12 junho 2013

Dicas de Viagem: Cuidados com a Bagagem

Totalmente vencida pela patologia incurável da preguiça matinal de toda segunda-feira, acabei me rendendo ao programa "Mais Você", da Rede Globo de TV, da Ana Maria Braga (dispensa mais apresentações, certo?), no dia 10 de junho de 2013.


Toda vez que chego na academia e está passando o "Mais Você" na TV, logo penso: "ih, f%#!!"... sim, já estou atrasada. Mas até que este programa foi bem interessante e acabou me inspirando a escrever esse post.

Já compartilhei aqui no Blog algumas dicas relacionadas às bagagens em alguns posts, como esses:





Percebi como é realmente comum acontecerem problemas em aeroportos relacionados a bagagem:

- Bagagem Extraviada;
- Bagagem Desaparecida;
- Bagagem Trocada por outra (falta de atenção de passageiros e de fiscalização na retirada das bagagens na esteira);
- Bagagem Violada com itens furtados;
- Bagagem totalmente furtada,
- Bagagem Danificada.

Essas são algumas das maiores reclamações que atormentam a vida de muitos turistas e viajantes. Eu mesma já fui vítima de violação de bagagem.

Em 2006, quando fui pela primeira vez a Buenos Aires, na volta para casa, ao abrir minha mala já em minha residência, percebi que faltavam vários itens dentro da mala. Sim, a mala tinha sido aberta com tamanha maestria que não havia vestígios disso, nem mesmo o cadeado havia sido quebrado.

Totalizando os produtos que "sumiram" da mala, meu prejuízo foi de R$1mil.

Ingressei com ação face a falecida Varig, que já estava em processo de falência, à época, e, mesmo fundamentando minha petição na Convenção de Varsóvia, que versa sobre regras de transporte aéreo internacional, e deixa bem claro que a responsabilidade pelo transporte e integridade da bagagem, a partir do momento em que a bagagem é despachada, até o momento de sua retirada na esteira, é da companhia aérea, ainda assim, o juiz proferiu sentença negativamente ao meu favor, salientando falta de provas.

Pois bem, que provas eu poderia apresentar além das caixas vazias, dos produtos que eu havia comprado, e de um cadeado em perfeito estado?

Na época, eu nem recorri da decisão, até porque, do jeito que a Varig ia mal das pernas, mesmo que eu "ganhasse" a causa, eu dificilmente "levaria" a causa, entendem? Em outras palavras, acabaria me tornando a credora quirografária da quirografária e provavelmente nunca veria a cor do $$ devido. (desculpem-me pelo leve juridiquês... mas é para ilustrar bem como essas coisas que muita gente pensa do "eu processo você" nem sempre funcionam).

E o que eu aprendi com isso? Muitas coisas!!!

1) Nunca mais pisei no aeroporto da Argentina, Ezeiza, sem embalar minha mala no Protect Bag. Naquela mesma época, de 2006, a própria Rede Globo de TV, no programa Fantástico, revelou as artimanhas de uma quadrilha existente nesse aeroporto, que estava violando e furtando várias malas.

Hoje em dia, não importa muito quão sofisticado seja o seu cadeado porque esses especialistas abrem facilmente uma mala, bastando ter em mãos uma caneta tipo Bic.

Contudo, no programa do Mais Você, um Major entrevistado contou que as malas modernas, essas que já vêm com segredo onde você consegue "prender" as pontinhas do zíper da mala, são bem mais difíceis de abrir com essa tão divulgada pelo youtube técnica da caneta esferográfica.

Segundo a entrevista da Ana Maria Braga, o Major comentou que eles até conseguem abrir a mala, mas como as pontas do zíper da mala ficam presas, depois eles não conseguem fechar a mala.

Logo, mais uma dica: para quem quiser comprar malas novas, prefira essas que já vêm com segredo e com esse dispositivo, que fica no topo da mala, onde você consegue prender o zíper.

Quanto ao Protect Bag/Secure Bag, eu acho caro, porém extremamente confiável. O melhor de tudo é que, ao retirar a bagagem, se o plástico estiver cortado/rasgado, pronto: sinal de coisa estranha!! O viajante já poderá conferir ali mesmo se está tudo certo com a mala e resolver diretamente com a companhia aérea se houver problema.

Eu sei que há aeroportos que não oferecem esse serviço de embalamento da mala - Protect/Secure Bag - como, por exemplo, estive recentemente em Berlim e embarquei no Tegel para Paris. Para minha surpresa, não havia o serviço. Eu queria despachar uma mochila, mas não gostaria de vê-la chegar no Brasil toda suja e com risco de rasgar. Daí, pedi para a atendente da Air France algumas sacolas para envolver a mochila. Gentilmente, ela me forneceu duas sacolas e lacres para fechar a sacola e assim procedi, embalando a mochila.

Infelizmente, a sacola não chegou intacta no Brasil, com alguns rasgos. Mas a mochila estava inteira e eu achei essa providência fantástica.

Outra dica - essa é mais punk - é comprar esses sacos grandes de lixo e carregar na viagem com você. Na volta para o Brasil, você pode embalar a bagagem no saco, que costuma ser mais resistente, e com essa medida você protege a mala e poderá verificar, ao retirá-la, se há sinais de violação da mala.

O ideal mesmo seria conferir o conteúdo da bagagem antes mesmo de sair do aeroporto. Mas, na boa, alguém realmente faz isso sem que haja sinais de violação da mala?? Você já chega cansado de viagem, muitas vezes vai encarar ainda Duty Free, Imigração, Receita Federal... e realmente vai abrir a mala e conferir item por item para verificar se falta alguma coisa?? Difícil, né?

Outra boa prática seria inventariar os bens da mala, antes de despachar, e apresentar o inventário para a companhia aérea para receber um atestado deles. Eu nunca fiz isso e nem sei como seria recebido pela companhia aérea, principalmente fora do Brasil. É claro que é sempre bom ter a verdadeira noção dos itens que estão na mala e, depois, com base no inventário, conferir se está tudo certo. Afinal, eu conheço muita gente que viaja e sai comprando tanta coisa ao longo da viagem e só depois, em casa, já de volta, que se dá conta de algumas coisas que comprou e nem se lembrava mais rsrsrsrs...

Por fim, principalmente para quem viaja para fora do Brasil, é muito recomendável guardar as notas fiscais. Na pior das hipóteses, se "sumir" algum produto, sendo necessário reivindicar reembolso/indenização/perdas e danos, com as notas fiscais fica mais legítimo o seu pedido e também demonstra sua boa fé.

2) Eu já tive a oportunidade de ver uma pessoa pegando a minha bagagem, desavisada, porque era do mesmo modelo, marca, cor... igualzinha!!!! Foi em aeroporto dentro do Brasil. Troca de bagagens pode ser um problema.

Vejam bem, eu SEMPRE coloco mais de um tag na mala com meus dados, telefone e endereço. Além disso, costumo também colocar algumas fitinhas (fica brega mesmo, mas sei que é minha!! kkkk...), laços, coisas que diferenciem minha mala.

E, mesmo assim, quase que uma pessoa ficou com minha mala. Puxa.. .isso daria dor de cabeça na certa. Até localizar a pessoa e desfazer a troca (caso eu tivesse ficado com a bagagem também desavisada, confundindo as bagagens).

Graças a Deus, nada disso aconteceu. Mas acontece e com mais frequência do que se pensa.

Infelizmente, no Brasil e pelo menos por todos os aeroportos onde já estive, não há fiscalização na retirada de bagagens. Dificilmente alguém te pede para mostrar aquele papel que fica grudado na sua passagem e que contém a identificação colocada na bagagem e o seu peso.

Portanto, vale muito a pena incrementar a mala com tags identificadores do dono, laços, fitas, adesivos... há muitas formas de estilizar e customizar a bagagem para facilitar na hora da sua retirada e evitar essas trocas.

3) Com relação a bagagem extraviada... vixe Maria, só de pensar já sofro!!!

Nesse caso, além de rezar - REZAR MUITO - para que isso não aconteça com você, principalmente quando você está começando a viagem, algumas dicas também são bacanas e miniminizam o sofrimento de quem é vítima de extravio de bagagem.

Em primeiro lugar, super recomendo carregar itens além do básico na bagagem de mão: pense no que você precisaria para sobreviver por uns 3 dias (tempo mais ou menos médio para recuperar a bagagem em casos de extravios). Isso já ajuda muito.

Em segundo lugar, cobrar agilidade da companhia aérea e verificar se você tem seguro de viagem contratado, que pode ser também de cartão de crédito ou a própria passagem aérea, e reivindicar sua indenização/cobertura do seguro.

Por fim, a depender dos seus danos, se justificar e interessar, você pode ingressar em juízo em face da companhia aérea e pleitear indenização correspondente.

4) No caso de sumiço de bagagem, a problemática é maior. Se você tiver o inventário dos seus bens, as notas fiscais do que comprou e, a depender da companhia aérea - sempre há companhias mais sérias do que outras, infelizmente - não deixe de reivindicar seus direitos judicialmente e não aceite qualquer migalha que a companhia aérea te oferecer. Mas não crie expectativas de que tudo possa ser solucionado rápido.

Logo, REZE para que isso não aconteça... eita aflição danada, né?

5) Danos na bagagem são, talvez, os mais perceptíveis. Logo que retirar sua bagagem da esteira, confira os itens mais facilmente danificados no transporte de bagagem: rodinhas, puxador, alças... além disso, a depender do material da mala, principalmente as que são de tecido/lona/sintético, pode haver rasgões.

Nesse caso, dirija-se imediatamente à companhia aérea e resolva ali na hora com eles. Não deixe para depois isso, ok??

Já aconteceu comigo, em viagem que fiz com a TAM para Londres. Assim que retirei a bagagem da esteira, percebi que a alça estava totalmente danificada.

Fui ao balcão da companhia e eles ofereceram ou o reparo da mala, no Brasil, ou uma mala nova, de tamanho menor (era a que eles tinham lá na hora para oferecer) sem que eu tivesse que devolver a minha.

Fiquei com a segunda opção, porque estava começando a minha viagem e não ia esperar chegar ao Brasil para consertar a mala. Pareceu-me justo e ficou tudo resolvido ali na hora.

Já soube de casos similares em que a companhia aérea oferece uma mala até superior, de tamanho maior, para o passageiro que retira sua bagagem danificada, mas exige que seja feita a troca de bagagem, no aeroporto, tendo que deixar a mala danificada com eles. Quem eu conheço que já passou por isso, preferiu fazer a troca e ficar com a mala zerada.

Então... além do Protect/Secure Bag (ou saco de lixo) que também são super úteis para proteger sua mala e evitar esses danos, especialmente rasgados/machucados na mala, o ideal é saber direitinho o limite da sua mala e não exagerar no peso.

Não se iluda pensando que as companhias aéreas vão tratar direitinho sua bagagem. Pelo contrário, eles brincam de arremesso e sua mala fica exposta às intempéries climáticas, se necessário for. Eu mesma já peguei minha mala molhada porque ficou debaixo de chuva no transporte entre avião e aeroporto.

Logo, se você tiver apego a sua mala, ou desapegue-se já ou invista nesses serviços de embalamento da mala.

O preço do Protect Bag, de modo geral, para bagagem de tamanho médio, custa em torno de 35 reais. É bom avaliar o tipo de aeroporto (no Ezeiza, em Buenos Aires, mesmo que eu não tenha itens valiosos na mala, eu sempre embalo... a ideia ali é dificultar a atividade da quadrilha que eu acho que existe ainda, viu?).

Há muitas malas resistentes, de material de acrílico e afins, que custam mais caro, porém duram mais.

Outra boa medida é pedir, ao despachar a bagagem, para ser colocado o adesivo de Frágil na mala. Contudo, nessa minha última viagem pela Air France, voltando de Berlim, pedi para que fosse colocado o adesivo e fui informada que a companhia não trabalha mais com isso (?????). Fazer o que, né??? Se não quer colocar, então tá!

Já agora, na semana passada, voltei de Foz do Iguaçu, onde aproveitei para comprar excelentes vinhos com ótimos preços em Puerto Iguazu, cidade argentina que faz fronteira com o Brasil e fica a 10 minutos de carro do centro de Foz do Iguaçu, e despachei uma caixa com 6 garrafas de vinho. Embalei a caixa com sacola plástica, que pedi para a companhia aérea Gol, e foram colocados adesivos de Frágil.

Correu tudo bem e os vinhos chegaram inteirinhos para mim!! rsrsrs..

Bem gente... sei que é difícil ler tudo isso e aplicar na íntegra as dicas. Eu  mesma não sigo tudo isso... costumo torcer, vibrar e rezar para que dê tudo certo. Algumas providências são fáceis e práticas, como identificar bem a bagagem, verificar já no aeroporto se há danos na mala, embalar a mala com o Protect Bag se o seu orçamento não estiver muito apertado... São medidas simples que podem evitar muita dor de cabeça depois!!

E já que a gente viaja para se divertir, descansar, relaxar e aproveitar, por que não se precaver um pouquinho, né?

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