24 fevereiro 2016

Rio de Janeiro: Museu do Amanhã

Em fevereiro, pude finalmente conhecer o já famoso, porém recém inaugurado, com pouco mais de dois meses de vida: MUSEU DO AMANHÃ!

Após ouvir relatos de filas de mais de 3 horas de espera, não tinha como não ficar curioso! Mas resolvi esperar passar o frenesi inicial, os holofotes e, principalmente, o período de carnaval que trouxe muitos turistas para o Rio, embora o Museu tivesse ficado fechado nos dias de folia por causa dos blocos de rua que saíram no centro da cidade. 



Aproveitei essa oportunidade maravilhosa para visitar o Museu do Amanhã na melhor companhia que poderia ter sido: meu sobrinho, que também é meu afilhado, com seus quase 7 anos de idade, esteve conosco neste passeio e lá fomos eu, ele e Julio refletir sobre o futuro.
Sim, em sua maior essência, especialmente considerando as exposições temporárias que lá se encontram, o Museu do Amanhã nos motiva e estimula a pensarmos mais e mais sobre o próprio Amanhã, os próximos anos, décadas, séculos... e quais atitudes de hoje que podem ser transformadas, modificadas ou implementadas, plantando sementes para colhermos mais para a frente os frutos de boas mudanças em prol da nossa casa, o Planeta Terra! E é exatamente este o conceito de Museu de "Terceira Geração", aquele que não pretende mostrar vestígios do passado nem firmar teorias do presente, mas sim, levar-nos a pensar sobre o futuro, a elaborar respostas mais eficazes e a concretizar mudanças para além do papel, ações que façam a diferença.



A primeira coisa que logo nos chama a atenção ao chegarmos lá é a sua ousada e diferente arquitetura do museu que impressiona a todos, desde longe, percorrendo a Praça Mauá. De longe nós já avistamos a sua imponência!

Qual teria sido a inspiração? Um navio? Uma nave? Bem, meu sobrinho, no auge da sua infância e criatividade, disse que o Museu o lembrava uma baleia!! Sim, uma baleia!

Adoro a criatividade das crianças! Fato é que lembra tudo isso mesmo, inclusive a baleia, quando olhamos pela frente dele. 


O prédio foi projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava e construído com apoio da Fundação Roberto Marinho, no píer Mauá, em uma área total de cerca de 30.000 m², com jardins, espelhos d'água, ciclovia e área de lazer. Tudo isso foi feito dentro do Projeto Porto Maravilha, consequência da demolição do Elevado da Perimetral e tentativa de revitalizar a região portuária da cidade. 

Bilheteria

Grandes estruturas de aço no telhado, as responsáveis por fazer meu sobrinho associar o museu a uma baleia rsrs, percebam (e o Julio observou isso muito bem lá), que elas se movimentam como asas e possuem acopladas a elas placas de captação de energia solar. 

O custo estimado em 230 milhões de reais. Inaugurado em 17 de dezembro de 2015, em meio a muita aclamação pela bela obra, porém, não foi poupado das diversas críticas pelo vultoso investimento feito que, considerando o momento de profunda crise econômica-política-financeira que vivemos no país, poderia ter sido mais bem investido em obras de saúde, saneamento básico, educação e segurança pública. 


Mas, tudo bem, não vamos apimentar esse debate porque, afinal de contas, o museu está pronto mesmo, em pleno funcionamento e falar de gastos agora que já está tudo terminado de nada adiantará. Logo, vamos pensar nas mensagens que o museu busca transmitir para construirmos um futuro melhor para todos nós, com a participação de todos. 


Nós não pegamos praticamente nada de fila! Ainda bem, né? Fomos no sábado pós carnaval e chegamos lá por volta das 15h.


Na verdade, a ideia era fazer o passeio pela Baía de Guanabara com o Rebocador Laurindo Pitta, só que o Museu Naval, que fica na Praça XV, que estava fechado e resolvemos arriscar indo para a Praça Mauá e conhecer o Museu do Amanhã. Se a fila estivesse muito grande ou se ele estivesse fechado, a gente tentaria a sorte em outro museu ali do lado, o MAR, que ainda não conheço, diga-se de passagem.



Fizemos todos os deslocamentos de táxi por ser mais prático e seguro para quem está com criança, mas você pode ir das seguintes maneiras:

- Barca, para quem estiver em Niterói, Ilha do Governador ou Paquetá, desembarcando na Praça XV e caminhando até a Praça Mauá, em cerca de 20 minutos, ou de ônibus, que você pode pegar na Avenida 1º de Março, tudo isso no centro da cidade.


- Bicicletas: há bicicletários na Praça Mauá que somam 120 vagas. Porém, se eu tivesse uma bicicleta cara, jamais iria para o centro com ela. Não vou mentir para vocês até porque a questão sobre a falta de segurança pública no Rio de Janeiro é alarmante é notória! Portanto, evitem riscos, principalmente se for turista, carregando câmeras. Tente ser discreto.

- Ônibus: consulte o site Vá de Ônibus para encontrar a sua linha.

- Metrô: a partir da estação Uruguaiana, você poderá caminhar no sentido da Rua Acre, atravessando a Avenida Presidente Vargas, por onde chegará na Praça Mauá; ou, um pouco mais fácil, principalmente para quem não conhece direito o centro da cidade, você desce do metrô, procura a Avenida Presidente Vargas e olha a imponente Igreja da Candelária, que estará no sentido do mar. Chegando lá na Igreja, você vai dobrar à esquerda na Avenida Rio Branco e seguir em frente até a Praça Mauá.



Porém, mais uma vez, sou obrigada a alertar sobre os perigos de andar pelo centro da cidade se for final de semana, em que essa região fica praticamente deserta e cheia de crianças de ruas que lamentavelmente praticam muitos roubos. Atenção para isso. 

Voltemos a falar sobre o Museu! Meu sobrinho ficou tão eufórico lá dentro que dava gosto de ver e muita alegria por ter decidido não voltar para casa depois da frustração de não fazer o passeio de barco. Ele pulava de um lado para o outro, lia algumas coisas (ele está na fase de alfabetização e às vezes tem preguiça para ler), mas queria mexer em tudo, tocar, olhar e, muito curioso, perguntava bastante para a gente. Foi uma experiência incrível!



Trata-se de um museu de artes e ciências, com mostras temporárias e permanentes que alertam sobre os perigos das mudanças climáticas, da degradação ambiental, do colapso social, mas também há mostrar super interessantes e menos "pesadas", como a do movimento do oceano em que a gente, dentro de um salão parcialmente escuro, fica contemplando o balé de tecidos que, no ar, parecem dançar no movimento do vento.



As crianças adoram! Meu sobrinho ficou encantado neste espaço, só observando os tecidos no ar, movimentando-se, e pensando por que eles nunca caíam ao chão. 

Logo de cara, a gente se depara com um grande globo terrestre digital que transmite imagens das correntes de vento, ondas de calor, dentre outros, tudo isso já sinalizando no início do museu a sua grande proposta de ser moderno, com muitos recursos digitais e interativos.



Verifique aqui a programação, antes de ir, pois há muitas exposições temporárias.

Algumas exposições que estavam acontecendo e que prestigiamos foram:

- Antropoceno: Estamos na Era dos Humanos - Para interagir, sentir e pensar. Uma viagem desde as grandes perguntas da Humanidade até um passeio com baratas


- Terra: Quem somos? Somos matéria, vida e pensamento

- Fee Beer (calma calma que não tem bebida liberada lá, não! rsrs): é um Laboratório de Atividades do Amanhã - Uma cerveja em código aberto.

Lembrando sempre que o Amanhã começa agora, com as escolhas que fazemos, o Museu o tempo todo nos faz refletir e pensar sobre nossas ações e qual será o legado para as próximas gerações.

O longo das exposições, há vários monitores com imagens e textos que nos transmitem mais conhecimento dos diversos elementos do universo, cosmos, matéria, peso... os assuntos são bem diversificados.



O conteúdo da Exposição Principal, estruturada em cindo grandes momentos - Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós - foi elaborado por mais de 30 consultores brasileiros e estrangeiros de diversas áreas, em parceria com algumas das principais instituições de ciência do Brasil e do mundo, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Organização das Nações Unidas para a Edução, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Massachusetts Institute of Technology (MIT).


Por fim, pois fizemos de forma inversa (percorremos todo o circuito sugerido, retornamos e fomos assistir ao filme, dentro da cúpula, porque logo que chegamos a fila estava grande e resolvemos explorar primeiro o museu), assistimos a um filme dentro de uma cúpula de 360º, que encerrou muito bem a nossa visita, com mais questionamentos e reflexões sobre a nossa existência neste planeta e os rumos que estamos seguindo.


Vale pena a conhecer o  museu e visitar a nova Praça Mauá no centro da cidade que realmente está muito bonita e esperamos que isso dure para sempre e não sei só para "inglês ver" nas Olimpíadas, não é mesmo?



O Museu é de fato muito moderno, muito interativo, um bom programa para famílias com crianças e já digo logo que eles vão curtir porque meu sobrinho ficou muito curioso em querer ver as exposições e nós, adultos, também curtimos esse novo espaço, sua arquitetura, a leveza de nos fazer pensar em mudanças para construirmos um Amanhã melhor para todos.

Maquete do Museu

Depois, se ainda tiver tempo, aproveite para dar uma voltinha pela Praça Mauá!

Praça Mauá



** FICHA TÉCNICA **

- Site: http://www.museudoamanha.org.br/

- Endereço: Praça Mauá, 1 - Centro, Rio de Janeiro

- Preço dos bilhetes: 
. inteira: R$10,00
. meia entrada: R$5,00
. entrada gratuita às terças-feiras
. bilhete único dos museus (Museu do Amanhã + MAR) R$16,00 (inteira) e R$8,00 (meia)
. formas de pagamento: dinheiro, cartão de crédito ou débito e pela internet, antecipadamente



Obs.: Moradores ou naturais da cidade do Rio de Janeiro pagam meia entrada (e nós não sabíamos nem levamos documento que comprove.). Necessário portar uma conta de luz, água, gás para comprovar a residência.

Servidores públicos do município do Rio de Janeiro e clientes Santander também pagam meia entrada.

- Horário de Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 18h, com encerramento da bilheteria às 17h. Fechado às segundas e nos dias 24, 25 e 31 de dezembro, 1º de janeiro e durante o carnaval.

- Serviços: 

. Café Fazenda Culinária: de terça a domingo, das 12h às 20h

. Loja do Museu do Amanhã: de terça a domingo, das 14h às 20h. Clientes Santander têm 10% de desconto


  1. Só falta eu no Maior Viagem ir lá conhecer. Nas férias vou tentar!!!

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    1. Como assim, Leo? Bora lá!!! Vale a pena conhecer!
      Agora... férias? E você por acaso tem férias no Rio? rsrs
      Beijinhos e muito obrigada pela visita aqui, viu?
      Lily

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  2. É bem legal mesmo! Pois é, o Leo tem que ir...

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    1. Tavinhoooo!!Que honra receber comentários de vcs aqui! Muito obrigada!
      Pois é... como assim o Leo ainda não conhecer, né?
      Quero só ver se ele vai mesmo tirar algum dia das férias para ficar no Rio kkk
      Beijinhos,
      Lily

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  3. Estava em dúvida se colocaria o Museu do Amanhã no roteiro das férias de janeiro mas depois desse post já decidi! kkkkkkkkkkk Com certeza quero conhecer! hahah.

    =*

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    1. Oieeeee!!!! Que legal! Muito obrigada por consultar aqui o Apaixonados!
      Eu já estive lá no Museu 3x ... portanto, sou suspeita! kkkk
      Quando você virá? Vamos combinar de nos vermos!
      Beijo grande,
      Lily

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