28 novembro 2012

Montreal: Turismo - Parte 1

Até hoje eu me pergunto de qual lugar eu mais gostei de conhecer durante minha viagem ao Canadá... e fico super na dúvida entre Montreal e Quebec City. As duas cidades são fantásticas e me encantaram bastante.

Montreal, contudo, oferecia mais agito. Talvez por ser verão, por estar cheia de turista, super movimentada, rolando um sensacional Festival de Jazz e até mesmo ensaios para o carnaval deles... com direito a desfile e fantasias!!! Talvez por ter assistido a duas apresentações do Cirque du Soleil, por ter comido em restaurantes ótimos, por ter andado horrores durante o dia, na tentativa de explorar ao máximo todos os cantos da parte mais velha da cidade... Talvez por seu Vieux Port ser tão fofo, com trilhos do trem, com barquinhos (alguns nem tão "inhos" assim...), com o arquitetura quase medieval... Talvez por sua Catedral de Notre Dame, inspirada na parisiense, ser belíssima em riquíssima em detalhes e decoração... Talvez por seu Jardim Botânico e todo o Centro Olímpico ser tão bacana, tão enorme, tão cheio de "coisas-a-ver-e-fazer"...

Então... acho que foram muitos os motivos que fizeram Montreal me seduzir... e arrisco até mesmo a dizer que, se tivesse que escolher uma cidade canadense (dentre as que eu conheci) para viver, provavelmente elegeria Montreal (mas teria que aprender a falar francês!! hehehehehe... Até porque os francófanos imperam por lá... ).

Assim que cheguei em Montreal, não tive como sentir o que a cidade ainda ia me proporcionar. Cheguei tarde e fui direto para o Hotel, para me hospedar e tentar achar algum restaurante aberto nas redondezas para jantar. Por sorte, como fiquei hospedada no Bairro Latino, no Comfort Hotel and Suites Downtown, a poucos passos da Rue Saint-Denis, não tive dificuldade em encontrar alguns vários restaurantes/lanchonetes/bares/cafés ainda abertos. Como era uma terça-feira, a maioria começou a fechar por volta das 24:00. Mas deu tempo de sobra!!

No dia seguinte, resolvi caminhar pela Velha Montreal e busquei conhecer o máximo de pontos turísticos. Com um bom mapa da mão, que peguei emprestado com uma amiga, da Folha de São Paulo, fui caminhando, tendo como ponto de partida o próprio Bairro Latino.

E foi mais ou menos assim:

- Saindo da Rue Saint-Hubert, entrei no Boulevard Maisonneuve, no sentido Oeste, e logo vi a enorme estação de metrô/trem/ônibus, que conecta várias linhas, Berri-UQAM. Ali também estava uma Biblioteca, estilo moderno, que me chamou a atenção.

Estação Berri-UQAM

Biblioteca

- Cheguei na Rue Saint-Denis e pude ver, agora de dia, um pouco do seu movimento, visualizar melhor os cafés/bares/restaurantes da região (já pensando onde é que eu poderia comer mais tarde ou em outro dia).

Descendo pela Rue Saint-Denis, no sentido do Vieux Port, havia alguns bicicletários públicos, para aluguel. Fiquei muito tentada a alugar uma bicicleta, viu??

Mas confesso que, após ler as instruções, eu não consegui desvendar o jeito de pagar pela bike e desgrudá-la do bicicletário.No final foi até melhor porque não reparei em muitas ciclovias pela cidade, por onde caminhei. Havia poucos trechos de ciclovia... ao menos foi o que percebi (de repente havia até mais, só que não observei...).

Rue Saint-Denis

Rue Saint-Denis

- Na sequência, virei na famosa rua de compras, a Rue Sainte-Catherine, mantendo o sentido Oeste. Essa rua, como já comentei aqui no blog, é repleta de galerias, lojas multimarcas e de grifes internacionais!! Delicinha de andar!!


- Adiante, ainda na Rue Sainte-Catherine Oeste, deparei-me com a Place des Arts, onde me dei conta de que havia, pelo menos, uns 4 palcos sendo montados para o tão esperado e celebrado Festival de Jazz de Montreal (pasmem, mas eu não sabia disso até chegar lá!!! O Festival é tão reconhecido mundialmente que reúne diversos artistas e celebridades consagradas no mundo musical do jazz e blues. Uma pena não ter pesquisado antes porque havia alguns músicos de quem gosto bastante e perdi a oportunidade de assistir a uma apresentação porque os ingressos para os shows fechados, pelo que me disseram, estavam esgotados!!)

É na Place des Arts que fica o Museu de Arte Contemporânea de Montreal (MAC). Não deu tempo de entrar!! Para ser sincera, eu  não costumo ter muita sorte com as exposições dos museus de arte moderna/contemporânea mundo afora... por isso, diante da falta de tempo, não me preocupei em conhecê-lo.

Place des Arts

MAC


- A Rue Sainte-Catherine, sentido Oeste, além de proporcionar ótimas compras, é também cheia de lugares fofos e belos para conhecer em Montreal. Exemplo disso é a Igreja St. James. Uma pena não estar aberta para visitação, no momento em que passei por ela.

Isso sem contar as praças, as enormes lojas e galerias, como a The Bay-La Baie... praticamente irresistível!!

St. James` Church

The Bay

- Outro lugarzinho especial, encrustado entre prédios, é a delicada e neo-gótica Christ Church Cathedral. Foi bem interessante conhecer seu interior, especialmente porque havia uma visita guiada, gratuita, iniciando bem na hora em que cheguei.

Destaque para os vitrais, que são belíssimos, e para uma cruz de madeira, feita com pregos do que restou de um Convento, na Inglaterra, que foi destruído com bombardeios durante a 2ª Guerra Mundial, e dado de presente para a Igreja.


Christ Church


- Ainda na Rue Sainte-Catherine Oeste, atravessei o boulevard Rue University (que segue na direção da montanha Mont Royal e vai até a Universidade McGill) e também a Avenida McGill College, que liga a Place Ville-Marie até a Universidade e Mont Royal, passando por mais lojas, é claro.

Rue University

Rue Sainte-Catherine

Rue Sainte-Catherine

- Aí, acompanhando com meu super mapa da Folha de São Paulo, virei na Rue Mansfield e, com poucos passos da Rue Sainte-Cahterine, encontrei a imponente Catedral Marie-Reine-du-Monde (Maria Rainha do Mundo). Catedral católica, de estilo neo-renascentista italiano, enorme, com cúpula e nave central inspirada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, impressionante por sua rica decoração e arquitetura majestosa. Quando entrei, havia uma missa sendo celebrada, em francês.

Ao lado da Catedral, saindo pela Rue de la Cathédrale, estava a Place du Canada, cheia de pinheiros, arborizada... ótimo lugar para uma pausa no passeio.

Aliás, Montreal me pareceu ser bastante arborizada e isso foi bem bacana de ver, os cuidados com o meio ambiente, com o equilíbrio entre a natureza e o urbano... aplausos para eles!!

Catedral Marie-Reine-du-Monde




Place du Canada

- Segui pela Rue de la Cathédrale, sentido Vieux Port, passando por um viaduto e observando mais a paisagem nos arredores, inclusive outra bela igreja, a St. George's Anglican Church. Então, já na Rue Saint Antoine Oeste, indo no sentido Leste, fui passando por praças, estações de metrô, pelo Palais des Congrès, entre outros edifícios curiosos e também bonitos.

Quanto ao Palais des Congrès, devo confessar que, em um primeiro momento, achei que fosse realmente o Congresso ou algum Parlamento local. Só depois me dei conta de que se trata de um centro de convenções. Ele é um edifício mais moderno, todo colorido. Parece um arco-íris.

Por falar em arco-íris, outra coisa super bacana que me chamou a atenção foi encontrar em várias igrejas, seja qual for a religião, a bandeira do arco-íris, símbolo que representa ser um lugar receptivo e aberto aos homossexuais. Achei isso o máximo!!

St. George`s Anglican Church


Rue Saint Antoine

Palais des Congrès

- Saindo da Rue Saint Antoine Oeste, virei na Côte de la Place d'Armes, no sentido da linda Catedral de Notre Dame.

A Place d'Armes é um lugar muito encantador... remete-nos a uma época mais medieval e sinaliza que a Velha Montreal está ali, super preservada. É um charme só, com direito a passeio de charretes para quem desejar mergulhar um pouco no tempo. Nos seus arredores, além da Basílica de Notre Dame, está também o Hotel Place d'Armes e o Banco de Montreal, edifícios que se destacam na praça.

Não entrei na Basílica de Notre Dame nesse momento. Já estava ciente e intencionada de conhecer o espetáculo de Luzes e Sons, que acontece à noite. Para entrar, eu teria que pagar uns 5 dólares canadenses, apenas para uma visita. Para ver o espetáculo, que eu queria ver de qualquer forma, ia pagar 10 dólares canadenses. Portanto, achei prudente aguardar o dia em que iria ver o espetáculo para entrar e conhecer o interior da Basílica, cuja construção, da atual catedral, iniciou-se em 1824.

Côte de la Place d'Armes

Basílica de Notre Dame e Place d'Armes


Hotel Place d'Armes

Place d'Armes e Banco de Montreal

Rue Sainte Suplice

- Caminhando pela Rue Sainte Suplice, que desce no sentido do Porto, pela lateral da Basílica de Notre Dame, fui até a Rue de La Commune, já sentindo o cheirinho de rio, e andei um pouco para trás, no sentido Oeste novamente, até chegar na Place Royale e Place d'Youville e, se entendi direitinho o que aprendi por lá da história local, estava no berço da civilização de Montreal... onde tudo começou!!

Exatamente aí nesse pedacinho que foram dados os primeiros passos para a colonização, inicialmente francesa, da cidade, com construção de fortaleza e dos primeiros importantes edifícios governamentais.

A antiga Alfândega/Aduana, ruínas dos primórdios da civilização e da fortaleza, tudo isso e muito mais é possível de ver e descobrir entrando nos diversos museus que se encontram nessa região, como o Museu de Arqueologia e de História.

Aliás, trata-se de um complexo de museus - Pointe-a-Callière - e a entrada dava direito a conhecer vários museus e visitar algumas exposições.

Quando fui, havia uma exposição sobre Samurais, bem interessante. Além dela, também percorri trechos subterrâneos de ruínas do início da civilização de Montreal e visitei uma exposição sobre arte romana. A entrada cheia custou algo em torno de 20 dólares canadenses por pessoa. Valeu a pena, principalmente para conhecer as ruínas e saber mais sobre a história da cidade.

Ainda fui brindada com uma linda vista para o Vieux Port e para os fundos da Catedral de Notre Dame, do último andar do edifício principal de Pointe-a-Callière, onde também fica um café/restaurante. É um ótimo observatório e ponto para fotografar a região.


Place Royale e antiga Aduana

Rue de la Commune

Pointe-a-Callière

Vista do alto de Pointe-a-Callière


Place Royale

Rue Saint Pierre

Centro de História de Montreal


- Então, já pertinho do rio e, finalmente, do Vieux Port, segui passeando em direção à praça Jacques Cartier.

Nos arredores da praça Jacques Cartier, as ruas e ruelas são um convite para caminhar, relaxar, ver os artistas de rua, acompanhar o vai-e-vem das pessoas, comprar lembrancinhas nas inúmeras lojas de souvenirs que existem por lá, observar e admirar a aquitetura dos prédios, tomar um café, lanchar, almoçar ou jantar em um dos restaurantes, no melhor estilo parisiense de ser... aí sim você se vê mergulhado na Velha Montreal!!

Rue Saint Paul

Place Jacques Cartier


Rue Sain Paul

Place Jacques Cartier





- Subindo a Praça Jacques Cartier, no sentido da Praça Champ de Mars, onde há uma estação de metrô, está o lindo prédio da Prefeitura-Hôtel de Ville de Montreal.

Eis mais um lugar que rende boas fotos!! rsrsrs... São alguns ângulos incríveis e edifícios, em maioria com estilo neo-renascentista, de se admirar bastante!!

De cima, a vista que se tem tanto para o Champ de Mars quanto para a Place Jacques Cartier e Vieux Port é sensacional!!

Perto da Prefeitura, há outros prédios bonitos como o Palácio de Justiça, Ministério da Justiça e também o Museu Château Ramezay, um lugar histórico e importante para a cidade, construído no início do século XVIII, que serviu de residência para o governador, e hoje abriga um museu que, se entendi direito, revela mais ainda da história e tradições locais.

Não consegui visitar por falta de tempo. Para os curiosos, o Château Ramezay também é o mais antigo museu privado de história da província de Quebec (desde 1894!!).


Prefeitura de Montreal

Palácio da Justiça


Château Ramezay

Hôtel de Ville de Montreal


E ASSIM TERMINOU O MEU INTENSO PRIMEIRO DIA DE PASSEIO EM MONTREAL!!! 

MAS TEM MAIS PASSEIOS PELA FRENTE!! NÃO ACABOU POR AQUI!! =))


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