Vocês se lembram que eu já andei publicando um cadinho sobre essa delicinha de pequena capital nordestina?
Aracaju: dicas da capital Sergipana!!
Aracaju: meus cliques com filtros do Instagram
Pois bem, agora sim, com mais tempo, vou detalhar como foi minha viagem para ARACAJU.
A terra das Araras+Caju ( = Aracaju) rsrsrs... confesso que não vi araras por lá, só que vi a placa da cidade justamente com uma Arara e um Caju ... a terra dos rios que deságuam no mar, do caranguejo e manguezais... Aracaju ainda é uma pequena capital nordestina que vem, nos últimos anos, ganhando mais infraestrutura e modernização.
Até a Ivete Sangalo tem um mega apartamento por lá, numa linda cobertura, em plena Avenida Beira-Mar (que, na verdade, beira mesmo é um rio e muitos mangues). Provavelmente, para facilitar a sua ida para a cidade durante o grande festival de música - micareta - que acontece durante o verão (costuma ser em janeiro), que se chama Pré Caju, responsável por reunir milhões de foliões e é o verdadeiro carnaval de Aracaju.
De um lado do rio, temos o Centro Histórico, a Farolândia (onde efetivamente há um Farol), Coroa do Meio, Atalaia, entre outros bairros. E, no sentido norte, do outro lado do rio, temos a Barra dos Coqueiros, que não tem esse nome a toa. São centenas de coqueiros, a perder de vista!!
Estive em Aracaju no feriado de Zumbi/Dia da Consciência Negra e da República. No meu caso, tive a sorte de poder emendar os dois feriados, em novembro de 2012, o que me permitiu ficar 6 dias inteiros em Aracaju!! Pude aproveitar bastante!!
E quem pensa que 6 dias são muito para Aracaju, está super enganado, viu?? Digo mais: não consegui fazer absolutamente tudo que pensei em fazer, como, por exemplo, o Parque dos Falcões ou explorar mais o Agreste e o Sertão, indo até cidades históricas como Laranjeiras, Penedo e Piranhas. Nem mesmo pisei nos Shoppings Riomar e Jardins, nem consegui conhecer metade dos restaurantes que gostaria, como O Miguel, Mangará, Carne de Sol do Ramiro, Cantina d'Itália, dentre tantos restaurantes indicados!!
Fiquei hospedada na simpática Pousada dos Caminhos, em Aracaju. Conseguimos um descontinho (no melhor estilo "quem não chora, não mama") e ficamos em um quarto excelente!! Quarto espaçoso (com aproximadamente 27m²), varanda com rede e vista lateral para o mar, closet, pia/lavabo separado do banheiro, extremamente funcional e, para melhorar ainda mais, a uma quadra da praia do Atalaia e perto de maravilhosos restaurantes, inclusive, da famosa Passarela do Caranguejo.
Aliás, era quase uma tortura sentir o cheirinho delicioso que vinha, todo dia, do Restaurante Carro de Bois (onde eu TIVE QUE COMER, depois de tanta tortura!! O lugar é ótimo e recomendo!!).
Ainda na Pousada dos Caminhos, não poderia deixar de mencionar a simpatia dos seus funcionários e dono, Sr. Edwar, que nos tratou com tamanha cortesia e gentileza, desde os contatos feitos por e-mail para fins de reserva. Isso sim é um grande diferencial!!
Inclusive, eles até anteciparam o café da manhã para a gente no dia em que fiz o passeio para o Canyon do Xingó, pois saía bem cedo, às 06:50, no horário em que começaria a ser servido o café da manhã. Quanto aos itens do café, a culinária nordestina se fez presente, com batata doce, inhame, mandioca cozida, bolos, pães, frios, entre outros. Era farto na medida certa para eu ficar bem alimentada até de tarde, mas confesso que alguns itens poderiam variar, especialmente para quem fica hospedado por 6 dias, como eu fiquei. Só que isso era o de menos, pois, como disse, tinha tudo que um café da manhã básico contém, com ingredientes tipicamente nordestinos para complementar.
A pousada conta com estacionamento, também amplo e, mesmo cheia por conta dos feriados, não tivemos problemas em deixar sempre o carro guardado na garagem. A rua é bem tranquila, embora próxima ao agito da Passarela do Caranguejo.
Há um supermercado relativamente perto da posada. Eu chutaria cerca de 15 minutos a pé. Mas não fui nele, pois, como era um período de feriado, o mercado fechava cedo e eu acabava me socorrendo, à noite, na Loja de Conveniência do Posto que fica na esquina com a Avenida Rotary.
Logo que cheguei, considerando que Aracaju é realmente uma cidade bem pequena, seu aeroporto fica a cerca de 10 minutos do centro da cidade. Não tive dificuldade em conseguir táxi com taxímetro. E, menos de 15 minutos, já estava na Pousada. O valor da corrida ficou em torno de R$15,00.
Por fim, não poderia deixar de mencionar que, hoje, a Pousada dos Caminhos está em 1º lugar no ranking do site TripAdvisor, dentre 33 pousadas listadas em Aracaju!! É óbvio que eu recomendo a hospedagem lá para quem não precisa de luxo, mas preza por conforto, simplicidade, limpeza, simpatia e facilidades.
Apenas advirto que não há elevador e, para quem ficar em quartos superiores, infelizmente, o acesso se dá por escada mesmo. Aos que têm problemas de locomoção, sugiro pedir um quarto no andar térreo.
O próprio Sr. Edwar foi quem me indicou a agência de turismo, com quem fiz os passeios locais. O receptivo que contratei foi a Crystal Receptivo e falei diretamente com a Josy (crystalreceptivo@uol.com.br).
Eu fiz os seguintes passeios com a Crystal:
. Cânyon do Xingó (saída às 06:50)
. Mangue Seco - Bahia (saída às 07:55)
. Praia do Saco (saída às 07:55)
. Foz do Rio São Francisco (saída às 07:30)
Desses passeios, o único que incluía tudo foi o da Foz do São Francisco, com todos os deslocamentos - carro + barco - e almoço.
O valor total para duas pessoas (depois de chorar um pouquinho e de oferecer pagamento à vista), foi de R$700,00.
Optei pelo serviço do receptivo porque queria ficar tranquila com relação aos passeios, poder relaxar. Digo isso porque a maioria dos passeios do Nordeste, fora das cidades/capitais, obriga que o turista desloque-se por estradas e, em maioria, são estradas federais, com fiscalização. Logo, para quem gosta de curtir uma cervejinha ou caipirinha à beira mar e ficar despreocupado, valer-se dos receptivos ou de motoristas particulares é uma saída prática e confortável!!
Quanto ao serviço prestado pela Crystal, salvo uns problema que tivemos na ida para o Cânyon do Xingó, em que o motorista não era guia e alguns turistas ficaram chateados quando foi oferecido ir a Piranhas, cobrando-se um valor extra, para somente depois iniciar o passeio em Canindé. No final, o motorista correu bastante pela estrada, o que não me pareceu seguro, mas conseguiu adiantar-se para ocuparmos o lugar no catamarã de um grupo que se atrasou. Outro episódio foi a ida para a Foz do São Francisco, em carro de passeio comum, com 4 pessoas. Como a ida de Aracaju até Brejo Grande leva quase 3 horas, foi bem desconfortável, porque o carro ficou cheio e apertado. Tirando esses fatos, o serviço prestado foi bom e bastante pontual.
E, acrescento um fato curioso sobre Aracaju: o GPS fica meio doidinho por lá!! Um casal de amigos contou que, quando foram para o Cânion do Xingó, sozinhos em seu carro, tiveram dificuldades, pois o GPS não se localizava direito e indicava direções erradas. Portanto, fiquem atentos a isso!! Infelizmente, não sei por que, em várias regiões do país, o GPS não funciona direito.
Então, eu dividi assim meus passeios em Aracaju:
1º Dia -> como cheguei de madrugada e fui dormir tarde (ou melhor, cedo, já quase amanhecendo), eu deixei esse dia para relaxar na praia. Fui para a barraca de praia Com Amor. Acabei indo de táxi, pois os ônibus passavam pela Avenida Santos Dumont lotados e era meio distante para ir pedalando. Excelente barraca de praia, enoooorme e repleta de opções para a família inteira, com direito a piscina e parquinho para as crianças. Já de cara, mal chegando em Aracaju, comi o prato mais famoso da terra: o caranguejo!! Gostei, mas achei complicado comer sem sujar... rsrsrs... dá trabalho!!
Depois voltei para "almojantar" na Passarela do Caranguejo, no delicioso restaurante Pitú com Pirão da Eliane, onde devoramos uma caldeirada divina!!
OBS.: A ciclovia de Aracaju, além de extensa, é muito boa. Acaba sendo um convite para os adeptos, pois a orla do Atalaia está novinha, bem cuidada, bem bonita!!
OBS².: Amanhece bem cedo em Aracaju - BEM CEDO MESMO!! Por volta das 04:30, é possível ver os primeiros raios despontando no céu.... às 08:00 da manhã, o sol já está quente!!! Por volta das 10:00, já estava lascando!!! CAPRICHEM NO FILTRO SOLAR!! E, depois das 16:00, raramente as pessoas ficam na praia. Logo, programe-se para curtir o dia desde cedo!!
2º Dia -> Cânion do Xingó - praticamente madrugamos nesse dia. O passeio saiu cedo e leva bastante tempo até chegar ao ponto de partida do barco para ir ao Cânion - Canindé de São Francisco, em torno de 3 horas. VALE A PENA de verdade!!!
Primeiro, navegar no "Velho Chico" já é emocionante por si só.
Segundo, a paisagem é deslumbrante, especialmente ao chegar à região do Cânion do Xingó!! Terceiro, o passeio de barco é bem animado, com músicas populares e muito forró. A tripulação faz as vezes de animadores e acaba sendo bem divertido mesmo.
Terceiro, o tempo de banho é bem curto, mas vale cada segundo. A água verde esmeralda do rio São Francisco, na região do Cânion é indescritível de tão bela!!!
Almoçamos por lá mesmo, no Restaurante Carrancas, com comida simples e preço fixo no esquema self-service buffet, por R$30,00.
À noite, ainda tivemos disposição para encontrar amigos em um barzinho bem fofo e descontraído que recria cenários da boemia carioca e paulistana, o Villa Botequim.
3º Dia -> Dia baiano, fomos para Mangue Seco, cenário memorável da novela global "Tieta", com suas dunas branquinhas e mar quentinho. Delícia de lugar. Porém, achei o Restaurante Asa Branca, indicado pelo receptivo, bem mais caro do que os padrões nordestinos.
Depois da praia, dunas, buggy e rede, à noite eu fui finalmente caminhar pela Passarela do Caranguejo e optei por conhecer o turístico e famoso restaurante/boate/casa de shows Cariri. Valeu por ter conhecido, pois o lugar é animado mesmo e fica sempre muito movimentado. Mas, encarar o forró e pagar a "bagatela" de R$50,00 por pessoa a seco, eu não curti!!! Para quem apenas quisesse sentar e comer, do lado de fora do ambiente do forró, apenas era cobrado o que se consumisse. Resumindo, lugar bem turístico mesmo e meio caro cobrar a parte só para entrar no ambiente do forró.
4º Dia -> Acordando um "pouco mais tarde", fomos para a Praia do Saco, a última do litoral sul sergipano, já quase chegando em Mangue Seco. Antes, passamos por uma fazenda de criação de peixes tambaquis, que mais se parecem cachorrinhos doidos por comida que os turistas compram e dão. Depois, aí sim, fomos para a Praia do Saco e por lá ficamos um boooom tempo relaxando, com um atendimento especialíssimo, além de simpático e fofo, que tivemos na Barraca de Praia Josefina, indicada pelo Sr. Edwar, na Pousada dos Caminhos, onde eu me esbaldei de comer casquinhas de aratu e suco de mangaba.
À noite, aproveitando o carro que foi gentilmente cedido por nossos amigos em Aracaju, fomos explorar os cantos mais para o norte da Orla do Atalaia. Conheci o Centro de Arte e Cultura de Sergipe, a Feira do Turista (é claro que saí com algumas sacolinhas básicas... eu não resisto a uma feirinha no nordeste!! rsrsrs) e jantei no Restaurante República dos Camarões. Nem preciso dizer qual foi o prato que pedi, né?? Camarão, por supuesto!!
5ª Dia -> Como fica difícil cansar-se do Velho Chico, dessa vez fui conhecer a sua Foz, já na divisa com o Estado de Alagoas. O ponto de partida do catamarã fica meio distante de Aracaju, cerca de 2 horas e meia a 3 horas, na cidade de Brejo Grande. O passeio de catamarã é lindo demais!! Coqueiros, cidades históricas, como Penedo, ilhas, dunas, cenários paradisíacos descortinam no horizonte, até o Velho Chico finalmente encontrar o mar!!! É verdadeiramente poético!! A empresa de turismo local, Nozes Tur, é a dona do catamarã e quem realiza o passeio, que também pode ser feito pelo lado de Alagoas.
À noite, conheci o restaurante Carro de Bois, aquele mesmo que me torturou todos os dias com o cheiro de churrasco que invadia o meu quarto na Pousada dos Caminhos. Conferi que além de cheirinho maravilhoso, o restaurante é excelente!!
6º Dia -> Último dia em Aracaju, dessa vez sem praia: aproveitei para conhecer um pouco mais da cidade, seu centro histórico. Passando pela Orla do Atalaia, pelo seu cartão-postal, os Arcos do Atalaia, sentido centro - Oceanário do Projeto TAMAR, Praça de Eventos, Praia dos Artistas, Farol, Shopping Riomar, Avenida Beira-Mar (que beira mesmo um mangue!!), Calçadão da 13 de Julho, Mirante, Ponte do Imperador (que é um atracadouro, na verdade), onde então entramos para estacionar o carro próximo à Praça Olímpio Campos e fomos explorar seus arredores a pé.
A pé, conhecemos as Praças Olímpio Campos e Almirante Barroso (cercadas por calçadões de pedestres repletos de lojas mais econômicas), Palácio do Governo (dentro há um museu que não visitei), Catedral, Ponte do Imperador e Museu da Gente Sergipana. Com destaque para este último, atração gratuita que é muito bem organizada, um museu interativo e instrutivo, com cara de novinho e onde aprendi a diferença entre caranguejo, siri, guaiamum e aratu!!
Então, com carro novamente, fui para os Mercados Municipais, onde torrei mais uns dinheirinhos comprando as delícias da terra: castanhas, tapioca, cachaça, pimentas... São 3 grandes galpões de mercados municipais, onde o turista se perde entre artesanato e iguarias nordestinas. Reserve ao menos umas 2 horas para percorrer os três.
Por fim, encerrando o passeio pelo centro, subi a ladeira até a Igreja de Santo Antônio. Afinal, não custa pedir sempre uma forcinha pro santo, não é?? rsrsrsrs... De lá é possível ter uma bela vista da Ponte Construtor João Alves, que liga Aracaju a Barra dos Coqueiros e também é considerada um cartão-postal da cidade.
Daí, fui finalizar o dia no Oceanário de Aracaju. Entrada gratuita para funcionários da Petrobrás e seus acompanhantes. Se você nunca esteve nos postos do Projeto TAMAR, vale a pena conhecer esse de Aracaju. Mas, se você já conhece o da Praia do Forte, vai se decepcionar. Mas, é sempre um bom programa para as crianças verem de perto tartarugas marinhas, tubarões, entre outros.
À noite, voltei para a Passarela do Caranguejo e jantei no Restaurante Bada Grill que, para variar, é muito bom!!
E assim foi a minha estada em Aracaju/Sergipe: muito sol, águas calmas e mornas com um tom meio barrento, de modo geral, excelentes restaurantes, um povo hospitaleiro e receptivo, tranquilidade com ares provincianos e belezas naturais inesquecíveis!!
Parabéns!!! Show de Bola!!! Conheço bem Aracaju. Sou Mineiro mas morei em AJU por um tempo e ainda volto a morar, se DEUS quiser. Gostei muito do seu relato de viagem, porém, uma pequena correção: PENEDO e PIRANHAS, são cidades pertencentes ao estado de ALAGOAS, ambas do outro lado do Rio São Francisco: Penedo ao Sul e Piranhas, no sertão Alagoano.
ResponderExcluirOlá, Carlos! Tudo bom? Que bom que gostou! Realmente, você está coberto de razão. A colocação, em especial sobre a cidade de Piranhas, se deve ao fato de que, àquela época, no passeio aos Cânions do São Francisco, foi oferecido, por um valor a mais, ir até Piranhas para conhecer, mas o grupo do passeio coletivo, em maioria, recusou. Mas você está totalmente certo. São cidades alagoanas. Grata pela observação. Abraços,
ResponderExcluirMuito bom parabéns
ResponderExcluirQue bom que gostou! Eu que agradeço por consultar o nosso blog! Abraços
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