13 janeiro 2014

Dica de Segurança - Seal Bag: lacre para malas.





Viajar hoje em dia de avião não é tão mais seguro assim como talvez já tenha sido no passado.

Eu, que já fui vítima do golpe da "cesária" da mala - aquele golpe em que a mala é aberta com uma caneta tipo Bic, sem deixar qualquer vestígio de violação e você só percebe o sumiço de itens da mala quando já está em casa - realmente sou muito preocupada com minha mala.

Felizmente, nunca tive a mala extraviada. Pelo menos isso! Mas ter a mala violada e não perceber o ocorrido ainda no aeroporto pode gerar transtornos e muita dor de cabeça.

Em 2006, na volta de Buenos Aires, sem saber da operação de uma quadrilha especializada no aeroporto de Ezeiza (e dizem que eles estão por lá até hoje) em violar malas depois check in e de ser despachada, eu viajei tranquilamente apenas com meu tradicional cadeado chave. Cheguei no Rio de Janeiro, peguei minha mala e fui para casa. Tudo ok!

Em casa, ao desarrumar a mala, percebi a falta de vários produtos comprados na Argentina. Para aquela época, considerando que eu era recém formada e empregada, o prejuízo foi grande.

Resolvi correr atrás dos meus direitos e fui ao Galeão reclamar e consegui uma declaração da minha ida e uma espécie de B.O.

A companhia aérea com que viajei naquele ano tinha sido a Varig que, àquela altura, enfrentava já o processo de liquidação/falência. Ainda assim, não desanimei. Reuni o que eu podia de "prova", listei os produtos, estudei a situação e o Tratado de Varsóvia que diz que a responsabilidade, depois que a mala é despachada, é sim da companhia aérea, e ingressei com uma ação em face da Varig.

Resultado: deu em nada!! Trabalho todo à toa! Primeiro, porque era a minha palavra contra a da empresa, já que o até o cadeado estava intacto. Segundo, porque a Varig, indo à falência, mesmo que eu "ganhasse a causa", não ia me pagar nada... eu seria uma credora quirografária da quirografária (em termos leigos, eu ia ganhar e não ia levar). Portanto, engoli minha raiva, entubei meu prejuízo e fiquei traumatizada com essa chateação.

Vejam aqui como o "golpe da cesárea" é fácil, simples e rápido e, principalmente, percebam como o fato de os fecho do zíper estar solto facilita o golpe.



Desde então, eu não pisava na Argentina sem me valer do protect bag, aquele plástico que embala as bagagens e costuma custar em torno dos 25USD a 30USD. Ele também não garante em absoluto a inviolabilidade da mala, mas acaba dando mais trabalho e teria que conter um item ali dentro que valesse muito a pena. É claro que eu não carrego mais nada de valor na mala depois de 2006.

Então, no final de 2013, via Instagram, eu conheci os Lacres Sealbag (ig @sealbag ). Recebi de presente alguns lacres para testar e fiquei muito contente com isso!

Eu já passei pela Argentina, depois do episódio de 2006, outras 3 vezes e ia passar o reveillon de 2013 para 2014 em Mendoza, na Argentina. Portanto, nada melhor para o meu psicológico e para testar os lacres do que esta viagem para Mendoza!

Usei. Testei. Gostei. Aprovei.

Minhas considerações são:

1) O design do sealbag, na cor amarela, é interessante e chama atenção. Eu segui todas as instruções que vieram com o produto e amarrei o fio de nylon entre os fechos do zíper e também com uma parte da mala, uma alcinha no canto, o que impediria mover o fecho, correr com o fecho na mala. Para aplicar o golpe da cesária o fecho tem que ficar "solto", podendo correr.

2) Outra instrução é fotografar o lacre sealbag para saber o número de série dele, que vem escrito no próprio lacre, e também a forma como está amarrado. O sealbag, em si, não impede o furto. Mas ele vai dar trabalho ao malandro que tentar abrir sua mala, pois, se ele tentar colocar o dispositivo novamente, vai se atrapalhar e talvez não consiga fazer igual. Portanto, ao menor sinal de que o lacre está diferente de como você fez, pronto! Abra a mala e verifique ali na hora se está tudo em ordem.

Vejam o Tutorial preparado pelo Sealbag de como usar o produto.



3) Chegando em Córdoba, eu percebi que o fio de nylon do meu sealbag estava bem puxado, para fora, diferente de como havia deixado. Percebi que tentaram puxar, talvez para ver como era, por curiosidade, mas a forma como eu amarrei estava exatamente igual, deixando claro que só puxaram para ver, mas não cortaram o fio nylon e nem tiraram o sealbal para colocar de novo.

4) Sim, é possível cortar o fio de nylon e colocar de novo. A reutilização do dispositivo pelo usário não é recomendada. Se você perceber que o fio foi cortado e ele está amarrado de forma diferente, sinal de que algo suspeito pode ter ocorrido.

5) Eu não dispensei meu cadeado universal. Infelizmente, meu trauma e chateação de ter mala violada são grandes. Mas, pela primeira, viajei para a Argentina sem usar o protect bag e enconomizei cerca de R$60.00 com isso. Logo, ponto para o sealbag! Eu realmente me senti mais segura no sentido de poder detectar com mais facilidade sinais de violação da bagagem.

6) Não tive dificuldade em lacrar ou retirar o lacre. Bem simples, na verdade, e prático.

7) O kit que eu recebi em casa, além dos lacres, vinha com as instruções de uso e uma espécie de cortador de unhas, com a logo do SealBag, para ser levado na bagagem de mão ou bolsa tiracolo e ser usado para cortar o fio de nylon quando chegar ao destino.

Eu perguntei, antes de viajar, e para não ter problemas, à equipe do SealBag sobre o uso do cortador de unhas e eles me certificaram de que este cortador é permitido em voos por não ser pontiagudo. Eu confiei na informação sem conferir em sites de aeroportos e fui com o meu na bolsa tiracolo que passou por Raio-X aqui e na Argentina. Não tive problemas!

Mais uma vez, cabe lembrar que a recomendação é de não reutilização do lacre após cortado.

8) Os lacres da SealBag estarão à venda em breve. Os que eu recebi de presente, assim como outros colegas blogueiros e viciados em viagens, foram distribuídos para teste, para verificar a receptividade do dispositivo.

Eu pretendo sim usar novamente e recomendo o produto!

Obrigada à equipe do SealBag pelo presente e pela oportunidade de testar o produto! 





  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Oi Moniquinha!!!

    Eu lembro que te perguntei pelo IG se você tinha despachado, porque eu já estava preocupada com a franquia do meu voo rsrs... No final, deu tudo certo e não paguei excesso! Mas tive sim que despachar... rsrs... era muito vinho para carregar!!

    Quanto ao SealBag, eu adorei o seu questionamento! Super pertinente e, efetivamente, foi algo que indaguei à equipe a respeito do cortador de unha.

    Inclusive, atualizei o post para colocar lá a resposta. Eles me informaram que o cortador é permitido em voos por não ser pontiagudo. Eu fui com ele na bolsa tiracolo e não tive problema algum. Incrível, né? Eu nunca soube disso, mas também fiquei com essa dúvida!

    Se - oremos para que nunca ocorra! - o SealBag estiver com sinais de violação, a orientação é abrir a mala ali mesmo perto da esteira, antes de sair do hall das esteiras de bagagem. Verificar tudo e, havendo realmente sumiço de itens, comunicar à empresa. Exigir um relatório da companhia aérea certificando o ocorrido, tipo um B.O.

    Eu nunca fotografei minha bagagem antes de fechar e nem faço inventário do que está dentro dela. Mas o mais recomendado, o mais certo, seria isso. Infelizmente, é muita coisa para fazer em uma viagem, né?Nem sempre lembramos ou temos tempo.

    O melhor mesmo é não levar nada valioso na bagagem a ser despachada e torcer para dar tudo certo!.

    beijinhos e obrigada pelo comentário!

    ResponderExcluir

Whatsapp Button works on Mobile Device only

DIGITE O QUE PROCURA E TECLE "ENTER" PARA BUSCAR