13 fevereiro 2012

Salvador: Bloco Eva!!

Finalizando o circuito de blocos, fui para o Bloco Eva, da Banda Eva e do fofíssimo Saulo Fernandes, na segunda-feira de carnaval (em 2011).


Aff... só de lembrar sinto até calor!! E não era de emoção em ver o Saulo, mas sim porque o sol e calor eram intensos mesmo!!! Parafraseando o próprio Saulo e sua frase mais dita no início do bloco, era "um calor da porra" mesmo!! 

O Bloco Eva, ao menos em 2011, só saía no Circuito Campo-Grande/Avenida. E como planejamos ir ao Camarote Salvador na segunda, que é um camarote mais luxuoso e com pessoas mais arrumadas, para conjugar um bloco com o camarote Salvador, só mesmo se fôssemos para um bloco mais cedo. 

E o Eva começava às 13:00, o que seria perfeito para a gente. Seria, se a volta do circuito Campo-Grande para Porto da Barra (início do circuito Barra-Ondina), onde estávamos hospedada, não tivesse sido super difícil porque não conseguíamos pegar táxi e não conhecíamos os ônibus para arriscar qualquer um e acabar parando em um lugar muito diferente ou distante.


Bem.. chegar no Eva foi tranquilo!! Do nosso hotel, em Porto da Barra, até o início do circuito Avenida, que é a praça do Campo Grande, bastava subir uma ladeira... uma mega ladeira!! 

O sol era escaldante!! E o jeito era pegar táxi mesmo ou encarar o moto táxi. Fomos de táxi e, em razão da mão do trânsito e da descida de carros, o trajeto foi outro, porém, mesmo assim foi rápido.

Como o Circuito Campo-Grande é o mais tradicional e também mais longo que o Barra-Ondina, cerca de 6km de circuito, e passa por uma parte histórica de Salvador, pela praça Castro Alves, Elevador Lacerda, próximo ao Pelourinho, entre outros, muitos alertaram que esse circuito, para chegar e sair dele, era mais estranho (estranho = perigoso) e que tivéssemos ainda mais atenção com os nossos pertences.

Fonte: Internet/Google
Por isso nem levamos câmeras fotográficas digitais, mas sim umas descartáveis para registrar o momento por lá e não ter pena de perder, na pior das hipóteses.

No final, deu tudo certo!! Acho até que houve certo exagero sobre o assunto segurança e perigo. Mas também eu não me arrisquei e segui todas as dicas que recebi antes de ir. Melhor prevenir do que remediar, certo??

O bloco foi tranquilo, com pessoas animadas e mais interessadas em dançar e cantar as famosas músicas da Banda Eva do que qualquer outra coisa. Havia muitos casais, pessoas mais velhas, grupos de amigos e o clima era de descontração e alegria.

Ou seja, não é um bloco para azaração nem pegação!! Tampouco é um bloco repleto de gente muito bonita!!

O calor foi cruel! Muito cruel!! O bloco demorou muito para começar porque o trio da frente, do Tomate, acabou atrasando a nossa saída. E o sol das 13:00/14:00/15:00 foi massacrando a gente!!

Fonte: Internet/Google
Bom é que o Saulo, além de fofo e de ser uma gracinha, é um empolgador nato de multidões!! Diga-se de passagem que o bloco arrastou uma verdadeira massa de fãs do Eva!! E, com tanta música boa, com tanta gente animada, com um cantor como o Saulo, o calor até deixava de incomodar depois de um tempo de bloco andando.

Para encarar o circuito Campo-Grande tem que ter mais disposição ainda, viu? É mais longo e tem mais ladeiras. E a pior ladeira de todas, sem sombra de dúvidas, foi a ladeira Castro Alves em direção à praça de mesmo nome. Aff... achei que ia morrer pisoteada ali!! A sensação de que vai ser empurrada a qualquer momento e cair é grande!!

Ficamos entre o carro de apoio e o trio principal. Nesse momento, todo mundo fica muito espremido entre os dois trios/carros e os seguranças do carro de apoio saem empurrando com vontade todo mundo ao redor. Primeiramente fiquei revoltada com tamanha grosseria, afinal, estava sendo empurrada em plena ladeira!! Era uma sacanagem!! Mas depois entendi que isso é uma medida de segurança que eles tomam, pois, assim, as pessoas se afastam do carro de apoio e evitam-se acidentes e atropelamentos pelo carro de apoio que vem descendo a ladeira bem atrás da gente!! 

Ladeira Castro Alves / Fonte: Internet-Google
Por isso, se você for encarar o circuito Campo-Grande, saiba que esse momento da ladeira é mega tenso!! Afaste-se do carro de apoio para evitar ser empurrado e não correr o risco de cair!! Se estiver em grupo, agarrem-se e formem uma espécie de trio/bondinho, como eu fiz com minhas amigas, porque assim as chances de serem derrubados são menores. Eu fiquei com meu coração na boca!! 

Confesso que foi uma experiência única da minha vida ter conferido o circuito Campo-Grande. Não sei se repetiria a dose em outra oportunidade e acho até que não. Vale a pena conhecer pelo seu tradicionalismo, pelas paisagens históricas que se vê no seu percurso, e são muitas as casinhas antigas, prédios e edifícios históricos e possivelmente tombados, com suas fachadas bem características e típicas dos séculos passados. Mas tem que ter a consciência de que é muito cansativo: pular, dançar, descer e subir ladeiras, correr de um lado para o outro quando o Saulo mandava abrir a roda para correr, tudo isso em 6km de trajeto é pra quem é guerreiro!!

Por fim, uma dica legal é que o Saulo, quando o bloco finaliza o circuito, já de volta lá na praça do Campo Grande, ele desce do trio e fica mais na frente, em um plano mais baixo, pega seu violão e começa a cantar várias músicas para os sobreviventes do bloco!! Muito lindinho!!! =))

Outra coisa muito legal foi que o Bloco Eva, em 2011, na terça de carnaval, inovou saindo sem abadá!! Uma iniciativa muito bacana!!

Ah, outra coisa muito importante é a seguinte: quem acha que vai conseguir sair no meio do circuito ou em algum outro ponto do circuito que não seja o seu final, está muito enganado!! Nós achávamos que seria possível não terminar o circuito e sair, passando pela pipoca, e voltar para o hotel para nos arrumarmos e seguirmos para o Camarote Salvador. Mas isso não foi possível!! É loucura pensar em sair do bloco em qualquer lugar que não seja o seu final porque a pipoca é enorme, é muita gente esquisita sim e, além disso, são várias ruelas estreitas que estão nos arredores, sendo até meio perigoso seguir por alguma delas para tentar achar um táxi e ir embora.

No final do circuito, bastou descer uma ladeira (mais uma, é claro!!) e iniciamos então a saga para conseguir voltar para o hotel. Havia uma avenida principal embaixo onde passavam muitos táxis, ônibus e carros. O problema é que os táxis não paravam para pegar a gente, alguns até alegavam que não queriam ir em direção ao nosso hotel porque o trânsito era intenso para chegar ao Circuito Barra-Ondina. Foi difícil, mas conseguimos um táxi e, já atrasadas, a gente se arrumou correndo para ir ao Camarote Salvador!! 

Ah, uma coisa muito chata que aconteceu ao longo do circuito foi terem lançado spray de pimenta no pessoal do bloco. Não sei se veio da pipoca. Acredito que sim!! Várias pessoas foram atingidas e uma amiga minha ficou com dificuldade de respirar por ter inalado um pouco daquilo. Puxa vida, isso não é nada legal!! Carnaval é para se divertir e não para machucar as pessoas ou fazer uma sacanagem dessas!! 

Inclusive, esse bloco, apesar de tudo isso que narrei, das ladeiras, do spray de pimenta, e da dificuldade de voltar para Porto da Barra, foi um bloco muito da paz, sem empurra-empurra, sem confusões, com pessoas muito educadas em geral e tranquilas, animadas e interessadas muito mais em dançar e se divertir do que qualquer outra coisa, onde até  mesmo os carrinhos de bebida sabiam respeitar as pessoas que seguiam o bloco e o saldo foi sim positivo!!! Adorei o Eva, amei o Saulo, foi tudo de bom!!! (só podia não ter a ladeira Castro Alves no meio do caminho... rsrsrsrs... aí seria perfeito para mim!!)


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