20 maio 2013

Aracaju: passeio a Foz do São Francisco

Outro passeio memorável que fiz, partindo de Aracaju, foi em direção ao litoral norte sergipano, rumo à FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO!!!

Cenário totalmente paradisíaco... mais sol, rio com cor esverdeada, coqueiros dourados que reluziam a luz solar, dunas que separam rio do mar, barcos de pescadores, ilhas com o que restou do povoado que foi tomado pelo mar... ou seja, inesquecível!!!

Dessa vez, o único problema foi o carro disponibilizado pela Crystal Tur para levar até a cidade de Brejo Grande, de onde sai o catamarã que navega pelas águas do "Velho Chico" até o seu encontro com o mar.

Acontece que a viagem de aproximadamente 140km foi realizada em carro comum, de passeio, e éramos, além do motorista/guia, 4 pessoas no total: euzinha + 3 homens. Ou seja, dá para imaginar o desconforto que foi essa viagem, não? Ao menos tinha ar condicionado, o que ajudou bastante.

Tirando esse fato, o passeio foi sensacional.

Levou-se cerca de 2 horas e meia até chegar em Brejo Grande, uma cidade muito pequena, simples, com ares de pobreza bem fortes. De lá, embarcamos no catamarã da agência de turismo Nozes Tur. Dessa vez estava incluído um almoço, no retorno do passeio. Ainda assim, durante o tempo em que passamos navegando pelo rio, foram oferecidas frutas de cortesia e também havia serviço de bebidas pagas à parte.

Não custa nada lembrar a importância do Rio São Francisco para o Brasil, com nascente geográfica no Estado de Minas Gerais, na cidade de Medeiros, o rio atravessa vários estados: Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas (faz a divisão natural entre esses dois últimos estados). Com extensão de quase 2863km, o rio da integração nacional, também conhecido como "Velho Chico", foi descoberto em 1501, por Américo Vespúcio, com nome dado em homenagem ao santo, Francisco de Assis.

Números que impressionam são de seus afluentes: 90 pela margem direita e 78 pela margem esquerda.

A cidade de Penedo, pela qual passamos também ao longo do passeio, aquela em foram filmadas cenas do filme "Deus é Brasileiro", com o ator global Antônio Fagundes, foi fundada em 1522, às margens do rio, como primeiro núcleo povoador das margens.

O passeio de catamarã foi bastante confortável. As paisagens que descortinam o horizonte são lindas demais!! Fiquei com a "síndrome do dedo nervoso" no botão da câmera fotográfica!! rsrsrs...

O dia, para variar, estava perfeito!! Céu claro e ensolarado!!!

O catamarã vai até o ponto máximo permitido pelos órgãos fiscalizadores do Meio Ambiente, pois a região é uma APA - Área de Proteção Ambiental, e leva uns 45 minutos até lá.

Ele atraca em uma espécie de restinga formada por dunas. De um lado, temos o Rio São Francisco e o Estado de Sergipe, de outro lado das dunas, temos o mar de Alagoas.

Aliás, a diferença entre as cores do mar de Alagoas e de Sergipe é absurdamente contrastante nesse ponto: azul fluorescente de Alagoas e cor barrenta de Sergipe. Pelo visto, se entendi direito, os sedimentos trazidos pelo rio devem ser levados para o lado de Sergipe, um dos motivos para o tom marrom do mar.

Já nas dunas, em solo alagoano, a gente teve 1 hora para curtir a paisagem, mais uma vez, segundo o comandante do catamarã, em respeito às ordens dos órgãos de fiscalização ambiental.

Na verdade, 1 hora é POUCO para apreciar tanta beleza!! Acho que foi um dos lugares mais lindos em que já estive em toda a minha vida: RIO, DUNAS, COQUEIROS, LAGOA, MAR... gente, era o paraíso!!!

Bem corrido, consegui banhar-me no rio, na lagoa, caminhar pelas dunas e tirar muitas fotos!! rsrsrsrs... Só não deu tempo para chegar mais perto do mar de Alagoas.

Havia uns bichinhos na areia próxima à lagoa que se pareciam com miniaturas de siris. Muito provavelmente eles têm algum nome local que eu desconheço. Por conta desses bichinhos, que tomam conta da areia, sugiro descer do catamarã de chinelo para caminhar por ali.

Nesse local das dunas, há vendedores com artesanato e também algumas bebidas e comidinhas locais. Não tive tempo de ver direito o artesanato, nem mesmo as comidinhas, mas vi várias pessoas embarcando com embrulhos e alguns comentários, dentro do catamarã, de que os preços estavam muito bons.

A volta foi uma delícia também e dentro do catamarã há chuveiros para se refrescar e ficar pegando um solzinho, apreciando a bela paisagem do rio e coqueiros.

O almoço oferecido foi bem caseiro e bem simples. O grande problema é que, logo que chegamos, foi formada uma fila absurda para que as pessoas se servissem. Como fui procurar uma mesa para colocar meus pertences e aproveitei para tirar minhas últimas fotos do local, além de que não sou fã de ficar parada em filas desnecessárias, esperei um pouco até a fila diminuir, momento em que, para minha surpresa e decepção, várias itens ali oferecidos para o almoço já estavam no fim e não foram repostos. Isso foi bem desagradável, pois não calcularam direito a comida.

No final, comi um pouco, o que estava com melhor carinha e paciência, né? Mas, para quem voltar esfomeado do passeio, sugiro ir correndo para ser um dos primeiros da fila e comer tudo o que quiser, pois, se deixar para depois, as chances de não haver mais são grandes.

Outro dia lindo em terras sergipanas e também alagoanas que eu aproveitei bastante. O passeio levou o dia inteiro e chegamos em Aracaju já de noite.

O legal para quem faz esse passeio para a Foz do São Francisco e também o passeio do Cânion do Xingó é poder comparar esses trechos do Rio. Embora façam parte do mesmo rio, os trechos são super diferentes, desde a tonalidade das cores até o tipo de correnteza. Na Foz do São Francisco, a correnteza é mais intensa, há ilhotas no meio do caminho, até mesmo coqueiros solitários. Inclusive, para tomar banho no rio, na Foz do São Francisco, eles orientam a entrar somente um pouco, primeiro porque afunda muito rápido, segundo por causa da correnteza (orientação parecida com a que recebi lá na Praia do Saco).

Já o rio que se apresenta na região do Cânion do Xingó é mais calmo, quase "flat", com cores diferentes, cercado de rochas e uma vegetação mais agreste.

Ou seja, para quem curte esse tipo de passeio, faça os dois porque são totalmente diferentes e são lindos!!!

Confiram aqui as fotos:

Ponte Construtor João Alves que liga Aracaju a Barra dos Coqueiros

Brejo Grande - cidade bem simples, com ares de abandonada, de onde sai a embarcação que desce o São Francisco até a sua Foz, encontrando o Oceano Atlântico

Catamarã da Nozes Tur

Rio São Francisco


Pescadores



Coqueiro solitário no meio do rio São Francisco

Frutas de cortesia que são oferecidas ao longo do passeio

Cidade Alagoana de Penedo, onde foram gravadas cenas do filme "Deus é Brasileiro"

Cidade Alagoana de Penedo, onde foram gravadas cenas do filme "Deus é Brasileiro"

Cidade Alagoana de Penedo, onde foram gravadas cenas do filme "Deus é Brasileiro"

Cidade Alagoana de Penedo, onde foram gravadas cenas do filme "Deus é Brasileiro"







Lado banhável do Rio São Francisco - atenção para a correnteza


Artesanato nas dunas

Artesanato e vendedores ambulantes nas dunas, já no lado alagoano


Mini-siris - aos montes ao redor da lagoa

Lagoa - Rio - Mar - Dunas - Coqueiros - quer mais?



Azul Fluorescente do Mar Alagoano

Já na volta, local onde o catamarã é atracado

Restaurante

Almoço oferecido (quando a fila estava ainda enorme e havia comida em fartura)


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