01 agosto 2014

Sumbawa - Leakey Peak, por Lara Giannotti

E vamos seguir viajando com as dicas e fotos incríveis da Lara Giannotti pela Indonésia? 

** Sumbawa – Leakey Peak**




De Bali, nós quatro partimos para a ilha de Sumbawa. Duas companhias aéreas locais ofereciam o vôo: Garuda e Lion Air. Por disponibilidade e preço, acabamos optando pela segunda e pagamos cerca de US$ 90 cada passagem. Partimos do aeroporto de Denpassar para o que seria uma das partes mais curiosas da viagem. Em apenas 1h estávamos em Bima, mas ainda tínhamos uma boa estrada até nosso destino final, a praia de Lakey Peak.



Depois de pouco mais de duas horas de estrada em meio a cabras, vacas e macacos e tendo sobrevivido a ultrapassagens de tirar o fôlego, chegamos ao Aman Gati  o melhor hotel da região, que seria nossa casa pelos seis dias que se sucederiam.


O Aman Gati fica pé na areia, tem quartos relativamente confortáveis para os padrões indonésios e oferece o mais importante: uma piscina. Explico melhor... Sumbawa é uma das ilhas muçulmanas do país, portanto, nosso hábito de ficar de biquíni para tomar sol na praia causa bastante estranhamento por parte das mulheres e atrai olhares indiscretos dos homens.


No primeiro momento, o choque cultural foi bastante desconfortável. Ficamos sem saber o que fazer assim que as primeiras adolescentes vieram pedir para tirar foto conosco na piscina do hotel. Mas depois de alguns dias, percebemos que aquilo era mais por admiração do que por qualquer outro motivo, então nos adaptamos bem e passamos a rir da situação.

Foi aqui também que comemos alguns dos melhores pratos da viagem. O restaurante Fatmah’s (gente, eles têm facebook, morri!)  tem uma comida indonésia deliciosa. O ambiente é extremamente simples, mas vale a pena comer pratos típicos aqui. Aliás, em toda a Indonésia você encontrará muitos frutos do mar, peixe e frango.

Os pratos típicos são:

. Nasi Goreng – arroz frito com frango, furtos do mar ou carne
. Mie Goreng – o mesmo que o Nasi, mas dessa vez com noodles

Ambos são servidos com um ovo frito em cima e acompanhados de fritopan. Para se ter uma ideia de como é barato comer na Indonésia, gastávamos uma média de 35 a 40 mil rupiahs em um Nasi Goreng, o que significa US$ 3,5 ou US$ 4, pouco mais de R$ 7 ou R$ 8.


Um dos melhores dias foi quando a praia recebeu uma excursão escolar. As crianças invadiram o hotel (na Indonésia tudo pode) e entraram na piscina de roupa e tudo (como todas as mulheres por lá fazem). Mas a grande atração, na verdade, fomos nós quatro. Eles riam e falavam com a gente em Indonésio. Nós não entendíamos nada e tentávamos falar com eles em inglês. O resultado da comunicação foi praticamente nulo, mas rendeu muitas gargalhadas fotos e momentos repetindo bagus (legal) uma das poucas palavras que todos nós tínhamos em comum.


De frente para o hotel é também o grande spot das ondas. Ahhhhh as ondas... Quebram com uma regularidade impressionante.



Tem onda a qualquer hora, com maré cheia, seca, mais ou menos... Um paraíso para os meninos! E nós tínhamos uma estrutura pronta para tirar fotos no meio do mar, disponível facilmente quando a maré estava seca. Para fazer essa “travessia” é necessário uma botinha esportiva de mergulho ou surfe, os corais machucam e o corte demora a cicatrizar.


A praia é bem bonita. Tem águas clarinhas, areia bem branca e na maré seca fica parecendo um grande jardim, com as algas expostas e a interessante vida marinha ali, acessível, sem máscara, pé de pato ou natação. 



Todo entardecer era de suspirar. O sol se punha em laranjas, vermelhos, amarelos e arroxeados em uma mistura de cores que me faz querer voltar só de lembrar.


E, não mais que de repente, o paraíso foi ameaçado. Estávamos saindo para caminhar na praia quando vimos um grupo grande de australianos olhando para o meio da ilha e tirando muitas fotos. Paramos para perguntar e então é que nos demos conta do que estava acontecendo.

O vulcão Sangeang Api acordou depois de 30 anos quietinho e resolveu expelir cinzas. O resultado era uma grande nuvem de fumaça que fechou todos os aeroportos (inclusive os australianos) por uma semana. Poderia ter sido muito pior. O único efeito que sentimos em Lakey Peak foram as cinzas no chão, e objetos deixados ao ar livre, fora o céu, que pareceu meio nublado por alguns dias seguidos.

Vulcão - suas fumaças ao fundo

Quer dizer. Efeito nenhum até o dia de irmos embora para Lombok...




  1. Eu estou de malas prontas para Bali e redondezas.
    Pensei em fazer Lombok de avião ate Sumba, custa ida e volta 123 reais.
    Vale a pena passar quantos dias em Sumba? Eu não sei surfar, apenas kitesurf, mas desconheço as condições em janeiro de 2016 quando pretendo ir.
    Quanto custa a estadia em média? Queria ir no modo econômico.
    Alguma outra atividade? Ver tribos etc?

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  2. Oi Alexandre, tudo bem? Infelizmente não consigo te ajudar pois não estive em Sumba. Esse post é sobre Sumbawa. Os nomes na Indonésia são todos parecidos, né?

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