17 agosto 2015

Rio de Janeiro: Trilha do Morro Dois Irmãos e uma Vista Deslumbrante da Cidade Maravilhosa!

No último sábado (dia 15/08), após verificar que a previsão do tempo para o final de semana seria de muito sol e clima seco, convenci o Julio e alguns amigos de encararmos finalmente a trilha para alcançar o cume de um dos Morros Dois Irmãos, no Rio de Janeiro.


Acordamos muito cedo e fomos de táxi para a comunidade do Vidigal, cujo acesso principal fica na Avenida Niemeyer, onde tem uma pracinha. Ali, nesta pracinha, nós pegamos a kombi (R$3,00 por pessoa - mas você também pode subir de moto táxi).

Eu nunca havia entrado tanto em uma comunidade.






Mesmo sabendo que o Vidigal é pop, um lugar que atrai muitos turistas e cariocas em busca das famosas feijoadas, rodas de samba, mirantes para o orla, festas... Além de haver muitos artistas globais, frutos do Projeto Nós no Morro, que lá residem, eu fiquei um pouco apreensiva no início e depois vi de perto uma comunidade aparentemente pacificada (isso por onde eu passei), com muitas crianças andando pelas ruas, soltando pipa, andando de bicicleta, muito comércio e me chamou a atenção os prédios grandes logo na entrada, alguns bem bonitos, arrumados e também a presença de restaurantes, hostels, ateliers de artistas e muito movimento pela manhã... tudo isso me inspirou muita segurança.

Mas, ainda assim, eu não iria sozinha para lá! Acho muito importante ir com companhia de amigos, num grupo. Quanto mais gente melhor e mais divertido!

Subimos de kombi até o ponto onde tem um campo de futebol, que é bem arrumadinho. É bom falar para o motorista que você está subindo para fazer  a trilha. Como muita gente faz o mesmo trajeto, você encontrará vários turistas seguindo pelo mesmo caminho.

No campinho de futebol, você vai entrar por um portão com grade e logo começará a fazer a trilha. Nós começamos às 8:30h e gastamos pouco menos de 1h para atingir o cume do morro mais alto do Dois Irmãos.

Campinho de Futebol - referência para início da trilha

Começo da Trilha

Nós não contratamos guia e honestamente eu não senti falta de um. É claro que houve uns dois momentos, mais ou menos, em que nós ficamos com a aquela dúvida “para onde ir?”. Seguimos o instinto de estarmos subindo – pense que você chegará no cume de um morro! E teve um momento em que, na verdade, nós descemos rsrs... sim! Parecia até que estávamos indo pelo caminho errado, mas era o certo.

Na dúvida, pergunte! Pelo menos no sábado, havia já muita gente fazendo a trilha cedo e grupos também com guias (percebemos que é comum haver grupos por lá e geralmente eles combinam para começar a trilha às 8h e cobram, em média, R$50,00 por pessoa).

Estávamos com amigos, num grupo de 6 pessoas e isso também facilita. Como já mencionei antes, não recomendo que se faça a trilha absolutamente sozinho, sem amigos nem guia. Isso porque há trechos na trilha que são muito escorregadios, derrapantes e eu vi um cara que escorregou e acabou parando dentro da mata e fora da trilha. Esses momentos escorregadios são pelos 3 ao longo da trilha que são agravados pelo clima seco, sol e muita terra. Eles requerem atenção e cuidado para não cair. De preferência, use um sapato adequado!


Foto tirada pela amiga Rebeca de Souza

Eu, por exemplo, errei feio no tênis porque eu só tenho tênis de corrida – gosto de correr – e esse tipo de tênis não tem aquelas garras na sola que ajudam a firmar o pé nesse tipo de terreno com terra e deslizante. Ou seja, eu fiz a trilha em ritmo bem tranquilo, agarrando-me em arbustos e raízes em diversos momentos para sentir firmeza e não escorregar.

Eu não escorreguei hora alguma! Graças a Deus! Mas alguns momentos são tensos!

De resto, a trilha é tranquila, bem marcada, com um nível de dificuldade médio (é médio para quem não está acostumado porque demanda um certo esforço físico. Eu fiquei com a coxa da perna bem dolorida no dia seguinte! Mas o nível de dificuldade é baixo para quem está acostumado a fazer trilhas e não há situações críticas de escalada, por exemplo, como tem na Pedra da Gávea onde se escala a temida carrasqueira).


Ela é cansativa!

Essa época do ano – inverno! Ainda que seja um inverno fajuto carioca, é a melhor época para fazer a trilha porque de manhã cedo está bem fresquinho. Mas não se engane com o sol, porque – e principalmente – lá no cume, ele é de lascar!

Portanto, leve filtro solar e passe antes e durante a trilha!

Recomendo também que se leve água e um lanchinho. Hidratação é muito importante.

Se você se esquecer, pode comprar antes de começar a trilha nos bares do Vidigal, ou no meio da trilha, onde fica uma vendinha de água.

Pelo caminho, há dois mirantes, em cima de pedras, onde se pode avistar muito bem o gigantismo que é a favela da Rocinha, o bairro de São Conrado, a praia, a Pedra Bonita e a Pedra da Gávea. São bons pontos para fotos também e ótimos para fazer uma pausa e descansar um pouco.
  

Rocinha


E finalmente, quando chegamos lá em cima, todo o esforço foi recompensado!

Porém, antes de chegar verdadeiramente ao cume do Morro Dois Irmãos, ainda fomos brindados com uma vista linda para a Pedra da Gávea, Pedra Bonita e São Conrado.


A vista é deslumbrante!!

Valeu a pena ter acordado às 6:30h, ter feito 1h de caminhada na trilha no sábado de manhã, ter vencido a preguiça para admirar uma das vistas mais belas da Cidade Maravilhosa!

Julio, Eu, Rebeca, Rafa, Murillo e Bruno



Foto tirada pela amiga Rebeca



Do lado direito, as praias do Leblon, Ipanema e Arpoador.

Ao fundo, o Pão de Açúcar, os bairros de Copacabana e Botafogo.

Do lado esquerdo, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Corcovado, com o Cristo Redentor abençoando a todos, em meio à Floresta da Tijuca.


É bem legal observar diversos locais da cidade pelo alto. Aliás, reparem como a Lagoa Rodrigo de Freitas lembra um coração!

Ficamos sentados ali cerca de 40 minutos, tirando fotos, observando a paisagem, descobrindo lugares escondidos, como a Vista Chinesa... e descansando!
  
Foto tirada pela amiga Rafaella

Como o sol estava forte, não tardamos muito a descer. De modo geral, eu me surpreendi e achei a descida mais tranquila do que a subida. Ainda assim, requer atenção naqueles pontos escorregadios que já mencionei.



Não cronometrei a descida, mas creio que gastamos menos do que na subida. A subida cansa muito e eu tive que fazer umas 3 pausas para recuperar o fôlego e aproveitei para tirar umas fotos. Já na descida – como para baixo todo Santo ajuda! – as pausas que fiz foram para fotos apenas.

Afinal, havia uns miquinhos dando mole e fazendo poses no mirante da Rocinha e eu não resisti rsrs...




Chegando ao campinho de futebol, resolvemos não descer de Kombi e ver como seria a descida a pé para ver um pouco do Vidigal de perto. Achei tudo bem tranquilo e foi além das minhas expectativas.



Vimos muita arte nas paredes das ruas, grafite, desenhos, passarinhos, meninos soltando pipa... um sábado normal!




Só tomem cuidado ao andar pelas ruas porque não há muitas calçadas e, quando tem, ela é bem estreita. Como são muitas curvas, tem que ter atenção porque às vezes as kombis e as motos passam correndo e o risco de atropelamento, para quem estiver distraído e andando na rua é grande.


E ainda paramos lá embaixo, já perto da pracinha de onde saem as kombis e as moto-táxis, na rua principal por onde elas sobem, para tomar o Açaí da Maria, que estava bem gostoso. Nesse ponto do Açaí da Maria, tem um banheiro (ele estava sujinho, mas não era dos piores que já vi, tinha água, descarga, mas estava sem luz).

No final das contas, ficamos com muita vontade de retornar para experimentar a feijoada do Bar da Laje, que fica em um Hostel, mais para o alto da comunidade.




Informações e Dicas:

- Duração total da trilha: média de 3h (subida, descida e contemplação das paisagens)

- Melhor época do ano para fazer: inverno e outono (aproveite os dias ensolarados e sem nuvens)

- Localização: Avenida Niemeyer, subida pela favela do Vidigal

- Roupa: trajes leves de trilha, e calçado/tênis de preferência com sola anti-derrapante

- O que levar: água (pelo menos 1 litro), filtro solar, óculos escuro, câmera fotográfica (levei repelente, mas não precisei usar), álcool em gel (para os mais frescos como eu)

- Banheiros: não há banheiros na trilha. Vimos somente banheiros já na comunidade do Vidigal, em restaurantes e bares.

- Nível de Dificuldade: média, para não experientes, e baixa, para os experientes em trilhas. Ela é cansativa, mas é uma trilha bem marcada sem escaladas.


  1. Muito bom! Guardado para qdo eu for fazer a trilha!

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    1. Oi Ana!
      Muito obrigada pela mensagem! Que bom que gostou! Quando você fizer a trilha, conte-me como foi, ok?
      Beijinhos,
      Lily

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  2. Pessoal gostaria de oferecer meu serviço de guia nascido e criado na comunidade,43 anos,para conhece-la a fundo e de quebra a trilha, com um guia local vc vai poder conhecer histórias e saber realmente como é essa comunidade, caso um dia volte me procure cobro 50,00 e se vc fizer esse tour e não se sentir quase um local dou 50% de desconto(21)997878793 esse é meu zap!guia qualificado como disse 100% local

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  4. Olá Russein como acho vi na comunidade? Poderia fazer a trilha hoje pela manhã?

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