12 maio 2016

Turismo no Rio de Janeiro: Conheça o Beco do Boticário

Quando estávamos hospedados no Les Jardins de Rio Boutique Hotel (confira a matéria clicando aqui), no bairro do Cosme Velho, que fica na Zona Sul da Cidade Maravilhosa é sempre muito associado à estação do Bondinho que sobe ao Cristo Redentor, aproveitamos a oportunidade de estarmos naquela região para dar uma voltinha e conhecer novos cantinhos da cidade que ainda não conhecíamos.

Assim, nós fomos ao Beco do Boticário, que é verdadeiramente um beco na própria Rua Cosme Velho. Fomos a pé do hotel para ver qual seria a distância - uns 10 minutos de caminhada bem tranquila. O bom é que esse trecho é movimentado por causa da estação do bondinho ao Corcovado que fica ali perto. Há também um ponto do ônibus Sightseeing, que faz um passeio turístico pelo Rio.



Não é difícil achar o Beco do Boticário caminhando pela Rua Cosme Velho. Inclusive, se você estiver de carro, ali dentro é possível estacionar e muita gente, pelo que pude perceber, deixa o carro ali para ir à Estação do Bondinho do Pão de Açúcar. Você consegue localizar no Google Maps e Waze com facilidade porque ele é marcado no mapa.


Beco do Boticário tem uma plaquinha na frente dele onde fica uma rua estreita que liga a Rua Cosme Velho ao largo (caminhe no sentido da Estação do Bondinho para o Cristo ou coloque no Google Maps porque ele vai localizar para você). 


Tombado pelo Patrimônio Histórico, ele é um verdadeiro largo que teve o nome em razão de ter residido, no século XIX, Joaquim Luís da Silva Souto, um boticário famoso que atendia até a família real. 



Composto por casinhas neocoloniais que um dia foram coloridas, pelo que pudemos perceber, mas que hoje em dia estão com uma aparência de largadas, até parecem ser cortiços, algumas estando abandonadas, mas é um lugar de alto valor histórico e é um dos poucos lugares onde se pode ver o Rio Carioca a céu aberto. Nós ainda não conhecíamos e foi como entrar em um verdadeiro túnel do tempo! 



Que tal voltar no tempo e sentir um pouco do clima de um Brasil ainda colonial, quando o Rio de Janeiro era a capital e a cidade onde tudo acontecia, onde a Corte residia, cidade que ditava tendências, modas e lançava o Brasil no mundo.

Por ali passa o Rio Carioca, onde banhavam-se os índios Tamoyos e é um dos poucos trechos onde ainda se pode ver o rio descoberto porque ele foi praticamente todo canalizado e, lamentavelmente, é um rio poluído.

Não deixem de reparar nas casas que ficam na região, onde ainda residem pessoas. Algumas ligadas por pontes à rua, eu achei muito engraçado haver "escadas incas" que deviam servir de acesso nos tempos de grande volume do rio.



Outra atração de cunho histórico que fica ali perto, para a aproveitar o passeio é a Bica da Rainha, localizada na mesma Rua Cosme Velho, 361, que foi a primeira fonte de água ferruginosa descoberta no Brasil, construída no início do século XIX pela Rainha D. Carlota Joaquina, esposa de D. João VI, que ia ao Cosme Velho tratar de um problema de pele nestas mesmas águas que emanavam da fonte. 

O passeio era frequentemente realizado por D. Carlota, que trazia em sua companhia D. Maria - A Louca e seu séquito de damas, dando origem à expressão popular "Maria vai com as outras", em referência as damas que acompanhavam a rainha mãe à todos os lugares. Por seu valor cultural, a Bica foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938.


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