela ou por não terem o melhor vinho (comparando com a oferta da região, que é bem boa) ou por terem seus produtos facilmente encontrados no Brasil.
Pronto, critérios definidos, comecei a pesquisar sobre as bodegas, ler, ver fotos e escolher as que mais me agradavam. Infelizmente, meu roteiro de 05 dias apenas me impedia de ver muito mais do que 05 bodegas no total, porque eu também resolvi intercalar com outros passeios fora do circuito Baco, para aliviar o "figueredo" e também porque a minha tchurma não era a mais ávida por enfiar o pé na jaca, ou melhor, mergulhar no barril de vinho!
Dessa forma, após ler muito, verifiquei que o ideal é não colocar mais do que 03 bodegas em um só dia. É claro que isso também é pessoal, mas foi uma recomendação super comum nos sites, blogs, fóruns sobre o destino.
Além disso, como ninguém deseja ser O MOTORISTA DA RODADA, e eu nem sei dirigir (rsrs... sim, é verdade!), decidimos por contratar um serviço de tour privado ou remís.
Aí começou a complicar mais ainda! E como foi difícil contratar um serviço de tour privado, uma dificuldade que há tempos eu não enfrentava.
Eu não sei se meu espanhol é muito ruim, se eu não consegui me expressar, mas sabe a sensação de pedir "maçã" e receber "bananas"? Isso aconteceu comigo!
Infelizmente, minha experiência com a bem conceituada agência de turismo Mendoza Holydays não foi boa! Depois de ficar umas quase 3 semanas tentando fechar um pacote com eles de tour privado, eu realmente desisti. A nossa comunicação foi complicada, pois eu pedia sempre um carro com motorista para 4 pessoas, mas eles começaram cotando carro para 3 pessoas. Depois passaram a cotar van para 12 pessoas. No final, comparando com os preços que o Hotel Amerian Executive me ofereceu, percebi que os valores da Mendoza Holydays eram cerca de 2x mais caros.
Daí, recorri ao staff do Hotel Amerian Executive. Não recomendo a estada neste hotel e depois explico melhor o ocorrido. Mas devo confessar que o Sr. Maximiliano ajudou-me muito mesmo e foi sempre muito atencioso e fez os contatos necessários para a contratação de um motorista particular para a gente. E deu tudo certo com os passeios!! Foi tudo mais que perfeito com o motorista Jose, muito atencioso e sempre com muita simpatia, pontualíssimo e que nos deixou muito à vontade.
O chato é que, com a demora em fechar o roteiro e definir com quem eu ia contratar o tour privado ou o remís (serviço de motorista particular), eu acabei tendo depois dificuldade em agendar as visitas às vinícolas.
Pois é, depois do drama de estudar as vinícolas, os vinhos, ver suas fotos, a localização, conjugar as que eram próximas, eu me deparei com algumas já esgotadas, como foi o caso da Catena Zapata e da Ruca Malén. Fiquei super triste, né?
Mas, tudo bem, até porque não faltam vinícolas para serem visitadas em Mendoza. E acabei conseguindo reservar com a Vistalba, Família Zuccardi, Achaval Ferrer, Pulenta Estate e Cavas Wine Lodge.
Fiz todas as reservas por meio dos seus sites e e-mail.
Todas estão na Rota Zona Norte:
Resumindo então o planejamento:
*** Melhor época para visitar Mendoza: cidade versátil que agrada tanto no inverno quanto no verão. Eu fui no verão e aproveitei bastante, mas registro que o calor é intenso, na casa dos 40 graus.
A vindima - festa da colheita da uva - acontece todo ano em meados de fevereiro e março. Este ano, em 2014, será no primeiro final de semana de março. É uma festa que reúne muitas pessoas, a cidade fica cheia, com muita alegria, com direito a ter desfiles com carros alegóricos e eleição de rainhas da colheita.
*** Como chegar em Mendoza: não há voos diretos do Brasil para Mendoza. Com a companhia aérea Lan Chile a conexão é em Santiago. Com a companhia aérea Aerolíneas Argentinas a conexão é em Buenos Aires. Outas opções são aproveitando o resgate de passagens com milhas com a Tam ou a Gol e depois comprando um trecho interno com a Aerolíneas. A cidade de Córdoba, na Argentina, é mais próxima de Mendoza e conta com voo da Gol.
*** Onde se hospedar: a não ser que você queira uma hospedagem diferente do convencional, a melhor opção é no centro da cidade de Mendoza, perto da Plaza Independencia ou de alguma das praças que a cercam, como a Plaza Italia, onde eu fiquei. De lá você fará passeios para as vinícolas sem dificuldade.
Se você preferir uma hospedagem mais diferente, eu sugiro dois lugares:
Cavas Wine Lodge, que é um mix de hotel, bodeta boutique, restaurante e spa. Fica um pouco afastada da cidade de Mendoza, perto de várias vinícolas maravilhosas como a Catena Zapata, Ruca Malén, Pulenta Estate e Achaval Ferrer. Os quartos são espécies de chalés em estilo mediterrêneo (lembram bastante aquelas casinhas de Mikonos) e ficam rodeados das parreiras de uvas.
Spa Thermas de Cacheuta, que é um hotel também, além de spa, encravado na Pré Cordilheira Andina, um lugar único, especial, por onde passa o Rio Mendoza e que conta com uma infraestrutura térmicas de piscinas maravilhosas.
*** Passeio para as Vinícolas: eu contratei um serviço de tour privado e não me arrependo. Remís - que é um motorista particular - ou um tour privado acabam sendo melhores opções do que alugar o carro, porque as estradas podem confundir e beber vinho para depois dirigir não é recomendável. Além disso, o tour coletivo também não é recomendável porque ele já é pré organizado, com as vinícolas selecionadas pela agência de turismo. Se você quiser algo mais pessoal, mas selecionado, opte pelo tour privado ou remís. Meus passeios de tour privados foram todos contratados pelo Hotel Amerian Executive, onde me hospedei. As reservas das vinícolas eu fiz diretamente, enviando e-mail ou preenchendo os formulários em seus sites. Recomendo fazer essas reservas com antecedência, ainda mais quando se tratar de vinícola menor, estilo boutique e não industrial, cujos grupos de visita e degustação são menores e limitados.
*** Restaurantes: assim como as vinícolas, os restaurantes tops de Mendoza devem ser reservados com antecedência. Eu fiz reserva no Azafrán, no centro de Mendoza, que super indico. Também fiz reserva no restaurante Florentino Bistro, mas infelizmente perdi o horário da reserva e desisti de ir lá. Acabei indo ao bar tipo pub chamado Antares que foi uma grata surpresa, pois a casa tem cervejas próprias que já foram premiadas na Argentina e fiz degustação de cervejas, uma ótima pedida para variar um pouco dos vinhos. E também fiz reserva para almoço no Cavas Winde Lodge, que adorei, principalmente por tudo que o lugar é e oferece. No Spa Thermas de Cacheuta, o almoço já estava incluído, que também foi maravilhoso, um buffet muito farto e variado. E, por fim, no restaurate Lo de Fer, onde passei o reveillon, a noite da virada, em clima de "como su casa", foi uma experiência maravilhosa ser recebida pelos anfitriões Gladys e Fernando que recebem seus clientes em sua casa, em clima familiar, repleto de simpatia e carinho.
*** Câmbio: levar dólar é a melhor opção. Eu consegui trocar o dólar em uma casa de câmbio por 9.70 pesos. Ou seja, foi um excelente negócio, considerando que o dólar oficial estava na época quase a metade disso. Na Argentina, a restrição para compra de dólares está muito grande e daí vem o grande assédio para comprar os dólares dos turistas. Então, surgiu, já há bastante tempo, o dólar blue (= dólar negro), onde a especulação é grande. Sugiro consultar o site do dólar blue antes de viajar para ter noção do câmbio e poder negociar na hora. Peça descontos se for trocar uma quantia grande.
O importante é levar dólar, bem mais vantajoso do que levar real. Quanto ao uso do cartão de crédito, só mesmo em último caso, pois o IOF está cruel e o dólar no cartão não fecha com boa cotação. Lembrando que agora também incide IOF no caso de compras no cartão de débito, infeliz novidade que passou a vigorar a partir de dezembro de 2013. Ou seja, levem dólares.
*** Blogs e Sites que consultei antes de viajar e que me ajudaram muito mesmo a montar meu roteiro:
- Mari Campos
- Viaje na Viagem
- Mendoza.Travel
- Dicas Roteiros Viagens
- As Viajantes
- Nós no Mundo
- Eco Fotos
- Mendoza Holidays
Nos próximos posts vou descrever o hotel e passeios que fiz!!
Lili, amei as de Mendoza. Realmente bem completa e detalhada.
ResponderExcluirPretendo ir em breve e já sei onde procurar tudo que preciso para a viagem ser um sucesso!
Há, o novo visual do blog está fantástico, parabéns!!!
Que bom que você gostou, Katia!! Fico feliz!
ExcluirVá sim! Mendoza é uma cidade que surpreende e, por ser perto, planejando bem, não fica caro! Eu gostei bastante!!! Comemos muito bem, passeamos em lugares lindos, aproveitamos muito em 5 dias! Super recomendo!
Quanto ao visual do blog, muito obrigada! Não dispomos de muitas ferramentas aqui no blogger, mas estou buscando melhorar com o pouco que sei e com a ajuda de pessoas excepcionais, como o Rafa e o meu colega de trabalho, o Ney! Muito bom contar com a ajuda de quem entende!
beijinhos
Adoooooorei esse também...rsrsr
ResponderExcluirOie Tainah!! Muito obrigada!!!
Excluirbeijinhos,
Lily
Lili,
ResponderExcluirIrei para Mendoza em fevereiro. Passarei 6 dias. Estou pesquisando valores para poder melhor programar minha viagem. Poderia me dizer quanto sai em média para visitar as bodegas ( com remis), considerando que será eu e meu marido apenas?
Obrigada,
Olá Paulinha,
Excluirtudo bom?
Então, meu gasto total de viagem para 5 dias ficou na casa dos 2.500 reais (mas considere que eu fui do Brasil para Córdoba com passagens resgatadas com milhas e só paguei a passagem de Córdoba para Mendoza). Os gastos dos passeios foram divididos entre 4 pessoas (éramos 4 casais). Consulte com cada vinícola o que cobra para as degustações, pois os valores já devem ser outros e as degustações variam, já que há umas mais completas do que outras.
Espero ter ajudado!
Dê uma lida no Guia de Mendoza e nos demais posts que contêm muitas informações e dicas!
beijinhos,
Lily
Olá! Muito legal seu blog!
ResponderExcluirVocê tem mais sugestões, baseado no que viu por Mendoza na época, sobre onde passar o reveillon?
Muito obrigada!
Olá, Graciele!
ResponderExcluirTudo bom?
Nós temos um guia de Mendoza!! Dê uma lida... http://www.blogapaixonadosporviagens.com.br/2014/03/mini-guia-de-mendoza-argentina.html
Todas as sugestões e dicas estão no Guia.
Mas se quer saber sobre festa de reveillon, a mais badalada na época que eu fui era a do hotel Park Hyatt.
Você vai agora? Depois me conte como foi e deixe suas dicas também!
bjs,
Lily
Excelente artigo. Eu por ser uma pessoa apaixonada por um bom vinho, Fiquei com água na boca e logo terei de ir visitar Mendoza para tomar uma taça deste delicioso Malbec. Parabéns, com certeza vou voltar aqui para apreciar mais posts maravilhosos como este.
ResponderExcluirMuito obrigada, Pedro!
ExcluirSeja sempre muito bem vindo!
Abraços,
Lily